Política

eleições 2024

Murilo Zauith deve ser o candidato do União Brasil à prefeitura de Dourados

A presidente estadual do partido, Rose Modesto, revela que o ex-vice-governador só não sairá candidato caso não queira

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As articulações para as eleições municipais do próximo ano não param, e os principais partidos de Mato Grosso do Sul já colocaram no tabuleiro dessa estratégica partida de xadrez seus peões, torres, cavalos, bispos, rainhas e reis.

No caso do União Brasil, que enfrenta uma disputa interna pelo comando da legenda no Estado, com duas diretorias diferentes eleitas e representando os grupos liderados pela senadora Soraya Thronicke, de um lado, e pela nova responsável pela Superintendência Regional de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco),

Rose Modesto, do outro, o nome que surgiu para concorrer à prefeitura de Dourados foi o do ex-vice-governador Murilo Zauith.

Nome forte dentro da política sul-mato-grossense, Murilo Zauith faz parte do grupo liderado por Rose Modesto, inclusive, tendo sido eleito como vice-presidente estadual do União Brasil ao lado da ex-deputada federal.

Segundo fontes ouvidas pelo Correio do Estado, caso Zauith aceite o desafio de disputar o cargo de prefeito de Dourados, o qual já ocupou ao ser eleito e reeleito com mais de 80% dos votos válidos no pleito de 2011 e 2012, deve embaralhar de vez o jogo político na segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul.

Afinal, além do atual prefeito Alan Guedes (PP), que tem o total apoio do partido para tentar a reeleição em 2024, também já demonstraram interesse pelo cargo o experiente deputado estadual Zé Teixeira (PSDB), o forte deputado federal Geraldo Resende (PSDB), o carismático radialista e ex-deputado federal e estadual Marçal Filho (PP), o ex-candidato a senador Tiago Botelho (PT) e o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL), que conta com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Ao Correio do Estado, a presidente estadual do União Brasil, Rose Modesto, garantiu que Murilo Zauith só não será o candidato do partido nas eleições municipais de 2024 em Dourados caso realmente não queira mais voltar para uma desgastante campanha eleitoral.

“O Murilo tem qualidade e está preparado para ser o que ele quiser na política de Mato Grosso do Sul. É uma liderança respeitada nacionalmente, e, se ele quiser, com certeza o partido estará muito bem representado na disputa pela prefeitura de Dourados em 2024”, assegurou Rose Modesto.

No ano passado, o União Brasil cogitou lançar o nome de Murilo Zauith para ser o candidato a vice-governador na chapa que tinha como candidata Rose Modesto, e pesava para essa escolha o fato de a liderança política douradense estar, na época, cumprindo o terceiro mandato de vice-governador. 

Ele já foi vice do ex-governador André Puccinelli (MDB) e era o vice do então governador Reinaldo Azambuja (PSDB). De 1982 para cá, ano em que um governador foi eleito pela primeira vez pelo voto depois da criação de Mato Grosso do Sul, em 1977, metade dos vices tinha saído de Dourados.

Porém, como no ano passado Murilo Zauith declinou do pedido por problemas de saúde, pois tinha ficado doente em janeiro de 2021 por Covid-19, sendo levado para São Paulo, onde foi tratado, o mesmo pode acontecer agora.

No entanto, no momento, Zauith está muito mais fortalecido fisicamente e teria totais condições de saúde para enfrentar uma campanha eleitoral de forte nível, como deve ser a de 2024 no município de Dourados.

A reportagem tentou falar com o ex-vice-governador Murilo Zauith, mas, até o fechamento desta edição, não obteve sucesso. O espaço está aberto para que ele possa se manifestar a respeito do assunto.

SAIBA

Natural de Barretos (SP), Murilo Zauith é um político e empresário brasileiro. Filiado ao União Brasil, foi vice-governador de Mato Grosso do Sul de 1º de janeiro de 2007 a 1º de janeiro de 2011, no primeiro governo de André Puccinelli (MDB), e de 1º de janeiro de 2019 a 1º de janeiro de 2023, no segundo governo de Reinaldo Azambuja (PSDB).

Ele também foi deputado estadual por dois mandatos (1995 a 1999 e 1999 a 2003) e deputado federal por um mandato (2003 a 2007). Foi prefeito da cidade de Dourados no período de 23 de fevereiro de 2011 a 1º de janeiro de 2017.

Política

Avaliações positiva e negativa do STF crescem e mostram divisão da percepção da população

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano; percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%

19/12/2025 22h00

Supremo Tribunal Federal (STF)

Supremo Tribunal Federal (STF) Crédito: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

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Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta sexta-feira, 19, mostra que cresceram as avaliações positivas e negativas sobre o trabalho do Supremo Tribunal Federal (STF), mostrando uma divisão da percepção da população brasileira sobre a atuação da Corte.

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano. No mesmo período, a percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%. Já a avaliação regular recuou de 34% para 24%.

No intervalo entre os dois levantamentos, a Primeira Turma do STF condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e três meses de prisão pelos crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União.

Entre as duas edições da pesquisa, também houve mudança no comando da Corte. O ministro Edson Fachin assumiu a presidência do tribunal e o ministro Luís Roberto Barroso se aposentou. Fachin adota um perfil mais discreto e defende a chamada "autocontenção" do Judiciário, em contraste com o antecessor, que sustentava que o Supremo deveria exercer um "papel iluminista" e atuar de forma mais protagonista na definição de direitos.

No mesmo período, o secretário de Estado do governo Donald Trump, Marco Rubio, revogou o visto do ministro Alexandre de Moraes e de seus familiares, além de outros sete integrantes do STF. O governo dos Estados Unidos também aplicou sanções a Moraes com base na Lei Magnitsky, norma criada para punir violadores graves de direitos humanos. Foi a primeira vez que uma autoridade de um país democrático foi alvo das medidas previstas na legislação. Neste mês, o presidente Donald Trump retirou o nome do ministro da lista de sancionados.

Outros poderes

A pesquisa também avaliou os demais Poderes. No Legislativo, a percepção varia conforme a Casa. No Senado Federal, a maior parcela dos entrevistados (34%) classifica o desempenho como regular, porcentual que empata, dentro da margem de erro (2 p p), com a avaliação negativa, de 33%. A avaliação positiva soma 22%, enquanto 11% não souberam ou não quiseram responder.

Na Câmara dos Deputados, a avaliação negativa predomina: 36% consideram o trabalho ruim ou péssimo. A percepção, porém, está tecnicamente empatada com a avaliação regular, que alcança 35%. A avaliação positiva é de 20%, e 9% não responderam.

A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas presenciais entre os dias 11 e 14 de dezembro de 2025. O levantamento tem nível de confiança de 95% e margem de erro de dois pontos porcentuais. Os entrevistados puderam classificar cada Poder como ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo, com os resultados consolidados nas categorias positiva, regular e negativa.

Governo Lula

Em relação ao Executivo federal, 38% dos brasileiros avaliam que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faz um trabalho ruim ou péssimo. Outros 34% consideram a gestão boa ou ótima, enquanto 25% a classificam como regular. Já 3% não souberam ou não responderam.

Política

Ministro do Paraguai fala em disposição construtiva para avançar em acordo Mercosul-UE efetivo

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

19/12/2025 21h00

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais Foto: Divulgação

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O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Rubén Ramírez Lezcano, reafirmou a "disposição construtiva" para avançar na concretização efetiva do acordo entre Mercosul e União Europeia (UE), durante a 67ª reunião do Conselho do Mercado Comum (CMC) do Mercosul, órgão decisório de nível ministerial do bloco, nesta sexta-feira, 19, segundo nota do Ministério de Relações Exteriores do país.

"Em particular, o Paraguai confia que os mecanismos de salvaguarda serão abordados e aplicados de maneira compatível com respeito ao negociado e acordado, e também de acordo com as normas multilaterais preservando o equilíbrio de direitos e obrigações das partes", disse Lezcano.

O chanceler também afirmou que "o Paraguai acredita e aposta em um Mercosul que funcione para todos, capaz de traduzir seus princípios em resultados concretos e de responder com pragmatismo e visão aos desafios estruturais que ainda persistem" na região.

Segundo Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais entre os Estados Parte do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e, mais recentemente em 2024, Bolívia). "Não se trata de uma noção abstrata, mas de uma realidade econômica e geográfica que limita nosso desenvolvimento e condiciona nossa competitividade", disse, frisando que a condição mediterrânea do país impõe custos adicionais que encarecem as exportações e restringem a participação nas cadeias regionais de valor.

A reunião do CMC, em Foz do Iguaçu, nesta sexta-feira, foi majoritariamente fechada à imprensa.

No sábado, 20, o Brasil deve passar o bastão da Presidência Pro Tempore do bloco ao Paraguai, durante a 67ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, também em Foz do Iguaçu. 

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