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Não haverá transição energética sem a presença do Estado, diz presidente do BNDES

Executivo reforçou que sem um Estado forte o Brasil não consegue enfrentar os problemas trazidos pelos extremos climáticos

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O presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, voltou ao Rio Grande do Sul nesta segunda-feira, 28, um ano depois da inundação que destruiu parte do Estado. Em evento promovido pela Assembleia Legislativa de Porto Alegre, o executivo reforçou que sem um Estado forte o Brasil não consegue enfrentar os problemas trazidos pelos extremos climáticos.

"Não haverá transição energética sem a presença do Estado. O Estado é fundamental para suportar e reverter as condições extremas climáticas. Quando a enchente chegou (no Rio Grande do Sul), batemos recorde de volume de crédito que ofertamos", disse Mercadante, ressaltando que apesar da tragédia que tirou quase 200 vidas, após a ajuda do governo federal a economia do Estado cresceu 4,9% no ano passado. "Lula é o único presidente da República que já morou em uma casa que foi alagada. Ele veio cinco vezes ao RS e acelerou a ajuda ao Estado", recordou.

Segundo Mercadante, passado um ano da tragédia, dois terços das empresas afetadas já conseguiram crédito com o banco, ao juro de 1% ao mês, com a condição de retomar o mesmo número de empregados que tinham antes das enchentes.

Para as que não conseguiram crédito, Mercadante acenou com uma possível postergação de prazos. "Se for necessário o Conselho Monetário Nacional (CMN) pode prorrogar um pouco esse prazo para não ser uma medida punitiva, acho muito mais difícil votar uma nova lei", explicou. "Vamos chamar as centrais sindicais para juntos a gente ver como supre essa deficiência e evita punir o empresário", complementou.

Seca

Mercadante ressaltou que após as enchentes, o Rio Grande do Sul passa agora por uma seca no centro do Estado, que já prejudicou a safra da soja. Ele informou que para reduzir o impacto da falta de chuvas, o banco está trabalhando com a Embrapa na "Operação 365", que visa apoiar o desenvolvimento sustentável da agricultura, especialmente no Rio Grande do Sul, através de financiamentos e assistência técnica.

O executivo alertou que o País precisa se reindustrializar, "porque o setor que mais gera qualidade e inovação tecnológica é a indústria". Se nós não tivermos inovação, não vamos ter como competir em meio à neo industrialização... Uma delas é a Inteligência Artificial, precisamos correr nesse desafio, o Brasil tem que criar uma LLM (Large Language Mode), que é a base de dados da pesquisa da IA", avaliou.

Mercadante falou também sobre a turbulência trazida pelo governo norte-americano com a tarifação, que para ele foi "errática e improvisada". "Quem virou a grande manufatura global foi a China ao longo dos últimos anos, e nós, da América Latina e da Europa e Estados Unidos ficam prisioneiros do modelo de financeirização da economia e do chamado consenso de Washington, onde basta abrir a economia e ter um Estado mínimo. Não existe mais consenso de Washington e agora eles estão desesperados buscando uma resposta, que eu achei errática e improvisada que foi a tarifa...você vê que não teve uma reflexão profunda", afirmou.

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Lula sanciona alta de 8% em salários do Jucidiário em 2026, mas veta reajuste em 2027 e 2028

Texto foi publicado no Diário Oficial da União (DOU).

22/12/2025 19h00

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva Agência Brasil

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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou o reajuste para os servidores do Poder Judiciário em 2026, mas vetou o aumento dos salários nos tribunais em 2027 e 2028. O texto foi publicado no Diário Oficial da União (DOU).

O projeto aprovado pelo Congresso Nacional prevê reajuste de 8% nos salários do Judiciário a partir de julho de 2026. Lula vetou aumentos idênticos previstos para julho de 2027 e julho de 2028.

"Em que pese a boa intenção do legislador, a proposição legislativa contraria o interesse público ao estabelecer aumento da despesa com pessoal com parcelas a serem implementadas em períodos posteriores ao final do mandato do Presidente da República, contrariando a vedação prevista no art. 21, caput, inciso IV, alínea b, da Lei Complementar nº 101, de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal", justificou o Planalto.

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"Pé direito"

Gordinho do Bolsonaro pede boicote à Havaianas após comercial com Fernanda Torres

Deputado federal jogou chinelos no lixo e disse que irá passar virada do ano ouvindo Zezé de Camargo

22/12/2025 14h45

Foto: Divulgação

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Em polêmica que envolveu boa parte da direita, o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MS), conhecido como "Gordinho do Bolsonaro" pediu boicote à Havainas após a atriz Fernanda Torres estrelar a nova propaganda da marca"alfinetando" indiretamente o espectro bolsonarista.

Na propaganda, a atriz afirma aos espectadores que não deseja que eles comecem o próximo ano "com o pé direito", fator que revoltou o deputado, que fez questão de descartar os chinelos em uma lixeira, gravar a ação e postar em suas redes sociais.

"Passei a minha vida inteira usando chinelo havaianas, mas infelizmente como eu não vou poder virar 2026 com o pé direito, aqui em casa vai pro lixo, havainas aqui na minha casa não entra mais, e tem outra vou passar a virada escutando Zezé de Camargo", destacou Gordinho. 

Abaixo, a íntegra da propaganda estrelada pela atriz. 

"Desculpa, mas eu não quero que você comece 2026 com o pé direito. Não é nada contra a sorte, mas vamos combinar: sorte não depende de você, depende de sorte. O que eu desejo é que você comece o ano novo com os dois pés. Os dois pés na porta, os dois pés na estrada, os dois pés na jaca, os dois pés onde você quiser. Vai com tudo, de corpo e alma, da cabeça aos pés. Havaianas, todo mundo usa, todo mundo ama", diz Fernanda, no comercial.

Vale destacar que o comercial gerou polêmica com outros políticos da direita. O "jogo de palavras" com a conhecida expressão popular significou, para Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Nikolas Ferreira (PL-MG), entre outros, uma indireta ao espectro político da direita.

"Eu achava que isso aqui era um símbolo nacional. Já vi muito gringo com essa bandeirinha do Brasil no pé, só que eu me enganei, disse Eduardo, antes de qualificar Fernanda Torres como alguém 'declaradamente de esquerda'", disse em suas redes sociais.

Até a publicação desta matéria, a declaração do deputado conta com 155 mil curtidas e mais de 15 mil comentários. 

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