Política

ELEIÇÕES 2020

Não tem como eu subir no mesmo palanque que Marquinhos, diz Rose

Acordo pode acabar com sonho de Rose em ser prefeita

EDUARDO PENEDO

20/07/2019 - 13h06
Continue lendo...

Se depender da deputada federal  Rose Modesto (PSDB), ela e o prefeito de Campo Grande , Marcos Trad (PSD), continuarão de lados opostos nas eleições do ano que vem.  Trad, que derrotou Rose no último pleito, é candidato natural à reeleição no cargo e a tucana ainda tenta se viabilizar no partido.

Isso porque, o líder máximo no Estado, o governador Reinaldo Azambuja, tem uma sólida parceria já que nas eleições de 2018 Trad apoiou Azambuja na reeleição e em troca ano que vem o tucano deverá fazer o mesmo.

“Eu não tenho nada contra a pessoa do Marquinhos, mas como gestor público? Eu fiz uma campanha contra ele dizendo que não era melhor projeto para Campo Grande. Como agora eu vou subir no palanque dele? Seria muito incoerente da minha parte. Houve ataques a minha família na campanha. Eu continuo achando que a gestão do Marquinhos não é o melhor projeto para Cidade”, explica Rose Modesto.  

Esse acordo entre Trad e Azambuja está gerando um mal-estar no ninho tucano e está sendo ventilada a possibilidade de a tucana sair do ninho e alçar voos em outros partidos. A princípio, Rose descarta a mudança do partido para disputar as eleições municipais, mas explica que o PSDB vai avaliar o melhor para a cidade.

"O Reinaldo (governador) já disse que tem compromisso pessoal com Marquinhos. O PSDB ainda vai definir e ouvir pesquisas. Tecnicamente para definir o que vai ser candidato ou não? Além do meu nome, o partido tem o governo do Estado, 40 prefeitos e na Câmara municipal, cinco vereadores e três deputados federais. Então é difícil pensar em não ter um candidato a prefeito na Capital”, avalia.  

O presidente municipal da sigla, vereador João Cesar Matogrosso, já disse que respeita a decisão do governador Reinaldo Azambuja, mas vai avaliar a gestão do prefeito Marcos Trad para poder ou não apoiar o atual gestor.

“Vamos fazer pesquisa para avaliar a gestão. Nós temos vários nomes fortes para disputar: a deputada federal Rose Modesto, o deputado federal Beto Pereira e do vereador João Rocha que tem história na política”, argumenta.  

O governador já disse que talvez não consiga fazer em algumas cidades, a mesma coligação que o reelegeu e nesses locais ele deveria ficar neutro. Caso o acordo entre ele e Trad não vingue há a possibilidade de Azambuja não subir no palanque de ninguém.  

Rose Modesto é consciente e sabe que sozinha não consegue se eleger sozinha, mesmo sendo “namorada “por partidos como o MDB de André Puccinelli, Podemos de Sergio Mota, entre outras siglas. Recentemente, o diretório nacional do PP convidou a tucana a entrar em suas fileiras para disputar a prefeitura em Campo grande.

"O PSDB não me descartou ainda. Eu tenho dito o seguinte, tenho o sonho de administrar Campo Grande, o tempo pode ser agora, pode não ser.  Acho que isso depende do eleitor, não depende nem do PSDB e nem da minha vontade de ser prefeita. Eu aceito disputar a prefeitura, mas eu sempre digo que a política é dinâmica, não quero ser candidata de mim mesma, eu também vou fazer pesquisa e quero andar. Quero sentir o que as pessoas da cidade querem. Preciso ter um ‘norte’ nós temos que fazer pesquisa para analisar o que a cidade quer nesse momento. Se a cidade está feliz com o projeto que tem aí, excelente. Se não, acho que os partidos têm a obrigação democrática de colocar nomes à disposição”, argumenta.  

O passe da tucana está bem valorizado ela foi campeã de votos na nova bancada federal de Mato Grosso do Sul, com quase 120 mil votos. E é a vice-líder da bancada tucana na Câmara dos Deputados. 

Política

Avaliações positiva e negativa do STF crescem e mostram divisão da percepção da população

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano; percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%

19/12/2025 22h00

Supremo Tribunal Federal (STF)

Supremo Tribunal Federal (STF) Crédito: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

Continue Lendo...

Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta sexta-feira, 19, mostra que cresceram as avaliações positivas e negativas sobre o trabalho do Supremo Tribunal Federal (STF), mostrando uma divisão da percepção da população brasileira sobre a atuação da Corte.

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano. No mesmo período, a percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%. Já a avaliação regular recuou de 34% para 24%.

No intervalo entre os dois levantamentos, a Primeira Turma do STF condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e três meses de prisão pelos crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União.

Entre as duas edições da pesquisa, também houve mudança no comando da Corte. O ministro Edson Fachin assumiu a presidência do tribunal e o ministro Luís Roberto Barroso se aposentou. Fachin adota um perfil mais discreto e defende a chamada "autocontenção" do Judiciário, em contraste com o antecessor, que sustentava que o Supremo deveria exercer um "papel iluminista" e atuar de forma mais protagonista na definição de direitos.

No mesmo período, o secretário de Estado do governo Donald Trump, Marco Rubio, revogou o visto do ministro Alexandre de Moraes e de seus familiares, além de outros sete integrantes do STF. O governo dos Estados Unidos também aplicou sanções a Moraes com base na Lei Magnitsky, norma criada para punir violadores graves de direitos humanos. Foi a primeira vez que uma autoridade de um país democrático foi alvo das medidas previstas na legislação. Neste mês, o presidente Donald Trump retirou o nome do ministro da lista de sancionados.

Outros poderes

A pesquisa também avaliou os demais Poderes. No Legislativo, a percepção varia conforme a Casa. No Senado Federal, a maior parcela dos entrevistados (34%) classifica o desempenho como regular, porcentual que empata, dentro da margem de erro (2 p p), com a avaliação negativa, de 33%. A avaliação positiva soma 22%, enquanto 11% não souberam ou não quiseram responder.

Na Câmara dos Deputados, a avaliação negativa predomina: 36% consideram o trabalho ruim ou péssimo. A percepção, porém, está tecnicamente empatada com a avaliação regular, que alcança 35%. A avaliação positiva é de 20%, e 9% não responderam.

A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas presenciais entre os dias 11 e 14 de dezembro de 2025. O levantamento tem nível de confiança de 95% e margem de erro de dois pontos porcentuais. Os entrevistados puderam classificar cada Poder como ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo, com os resultados consolidados nas categorias positiva, regular e negativa.

Governo Lula

Em relação ao Executivo federal, 38% dos brasileiros avaliam que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faz um trabalho ruim ou péssimo. Outros 34% consideram a gestão boa ou ótima, enquanto 25% a classificam como regular. Já 3% não souberam ou não responderam.

Política

Ministro do Paraguai fala em disposição construtiva para avançar em acordo Mercosul-UE efetivo

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

19/12/2025 21h00

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais Foto: Divulgação

Continue Lendo...

O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Rubén Ramírez Lezcano, reafirmou a "disposição construtiva" para avançar na concretização efetiva do acordo entre Mercosul e União Europeia (UE), durante a 67ª reunião do Conselho do Mercado Comum (CMC) do Mercosul, órgão decisório de nível ministerial do bloco, nesta sexta-feira, 19, segundo nota do Ministério de Relações Exteriores do país.

"Em particular, o Paraguai confia que os mecanismos de salvaguarda serão abordados e aplicados de maneira compatível com respeito ao negociado e acordado, e também de acordo com as normas multilaterais preservando o equilíbrio de direitos e obrigações das partes", disse Lezcano.

O chanceler também afirmou que "o Paraguai acredita e aposta em um Mercosul que funcione para todos, capaz de traduzir seus princípios em resultados concretos e de responder com pragmatismo e visão aos desafios estruturais que ainda persistem" na região.

Segundo Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais entre os Estados Parte do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e, mais recentemente em 2024, Bolívia). "Não se trata de uma noção abstrata, mas de uma realidade econômica e geográfica que limita nosso desenvolvimento e condiciona nossa competitividade", disse, frisando que a condição mediterrânea do país impõe custos adicionais que encarecem as exportações e restringem a participação nas cadeias regionais de valor.

A reunião do CMC, em Foz do Iguaçu, nesta sexta-feira, foi majoritariamente fechada à imprensa.

No sábado, 20, o Brasil deve passar o bastão da Presidência Pro Tempore do bloco ao Paraguai, durante a 67ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, também em Foz do Iguaçu. 

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).