Política

IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA 

Nelsinho Trad é condenado por espalhar totens em Campo Grande enquanto prefeito da cidade 

Juiz determinou que o ex-prefeito deve pagar de multa o equivalente a 15 salários que recebia em 2011; pena não inclui o senador na ficha suja

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Senador Nelsinho Trad, 62, do PSD, foi condenado por improbidade administrativa porque no período que era prefeito de Campo Grande (1º de janeiro de 2005 a 1º de janeiro de 2013), espalhava pela cidade totens com dizeres indicando que ali havia inaugurado certa obra.  

Para o juiz da sentença, da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, Ariovaldo Nantes Corrêa, o então prefeito autopromovia-se a cada toten fincado ora em praças, escolas ou vias. 

Na decisão, o magistrado aplica uma multa de R$ 233 mil contra Nelsinho, o equivalente a 15 salários que recebia em 2011. A cifra deve crescer, já que o juiz determinou que a soma deve ser reajustada por meio da correção monetária e juros de mora pela chamada Taxa Selic. 

O CASO 

Foi o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) quem denunciou Nelsinho Trad pelo uso dos totens. Antes, o caso tramitou no esfera da Justiça Federal, contudo, por ali o processo não prosperou. Depois, seguiu para o MPMS.

“... os totens, além de terem o sentido de publicidade ao feito administrativo da Prefeitura, visam de forma evidente a promover o nome do administrador e a quantidade de feitos que ele realizou durante sua administração; usar o nome do administrador em totens espalhados por toda cidade tem evidente propósito de promoção pessoal, o que é vedado; o totem como instrumento de propaganda visual se assemelha às placas e outdoors, tendo como única função a publicidade”, diz trecho da denúncia. 

O MPMS segue na queixa: 

“... mas estes normalmente são temporários, enquanto os totens, nesse caso, são partes permanentes do cenário urbano da cidade, permitindo que a publicidade de determinada gestão administrativa se eternize na memória dos administrados; é manifesta a ilicitude da promoção pessoal contida nos totens como feito pelo requerido; e as condutas do requerido violaram uma ampla gama de princípios norteadores da Administração Pública, configurando ato de improbidade administrativa”. 

Enquanto corria o processo, o então prefeito defendeu-se dizendo:  

“,,,que não houve no caso concreto qualquer ato de improbidade administrativa que tenha violado os princípios aplicáveis à administração pública; o simples fato de haver constado o seu nome, na condição de Chefe do Poder Executivo Municipal, em obras públicas realizadas sob sua administração, ainda que coma participação de recursos federais, por si só, não tem o condão de configurar ou caracterizar ato que viole os deveres de honestidade e de moralidade do agente público; não houve promoção pessoal, mas apenas registro histórico e informativo da realização da obra”. 

O argumento, contudo, não convenceu o juiz, que escreveu na sentença: 

“Qual o sentido de confeccionar um totem, que deve ter um custo significativo, para indicar cada obra realizada pelo gestor municipal que não seja o de promoção pessoal?  Evidentemente que ao indicar no totem "Obra nº 1.217" abaixo do nome do "Prefeito Nelson Trad Filho" não é preponderante neste suposto ato institucional de publicidade da administração pública municipal o caráter informativo, até porque, para o cidadão, é um dado sem qualquer importância, prevalecendo claramente a promoção pessoal do gestor, o que é vedado pela Constituição Federal como visto linhas atrás”. 

Embora o crime de improbidade administrativa possa tirar os direitos políticos dos réus, no caso de Nelsinho, o juiz o condenou apenas a pagar a pena com a multa. 

Nelsinho Trad deve recorrer ao Tribunal de Justiça, no entanto, como foi sentenciado a pagar multa, só isso, então, o nome dele não será incluído na temível ficha suja, que o tiraria da política por um período.

A regra acerca do crime de improbidade administrativa sofreu mudança em 2021. A principal modificação do texto original tem a ver com à exigência do dolo. Desta forma, danos motivados por negligência, imprudência ou, então, ações dessa natureza já não são mais repudados como improbidade. 

 

Política

Lula sanciona alta de 8% em salários do Jucidiário em 2026, mas veta reajuste em 2027 e 2028

Texto foi publicado no Diário Oficial da União (DOU).

22/12/2025 19h00

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva Agência Brasil

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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou o reajuste para os servidores do Poder Judiciário em 2026, mas vetou o aumento dos salários nos tribunais em 2027 e 2028. O texto foi publicado no Diário Oficial da União (DOU).

O projeto aprovado pelo Congresso Nacional prevê reajuste de 8% nos salários do Judiciário a partir de julho de 2026. Lula vetou aumentos idênticos previstos para julho de 2027 e julho de 2028.

"Em que pese a boa intenção do legislador, a proposição legislativa contraria o interesse público ao estabelecer aumento da despesa com pessoal com parcelas a serem implementadas em períodos posteriores ao final do mandato do Presidente da República, contrariando a vedação prevista no art. 21, caput, inciso IV, alínea b, da Lei Complementar nº 101, de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal", justificou o Planalto.

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"Pé direito"

Gordinho do Bolsonaro pede boicote à Havaianas após comercial com Fernanda Torres

Deputado federal jogou chinelos no lixo e disse que irá passar virada do ano ouvindo Zezé de Camargo

22/12/2025 14h45

Foto: Divulgação

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Em polêmica que envolveu boa parte da direita, o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MS), conhecido como "Gordinho do Bolsonaro" pediu boicote à Havainas após a atriz Fernanda Torres estrelar a nova propaganda da marca"alfinetando" indiretamente o espectro bolsonarista.

Na propaganda, a atriz afirma aos espectadores que não deseja que eles comecem o próximo ano "com o pé direito", fator que revoltou o deputado, que fez questão de descartar os chinelos em uma lixeira, gravar a ação e postar em suas redes sociais.

"Passei a minha vida inteira usando chinelo havaianas, mas infelizmente como eu não vou poder virar 2026 com o pé direito, aqui em casa vai pro lixo, havainas aqui na minha casa não entra mais, e tem outra vou passar a virada escutando Zezé de Camargo", destacou Gordinho. 

Abaixo, a íntegra da propaganda estrelada pela atriz. 

"Desculpa, mas eu não quero que você comece 2026 com o pé direito. Não é nada contra a sorte, mas vamos combinar: sorte não depende de você, depende de sorte. O que eu desejo é que você comece o ano novo com os dois pés. Os dois pés na porta, os dois pés na estrada, os dois pés na jaca, os dois pés onde você quiser. Vai com tudo, de corpo e alma, da cabeça aos pés. Havaianas, todo mundo usa, todo mundo ama", diz Fernanda, no comercial.

Vale destacar que o comercial gerou polêmica com outros políticos da direita. O "jogo de palavras" com a conhecida expressão popular significou, para Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Nikolas Ferreira (PL-MG), entre outros, uma indireta ao espectro político da direita.

"Eu achava que isso aqui era um símbolo nacional. Já vi muito gringo com essa bandeirinha do Brasil no pé, só que eu me enganei, disse Eduardo, antes de qualificar Fernanda Torres como alguém 'declaradamente de esquerda'", disse em suas redes sociais.

Até a publicação desta matéria, a declaração do deputado conta com 155 mil curtidas e mais de 15 mil comentários. 

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