Política

ELEIÇÕES 2026

Para Caiado ter palanque, União Brasil lançará candidato a governador em MS

Ainda, a executiva nacional da sigla deu como missão para o diretório estadual eleger pelo menos dois deputados federais

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A executiva nacional do União Brasil teria comunicado para a presidente do partido em Mato Grosso do Sul, a ex-deputada federal Rose Modesto, que a legenda terá de lançar um candidato a governador nas eleições gerais de 2026, a fim de garantir palanque ao governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que será o candidato da sigla a presidente da República.

Além disso, conforme apurou o Correio do Estado, o União Brasil de MS terá como obrigação eleger pelo menos dois deputados federais como forma de se manter entre as principais legendas nacionais, o que garante uma cota maior no Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos, mais conhecido como Fundo Partidário, e também maior espaço no Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), o famoso Fundo Eleitoral.

Ainda de acordo com fontes ouvidas pela reportagem, como a obrigação do partido é fazer pelo menos dois deputados federais, Rose não será a candidata do União Brasil ao governo estadual, como ocorreu em 2022, saindo como candidata a uma das vagas à Câmara dos Deputados, para qual teria mais chances de êxito.

Portanto, o candidato que o partido lançar para disputar o cargo de governador de MS não terá a obrigação de vitória, pelo contrário, sua única função será possibilitar que o presidenciável Ronaldo Caiado tenha um palanque para fazer campanha em Campo Grande e nas principais cidades do Estado.

Nesse sentido, o diretório estadual do União Brasil acredita que não terá problemas com prováveis aliados, como o PSDB do ex-governador Reinaldo Azambuja e do atual governador Eduardo Riedel, que tentará a reeleição para o cargo. A candidatura a governador pelo partido será mais para inglês ver, isto é, sem muito esforço da militância para pedir votos, deixando os filiados meio que liberados na hora de digitar o voto na urna eletrônica.

O foco da sigla estará todo voltado para fazer com que Rose volte à Câmara e consiga repetir uma votação expressiva em Mato Grosso do Sul, a fim de puxar um outro candidato do partido para a Casa de Leis.

Entretanto, como não é possível fazer uma omelete sem quebrar alguns ovos, a legenda já recebeu a incumbência de escolher alguém para o sacrifício político de disputar o governo estadual.

CAIADO PRESIDENTE

Por sua vez, Caiado disse que lançará sua candidatura a presidente da República no dia 28 de março, em Salvador, capital da Bahia, onde receberá o título de cidadão baiano.

Ele reforçou que a sua candidatura a presidente é irreversível.

“Vou concorrer e, por isso, já estou convidando a todos para o dia 28 de março. Já vou dar partida na minha pré-candidatura a presidente da República. E daí já vou começar a andar o Brasil nos fins de semana, percorrendo todos os estados e levando a nossa discussão, a nossa proposta”, assegurou.

O fato de escolher Salvador para lançar a pré-candidatura é porque sua esposa, a primeira-dama de Goiás, Gracinha Caiado, é baiana. Ela nasceu em Feira de Santana e está sendo cotada para disputar uma vaga ao Senado pela Bahia em 2026.

No entanto, Caiado não indicou quem deve ser o seu vice na disputa para presidente, apenas informou que ainda é muito cedo para definir um nome. Portanto, ele deve aguardar a convenção nacional do União Brasil, que será realizada em 2026.

Caiado tem tentado viabilizar a sua candidatura desde a sua reeleição como governador de Goiás. No início, buscou se colocar como um candidato de Jair Bolsonaro (PL), porém, nas eleições municipais do ano passado, inviabilizou essa possibilidade, ao lançar um candidato a prefeito de Goiânia contra um apoiado pelo ex-presidente da República.

SAIBA

O União Brasil enfrenta um impasse para lançar Ronaldo Caiado como candidato a presidente. O partido está hoje na base do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Além disso, tem três ministérios: Turismo (Celso Sabino), Comunicações (Juscelino Filho) e Integração e Desenvolvimento Regional (Waldez Góes). Em 2026, a sigla terá de decidir se lançará algum candidato ou se apoiará a reeleição de Lula.

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Política

Avaliações positiva e negativa do STF crescem e mostram divisão da percepção da população

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano; percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%

19/12/2025 22h00

Supremo Tribunal Federal (STF)

Supremo Tribunal Federal (STF) Crédito: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

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Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta sexta-feira, 19, mostra que cresceram as avaliações positivas e negativas sobre o trabalho do Supremo Tribunal Federal (STF), mostrando uma divisão da percepção da população brasileira sobre a atuação da Corte.

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano. No mesmo período, a percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%. Já a avaliação regular recuou de 34% para 24%.

No intervalo entre os dois levantamentos, a Primeira Turma do STF condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e três meses de prisão pelos crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União.

Entre as duas edições da pesquisa, também houve mudança no comando da Corte. O ministro Edson Fachin assumiu a presidência do tribunal e o ministro Luís Roberto Barroso se aposentou. Fachin adota um perfil mais discreto e defende a chamada "autocontenção" do Judiciário, em contraste com o antecessor, que sustentava que o Supremo deveria exercer um "papel iluminista" e atuar de forma mais protagonista na definição de direitos.

No mesmo período, o secretário de Estado do governo Donald Trump, Marco Rubio, revogou o visto do ministro Alexandre de Moraes e de seus familiares, além de outros sete integrantes do STF. O governo dos Estados Unidos também aplicou sanções a Moraes com base na Lei Magnitsky, norma criada para punir violadores graves de direitos humanos. Foi a primeira vez que uma autoridade de um país democrático foi alvo das medidas previstas na legislação. Neste mês, o presidente Donald Trump retirou o nome do ministro da lista de sancionados.

Outros poderes

A pesquisa também avaliou os demais Poderes. No Legislativo, a percepção varia conforme a Casa. No Senado Federal, a maior parcela dos entrevistados (34%) classifica o desempenho como regular, porcentual que empata, dentro da margem de erro (2 p p), com a avaliação negativa, de 33%. A avaliação positiva soma 22%, enquanto 11% não souberam ou não quiseram responder.

Na Câmara dos Deputados, a avaliação negativa predomina: 36% consideram o trabalho ruim ou péssimo. A percepção, porém, está tecnicamente empatada com a avaliação regular, que alcança 35%. A avaliação positiva é de 20%, e 9% não responderam.

A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas presenciais entre os dias 11 e 14 de dezembro de 2025. O levantamento tem nível de confiança de 95% e margem de erro de dois pontos porcentuais. Os entrevistados puderam classificar cada Poder como ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo, com os resultados consolidados nas categorias positiva, regular e negativa.

Governo Lula

Em relação ao Executivo federal, 38% dos brasileiros avaliam que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faz um trabalho ruim ou péssimo. Outros 34% consideram a gestão boa ou ótima, enquanto 25% a classificam como regular. Já 3% não souberam ou não responderam.

Política

Ministro do Paraguai fala em disposição construtiva para avançar em acordo Mercosul-UE efetivo

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

19/12/2025 21h00

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais Foto: Divulgação

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O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Rubén Ramírez Lezcano, reafirmou a "disposição construtiva" para avançar na concretização efetiva do acordo entre Mercosul e União Europeia (UE), durante a 67ª reunião do Conselho do Mercado Comum (CMC) do Mercosul, órgão decisório de nível ministerial do bloco, nesta sexta-feira, 19, segundo nota do Ministério de Relações Exteriores do país.

"Em particular, o Paraguai confia que os mecanismos de salvaguarda serão abordados e aplicados de maneira compatível com respeito ao negociado e acordado, e também de acordo com as normas multilaterais preservando o equilíbrio de direitos e obrigações das partes", disse Lezcano.

O chanceler também afirmou que "o Paraguai acredita e aposta em um Mercosul que funcione para todos, capaz de traduzir seus princípios em resultados concretos e de responder com pragmatismo e visão aos desafios estruturais que ainda persistem" na região.

Segundo Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais entre os Estados Parte do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e, mais recentemente em 2024, Bolívia). "Não se trata de uma noção abstrata, mas de uma realidade econômica e geográfica que limita nosso desenvolvimento e condiciona nossa competitividade", disse, frisando que a condição mediterrânea do país impõe custos adicionais que encarecem as exportações e restringem a participação nas cadeias regionais de valor.

A reunião do CMC, em Foz do Iguaçu, nesta sexta-feira, foi majoritariamente fechada à imprensa.

No sábado, 20, o Brasil deve passar o bastão da Presidência Pro Tempore do bloco ao Paraguai, durante a 67ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, também em Foz do Iguaçu. 

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