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Tereza Cristina desconversa, mas não descarta disputar a presidência em 2026

Em entrevista para a CNN Brasil, a senadora confirma que o seu nome foi ventilado, mas afirma que a direita trabalha com o nome de Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo

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Após apoiar de perto a campanha vitoriosa de Adriane Lopes à prefeitura de Campo Grande (MS), a senadora Tereza Cristina disse que teve o nome incluído em conversas sobre possíveis candidatos da direita para a presidência da República, em 2026. Questionada, ela desconversou, mas não negou que possa concorrer ao pleito.

Durante uma entrevista para o canal CNN Brasil, a senadora sul-mato-grossense foi questionada sobre a possibilidade de seu nome ser indicado pelo PP. Em resposta, Tereza Cristina afirmou apenas que pretende participar do processo político. 

“Olha, hoje o Bolsonaro está inelegível e estamos trabalhando para que ele consiga concorrer às eleições presidenciais. Mas, caso ele não esteja apto, o nome que ele apoiar será nossa escolha. O que posso dizer é o seguinte: quero participar do processo e contribuir com o Brasil para vencer”, relatou.

Nomes como Ronaldo Caiado e Tarcísio de Freitas vêm ganhando destaque e dividindo à direita no país e gerando questionamentos sobre o comportamento de ambos os políticos, que, nas eleições municipais, apoiaram candidatos concorrentes. Essa situação tem gerado muita polêmica e pode respingar nas eleições de 2026.

Ao ser questionada sobre como vê essa briga acirrada pelo nome da direita, a senadora cita como exemplo o que aconteceu em Mato Grosso do Sul, que se dividiu em dois, mas conseguiu unir as forças e garantir a vitória de Adriane Lopes na prefeitura de Campo Grande (MS).

“Acredito que a direita precisa ter juízo para conseguir ganhar as eleições de 2026. No MS, que é um estado conservador, a população não entendeu o posicionamento de Bolsonaro em apoiar o candidato do PSDB. Após a minha candidata conseguir chegar ao segundo turno, Bolsonaro declarou seu apoio, e conseguiu unir-se à direita e vencer as eleições em Campo Grande. Isso aconteceu em todo o Brasil, e vejo que nós, da direita, precisamos nos unir; se não, não conseguiremos vencer as eleições”, explica.

Atualmente, o ex-presidente Jair Bolsonaro segue inelegível, mas a direita está trabalhando com o nome de Tarcísio de Freitas como possível sucessor.

No entanto, nas eleições municipais, a postura do governador de São Paulo em apoiar Ricardo Nunes na prefeitura da capital do estado incomodou bastante o partido. Ao ser questionada se essa postura está relacionada ao espaço que Tarcísio vem conquistando, a senadora do MS afirmou que toda essa intriga vai passar e que o governador é o nome preferido da direita para 2026.

“Isso tudo vai passar; as eleições funcionam desta forma. A gente se agride, mas depois andamos juntos. Posso afirmar que Tarcísio de Freitas é o nosso candidato, embora ele já tenha mencionado as pessoas mais próximas que sua vontade é concorrer ao governo de São Paulo em 2026.”

 

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STF já condenou 310 pessoas por atos golpistas em 8 de janeiro

Condenações dos executores variam entre 15 anos e 17 anos de prisão

03/12/2024 20h00

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

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O Supremo Tribunal Federal (STF) já condenou 310 pessoas acusadas de envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. O número foi divulgado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), órgão responsável pela acusações, nesta terça-feira (3).

De acordo com a procuradoria, 2 anos após os atos, 229 foram condenados como executores dos atos e 81 na condição de incitadores.

As condenações dos executores variam entre 15 anos e 17 anos de prisão, por crimes de associação criminosa armada, dano qualificado, deterioração do patrimônio tombado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe de Estado.

No caso dos acusados de incitação aos atos, as condenações são de 1 ano de prisão, mas foram substituídas por prestação de serviços comunitários e a presença em um curso sobre democracia. 

Os condenados também estão com o passaporte retido, porte de arma revogado e deverão pagar, solidariamente, o valor de R$ 5 milhões por danos morais coletivos.

O levantamento da PGR também mostra que 500 acusados assinaram acordo de não persecução penal e seus processos foram encerrados.

O acordo permite que os acusados que não participaram diretamente dos atos de depredação do Congresso, do Palácio do Planalto e do Supremo possam confessar os crimes em troca de medidas diversas da prisão.

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Presidente do CNJ destaca Judiciário de MS no panorama nacional

Luís Roberto Barroso exalta produtividade dos magistrados brasileiros e defende realização de evento em Campo Grande, mesmo diante de investigações em curso

03/12/2024 18h15

Presidente do CNJ destaca Judiciário de MS no panorama nacional

Presidente do CNJ destaca Judiciário de MS no panorama nacional TJMS

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O 18º Encontro Nacional do Poder Judiciário, promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), começou na noite de segunda-feira, 2 de dezembro, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Durante a solenidade de abertura, o presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, fez um balanço do primeiro ano de sua gestão.

Barroso destacou a produtividade dos magistrados brasileiros, a atuação correicional do CNJ e o papel de destaque do Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul no âmbito nacional.

Além disso, apresentou dados sobre o desempenho do Judiciário no país: os 18,8 mil juízes brasileiros julgam, anualmente, cerca de 35 milhões de processos, uma média de 4.390 por magistrado, consolidando-se como um recorde mundial.

Detalhou a redução do custo do Judiciário em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) e ressaltou que mais de 50% das despesas do órgão são cobertas pela arrecadação.

“É uma estatística que nos orgulha pelo trabalho que conseguimos entregar com qualidade. Além disso, cerca de 50% dos processos no país tramitam em regime de gratuidade, o que reflete o compromisso do Judiciário em garantir acesso à justiça para a sociedade brasileira de forma ampla e inclusiva”, afirmou.

O ministro também destacou a importância da atuação correicional do CNJ, conduzida pela Corregedoria Nacional de Justiça. No entanto, observou que o número de punições é pequeno em relação ao total de magistrados no Brasil.

“Embora a correição seja fundamental, o grande papel do CNJ é estabelecer políticas públicas e reunir dados que orientem decisões adequadas. Os números mostram que punimos um número limitado de juízes, mas deixamos claro que o Poder Judiciário não tolera irregularidades”, frizou.

Sobre a escolha de Campo Grande como sede do evento, Barroso defendeu que a realização do encontro na capital sul-mato-grossense respeita o princípio do devido processo legal, mesmo diante de investigações em curso.

“Não realizar o evento em Mato Grosso do Sul seria um pré-julgamento, algo que contraria nossos valores. Se houver irregularidades, as sanções serão aplicadas no momento devido, mas sem antecipações. Além disso, o Judiciário local conta com centenas de magistrados que têm uma reputação elevada nacionalmente, e cancelar o evento seria desrespeitoso com todos eles”, concluiu.

O evento, que ocorre no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, em Campo Grande, segue com programação nesta terça-feira, 3 de dezembro.

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