Política

CAMPO GRANDE

Pela 1ª vez, Adriane critica ex-prefeitos e ex-governador por situação da cidade

Pré-candidata à reeleição, a prefeita lembrou que tem apenas dois anos de gestão e está tentando corrigir os problemas

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Quinta da série de entrevistas que a Rádio CBN Campo Grande e o Jornal Correio do Estado estão fazendo com seis pré-candidatos à prefeitura da Capital, a atual prefeita Adriane Lopes (PP) criticou, pela primeira vez, os ex-prefeitos da cidade e, principalmente, Marquinhos Trad (PDT), de quem foi vice por um mandato e meio, bem como o ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB), pelos atuais problemas.

“Nesses dois anos à frente do Executivo, nós trabalhamos muito internamente arrumando a casa, colocando em ordem processos que eram situações delicadas. Por exemplo, gastos com folha de pessoal acima do limite prudencial. Eu assumi com limite de 59,16% do orçamento, extrapolando o limite com gastos excessivos com o pessoal”, lamentou.

Ela explicou que começou a fazer ajustes na gestão, contendo gastos e despesas com custeio.

“Uma medida provisória permite que o gestor regularize essa questão em 10 anos, mas tive dois anos e diminui esse índice para 55,2%. Isso implicou em uma economia de R$ 189 milhões por ano aos cofres públicos com gasto de pessoal”, pontuou.

A prefeita também reclamou de obras paradas há mais de 20 anos, como no caso da recuperação da Avenida Ernesto Geisel, mais conhecida como Norte-Sul, que começou na gestão do ex-prefeito Nelsinho Trad, hoje senador pelo PSD. 

“Essa é uma situação que como gestora está sob a minha responsabilidade, mas não é culpa minha, porém, tenho de buscar uma saída. Então, nós cadastramos essa obra no PAC {Programa de Aceleração de Crescimento} e tivemos a notícia, através da bancada federal, que teremos recurso para terminar essa obra”, revelou, informando que serão destinados R$ 150 milhões.

Questionada se poderia ser vice de Marquinhos Trad novamente no futuro sabendo dos problemas deixado para ela, Adriane Lopes foi categórica em dizer não.

“Eu acho que conhecimento, informação, traz à luz várias situações. Na época, nós tínhamos acordos de gestão e eu cuidei da parte de assistência social. Quando eu assumi a gestão de verdade, aí eu tive de mudar o posicionamento, buscar informação e entender os indicadores da cidade. E foi quando, como mãe e mulher, comecei a observar a educação do município”, afirmou.

A gestora disse que foi quando deu mais atenção à educação, pois, quando conseguiu incluir a Capital com relevância nas discussões sobre a Rota Bioceânica, o primeiro indicador que os investidores interessados perguntavam sobre a cidade era a do ensino básico. 

“Nós começamos a investir na educação, pois, antes, os recursos da área eram gastos com folha de pagamento servidor e, hoje, são investidos em novas obras”, assegurou, revelando que há um déficit de vagas, principalmente nas escolas de Educação Infantil (EMEIs).

A prefeita disse que obras paradas na educação eram um problema recorrente das gestões passadas e herdou casos de construções paralisadas há mais de 15 anos.

“Das 13 obras de EMEis paradas, oito nós já retomamos em dois anos de gestão. Mas, nesses 15 anos, quantos prefeitos passaram pelo cargo e não resolveram? Eu estou resolvendo”, garantiu.

Com relação à queda na arrecadação de impostos em Campo Grande, Adriane Lopes disse que é um problema histórico da cidade e a culpa também é das gestões anteriores.

“Hoje, o sistema interno de arrecadação tem 30 anos e precisa ser modernizado. E nós começamos essa modernização”, revelou.

Entretanto, ela completou que desde o início da administração do ex-governador Reinaldo Azambuja começou a diminuição na distribuição do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). 

“Agora, temos um governador mais sensível em relação a isso, que é o Eduardo Riedel, a quem nós apoiamos no segundo turno. Precisamos do apoio do Governo do Estado para investimentos na Capital e ele tem sinalizado positivamente, tanto que no início deste ano nós conversamos bastante sobre a modernização do transporte público e ele prontamente disse que será nosso parceiro”, relatou.

A prefeita citou que Riedel é um bom governador, competente e tem se colocado a favor de Campo Grande.

“Nós destravamos várias obras com a contrapartida do Estado. As avenidas Duque de Caxias e Dos Cafezais, bem como o novo acesso à região das Moreninhas são frutos da parceria da Prefeitura com o Governo. Essa parceria está sendo fundamental para que a gente possa avançar nas melhorias que a cidade precisa”, ressaltou.

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ORDEM DOS ADVOGADOS

Eleição da OAB no Estado leva hoje às urnas 12,3 mil advogados aptos a votar

Os candidatos são Bitto Pereira, da chapa 22 ("Pelo Futuro da OAB"), e Lucas Rosa, da chapa 11 ("Renovação: OAB de Todos")

22/11/2024 07h53

Os advogados Bitto Pereira, da chapa 22, e Lucas Rosa, da chapa 11, disputam a presidência da OAB-MS

Os advogados Bitto Pereira, da chapa 22, e Lucas Rosa, da chapa 11, disputam a presidência da OAB-MS Foto: Montagem

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Das 9h às 17h de hoje, os 12.380 advogados do Estado aptos a votar – que não têm condenação disciplinar e estão em dia com a tesouraria – vão às urnas para eleger o próximo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso do Sul (OAB-MS) para o triênio 2025-2027, que na eleição deste ano tem como candidatos Bitto Pereira, da chapa 22 (“Pelo Futuro da OAB”), que tentará a reeleição, e Lucas Rosa, da chapa 11 (“Renovação: OAB de Todos”).

Ao todo, são 31 subseções em Mato Grosso do Sul. Além do presidente, os advogados vão eleger o Conselho Seccional e sua diretoria, o Conselho Federal, a diretoria da Caixa de Assistência dos Advogados (CAAMS) e as diretorias e conselhos subseccionais. 

Para votar, os advogados devem levar o Cartão de Identidade Profissional ou um dos seguintes documentos: Carteira de Identidade Nacional (CIN), Carteira Nacional de Habilitação (CNH), Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) e Passaporte.

As chapas para o Conselho Seccional são compostas por 45 conselheiros seccionais titulares, incluídos os membros da diretoria e com indicação nominal desses, e 45 suplentes, três conselheiros federais titulares e três conselheiros federais suplentes e cinco membros para a composição da diretoria da CAAMS.

Os vencedores do pleito vão tomar posse no dia 1º de janeiro de 2025 para o exercício do mandato trienal em sessão ordinária realizada no Plenário do Conselho Federal, presidida pelo presidente eleito, após prestarem o compromisso legal. 

O advogado que não comparecer ao local de votação fica sujeito à multa, equivalente a 20% do valor da anuidade. Em caso de ausência, ela deve ser justificada, por escrito, dentro do prazo de 30 dias, contados a partir do dia útil seguinte à data da eleição – ou seja, até 6 de janeiro de 2025.

Em Campo Grande, a votação será na sede da OAB-MS, que fica na Avenida Mato Grosso, nº 4.700, Centro, enquanto os locais das 31 subseções podem ser consultados no site da oabms.org.br/eleicao-oab/. Como serão utilizadas urnas eletrônicas, o resultado das eleições está previsto para sair até as 18h de hoje.

EXPECTATIVAS

O atual presidente da OAB-MS, Bitto Pereira, disse ao Correio do Estado que está otimista para a eleição de hoje.

“Diante de todo o trabalho que nós fizemos ao longo dos três anos, tanto em Campo Grande quanto em todas as 31 subseções, a expectativa é de que tenhamos uma maiúscula vitória”, projetou.

Ele completou ter certeza de que a advocacia sul-mato-grossense saberá reconhecer o trabalho feito por sua gestão.

“Atuamos em todas as frentes, abordando as prerrogativas e os honorários dos advogados, a Escola Nacional da Advocacia [ESA] e a Caixa de Assistência dos Advogados. Enfim, trabalhamos unidos por uma advocacia forte e respeitada”, assegurou, completando que sua principal bandeira é o empreendedorismo na advocacia.

Já o advogado Lucas Rosa revelou ao Correio do Estado que a expectativa é que toda advocacia exerça seu sagrado direito de escolher seus dirigentes.

“Especialmente porque o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul [TJMS] acolheu um pleito da Associação dos Advogados de Mato Grosso do Sul [AAMS] de suspensão de todos os prazos e de todos os atos judiciais das audiências e dos julgamentos para que todos advogados possam votar presencialmente, como deve ser”, ressaltou.

Em razão disso, ele ressaltou que a expectativa é que a advocacia exerça esse direito ao voto, opine, escolha seus dirigentes e não deixe de votar.

“Não votem nulo, não votem em branco, mas escolha efetivamente a liderança. E no meu caso, especificamente, o nosso desejo é de renovação e de restauração da ordem para que volte a ser o que sempre foi e para que volte a ser o que ela era. Afinal, atualmente, a gente está se afastando do debate público, do dia a dia do advogado, e sem alternância de poder”, criticou.

Saiba

Eleitorado é maior do que em 42 cidades

Os 12.380 advogados aptos a votar na eleição da OAB-MS é maior do que o eleitorado de 42 municípios de Mato Grosso do Sul. Na prática, o número de advogados que podem votar no pleito de hoje é superior ao de 53% dos 79 municípios sul-mato-grossenses.

OPERAÇÃO

Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes "faz tudo o que não diz a lei"

PF indiciou 37 pessoas por tentativa de golpe de estado

21/11/2024 20h00

Foto: Senado

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Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

"Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar", disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). "O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei", criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

*Com informações da Agência Brasil

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