Política

LEVANTAMENTO

Pesquisa Futura mostra que Riedel seria reeleito governador em todos os cenários

Ao todo, o instituto ouviu 800 eleitores em Campo Grande, na Grande Dourados e em mais 8 regiões de Mato Grosso do Sul

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Se as eleições para governador em Mato Grosso do Sul fossem agora, o atual chefe do Executivo, Eduardo Riedel (PSDB), seria reeleito, conforme o primeiro levantamento de intenções de votos para governador no Estado, realizado pela Futura Inteligência, empresa de pesquisa da Apex Partners, que liberou os dados com exclusividade ao Correio do Estado.

O instituto fez o levantamento, no período de 27 de março a 1º de abril deste ano, com 800 eleitores com 16 anos ou mais de idade, em Campo Grande, na Grande Dourados e nas regiões costa leste, pantanal, sul-fronteira, norte, metropolitana, leste, cone-sul e sudoeste de Mato Grosso do Sul, tendo índice de confiança de 95% e uma margem de erro de 3,5 pontos porcentuais para mais ou para menos.

Na pesquisa espontânea, quando não é dada nenhuma opção de resposta, Riedel lidera, com 16,5% das intenções de votos, enquanto atrás aparecem o ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB), com 2,1%, e a ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil), com 1,2%.

Mais atrás aparecem a senadora Tereza Cristina (PP), com 0,9%, e o vereador Marquinhos Trad (PDT), com 0,3%. Ainda, 8% votariam em outros nomes, 2,6% disseram que não votariam em ninguém, em branco ou nulo e 68,3% não souberam, não responderam ou estavam indecisos.

ESTIMULADA

Já na pesquisa estimulada, quando são fornecidas opções de respostas aos entrevistados, o governador Riedel continuou na liderança, com 28,6%, seguido por Tereza Cristina, com 20,2%, Rose Modesto, com 16%, e Capitão Contar, com 13,2%.

Mais atrás apareceram Marquinhos Trad, com 8,4%, Giselle Marques (PT), com 0,9%, e Luhhara Arguelho (Psol), com 0,6%. Ainda, 6,5% disseram que não votariam em ninguém, em branco ou nulo e 5,7% não souberam, não responderam ou estavam indecisos.

A Futura Inteligência também simulou um provável segundo turno, com sete cenários possíveis: em todos que foi inserido, Riedel derrotou o adversário. No primeiro cenário, o atual governador obteve 57,2% da preferência do eleitorado, enquanto Marquinhos Trad chegou a 23,4%. Neste cenário, foram 14,2% de votos brancos e nulos e 5,3% dos eleitores não souberam ou não responderam.

No segundo cenário, Riedel lidera, com 52,6%, e Rose Modesto atinge 31%. Neste cenário, foram 11,5% de votos brancos e nulos e 4,9% dos eleitores não souberam ou não responderam, enquanto no terceiro cenário o governador chegou a 53,8%, contra 27% do Capitão Contar, sendo 12,7% de votos brancos e nulos e 5,6% dos entrevistados que não souberam ou não responderam. 

No quarto cenário, Riedel atingiu 48,4% e Tereza Cristina, 36,4% – votos brancos e nulos somaram 11,4% e não souberam ou não responderam 3,7%.

SEM RIEDEL

No quinto cenário, primeiro sem Riedel, a ex-deputada Rose Modesto, com 44,2%, venceria Marquinhos Trad, com 30,9%. Neste cenário, foram 20,1% de votos brancos e nulos e 4,9% dos eleitores não souberam ou não responderam.

No sexto cenário, também sem o atual governador, Tereza Cristina seria eleita, com 50,1%, derrotando Marquinhos Trad, que somaria 30,7%. Votos brancos e nulos totalizaram 15,6% e não souberam ou não responderam 3,7% dos eleitores.

No sétimo e último cenário, ainda sem Riedel, a senadora Tereza Cristina ganharia, com 44,8%, de Rose Modesto, que atingiria 38,9% – brancos e nulos somaram 12,3% e não souberam ou não responderam 4,1% dos eleitores.

A Futura Inteligência também apurou a rejeição aos prováveis candidatos a governador, ou seja, em quem os eleitores não votariam de forma nenhuma, e Capitão Contar ficou na liderança, com 30,8%, seguido por Marquinhos Trad, com 27,9%, e Rose Modesto, com 19,8%.

Em seguida apareceram Tereza Cristina, com 18%, Luhhara Arguelho, com 13,6%, Gisele Marques, com 12%, e Riedel, com 9,1%. Ainda, 9,2% não rejeitam nenhum, 8,7% não souberam ou não responderam e 2,8% rejeitam todos.

PRESIDENTE

A Futura Inteligência levantou as intenções de votos para presidente da República e, se as eleições fossem hoje, mesmo estando inelegível, Jair Bolsonaro (PL) venceria Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em todos os cenários no primeiro turno.

No primeiro cenário, Bolsonaro lidera, com 47,4%, tendo logo em seguida Lula, com 26,2%, Ratinho Jr. (PSD), com 9%, e Ronaldo Caiado (União Brasil), com 6,4% – brancos e nulos somaram 7,2% e não souberam ou não responderam 3,8% dos entrevistados.

Já em outro cenário, sem a presença de Lula, Bolsonaro mantém a liderança, com 46,3%, seguido por Geraldo Alckmin (PSB), com 17,9%, Ratinho Jr., com 12,8%, e Ronaldo Caiado, com 8,1% – brancos e nulos somaram 11,8% e 3,2% não souberam ou não responderam.

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Política

Moraes autoriza cirurgia de Bolsonaro no Natal; internação ocorrerá no dia 24

Moraes também permitiu que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro seja a acompanhante principal de Bolsonaro no período em que ele estiver no DF Star

23/12/2025 14h56

Reprodução

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou nesta terça-feira, 23, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seja internado nesta quarta-feira, 24, e faça uma cirurgia para tratar uma hérnia inguinal bilateral.

Bolsonaro será internado no Hospital DF Star, que fica a menos de três quilômetros de onde o ex-presidente está preso desde 22 de novembro. Ainda não foi informado o horário da chegada do ex-chefe do Executivo no hospital e nem o início do procedimento cirúrgico, previsto para ocorrer no dia 25, feriado de Natal.

Moraes também permitiu que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro seja a acompanhante principal de Bolsonaro no período em que ele estiver no DF Star. O ministro não atendeu o pedido da defesa para visitas de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o ex-vereador do Rio Carlos Bolsonaro (PL).

O ministro do STF determinou ainda medidas de segurança no hospital. Uma determinação é que pelo menos dois policiais federais fiquem na porta do quarto onde estará Bolsonaro em todo o período em que ele estiver internado.

"A Polícia Federal deverá providenciar a completa vigilância e segurança do custodiado durante sua estadia, bem como do hospital, mantendo equipes de prontidão. A Polícia Federal deverá garantir, ainda, a segurança e fiscalização 24 (vinte e quatro) horas por dia, mantendo, no mínimo 2 (dois) policiais federais na porta do quarto do hospital, bem como as equipes que entender necessárias dentro e fora do hospital", diz um trecho da decisão.

O ministro proibiu a entrada de celulares e outros equipamentos eletrônicos, determinando apenas a entrada de equipamentos médicos no quarto que receberá o ex-presidente.

JUSTIÇA

Juristas de MS aprovam criação de um código de ética para tribunais superiores

Proposta parte do presidente do STF, Edson Fachin, ao defender que magistrados precisam ter rigor técnico e sobriedade

23/12/2025 08h20

O presidente do STF, ministro Edson Fachin, durante sessão de encerramento do ano judiciário

O presidente do STF, ministro Edson Fachin, durante sessão de encerramento do ano judiciário Rosinei Coutinho/STF

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A proposta do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, de criar um código de conduta para os tribunais superiores, por entender que os magistrados precisam ter rigor técnico e sobriedade, foi bem-aceita pelos juristas de Mato Grosso do Sul.

O advogado Benedicto Arthur Figueiredo Neto lembrou que, etimologicamente, a palavra ética vem do grego ethos, que significa costume, caráter e modo de agir.

“Em meio às diversas críticas que alguns ministros do STF têm sofrido por receberem valores para proferirem palestras, o que é totalmente lícito à magistratura, Fachin se inspira no código de conduta da Suprema Corte da Alemanha para a criação de uma normatização ao modo de agir dos seus membros”, explicou.

Ele completou que o código de conduta da Suprema Corte alemã é bastante pragmático e objetivo, no sentido de sempre preservar em primeiro lugar a imagem da Corte e de que a conduta de seus membros sempre siga regras para que essa imagem venha a ser preservada.

“É o caso de como se prevê na Alemanha que os seus membros devem ponderar se o evento do qual vão participar não tem conflito com a reputação e com a honra da Corte. A normatização de um código de ética para tribunais superiores é a franca demonstração de reconstrução da imagem independente pela magistratura, afastando-se da política”, analisou.

Sandro de Oliveira, professor doutor da Faculdade de Direito (Fadir) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), acrescentou que um código de ética da magistratura é pertinente e necessário porque traduz, de forma clara e acessível, os valores que já estão consagrados na Constituição Federal e que devem orientar a atuação de todo agente público, mais especialmente daqueles que exercem a função de julgar.

“O código não cria obrigações novas, mas organiza princípios como legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, oferecendo parâmetros objetivos de conduta que reforçam a confiança da sociedade no Poder Judiciário. Além disso, a magistratura ocupa uma posição singular na estrutura do Estado, pois dela se espera independência, equilíbrio e compromisso permanente com os direitos fundamentais”, pontuou.

Sandro de Oliveira ressaltou que um código de ética funciona como instrumento pedagógico e preventivo, ajudando o magistrado a refletir sobre sua postura dentro e fora da jurisdição, à luz do interesse público, da dignidade da função e do dever de imparcialidade, que decorre diretamente do princípio republicano.

“Ao fortalecer a ética institucional, o código contribui para a transparência e para a legitimidade democrática do Judiciário. Ele reafirma que a atuação judicial não está dissociada da administração pública, mas submetida aos mesmos princípios constitucionais que exigem responsabilidade, probidade e prestação de contas à sociedade, elementos que são necessários à consolidação do Estado Democrático de Direito”, assegurou.

Para ele, é importante registrar que códigos de ética e de conduta não são estranhos ao ordenamento jurídico brasileiro. “Ao contrário, diversas carreiras de Estado e do serviço público, de modo geral, já contam com diplomas próprios que orientam a atuação de seus membros. Nesse contexto, a instituição de um código de ética da magistratura não apenas se mostra legítima, como também relevante, na medida em que contribuiria para balizar comportamentos, fortalecer a confiança social no Judiciário e servir de referência normativa e ética para as demais carreiras do Estado brasileiro”, argumentou.

O advogado André Borges citou que a proposta surge depois de fatos recentes, como esposa de ministro do STF com contrato milionário e advogando na Corte do esposo e ministro viajando no jatinho em que estava advogado que posteriormente teve pedido atendido, revelarem a necessidade urgente de ser atualizado o Código de Ética da Magistratura editado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

“Judiciário é importante demais para que sobre ele recaiam dúvidas sobre a honra e a decência de seus integrantes. Proteção ética surge exatamente de um código de ética. Na Suprema Corte dos Estados Unidos isso já foi aprovado. Trata-se de algo que precisa ser aplicado no Brasil, incluindo ministros das cortes superiores de Brasília [DF]. Vivemos em uma república, que tem como característica principal a responsabilidade dos servidores públicos em geral, no que se incluem os magistrados”, comentou o jurista ao Correio do Estado.

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