A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (3) a Operação “Almacén de Armas". De acordo com as investigações, o objetivo da ação desencadeada em Dourados, interior do Estado, é neutralizar a organização caracterizada pela PF como responsável por tráfico internacional de armas.
Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva em Umuarama e Palotina, cidades situadas no Paraná.
Os investigados respondem por crimes de associação criminosa armada, por tráfico internacional de arma de fogo, comércio ilegal de arma de fogo, posse e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e restrito. Somadas, as penas podem chegar a 47 anos de reclusão.
Conforme a polícia, as investigações foram impulsionadas a partir de um flagrante decorrente da Operação "Agropoison", deflagrada em junho último. Na ocasião, os oficiais identificaram o grupo criminoso estruturado para a prática de “intenso e contínuo fluxo de tráfico internacional de armas para abastecimento de terceiros e outras organizações criminosas”, destacou a polícia.
Agropoison
Deflagrada e coordenada pela Polícia Federal dia 21 de junho último, a operação “Agropoison” mira neutralizar a organização criminosa responsável pela aquisição e logística de transporte de agrotóxicos contrabandeados entre Brasil e Paraguai. Na ocasião, foram lavrados dois flagrantes, sendo um em Dourados e outro em Sinop, no Mato Grosso.
Conforme a PF, as investigações evidenciaram a existência de uma organização criminosa, que se utilizava de pessoas jurídicas como, “laranjas”, responsáveis pela cooptação de pessoas para o transporte e ocultação de cargas lícitas. Segundo a Polícia Federal, estima-se que a organização tenha movimentado valores superiores a R$ 2 milhões somente durante o período de investigação.
Ao todo, foram executados sete mandados de busca e apreensão e dois de prisão temporária para os líderes da organização criminosa, todos expedidos pela Justiça Federal de Dourados.
Além do bloqueio patrimonial de todos os bens imóveis, veículos, foram bloqueadas as contas bancárias dos alvos e pessoas jurídicas identificadas no esquema, feito que culminou no bloqueio patrimonial de todos os bens imóveis, veículos e contas bancárias dos envolvidos.
No fato em questão, a PF cumpriu mandados de prisão nas cidades de Palotina e Toledo, ambas no Paraná, e em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, ação com cerca de 20 agentes federais.
Os flagrantes foram motivados por fabricação e alteração de armas de fogo, além de munição em posse de um dos indivíduos. Os investigados respondem pelos crimes de organização criminosa e contrabando, com penas que somadas podem chegar a 13 anos de reclusão.




