Política

FILIAÇÕES PARTIDÁRIAS

Podemos, PL e PP são as siglas que mais ganharam filiados no Estado em 4 anos

No entanto, conforme o TRE-MS, MDB e PSDB continuam sendo os partidos com mais membros em MS até maio deste ano

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Com menos de quatro meses para as eleições municipais deste ano em Mato Grosso do Sul, o número de filiados nos 29 partidos aptos a participar do pleito do próximo dia 6 de outubro cresceu 5,03% no Estado no período entre dezembro de 2022 e maio de 2024, saltando de 290.340 para 304.958, conforme dados do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MS).

Em consulta feita pela reportagem do Correio do Estado, entre os maiores partidos de Mato Grosso do Sul, os que mais apresentaram crescimento percentual no período analisado, ou seja, de 2022 a 2024, foram: Podemos (61,10%), PL (40,58%), PP (28,25%), Republicanos (10,70%), PSDB (8,04%) e PT (1,03%).

No caso do Podemos, o partido saiu de 7.785 filiados em dezembro de 2022 para 12.541 em maio de 2024, enquanto o PL saiu de 13.876 para 19.507, o PP saltou de 17.783 para 22.806, o Republicanos foi de 15.456 para 17.111, o PSDB pulou de 32.420 para 35.026 e o PT arrancou de 33.712 para 34.058.

Por outro lado, entre as principais legendas do Estado, as que mais apresentaram queda, no período avaliado, foram: PRD (6,85%), PDT (5,52%), PSD (1,88%), MDB (1,87%) e União Brasil (0,84%).

O PRD, que é fruto da fusão do Patriota com o PTB, caiu de 25.938 (somatória dos dois partidos extintos) em dezembro de 2022 para 24.160 em maio de 2024, enquanto o PDT saiu de 20.039 para 18.932, o PSD foi de 10.131 para 9.941, o MDB despencou de 43.746 para 42.929 e o União Brasil diminuiu de 18;289 para 18.136.

No entanto, em números absolutos, o MDB continua sendo o maior partido de Mato Grosso do Sul em número de filiados, com 42.929, seguido pelo PSDB, com 35.026, PT, com 34.058, PRD, com 24.160, PP, com 22.806, PL, com 19.507, PDT, com 18.932, União Brasil, com 18.136, Republicanos, com 17.111, Podemos, com 12.541, PSD, com 9.941, PSB, com 9.077, Solidariedade, com 6.845, e Cidadania, com 6.607.

REPERCUSSÃO

Segundo fontes ouvidas pelo Correio do Estado, o crescimento de 61,10% no número de filiados no Podemos pode ser creditado ao fato de o partido ter se aproximado do governador Eduardo Riedel (PSDB), bem como à organização da legenda para as eleições municipais deste ano.

Ainda conforme essas mesmas fontes, a aproximação do partido ao governador aconteceu depois que a senadora Soraya Thronicke deixou o União Brasil para se filiar ao Podemos, assumindo a direção estadual da legenda e tirando a sigla da oposição. 

Graças a essa “aliança” com Riedel, o Podemos recebeu o apoio necessário para crescer como uma boa alternativa para a disputa eleitoral, tanto que o partido pretende lançar chapa de vereadores em 40 municípios e pré-candidaturas a prefeito em cinco municípios, bem como pré-candidatos a vice-prefeito em outras cinco cidades.

DIREITA

Já o PL, conforme o presidente estadual, deputado federal Marcos Pollon, o crescimento de 40,58% é fruto do fato de o partido ser a legenda do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro aliado ao trabalho realizado junto aos municípios do interior do Estado.

“Em números absolutos, o PL foi o partido que mais cresceu em Mato Grosso do Sul, pois estivemos pessoalmente em todos os municípios e nossa equipe se faz presente constantemente em todas essas cidades”, declarou Marcos Pollon.

Ele completou que, graças às andanças pelos municípios do interior, encontrou “pessoas que acreditam em uma nova política e compartilham da necessidade da construção de um partido que represente a direita sul-mato-grossense.

“Este é só o começo”, assegurou.

O deputado federal ainda informou que o PL já confirmou pré-candidaturas na majoritária em 36 municípios de Mato Grosso do Sul, como em Amambai, com Zé Bambil, Corumbá, com Pastor André, Coxim, com Salette Bell, Maracaju, com Rovilson Corrêa, Aquidauana, com Dr. Vitinho, Sidrolândia, com Rodrigo Basso, Dourados, com Giani Nogueira, e Três Lagoas, com Paulo Veron.

CENTRO

No caso do PP, de acordo com a senadora Tereza Cristina, principal liderança do partido em Mato Grosso do Sul, o crescimento de 28,25% no número de filiados de uma eleição para outra é fruto do trabalho realizado pela Executiva estadual junto aos diretórios municipais.

“O PP é um partido muito coerente e as pessoas estão caminhando mais para as legendas de centro. Hoje, o partido vem crescendo de maneira consolidada, regular e consistente. Fico muito feliz com esse desempenho”, declarou a parlamentar.

Tereza Cristina acrescentou ainda que o PP é um partido conservador, quando se trata da família brasileira, e liberal, quando a pauta é econômica. 

“Os eleitores sul-mato-grossenses enxergaram isso e estão migrando para a nossa legenda, pois esses dois pilares – conservadorismo na família e liberalismo na economia – pesam na hora da decisão”, argumentou.

A senadora completou também que o PP terá, além da prefeita Adriane Lopes, em Campo Grande, e do prefeito Alan Guedes, em Dourados, vai lançar pré-candidatos a prefeito em outros 38 municípios e pré-candidatos a vice-prefeitos em outras 18 cidades de Mato Grosso do Sul. 

“Hoje, conforme os números da Executiva estadual do PP, já temos quase 25 mil filiados, número que deve aparecer nas estatísticas do TRE-MS do mês de junho”, projetou a parlamentar.

2.034.340 - Eleitorado apto a votar em MS neste ano

Desse total, 1.704.831  dos eleitores têm biometria, ou seja, 83,80%, enquanto 329.509 não.

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Não é Não

Projeto propõe instalação de "tendas" em eventos para atender vítimas de assédio sexual

A matéria apresentada na ALEMS sugere a criação de um espaço em eventos públicos, como shows, para acolhimento, orientação e apoio no andamento da ocorrência em casos de importunação sexual

06/03/2025 17h15

Credito: Pagu / Arquivo Correio do Estado

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Com o objetivo de fortalecer ações de prevenção ao assédio contra a mulher, foi apresentado na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems) o Projeto de Lei 48/2024, que propõe a criação de um espaço de amparo para eventuais vítimas em eventos públicos no Estado.

O PL, de autoria do deputado estadual Pedro Kemp (PT),  submetido na semana que faz alusão ao Dia da Mulher, em 8 de março, data que simboliza a luta das mulheres por igualdade e contra a discriminação de gênero.

Conforme o texto do projeto, caso seja aprovado, nos eventos com mais de 10 mil pessoas serão criadas as chamadas “Tendas Lilás”, que consistem em espaços com profissionais capacitados para lidar com mulheres que tenham sido vítimas de importunação sexual.

Além disso, a medida prevê a capacitação de gestores e profissionais que atuam nos eventos para que compreendam como proceder em casos de suspeita de abuso, assédio ou importunação sexual.

Outro ponto trata do rigor desde o momento da denúncia até o encaminhamento, com todo o levantamento dos fatos, para os órgãos competentes, garantindo que os responsáveis sejam devidamente punidos pela Justiça.

Também está prevista a circulação de campanhas educativas de conscientização para a prevenção da violência sexual, que deverão ser veiculadas em propagandas de televisão, rádio e outras mídias, em linguagem de fácil compreensão para alcançar o maior número de pessoas.

Tramitação


A matéria segue para análise da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR), onde pode receber emendas e, somente então, será encaminhada para apreciação dos parlamentares.

Como justificativa, o deputado apresentou a Lei Federal 13.718/18, que tipifica o crime de importunação sexual:

“O projeto busca garantir que, nos grandes eventos, exista um espaço destinado a recepcionar e orientar as vítimas de importunação ou outro tipo de assédio sexual, com colaboradores capacitados para o cumprimento do protocolo ‘Não é Não’, instituído pela Lei 14.786/23”, disse Kemp, e completou:

“O ponto de apoio ‘Tenda Lilás’ nos grandes eventos consiste em uma forma concreta de coibir a prática do crime de assédio sexual e de apoiar eventuais vítimas.”

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REFORMA MINISTERIAL

Ministra de MS no governo Lula estaria com prazo de validade vencido no cargo

Titular no Ministério das Mulheres, Cida Gonçalves deve ser a próxima troca do presidente da República no seu 1º escalão

06/03/2025 08h00

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, pode perder o cargo na reforma ministerial do presidente

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, pode perder o cargo na reforma ministerial do presidente Foto: Fabio Rodrigues-Pozzenom/Agência Brasil

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Na semana passada, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), iniciou a reforma ministerial, e conforme apurado pelo Correio do Estado, o próximo nome da lista é o da sul-mato-grossense Cida Gonçalves, que estaria com prazo de validade vencido no comando do Ministério das Mulheres.

No Palácio do Planalto, a saída dela seria considerada certa, pois há descontentamento quanto à gestão da Pasta, já que na semana passada, por exemplo, a Comissão de Ética da Presidência arquivou um processo que investigava uma suposta demissão de uma ex-secretária propondo verba para apoiá-la em candidatura e uma acusação de racismo.

Mesmo com os arquivamentos, os casos provocaram desgaste interno, assim como uma gravação revelada pelo jornal O Estado de São Paulo na semana passada. Na conversa, a ministra diz a interlocutores que interrompe suas agendas imediatamente para atender à primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja.

Os únicos no governo que recebem o mesmo tratamento, segundo ela, são o presidente Lula e o ministro da Casa Civil, Rui Costa. Ela afirmou ainda que consegue “enrolar” Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência, e Alexandre Padilha, da Secretaria das Relações Institucionais.

Caso a saída da ministra seja confirmada, Lula estuda duas alternativas: nomear a senadora Teresa Leitão (PT-PE) ou deslocar Luciana Santos (PCdoB) do Ministério de Ciência e Tecnologia para o Ministério das Mulheres. 

Na segunda alternativa, seria possível contemplar a bancada do PSD na Câmara dos Deputados com a pasta de Ciência e Tecnologia. A sigla está insatisfeita e considera que o Ministério da Pesca, que tem André de Paula como titular, não é compatível com o tamanho do partido.

REPERCUSSÃO

Procurada pelo Correio do Estado, a ministra Cida Gonçalves afirmou que “a prerrogativa sobre o cargo e de todos os demais ministros e ministras é do presidente da República”. 

Quanto às acusações, conforme a sul-mato-grossense, elas foram feitas pela matéria publicada no site Alma Preta, em 21 de outubro de 2024.

“Até a publicação da matéria que dá início a uma campanha difamatória, não havia denúncia formalizada a qualquer órgão da administração pública federal. Apenas no dia seguinte à publicação da matéria é que foi formulada uma denúncia com o mesmo conteúdo”, explicou.

Sobre as acusações de racismo feitas à Secretaria-Executiva da Pasta, Cida explicou que a Controladoria-Geral da União (CGU) descartou veementemente qualquer tipo de conduta imprópria.

“Nenhuma denúncia de racismo específica havia sido formalizada no Ministério das Mulheres. No dia 24 de fevereiro de 2025, a Comissão de Ética da Presidência da República arquivou o processo contra mim por falta de indícios”, argumentou.

Em relação aos áudios publicadas pelo Estadão, a ministra disse que não teve acesso.

“Na posição de ministra de Estado, jamais deixei de atender a qualquer outro ministério. O Ministério das Mulheres tem articulação institucional com todas as outras pastas do governo, até por conta da transversalidade dos temas tratados”, assegurou.

Naturalmente, conforme a sul-mato-grossense, algumas pautas são mais complexas do que outras, e as atinentes à Secretaria-Geral da Presidência e à Secretaria de Relações Institucionais são mais extensas e demandam tempo, por envolver, respectivamente, a articulação com entidades da sociedade civil e a relação com o Congresso Nacional.

“Quanto à primeira-dama Janja, é importante destacar que tenho uma relação pessoal e profissional com ela e que antecede à eleição do presidente Lula e à minha indicação ao Ministério das Mulheres”, lembrou.

Cida prosseguiu, dizendo que “a primeira-dama tem um extenso histórico de articulação política no campo dos direitos das mulheres e, por isso, oferece um rico diálogo e fundamentais contribuições para as pautas da igualdade de gênero”. 

“No entanto, é óbvio que não existe qualquer hierarquia ou prioridade em relação a qualquer ministro (a), substancialmente porque os temas tratados são extremamente distintos”, afirmou.

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