Política

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Prefeito de Porto Murtinho troca empurrões e tapas com "youtuber"

Nelson Cintra disse que foi atacado por um munícipe que ficou revoltado com a remoção de uma árvore na área de reparo do dique

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O prefeito Nelson Cintra (PSDB) fiscalizava a obra de reparo do dique quando foi abordado por um munícipe revoltado com a remoção de uma árvore. A discussão evoluiu para tapas e empurrões.

Cintra explicou ao Correio do Estado que o município recebeu um pedido da União com recomendações sobre as áreas que compreendem o dique, que possui 13 km de extensão, entre a BR-267 e a cabeceira da ponte sobre o Rio Paraguai, e tem 10 metros de altura.

Em um vídeo gravado por populares,  o munícipe identificado como Johnny Montanha aparece segurando um celular e conversando com o prefeito. Em dado momento, Cintra derruba o aparelho, e o gesto é retribuído.

A partir desse momento, Montanha começou a questionar a atitude do prefeito, perguntando “se ele é louco” e, em seguida: “você está achando que é quem?”.

Por sua vez, Cintra segue até a motocicleta de Johnny e a empurra barranco abaixo.

O bate-boca continua até que, em dado momento, Cintra diz para Montanha ficar na beirada porque pretende jogá-lo, como fez com a moto.

Neste ponto, Montanha desafia o prefeito, argumentando: “joga, se você é homem”.

A mulher que gravava toda a ação também teve o celular atirado longe por Nelson Cintra, o que acirrou ainda mais a situação. Montanha então partiu para cima e empurrou o prefeito várias vezes.

É possível ouvir em outra gravação, pessoas ao redor, preocupadas, querendo saber onde estavam os demais homens para apartar a confusão, já que havia “um idoso apanhando”.

Entenda


Em conversa com a reportagem do Correio do Estado, Nelson Cintra explicou que o bate-boca teve início por conta da remoção de uma árvore localizada nos arredores do dique.

Ele informou que Johnny Montanha é conhecido por disseminar mensagens em grupos de WhatsApp e, segundo o prefeito, chegou a ter uma página no Facebook em que atacava políticos, suspensa por ordem da Justiça.

“Nós estamos fazendo a proteção do dique a pedido do Patrimônio da União, que solicitou a restauração, porque o rio está enchendo. Estamos lá com máquinas arrumando. Tivemos que tirar uma árvore, e ele [Montanha] chegou com o celular, começou a filmar e a me desacatar”, explicou Cintra.

O prefeito reforçou que a obra está sendo realizada a pedido da União e possui toda a documentação e licenças. Sobre Montanha, afirmou tratar-se de um rapaz que tem o costume de agredir políticos.

“Eu fui verificar o serviço da máquina que está protegendo a cidade, recuperando o dique, e ele chegou lá e começou a me agredir, junto com outra mulher”, justificou Cintra.

Cintra afirmou que, após ouvir desaforos e xingamentos, ficou com raiva, bateu no celular de Montanha e, ao virar as costas, acabou sendo agredido. A situação terminou com a chegada da polícia.

“A Polícia Militar foi lá e o prendeu por agressão. Dá para ver que eu fui andando e ele vinha atrás me empurrando.”

Assim que terminar uma reunião, o chefe do Executivo de Porto Murtinho irá até a delegacia prestar depoimento sobre o ocorrido e informou que deve passar por exame de corpo de delito.

Veja o vídeo

 

 

Dique de Porto Murtinho


Como acompanhou o Correio do Estado, a cheia do Rio Paraguai colocará à prova a obra da Rota Bioceânica.

Para se ter uma ideia, com a intensidade da chuva que atingiu a região sudoeste de Mato Grosso do Sul durante a Semana Santa, no último sábado (3), o nível do Rio Paraguai chegou a 5,72 metros.

Em 1980, o município enfrentou uma enchente severa, deixando populares desabrigados por dias, até o nível da água baixar. Em 1982, o Governo Federal construiu o dique, que previne enchentes e só será superado se o nível da água ultrapassar os 10 metros, o que, até o momento, nunca ocorreu.

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Política

Líder do PL diz que Ramagem pode renunciar ao mandato e espera aprovação de asilo nos EUA

Sóstenes afirmou, no entanto, que trabalhará pela manutenção do mandato do correligionário

15/12/2025 22h00

Líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ)

Líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ) Foto: Divulgação

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O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), disse que Alexandre Ramagem (PL-RJ), parlamentar condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e foragido, admitiu que pode renunciar ao mandato em 2026. Sóstenes afirmou, no entanto, que trabalhará pela manutenção do mandato do correligionário.

Segundo Sóstenes, é importante que Ramagem mantenha o mandato neste ano para poder avançar com o processo de asilo político nos Estados Unidos.

"Vou solicitar ao Colégio de Líderes que não coloque a situação do Ramagem na pauta. Eu falei com ele há pouco, ele disse que até pode pensar numa futura renúncia no próximo ano, está tramitando pedido de asilo político nos Estados Unidos e por isso é importante para ele, a manutenção do mandato", afirmou.

Assim como aconteceu no caso da ex-deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), o PL acredita que não há votos suficientes para cassar Ramagem no plenário.

No começo de maio, a própria Câmara aprovou a sustação da ação penal contra Ramagem por 315 a favor e 143 contra.

O relator da proposta, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), alegou que a Constituição diz que pode ser trancada uma "ação penal", sem fazer restrição a outros denunciados.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), notificou na última quarta-feira, 10, Ramagem e Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por meio de edital, para que se manifestem nos processos que podem levar à cassação de seus mandatos. Ambos estão nos Estados Unidos (EUA).

No caso de Ramagem, o processo de cassação decorre do fato de ele estar foragido da Justiça e sua sentença já ter transitado em julgado.

O ex-delegado da Polícia Federal foi condenado à perda do mandato e a 16 anos de prisão pelo STF por tentativa de golpe de Estado.

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TROCA DE COMANDO

Secretária de Fazenda pode não voltar ao cargo após licença

O Correio do Estado apurou que o futuro da titular da Sefaz será a exoneração e o substituto deve sair da própria equipe

15/12/2025 08h00

A secretária municipal de Fazenda, Márcia Helena Hokama, está no cargo desde abril de 2022

A secretária municipal de Fazenda, Márcia Helena Hokama, está no cargo desde abril de 2022 Marcelo Victor

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À frente das finanças da Prefeitura de Campo Grande desde abril de 2022, a secretária municipal de Fazenda, Márcia Helena Hokama, não vai mais retornar ao cargo depois da prorrogação da licença médica por estresse e ansiedade iniciada em 20 de novembro deste ano e com previsão de encerrar no dia 8 de janeiro de 2026.

O Correio do Estado obteve a informação com exclusividade por meio de fontes do alto escalão da administração municipal de Campo Grande, que ainda explicaram que a prefeita Adriane Lopes (PP) teria sido comunicada da impossibilidade de a titular da Secretaria Municipal de Fazenda (Sefaz) reassumir as funções por conta de suas condições mentais.

Diante disso, a chefe do Executivo da Capital já teria determinado a procura por um substituto e, por enquanto, a tendência é de que o atual secretário-adjunto da Sefaz, Isaac José de Araújo, seja elevado a titular da Pasta por fazer parte da equipe técnica que foi montada por Márcia Hokama, considerada muito competente por Adriane Lopes.

A reportagem também foi informada de que a decisão da secretária de participar da corrida de rua de Bonito, realizada no dia 6, durante o afastamento por questões de saúde e o fato ter ganhado repercussão na mídia municipal teria pesado para que a continuidade dela no cargo após o fim da licença médica ficasse insustentável.

Márcia Hokama chegou a ser fotografada ao concluir um percurso de 10 km e conquistar o 23º lugar na categoria (competidores com idade entre 50 e 59 anos), e a imagem dela sendo publicada pelos principais órgãos de imprensa “pegou” muito mal até mesmo a imagem da prefeita, que é uma grande defensora do trabalho da secretária.

Porém, como a mulher de César não basta ser honesta, ela também precisa parecer honesta, a corrida foi a gota d’água para fim dos mais de três anos dela à frente das finanças municipais, período marcado por muito desgaste político e pressões decorrentes de crises no transporte coletivo urbano, na saúde e nas finanças, chegando a ser cobrança publicamente pela Câmara Municipal de Campo Grande.

O ponto alto desse desentendimento com os vereadores foi quando Márcia Hokama faltou à convocação para dar explicações sobre a crise, e, na época, ela já chegou a alegar problemas de saúde. Em novembro, a situação mental dela teria chegado no fundo do poço, obrigando o pedido de licença médica.

A partir da oficialização da concessão do afastamento, os boatos começaram dando conta de que ela não retornaria mais ao cargo, porém, a prefeita Adriane Lopes assegurava o retorno da titular da Sefaz após o fim da licença médica.

Entretanto, depois da divulgação da participação de Márcia Hokama da corrida de rua de Bonito a prorrogação da dispensa das funções foram decisivas para que a chefe do Executivo Municipal cedesse à pressão pela exoneração da secretária.

Procurada pelo Correio do Estado, a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, não quis comentar até o fechamento desta edição. O espaço continuar aberto para a manifestação da chefe do Executivo Municipal.

*SAIBA

A trajetória de Márcia Hokama começou em abril de 2022, quando foi nomeada pela prefeita Adriane Lopes como titular da Secretária Municipal de Finanças (Sefin), ficando responsável pelas finanças do município de Campo Grande e deixando o cargo de secretária-adjunta, o qual ocupava desde 2021.

Em janeiro deste ano, a prefeita reconduziu Márcia Hokama ao cargo, mas com novo nome Secretaria Municipal de Fazenda (Sefaz). Portanto, ela já está na função de liderança na Sefin/Sefaz desde 2022.

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