Política

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Progressistas e Republicanos em MS ainda estão indefinidos sobre ruptura com PL, de Bolsonaro

Os dois partidos, no âmbito nacional, discordam da ação no TSE que questiona eleição de Lula

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A latente ruptura, anunciada no âmbito nacional, do pacto político envolvendo o PL, do presidente Jair Bolsonaro, com as legendas PP, sigla Progressista e Republicanos, ainda é mantida com reservas pela maioria da bancada sul-mato-grossense eleita pelos dois partidos.

O PP e o Republicanos divulgaram que vão mover um recurso no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em que questionam a inclusão das legendas na ação tocada pelo PL e o presidente da sigla nacional Valdemar Costa Neto, que discorda do resultado do segundo turno das eleições.

A corte eleitoral interpretou que a petição do PL teria teor antidemocrático por não aceitar o resultado da eleição, no caso, a derrota de Bolsonaro. Além disso, aplicaram uma multa de R$ 23 milhões, que deve ser paga por PL, PP e Republicanos.

Pelo comando nacional do PP e do Republicanos, as duas siglas nada têm a ver com a contestação das urnas e o desfecho do pleito. Depois da eleição de Lula, integrantes desses dois partidos, que firmaram aliança pela reeleição de Bolsonaro reconheceram o resultado das eleições. Alegam, ainda, que nenhuma das duas legendas foram consultadas acerca da discórdia do resultado.

Aqui em MS, o PP e o Republicanos, que se juntaram pela reeleição de Bolsonaro elegeram a senadora Tereza Cristina, o deputado federal doutor Luiz Ovando, os dois do PP e os deputados estaduais Antônio Vaz, do Republicanos, Gerson Claro e Londres Machado, ambos do PP.

A reportagem do Correio do Estado tentou ouvir a presidente estadual do PP, Tereza Cristina e Wilton Acosta, o chefe regional do Republicanos. Só um concordou comentar o assunto até a publicação deste material. A senadora mandou informar via assessoria de imprensa que não vai comentar a questão.

Acosta assim se expressou quanto ao questionamento do PP e Republicanos, que querem tirar seus nomes, no TSE, do recurso questionando a eleição de Lula.

"Primeiro, é importante interpretamos a nota do Republicanos que está questionando a multa imputada ao partido, até porque ela não é a autora do requerimento que foi produzido. Então, nesse sentido, o Republicanos, eu tenho que concordar com isso, obviamente que nós não somos autores do questionamento", afirmou o presidente do Republicanos em MS.

Prosseguiu Acosta: "maior questionamento é diante da aberração do ministro [Alexandre Moraes, ministro], de imputar aos partidos, seja ele o Republicanos, o PP e até mesmo o PL, que não é autor do requerimento, porque foi feito em nome de pessoa física [Waldemar], presidente do PL], e não jurídica. Então mais uma vez o ministro Alexandre de Moraes extrapola e deu uma medida absurda e incluiu os partidos nesse sentido. Republicanos está dizendo que não é o autor, e, portanto, não deve levar multa, nem ele e nem ninguém".

Ainda de acordo com Acosta, "o questionamento foi feito em cima de uma questão administrativa e jamais poderia ter multa nesses casos. Então, eu acredito que haverá, caso isso prevaleça, uma posição dos partidos no sentido de buscar um decreto legislativo e anular essa decisão do ministro Alexandre de Moraes".

REDE SOCIAL

Por suas redes sociais, o deputado federal reeleito, doutor Luiz Ovando, o PP, deu sua impressão no caso da multa, sem comentar a possível ruptura da aliança que tentou reeleger Bolsonaro.

"... ditador togado mais uma vez ataca. Agora, tenta nos pegar pela parte mais sensível, o bolso. Multou nossa coligação em R$ 22,9 milhões. Não somos bandidos, pelo que sei. Continuarei lutando em favor da democracia e da liberdade de expressão", escreveu Ovando.

Câmara dos Deputados

Camila Jara pode perder mandato por confusão em plenário

O episódio aconteceu na última quarta-feira (9) e a representação foi feita à Câmara pelo Partido Novo por suposta violação ao decoro parlamentar

16/12/2025 18h15

Camila protagonizou confusão com o secretário-geral Lucas Ribeiro

Camila protagonizou confusão com o secretário-geral Lucas Ribeiro Reprodução

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A deputada federal sul-mato-grossense Camila Jara (PT) pode perder o mandato por causa de uma confusão no plenário da Câmara dos Deputados durante sessão realizada na última quarta-feira (9).

O Partido Novo apresentou uma representação ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados contra a deputada por suposta violação ao decoro parlamentar. 

Segundo o documento, Jara teria agredido fisicamente o secretário-geral da Mesa da Câmara, Lucas Ribeiro Almeida Júnior, quando ela teria, supostamente, o empurrado e apontado o dedo em seu rosto, além de proferir ofensas verbais. 

O episódio aconteceu durante uma confusão no plenário quando o deputado Glauber Braga (PSOL) teria se recusado a deixar a cadeira destinada ao presidente da Câmara, Hugo Motta, assumindo de forma irregular a presidência dos trabalhos e se recusar a repassá-la ao deputado Carlos Veras (PT), precisando ser retirado à força. 

Enquanto isso, Camila foi vista discutindo de forma acalorada com o Lucas Ribeiro de forma acalorada, apontando o dedo para o rosto do parlamentar e o empurrando. 

O vídeo foi gravado pelo deputado Nikolas Ferreira, que chamou a parlamentar de “descontrolada”.

Em sua representação, o partido Novo sustenta que a conduta da petista viola deveres previstos no Código de Ética, como o exercício de mandato com dignidade e o tratamento respeitoso a servidores da Casa. 

Além disso, o partido também mostrou outros comportamentos que enquadram ofensas físicas ou morais nas dependências da Câmara como atentado ao decoro parlamentar. 

O documento ainda menciona um episódio anterior, ocorrido no mês de agosto de 2025, quando Camila teria se envolvido em “agressão” contra o deputado Nikolas Ferreira (PL), sendo apontado como uma conduta reincidente. 

O partido pediu, então, que o Conselho de Ética instaure um processo disciplinar e aplique a penalidade de perda do mandato ou, de forma alternativa, a suspensão do exercício do mandato da parlamentar pelo período de seis meses, após a instrução do caso e a oitiva das partes e testemunhas. 

Resposta de Jara

Em nota enviada ao Metrópolis, Camila Jara afirmou que o fato na audiência foi um “tumulto generalizado, com cenas até de violência física”. 

“Recebo com indignação a representação do partido Novo no Conselho de Ética. Agi em defesa das jornalistas, deputadas e deputados que vi serem agredidos por policiais legislativos. Sempre pautei minha atuação pelo respeito institucional, pela defesa da democracia e pela valorização dos servidores do Parlamento”, declarou.

A parlamentar disse ainda que “qualquer narrativa que me imputasse condutas violentas ignoraria o contexto dos fatos e, antes disso, os próprios fatos. E seria estória, e não história”.
 

CRIME ORGANIZADO

Fronteira com MS, Paraguai fecha acordo com EUA para combater facções criminosas

A região é rota de tráfico de drogas para o Brasil, Argentina e Uruguai. O plano estratégico prevê o estabelecimento ou ampliação de tropas norte-americanas de importância estratégica

16/12/2025 16h15

Marco Rubio,  secretário de Estado

Marco Rubio, secretário de Estado Reprodução: rede social

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Paraguai e Estados Unidos selaram nesta segunda-feira (15), um acordo de cooperação militar que prevê a atuação de militares americanos no país sul-americano. Atualmente, na região, a Casa Branca tem acordos similares com Panamá, Equador, Bahamas e Trinidad e Tobago.

O Acordo Estatutário de Forças (Sofa, na sigla em inglês) regulamenta a atuação de militares e civis do Departamento de Defesa americano em países estrangeiros. O pacto foi assinado pelo secretário de Estado, Marco Rubio, e o chanceler paraguaio, Ruben Ramirez Lezcano.

O objetivo, segundo o governo americano, é facilitar a resposta conjunta a interesses de segurança regional em comum para os dois países, em uma referência velada a cartéis de droga que atuam na região.

“Ao estabelecer uma estrutura para as atividades do pessoal militar e civil dos EUA no Paraguai, este acordo abre novas portas para nossos esforços coletivos para promover a segurança e a estabilidade em nosso hemisfério”, disse Rubio em sua conta no X.

“Se observarmos o problema fundamental no hemisfério, o mais grave que enfrentamos é o dessas organizações terroristas transnacionais, que em muitos casos não são terroristas por ideologia, mas têm uma base financeira e econômica”, acrescentou.

Nova Doutrina Monroe

O acordo, apesar de não autorizar operações armadas ou criação de bases, abre caminho para a cooperação e treinamento militar entre os dois países, e vem a público dias depois de os EUA divulgarem sua nova Estratégia de Segurança Nacional, que prevê uma ampliação da presença militar na América Latina.

Na ocasião, o documento evocou a Doutrina Monroe, que ficou conhecida no século 19 sob o lema “América para os americanos”, e defendeu uma hegemonia dos EUA sobre a região frente às potências europeias.

O plano estratégico divulgado na semana passada prevê o estabelecimento ou ampliação de acesso de locais de importância estratégicas para o governo americano.

No centro do continente e cercado por importantes fontes de água doce e rotas de narcotráfico, o Paraguai se encaixa nesse perfil.

Hoje, os EUA têm ainda bases militares no Equador, na Colômbia e no Peru, operadas pelo Comando Sul.

Há anos, a presença de grupos armados ligados ao Hezbollah na tríplice fronteira entre o Paraguai, Brasil e Argentina preocupa o governo americano.

A região também é ponto de rota para o escoamento de drogas para o Brasil, Argentina e Uruguai.

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