Política

Eleições 2018

"PSD e PTB não são irmãos",
diz Fábio sobre aliança de Nelsinho

Deputado federal disse que espera posição do partido para fazer alianças

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O deputado federal Fábio Trad (PSD) disse ontem que não haveria problema em apoiar outro pré-candidato ao governo do Estado em vez do escolhido pelo irmão e ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PTB). A declaração contraria o que o então administrador da Capital, Marcos Trad (PSD), informou ao Correio do Estado: que os três seguiram juntos na aliança. 

Segundo Fábio, mesmo sendo irmão de Nelsinho, os partidos não são e ele seguirá a orientação nacional e discutirá com os demais integrantes da sigla em Mato Grosso do Sul antes de definir com qual chapa seguirá para a urna. 

“Temos conversado com todas as três pré-candidaturas, mas não decidimos porque só em junho vamos decidir. A maioria quer uma política livre de espertalhões, porque a questão da ética são expressões de comportamento perante a vida pública e hoje sensibiliza consideravelmente o eleitorado nacional”, disse, frisando que, no Estado, os três principais concorrentes para o Executivo são o ex-governador André

Puccinelli, o atual, Reinaldo Azambuja (PSDB), e o juiz federal aposentado, Odilon de Oliveira (PDT). 

Pré-candidato à reeleição para a Câmara dos Deputados, Fábio disse que a proximidade de Nelsinho com o atual administrador de Mato Grosso do Sul não interfere no PSD. “Essa aliança não nos traz para o Azambuja, não necessariamente. O PSD vai tomar a decisão de forma institucional, sem levar em consideração o aspecto familiar que une os irmãos.

Vamos supor que o Nelson resolva apoiar o PSDB, não significa que PSD vai apoiar porque sou irmão. O PSD não é irmão do PTB”, ressaltou.

Questionado sobre a declaração de Marcos Trad, sobre os irmãos seguirem o legado do pai e, juntos, apoiarem apenas um candidato, Fábio tentou se defender alegando que ele poderia ter tido a respeito das pré-candidaturas dele e de Nelsinho, que quer uma cadeira no Senado Federal, mas deixou claro que, com relação ao Executivo estadual, ele não teria problema em fazer outra escolha. 

“Sigo outro caminho, sem problema algum. O Marcos pode ter afirmado isso, mas não com relação ao governo. Vamos aguardar o posicionamento do partido, que ainda não definiu candidatura para presidência, nem apoio”, destacou. 

ALIANÇA 

Após uma publicação de Fábio Trad no Facebook, o vereador e filho do juiz Odilon, Odilon de Oliveira Júnior, disse que as portas do PDT estão abertas para receber o deputado. No texto, ele ressalta que, à frente do PSD, lutará para que a sigla apoie um pré-candidato com “postura ética e honesta”. 

“Lutarei para que o PSD de Mato Grosso do Sul apoie uma candidatura ética e honesta para o governo do estado. Em tempos de crise moral na política, penso que as alianças devem afirmar valores reclamados pela população”, diz a nota.

Um filiado do PDT chegou a postar que Trad seria o vice-governador, junto com Odilon, e formaria uma chapa com a “reserva moral de Mato Grosso do Sul”. 

Odilon Júnior esclareceu que não conversou pessoalmente com Fábio, mas que ele seria bem-vindo à legenda e destacou que fez o comentário de forma amigável. “Foi de forma independente. Ele é um excelente nome, mas qualquer discussão tem que passar pelo diretório”.

 

 

Política

Avaliações positiva e negativa do STF crescem e mostram divisão da percepção da população

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano; percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%

19/12/2025 22h00

Supremo Tribunal Federal (STF)

Supremo Tribunal Federal (STF) Crédito: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

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Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta sexta-feira, 19, mostra que cresceram as avaliações positivas e negativas sobre o trabalho do Supremo Tribunal Federal (STF), mostrando uma divisão da percepção da população brasileira sobre a atuação da Corte.

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano. No mesmo período, a percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%. Já a avaliação regular recuou de 34% para 24%.

No intervalo entre os dois levantamentos, a Primeira Turma do STF condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e três meses de prisão pelos crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União.

Entre as duas edições da pesquisa, também houve mudança no comando da Corte. O ministro Edson Fachin assumiu a presidência do tribunal e o ministro Luís Roberto Barroso se aposentou. Fachin adota um perfil mais discreto e defende a chamada "autocontenção" do Judiciário, em contraste com o antecessor, que sustentava que o Supremo deveria exercer um "papel iluminista" e atuar de forma mais protagonista na definição de direitos.

No mesmo período, o secretário de Estado do governo Donald Trump, Marco Rubio, revogou o visto do ministro Alexandre de Moraes e de seus familiares, além de outros sete integrantes do STF. O governo dos Estados Unidos também aplicou sanções a Moraes com base na Lei Magnitsky, norma criada para punir violadores graves de direitos humanos. Foi a primeira vez que uma autoridade de um país democrático foi alvo das medidas previstas na legislação. Neste mês, o presidente Donald Trump retirou o nome do ministro da lista de sancionados.

Outros poderes

A pesquisa também avaliou os demais Poderes. No Legislativo, a percepção varia conforme a Casa. No Senado Federal, a maior parcela dos entrevistados (34%) classifica o desempenho como regular, porcentual que empata, dentro da margem de erro (2 p p), com a avaliação negativa, de 33%. A avaliação positiva soma 22%, enquanto 11% não souberam ou não quiseram responder.

Na Câmara dos Deputados, a avaliação negativa predomina: 36% consideram o trabalho ruim ou péssimo. A percepção, porém, está tecnicamente empatada com a avaliação regular, que alcança 35%. A avaliação positiva é de 20%, e 9% não responderam.

A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas presenciais entre os dias 11 e 14 de dezembro de 2025. O levantamento tem nível de confiança de 95% e margem de erro de dois pontos porcentuais. Os entrevistados puderam classificar cada Poder como ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo, com os resultados consolidados nas categorias positiva, regular e negativa.

Governo Lula

Em relação ao Executivo federal, 38% dos brasileiros avaliam que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faz um trabalho ruim ou péssimo. Outros 34% consideram a gestão boa ou ótima, enquanto 25% a classificam como regular. Já 3% não souberam ou não responderam.

Política

Ministro do Paraguai fala em disposição construtiva para avançar em acordo Mercosul-UE efetivo

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

19/12/2025 21h00

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais Foto: Divulgação

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O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Rubén Ramírez Lezcano, reafirmou a "disposição construtiva" para avançar na concretização efetiva do acordo entre Mercosul e União Europeia (UE), durante a 67ª reunião do Conselho do Mercado Comum (CMC) do Mercosul, órgão decisório de nível ministerial do bloco, nesta sexta-feira, 19, segundo nota do Ministério de Relações Exteriores do país.

"Em particular, o Paraguai confia que os mecanismos de salvaguarda serão abordados e aplicados de maneira compatível com respeito ao negociado e acordado, e também de acordo com as normas multilaterais preservando o equilíbrio de direitos e obrigações das partes", disse Lezcano.

O chanceler também afirmou que "o Paraguai acredita e aposta em um Mercosul que funcione para todos, capaz de traduzir seus princípios em resultados concretos e de responder com pragmatismo e visão aos desafios estruturais que ainda persistem" na região.

Segundo Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais entre os Estados Parte do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e, mais recentemente em 2024, Bolívia). "Não se trata de uma noção abstrata, mas de uma realidade econômica e geográfica que limita nosso desenvolvimento e condiciona nossa competitividade", disse, frisando que a condição mediterrânea do país impõe custos adicionais que encarecem as exportações e restringem a participação nas cadeias regionais de valor.

A reunião do CMC, em Foz do Iguaçu, nesta sexta-feira, foi majoritariamente fechada à imprensa.

No sábado, 20, o Brasil deve passar o bastão da Presidência Pro Tempore do bloco ao Paraguai, durante a 67ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, também em Foz do Iguaçu. 

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