Política

MARTELO BATIDO

PSDB define prefeito de Itaquiraí para concorrer à presidência da Assomasul

Thalles Henrique Tomazelli pretende buscar a formação de uma chapa única para o comando da associação em 2025

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Como o Correio do Estado já tinha adiantado no dia 16, o prefeito reeleito de Itaquiraí, Thalles Henrique Tomazelli (PSDB), foi confirmado ontem como o candidato tucano à presidência da Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul (Assomasul) para o biênio 2025-2026, cuja eleição será realizada na segunda quinzena de janeiro do próximo ano.

Após reunião da executiva estadual do PSDB com os 44 prefeitos eleitos e reeleitos do partido no fim da manhã de ontem, o ex-governador Reinaldo Azambuja, presidente estadual da legenda, anunciou a definição pelo nome de Tomazelli.

“Estou muito feliz, porque em uma reunião com os prefeitos do PSDB ficou acertado o nome do Thalles. Nós tínhamos sete prefeitos que pleiteavam a presidência da Assomasul. Depois dessa reunião, os outros seis abriram mão e hoje [ontem] o candidato do PSDB à presidência [da associação] é o Thales”, reforçou Azambuja.

O ex-governador disse que ficou muito contente pelo entendimento e pela grandeza dos prefeitos do partido de escolherem um nome de consenso.

“Agora, nós vamos falar com os outros partidos, para que a gente busque o entendimento para, se possível, uma candidatura única que represente o municipalismo e, principalmente, as pautas municipalistas”, argumentou.

Já o prefeito de Itaquiraí complementou que não pretende presidir a Assomasul sozinho. “Nós temos o nosso espaço construído pelo PSDB, porém, a gente vai procurar todos os amigos dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul, sempre olhando e estendendo a mão para a formação de uma chapa única para presidir a Assomasul”, afirmou.

Ele salientou que, como o PSDB tem 44 prefeitos, a sigla poderia perfeitamente bater chapa com os interessados de outros partidos, mas essa não é a intenção da legenda.

“Até dezembro espero buscar o entendimento da melhor forma possível para a formação de uma chapa única. Vamos falar com os prefeitos do PP, do PL, do MDB e do PSB, que compõem a base do governo estadual”, adiantou.

Tomazelli revelou ao Correio do Estado que vai levar em consideração o gênero dos próximos componentes da chapa, optando por representantes femininas.

“Pela primeira vez na história de Mato Grosso do Sul, teremos 13 prefeitas, e isso será levado em consideração na composição da nossa chapa. Entendemos que a representatividade feminina é essencial, bem como termos prefeitos das quatro regiões do Estado”, pontuou.
 

ENTENDA

Na semana passada, em visita ao Correio do Estado, o prefeito reeleito de Itaquiraí revelou que já tinha recebido o aval do governador Eduardo Riedel (PSDB) e do ex-governador Reinaldo Azambuja para buscar ser o nome de consenso dentro do ninho tucano.

Dessa forma, caberá ao PSDB eleger o próximo prefeito da Assomasul, que hoje é presidida pelo prefeito de Nioaque, Valdir Júnior (PSDB) – o qual, por já ser um prefeito reeleito, não concorreu nas eleições municipais deste ano e deixa o cargo no dia 1º de janeiro de 2025.

“Não sou o único interessado no cargo, mas é natural que se tenha outras candidaturas também. Porém, como o PSDB fez 44 prefeitos, [a sigla] precisa estar nessa disputa sadia pela presidência da Assomasul”, ressaltou, destacando que a legenda saiu gigante das eleições municipais deste ano.

Tomazelli contou que quando foi eleito prefeito em 2020 o presidente da Assomasul já era Valdir Jr. e que, na época, assumiu a secretaria-geral da associação. Posteriormente, no segundo biênio, passou a ocupar o cargo de tesoureiro-geral.

“Por isso, para mim, a briga pela presidência acaba sendo natural. Caso seja possível concretizar esse processo, vou atuar para fortalecer ainda mais a instituição”, assegurou.

Além dele, dentro do PSDB também estão interessados na presidência da Assomasul os prefeitos reeleitos Josmail Rodrigues (Bonito) e Marcelo Pé (Antônio João).

“O meu intuito é ser o nome de consenso dentro do PSDB, e para isso conto com os apoios do Reinaldo e do Riedel. Depois de obter o consenso dentro do partido, vou trabalhar para montar uma chapa de forma democrática, com as participações das outras legendas, como o PP, o MDB e o PL”, elencou Tomazelli.

O prefeito de Itaquiraí ressaltou que é primordial para a vitória uma junção de forças. “Primeiro, partindo de dentro do PSDB. Quando você tem o apoio do governador e do presidente do partido, já pode conversar com as demais lideranças da sigla para chegar a um consenso interno. Dessa forma, não sai fortalecido o candidato, sai fortalecido o partido, sai fortalecida a entidade, que está acima de todos nós”, argumentou.

PROJETOS

Caso seja o nome de consenso dentro do PSDB e consiga aglutinar os demais partidos para ser o novo presidente da Assomasul, Tomazelli afirmou que sua principal meta será dar continuidade ao processo de fortalecimento da entidade e, depois, focar em novos horizontes que precisam ser trilhados.

“Nós temos grandes pautas que precisam ser defendidas pela Assomasul, por exemplo a implantação do sistema 1Doc, ou seja, voltado às prefeituras resolverem processos 10 vezes mais rápido e com zero uso de papel. Eu já implantei na prefeitura de Itaquiraí, e a quantidade de papel que nós reduzimos é espantosa, agora está tudo digital”, afirmou.

Ele acrescentou que, caso seja eleito, vai apresentar para os demais municípios do Estado esse sistema.

“Dessa forma, vamos fortalecer as prefeituras, deixando tudo mais barato e conseguindo dar mais transparência em todos os aspectos. Em um clique você resolve tudo”, detalhou, pontuando que é preciso levar a Assomasul “para o século 21”.

Outra bandeira apresentada pelo prefeito é melhorar a questão da capacitação técnica dos servidores, pois, segundo ele, “os municípios só terão a ganhar”.

“O próprio governador Riedel falou que o Estado tem ajudado, tem estendido a mão para as prefeituras, mas os prefeitos também têm de fazer a parte deles melhorando a administração pública”, disse.

ROTATIVIDADE

Ainda durante a entrevista ao Correio do Estado, Tomazelli defendeu a rotatividade de prefeitos de várias regiões de MS à frente do comando da Assamasul.

“Nós precisamos ter uma rotatividade de representatividade na entidade. Hoje nós estamos com o Valdir Jr., que é prefeito de Nioaque, ou seja, ele defende os interesses daquela região toda, que conta ainda com Jardim, Guia Lopes da Laguna, Bonito, entre outros”, exemplificou, adicionando que essa região já esteve no roteiro por quatro anos.

Agora, conforme ele, chegou a vez de o presidente da Assomasul ser da região sul do Estado, onde estão os municípios de Itaquiraí, Naviraí, Eldorado, Iguatemi, Mundo Novo, entre outros.

“Antes da região de Nioaque, tivemos na presidência o agora deputado estadual Pedro Caravina [PSDB], que era prefeito de Bataguassu e que também trabalhou para a região dele. Agora tem de ser a vez do sul”, defendeu.

Porém, segundo o prefeito de Itaquiraí, o seu interesse é somar.

“Entretanto, quero sair do meu partido como nome de consenso. Uma vez obtendo isso, vamos para a próxima etapa, ou seja, falar com os prefeitos de outros partidos que também foram reeleitos, como é o caso de Costa Rica, onde foi reeleito Delegado Cleverson [PP], e de Camapuã, onde foi reeleito Manoel Nery [PP]. Tem ainda o prefeito de Rio Brilhante, Lucas Foroni [MDB], com quem tenho muito contato. Então, é necessária essa conversa para termos uma Assomasul pluralista e acima dos interesses individuais”, concluiu.

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DEMOCRACIA

PL reforça obstrução por anistia e trava comissões na Câmara dos Deputados

Por conta da ação, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante de todas, teve a sessão cancelada.

02/04/2025 07h11

Partido de Bolsonaro exige que presidente da Câmara coloque em votação o projeto que prevê a anistia aos presos do 8 de janeiro

Partido de Bolsonaro exige que presidente da Câmara coloque em votação o projeto que prevê a anistia aos presos do 8 de janeiro

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O PL entrou em obstrução total na Câmara dos Deputados nesta terça-feira, 1º, após a falta de um sinal positivo para tramitar o projeto de lei da anistia aos presos do 8 de Janeiro. O resultado já refletiu nos colegiados da Casa - a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante de todas, teve a sessão cancelada.

Até enquanto não houver o número mínimo para o início da sessão, deputados do partido não deverão registrar presença nem no plenário e nem em nenhuma das comissões, com exceção da segurança pública e de relações exteriores e defesa nacional, comandadas por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A obstrução é um recurso regimental utilizado pelos parlamentares com o objetivo de impedir o prosseguimento dos trabalhos legislativos. A ideia é desacelerar por completo o avanço de propostas em todas as instâncias da Câmara - inclusive no plenário.

Como mostrou o Estadão, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), manifestou um ultimato ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-RJ), caso ele não instruísse algum avanço à proposta da anistia. Caso nenhum sinal fosse dado, a sigla entraria em obstrução.

Sóstenes visitou Motta na manhã desta terça-feira, 1º, e deicidiu pela obstrução após a falta de resposta. Mais cedo, Sóstenes esteve, ao lado de Bolsonaro, dos líderes da oposição, Zucco (PL-RS), e da minoria, Carol de Toni (PL-SC), do primeiro-vice-presidente da Câmara, Altineu Côrtes (PL-RJ) e de outros correligionários definindo estratégias sobre a anistia na Casa.

Na semana anterior, o PL botou o pé no freio e moveu apenas uma obstrução parcial, já que, na ausência de Motta, que foi ao Japão, Côrtes presidiu a sessão.

Zucco diz que o momento é de "atuar de forma muito firme". "Para momentos de anormalidade institucional, precisamos atuar de forma muito firme. Portanto, a orientação é para obstruir todas as pautas. Nada mais importante agora do que buscar reparação para as centenas de presos e refugiados políticos do Brasil", afirma.

Inicialmente, Sóstenes manifestou que "outras nove siglas" estariam apoiando a anistia e entrariam em obstrução em consonância com o PL.

Reservadamente, líderes partidários na Câmara dizem que é um movimento inicialmente único do partido e dos bolsonaristas.

Na leitura desses deputados, este não é o momento para discutir anistia, e há a prioridade deverá ser destinada à pauta econômica. Além dos deputados do PL, aderem a obstrução apenas deputados de outros partidos fortemente identificados com a pauta bolsonarista.

O posicionamento dessas lideranças foi manifestado após a viagem de alguns deles com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Japão e ao Vietnã, num gesto que busca estreitar as relações afetadas entre o Palácio do Planalto e figuras relevantes do Centrão no Congresso Nacional.

Genial/Quaest

Aprovação de Lula volta a cair e é a pior desde o início do governo, diz pesquisa

O índice de desaprovação, que era de 49% em janeiro, passou para 56% no mês de março. A aprovação, por sua vez, caiu de 47% para 41%.

02/04/2025 07h04

A pesquisa da Genial/Quaest entrevistou presencialmente 2.004 eleitores de 120 municípios entre os dias 27 e 31 de março

A pesquisa da Genial/Quaest entrevistou presencialmente 2.004 eleitores de 120 municípios entre os dias 27 e 31 de março

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Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira, 2, mostra que a aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a cair e atingiu o pior patamar desde o início da gestão em janeiro de 2023.

O índice de desaprovação, que era de 49% em janeiro, passou para 56% no mês de março. A aprovação, por sua vez, caiu de 47% para 41%. O novo levantamento também mostra que 3% não souberam responder.

A pesquisa da Genial/Quaest entrevistou presencialmente 2.004 eleitores de 120 municípios entre os dias 27 e 31 de março. A margem de erro é de dois pontos porcentuais e o índice de confiabilidade é de 95%.

Já em relação à avaliação do governo, 41% consideram negativa a gestão de Lula (em janeiro, eram 37%), 27% avaliam como positiva (em janeiro, eram 31%) e outros 29% apontam o Executivo como regular (em janeiro, eram 28%). Outros 3% não souberam responder

A pesquisa da Genial/Quaest também separou os entrevistados em grupos. Os que mais desaprovam o petista são os evangélicos (67%), os que ganham mais de cinco salários mínimos (64%) e os que possuem até o ensino médio completo (64%) e os eleitores que possuem entre 16 e 34 anos (64%).

Os únicos grupos onde a aprovação é maior que a desaprovação são os que possuem até o ensino fundamental completo (55%), os que ganham até dois salários mínimos (52%) e os maiores de 60 anos (50%).

A aprovação do presidente também caiu entre os eleitores que votaram nele no segundo turno da eleição presidencial de 2022. A avaliação positiva teve uma queda de nove pontos porcentuais, saindo de 81% para 72%. Já o índice negativo cresceu outros nove pontos porcentuais, passando de 17% para 26%. Outros 2% não souberam responder

Com os eleitores de Jair Bolsonaro (PL), a desaprovação passou de 88% para 92%. A aprovação caiu de 10% para 7% e 1% dos eleitores não soube responder. Entre os que votaram nulo, a rejeição passou de 55% para 62%, enquanto a aceitação de 38% caiu para 31%. Os que não responderam somam 7%.

NORDESTE

A aprovação do presidente atingiu o pior índice na região Nordeste, importante reduto petista que foi essencial para a vitória de Lula na eleição de 2022. No segundo turno, ele teve quase 13 milhões de votos a mais do que o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Em janeiro, a aprovação de Lula na região era de 59%, mas o índice caiu sete pontos porcentuais, chegando em 52%. A desaprovação, por sua vez, cresceu nove pontos, de 37% para 46%. Outros 2% não souberam responder.

A região em que Lula tem o pior índice é a Sul, onde 64% desaprovam e 34% aprovam o petista. No Centro-Oeste, os que aprovam são 52%, enquanto outros 44% desaprovam.

Na Região Sudeste, onde está concentrado 42% do eleitorado brasileiro, a desaprovação saltou de 59% para 64%. A aprovação, por sua vez, caiu de 42% para 37%. Os que não responderam somam 3%.
 

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