Política

eleições 2024

PSDB é assediado para a vaga de vice na chapa encabeçada por Beto Pereira

Podemos e PSB confirmaram o interesse de indicar nome para compor com os tucanos na disputa pela prefeitura da Capital

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Com a aproximação das convenções partidárias, quando os partidos poderão deliberar sobre coligações e escolher candidatas e candidatos às prefeituras, bem como aos cargos de vereador, para as eleições municipais deste ano, está ocorrendo uma verdadeira “romaria” de lideranças políticas à porta do ex-governador Reinaldo Azambuja, presidente estadual do PSDB, a fim de pedir a vaga de vice-prefeito de Campo Grande na chapa encabeçada pelo deputado federal Beto Pereira, na disputa pela prefeitura da Capital.

No momento, Azambuja está mais ouvindo do que falando. “Penso que vice é uma composição e que pode vir de qualquer um dos partidos que vão estar aliados conosco na majoritária e, principalmente, no programa de governo que o Beto tem desenhado”, disse ao Correio do Estado.

Ele complementou que o candidato a vice terá de estar bem sintonizado, até porque será uma parte importante na chapa. “Pois ajudará a resolver os problemas e a melhorar a gestão pública da Prefeitura de Campo Grande, que infelizmente vem se deteriorando com o passar dos anos. Hoje, talvez, a nossa capital seja a com o pior quadro de estabilidade fiscal entre todas [as capitais] e que não dá conta de resolver os problemas mínimos que afligem a população. Então, eu entendo que o vice será uma pessoa que possa somar a esse grande desafio que o Beto vai ter de apresentar, que é um programa de governo plausível e maduro para resolver esses problemas dos últimos anos que Campo Grande enfrentou”, avisou.

Agora, conforme Azambuja, é claro que todos os partidos pleiteiam a vaga, e isso, segundo ele, é normal na política. “Mas nós vamos decidir isso conjuntamente, e não será uma decisão isolada do PSDB, mas sim do partido, com todos os aliados que estiverem conosco, ajudando nesse projeto que é a eleição do Beto”, revelou.

O PSB, do presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, vereador Carlos Augusto Borges, o Carlão, foi uma sigla que manifestou o interesse de indicar um vice.

O próprio presidente do PSB de MS, deputado estadual Paulo Duarte, confirmou à reportagem que o partido tem o desejo de se aliar ao PSDB nas eleições municipais deste ano em Campo Grande e também em alguns municípios do interior de Mato Grosso do Sul. “Temos sim o interesse de indicarmos o nome do PSB para ser o vice da candidatura do Beto Pereira, pode ser o Carlão ou outra liderança do partido em Campo Grande”, declarou.

Outra legenda de olho na vaga de vice-prefeito na chapa encabeçada pelo deputado federal é o Podemos – e a presidente estadual da sigla, senadora Soraya Thronicke, também confirmou ao Correio do Estado o interesse. Ela, inclusive, já sinalizou a possibilidade ao governador Eduardo Riedel, porém, caso não seja possível, o apoio do partido continuará sendo para a candidatura do PSDB.

A reportagem apurou que outras legendas também estariam a estudar essa possibilidade, como o MDB, do ex-governador André Puccinelli, pois, atualmente, ainda não há nenhuma garantia de que Puccinelli vai mesmo concorrer à prefeitura da Capital.

Para o eleitorado, ele bate o pé que é sim pré-candidato, contudo, nos bastidores, o presidente estadual do partido, ex-senador Waldemir Moka, e o próprio Puccinelli estariam conversando com Azambuja sobre uma possível aliança.

Fontes ouvidas pelo Correio do Estado confirmaram que essa parceria interessa ao PSDB pela força do partido e pelos votos dos eleitores de Puccinelli em Campo Grande, município que já foi prefeito por dois mandatos.

Outro dirigente em conversa com o presidente estadual do PSDB seria o senador Nelsinho Trad, presidente estadual do PSD, o qual já teria até expressado a vontade de fazer uma aliança com os tucanos, caso o deputado estadual Pedrossian Neto abrir mão de sua pré-candidatura.

No entanto, Pedrossian Neto nem sequer pensa na hipótese de ficar de fora da disputa pela Prefeitura de Campo Grande. “Não existe essa hipótese de eu abrir mão da minha pré-candidatura. Além disso, penso não ser um bom negócio trocar um mandato de deputado estadual, em que há protagonismo, pelo cargo de vice-prefeito, que muitas vezes nem sequer tem função administrativa”, declarou ao Correio do Estado.

Ele ressaltou também que esteve acompanhado de Trad no encontro com o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, para tratar das eleições municipais e que o mandatário prometeu apoio logístico à candidatura.

Entretanto, o nome para vice que agrada muito aos tucanos é o da atual titular da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), Rose Modesto. Porém, ela já avisou que ser vice não está em seus planos e que, caso realmente resolva disputar o pleito deste ano, será como candidata a prefeita da Capital.

"Pé direito"

Gordinho do Bolsonaro pede boicote à Havaianas após comercial com Fernanda Torres

Deputado federal jogou chinelos no lixo e disse que irá passar virada do ano ouvindo Zezé de Camargo

22/12/2025 14h45

Foto: Divulgação

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Em polêmica que envolveu boa parte da direita, o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MS), conhecido como "Gordinho do Bolsonaro" pediu boicote à Havainas após a atriz Fernanda Torres estrelar a nova propaganda da marca"alfinetando" indiretamente o espectro bolsonarista.

Na propaganda, a atriz afirma aos espectadores que não deseja que eles comecem o próximo ano "com o pé direito", fator que revoltou o deputado, que fez questão de descartar os chinelos em uma lixeira, gravar a ação e postar em suas redes sociais.

"Passei a minha vida inteira usando chinelo havaianas, mas infelizmente como eu não vou poder virar 2026 com o pé direito, aqui em casa vai pro lixo, havainas aqui na minha casa não entra mais, e tem outra vou passar a virada escutando Zezé de Camargo", destacou Gordinho. 

Abaixo, a íntegra da propaganda estrelada pela atriz. 

"Desculpa, mas eu não quero que você comece 2026 com o pé direito. Não é nada contra a sorte, mas vamos combinar: sorte não depende de você, depende de sorte. O que eu desejo é que você comece o ano novo com os dois pés. Os dois pés na porta, os dois pés na estrada, os dois pés na jaca, os dois pés onde você quiser. Vai com tudo, de corpo e alma, da cabeça aos pés. Havaianas, todo mundo usa, todo mundo ama", diz Fernanda, no comercial.

Vale destacar que o comercial gerou polêmica com outros políticos da direita. O "jogo de palavras" com a conhecida expressão popular significou, para Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Nikolas Ferreira (PL-MG), entre outros, uma indireta ao espectro político da direita.

"Eu achava que isso aqui era um símbolo nacional. Já vi muito gringo com essa bandeirinha do Brasil no pé, só que eu me enganei, disse Eduardo, antes de qualificar Fernanda Torres como alguém 'declaradamente de esquerda'", disse em suas redes sociais.

Até a publicação desta matéria, a declaração do deputado conta com 155 mil curtidas e mais de 15 mil comentários. 

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ELEIÇÕES 2026

Pré-candidato a senador, Azambuja vai tentar quebrar tabu que já dura 40 anos

O último ex-governador de MS eleito democraticamente que conseguiu ganhar uma eleição ao Senado foi Wilson Martins

22/12/2025 08h20

O ex-governador Reinaldo Azambuja (PL) é pré-candidato a senador nas eleições do próximo ano

O ex-governador Reinaldo Azambuja (PL) é pré-candidato a senador nas eleições do próximo ano Reprodução

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O ex-governador Reinaldo Azambuja (PL) é pré-candidato a senador da República nas eleições gerais do próximo ano em Mato Grosso do Sul e, caso consiga ser eleito, quebrará um tabu que completará 40 anos em 2026.

Trata-se do fato de ser o primeiro ex-governador a ser eleito para o Senado desde as eleições de 1986, quando o advogado Wilson Barbosa Martins, do então PMDB, deixou o cargo de governador em 14 de maio daquele ano para concorrer ao cargo de senador da República.

Ele foi substituído pelo então vice-governador Ramez Tebet, também do PMDB, que ficou à frente do cargo de governador por exatos 10 meses, enquanto Wilson Martins foi eleito senador, ficando apenas um mandato, de 15 de março de 1987 a 1º de janeiro de 1995.

Depois do finado emedebista, que faleceu aos 100 anos de idade no dia 13 de fevereiro de 2018 em Campo Grande, nenhum ex-governador conseguiu tal feito, apesar de outros dois governadores eleitos pelo voto direto, Pedro Pedrossian (PTB) e Zeca do PT, tentaram, em 2002 e 2018, respectivamente.

No caso de Pedro Pedrossian, o ex-governador foi derrotado nas urnas pelo novato Delcídio do Amaral (PT), que ficou à frente do cargo por dois mandatos, acabando cassado em maio de 2016 por 74 votos a favor, uma abstenção, nenhum voto contrário, tornando-o inelegível por 11 anos.

Já Zeca do PT teve o registro de candidatura ao Senado impugnado a pedido da Procuradoria Regional Eleitoral do Estado em agosto de 2018. Na época, o então deputado federal foi condenado em segunda instância pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) por improbidade administrativa em 2017.

Com o ex-governador petista fora do páreo, foram eleitos o então ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PSD), e a advogada Soraya Thronicke (Podemos), que, na ocasião, venceu a disputa pelo PSL, partido de Jair Bolsonaro, que foi eleito presidente da República e, com isso, ajudou a eleger inúmeros apoiadores na chamada “Onda Bolsonaro”.

MAIS UM TABU

Na eventualidade de ser eleito senador, o ex-governador Reinaldo Azambuja quebrará o segundo tabu consecutivo, já que em 2022 conseguiu eleger o sucessor, o então secretário estadual de Obras, Eduardo Riedel, tornando-se o primeiro gestor estadual reeleito a obter tal feito.

Ele quebrou uma escrita que já durava 32 anos em Mato Grosso do Sul. Nascido em Campo Grande, filho de Zulmira Azambuja Silva e Roberto de Oliveira Silva, o agropecuarista e político foi o 11º governador de MS. 

Filiado ao PSDB, elegeu-se prefeito de Maracaju em 1996 e foi reeleito em 2000. Já em 2006, elegeu-se deputado estadual e obteve a maior votação da história do Estado ao conquistar 47.772 votos. 

Em 2010, elegeu-se deputado federal com cerca de 122.213 votos válidos, candidatando-se a prefeito de Campo Grande em 2012, mas perdeu.

No ano de 2014, foi eleito governador, derrotando o senador Delcídio do Amaral no 2º turno. Quatro anos depois, em 2018, foi reeleito vecendo, também no 2º turno, o juiz federal Odilon de Oliveira (PDT).

*SAIBA

O senador por dois mandatos, de 1º de fevereiro de 1995 a 17 de novembro de 2006, Ramez Tebet chegou a ser governador de 14 de março de 1986 até 15 de março de 1987. No entanto, ele não entra no cálculo, porque só foi eleito senador oito anos depois de deixar o cargo de governador, além disso, não chegou a disputar uma eleição para chefe do Executivo estadual, concorrendo apenas como vice-governador.

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