Política

RENOVAÇÃO

PSDB e PP continuam com as maiores bancadas da Câmara

Os tucanos elegeram cinco vereadores, enquanto o PP fez quatro parlamentares

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Após a apuração de 100% das urnas, o PSDB e o PP vão continuar com as maiores bancadas na Câmara Municipal de Campo Grande pelos próximos quatro anos. 

Os tucanos conseguiram eleger cinco vereadores – Silvio Pitu, Dr. Victor Rocha, Professor Juari, Flávio Cabo Almi e Papy –, enquanto o PP fez quatro vereadores – Professor Riverton, Maicon Nogueira, Delei Pinheiro e Beto Avelar.

Logo depois aparecem o PT, com três cadeiras – Luiza Ribeiro, Landmark e Jean Ferreira –, o PL, com três cadeiras – Rafael Tavares, André Salineiro e Ana Portela –, o União Brasil, com três cadeiras – Veterinário Francisco, Fábio Rocha e Dr. Lívio –, o Republicanos, com duas cadeiras – Neto Santos e Herculano Borges –, o MDB, com duas cadeiras – Junior Coringa e Dr. Jamal –, o Podemos, com duas cadeiras – Clodilson Pires e Ronilço Guerreiro –, o Avante, com duas cadeiras – Wilson Lands e Leinha –, o PSD, com uma cadeira – Otávio Trad –, o PDT, com uma cadeira – Marquinhos Trad –, e o PSB, com uma cadeira – Carlão.

O mais votado, com 8.567 votos, foi o ex-prefeito Marquinhos Trad, seguido por Rafael Tavares, com 8.128 votos. Marquinhos voltará à Câmara quase 20 anos depois de deixar o cargo de vereador, em 2007.

Eleito em 2005, ele deixou o cargo para se tornar deputado estadual e esteve na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul por três mandatos consecutivos até 2016, quando foi eleito prefeito de Campo Grande. 

Em 2022, Trad renunciou ao mandato de prefeito para concorrer ao cargo de governador, mas terminou a campanha eleitoral derrotado. Voltou para a vida pública escolhido por 8.567 eleitores campo-grandenses. 

O segundo mais votado, Rafael Tavares, também engrossa o porcentual de renovação da Câmara, embora não seja parlamentar de primeiro mandato. Eleito deputado estadual pelo PRTB em 2022, ele foi cassado em março deste ano. Para ocupar cadeira no Legislativo municipal, obteve 8.128 votos.

A maioria dos eleitos é formada por homens. Apenas duas mulheres foram eleitas parlamentares, Luiza Ribeiro e Ana Portela – que foi eleita com ajuda do ex-presidente Jair Bolsonaro e do pai, presidente estadual do partido, o primeiro-suplente de senador Tenente Portela. “Obrigada a cada pessoa que acreditou no nosso trabalho e projeto. Vamos lutar por uma Campo Grande transparente. Obrigada, obrigada mesmo”, declarou Ana Portela.

Dos 29 vereadores que atualmente têm mandato, apenas Professor André Luis (PRD) não tentou a reeleição, enquanto os outros 28 se candidataram. Tiago Vargas teve a candidatura anulada sub judice, mas, mesmo assim, teve 2.895 votos, enquanto dos 27 que tiveram a candidatura deferida, 15 conseguiram votos suficientes para continuar na Casa de Leis por mais um mandato e 14 deixarão a Câmara no próximo ano, ou seja, uma renovação de quase 50%.

Dos 15 novatos, 9 são estreantes na vida pública, enquanto outros 5 voltarão ao Legislativo após uma breve parada. 
Entre os eleitos, estão de volta à Casa de Leis Francisco Gonçalves Carvalho, o Veterinário Francisco, André Salineiro, Herculano Borges e Dr. Lívio, enquanto Fábio Rocha, Flávio Cabo Almi, Neto Santos, Maicon Nogueira, Wilson Lands, Ana Portela, Landmark Ferreira, Jean Ferreira e Leinha serão vereadores de primeiro mandato.

O atual presidente da Câmara, Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), foi o terceiro mais votado e vai para o quinto mandato representando a ala dos reeleitos, tendo sido eleito pela primeira vez em 2008. 

Dessa vez, ele obteve 6.912 votos. Silvio Pitu, também integrante da lista dos que foram mantidos na Câmara pelo eleitor, teve a quarta maior votação, com 6.409 votos. Ele assumiu seu primeiro mandato como vereador em 2020 e, antes disso, já havia ficado como suplente.

MAIS VOTADOS

O Correio do Estado conversou com Marquinhos Trad, que retorna à vida política após a derrota de 2022 como o vereador mais votado. 

“Para mim, é um reconhecimento da população em relação às injustiças cometidas contra a minha pessoa e a consagração dos serviços prestados pela cidade”, assegurou.

Sobre a possibilidade de tentar um cargo na futura Mesa Diretora da Casa de Leis, ele foi categórico: “Os 29 eleitos têm todas as condições técnicas para pleitear um cargo na Mesa Diretora”. 

O ex-prefeito ainda pontuou que os dois vereadores mais votados sofreram injustiças. “O eleitor reconhece isso, pois o que o jogo sujo da política distancia, o povo traz de volta”, analisou.

Marquinhos ainda destacou o fato de o candidato do PSDB não ter conseguido avançar para o segundo turno mesmo tendo a máquina do governo estadual ao lado. 

“O povo sabe quem estava por trás deles. O povo vomitou essa turma, assim como aconteceu no palco deles no lançamento da candidatura a prefeito”, disse, referindo-se ao fato de o ex-governador André Puccinelli (MDB) ter vomitado durante o discurso que fazia no palco do candidato Beto Pereira (PSDB).

Sobre seu apoio para o segundo turno, Marquinhos Trad confirmou que vai continuar a campanha por Rose Modesto (União Brasil) e fez críticas à atual prefeita Adriane Lopes (PP), que assumiu o posto deixado por ele em 2022. 

“Estarei pelas ruas e os bairros fazendo campanha pela Rose, porque Campo Grande não merece uma gestora que deixa as prateleiras das unidades de saúde vazias. Recebo essa vitória com serenidade, é um recomeço e, com certeza, vamos buscar cada vez mais ampliar o acolhimento de pessoas”, pontuou.

REPARAÇÃO

O ex-deputado estadual Rafael Tavares, o segundo mais votado, também considerou sua vitória como uma reparação por parte da população à injustiça cometida contra ele na Assembleia Legislativa. 

“Estou muito feliz pela vitória, a direita em Campo Grande terá força e a Câmara Municipal jamais será a mesma. Sem padrinho político, sem tempo de TV e de rádio, conseguimos uma votação expressiva e vamos honrar cada voto conquistado”, disse ao Correio do Estado.

O vereador eleito ainda lembrou que, após ser o primeiro deputado estadual cassado em 45 anos de história da Assembleia Legislativa porque o PRTB cometeu abuso de poder e fraude na cota de gênero nas eleições gerais de 2022 em Mato Grosso do Sul, migrou para o PL do ex-presidente da República Jair Bolsonaro.

Ele informou que Bolsonaro lhe deu o aval para que ingressasse no partido e até sugeriu a oportunidade de ser o candidato do partido a prefeito de Campo Grande, mas depois entendeu ser melhor caminhar ao lado do PSDB. 

REELEITO

A reportagem também conversou com Professor Riverton, que sai fortalecido da eleição e tem uma grande chance de disputar a presidência da Câmara Municipal de Campo Grande caso a prefeita Adriane Lopes seja reeleita. 

“É um mandato que foi pautado principalmente na presença e cumprindo aquilo que eram as pautas da educação”, disse. Ele completou que acredita que a educação é a ferramenta de transformação da cidade, do Estado e do País. “Então, eu acredito que é fruto do nosso trabalho do dia a dia perto das pessoas. Isso só aumenta a nossa responsabilidade pela representatividade dos votos”, afirmou.

Riverton acrescentou que a sua vitória é uma resposta ao trabalho bem feito e por ter cumprido aquilo a que se comprometeu. 
“A gente fica muito feliz pela votação e a responsabilidade só aumenta”, reforçou, recordando que essa é a sua terceira eleição. “A primeira eu tive 645 votos, na segunda, 3.987, e agora, 6.271 votos”, concluiu.

(Colaborou Naiara Camargo)

ELEIÇÕES 2026

Mesmo inelegível, Caiado lança pré-candidatura à Presidência em evento em Salvador

Anúncio aconteceu m discurso no Centro de Convenções de Salvador, na Bahia, do qual ele definiu o momento como "um dos mais importantes de sua vida"

04/04/2025 20h00

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), já é pré-candidato a presidente da República

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), já é pré-candidato a presidente da República Foto: Arquivo

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O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), anunciou nesta sexta-feira (4) sua pré-candidatura para a presidência da República nas eleições de 2026. Em discurso no Centro de Convenções de Salvador, na Bahia, ele definiu o momento como "um dos mais importantes de sua vida".

Sua chegada no palco ocorreu ao som do jingle "Coragem para mudar, coragem para fazer, um grande coração, Caiado por você", e o pré-candidato foi anunciado como "o governador da ética, da moral e da transparência". Ao se pronunciar aos presentes, ele falou sobre sua experiência no Congresso Nacional e disse que o País vive uma "verdadeira desordem institucional".

"Nós aprendemos no Parlamento que precisamos ter maioria construída, ninguém é dono, ninguém ali impõe o seu projeto se não tiver maioria, se não tiver capacidade de diálogo", afirmou ele, que foi deputado por cinco legislaturas e senador por duas

Caiado também falou sobre as relações entre os Três Poderes, afirmando que não deve haver "enfrentamento de poderes" quando se quer construir a paz. Anteriormente, o governador já defendeu a anistia aos invasores de Brasília no dia 8 de janeiro de 2023

O governador destacou aspectos de seu tempo à frente do Executivo de Goiás. Sobre o tema da segurança pública, disse ter transformado Goiás de "Disneylândia dos bandidos" a um Estado que "tem segurança plena para o trabalhador e a dona de casa" e "a melhor educação do Brasil". Em 2023, o Estado teve a melhor nota do País no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), na etapa do Ensino Médio.

Não faltaram críticas ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nos âmbitos da segurança e econômico. Um dos alvos foi Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública "O Caiado (em referência a si mesmo) já desmascarou o presidente Lula na frente dele dizendo 'você quer tirar prerrogativa de Estado. Isso aí é presente para a bandidagem", afirmou, completando que "O governo Lula não tem plano de governo e não sabe para o que veio".

A PEC da Segurança é uma proposta do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, que pretende criar um "Sistema Único de Saúde (SUS)" da segurança. O objetivo é reestruturar e fortalecer o sistema de segurança por meio da integração entre os entes federados. Caiado se coloca como contrário à iniciativa e afirmou no evento que não existe "Estado Democrático de Direito onde governo é complacente com o crime".

Na última quarta-feira, 2, foi divulgada uma pesquisa Genial/Quaest que mostra que a violência é apontada como o maior problema no Brasil atual para 29% dos entrevistados. O levantamento também mostrou que Lula tem 56% de desaprovação, a maior desde o início do terceiro mandato. Apesar disso, o mesmo instituto mostrou que Lula lidera cenários de segundo turno contra todos os potenciais candidatos da direita para a eleição de 2026.

Estiveram presentes no lançamento da pré-candidatura nomes como o senador Sergio Moro (União-PR), o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União), o atual prefeito Bruno Reis (União) e o deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ).

A direção nacional do União Brasil foi representada por ACM Neto, vice-presidente. O presidente da sigla, Antonio Rueda, e o presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (AP), não compareceram

ACM Neto minimizou a ausência de Rueda e disse que não há nenhum "trauma ou problema". "O partido tem internamente seus diferentes pensamentos, que serão convergentes quando for necessário", afirmou. O cantor Gusttavo Lima, amigo pessoal do governador, também não esteve presente.

A organização do evento ocorreu sob pressão de figuras do União Brasil mais ligadas ao governo federal, que defendiam que Caiado desistisse do lançamento.

No momento, Caiado está condenado pela Justiça Eleitoral goiana a oito anos de inelegibilidade.

sob nova direção

Novo presidente da União dos Vereadores credita vitória ao resgate da credibilidade

O vereador Daniel Jr., do PP de Dourados, derrotou o vereador Jeovane Vieira dos Santos, do PSDB de Jateí, por 198 a 166 votos

04/04/2025 08h30

Governador de MS, Eduardo Riedel (PSDB) se reuniu com o presidente eleito da UCVMS, Daniel Jr.

Governador de MS, Eduardo Riedel (PSDB) se reuniu com o presidente eleito da UCVMS, Daniel Jr. Reprodução

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Com o apoio do PP, do PSDB e do MDB, o vereador Daniel Júnior, do PP de Dourados, derrotou na noite de quarta-feira o vereador Jeovane Vieira dos Santos, do PSDB de Jateí, por 198 votos favoráveis e 166 contrários, tornando-se, assim, o novo presidente da União das Câmaras de Vereadores de Mato Grosso do Sul (UCVMS).

Em entrevista ao Correio do Estado, o parlamentar creditou a vitória contra o atual presidente – que está no cargo há 12 anos e tentava a reeleição para o quarto mandato consecutivo – ao resgate da credibilidade da UCVMS, que ao longo de uma década viu diminuir o número de Câmaras filiadas até chegar a 31 das 79 possíveis.

“A retomada da credibilidade vai dar a injeção de ânimo necessária para que possamos chegar a 100% das Câmaras Municipais de Mato Grosso do Sul filiadas na UCVMS. 

Se não for possível chegar a 79 filiadas, pelo menos 90% delas a gente consegue”, projetou.

Daniel Jr. lamentou o fato de a entidade ter perdido mais de 60 Câmaras somente no ano passado, mas destacou que, com a nova diretoria – a qual tomará posse no mês que vem e ficará à frente da UCVMS até maio de 2029 –, será possível mudar para melhor a imagem negativa que os vereadores têm atualmente.

Sem medo de errar, acredito que nós tivemos um apoio de 90% da classe política de Mato Grosso do Sul, incluindo nomes de grandes lideranças do Estado, como a senadora Tereza Cristina [PP], o governador Eduardo Riedel [PSDB], o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, deputado estadual Gerson Claro [PP], e os ex-governadores Reinaldo Azambuja [PSDB] e André Puccinelli [MDB]”, opinou, reforçando a contribuição do seu vice-presidente, o vereador Junior Coringa, do MDB de Campo Grande.

PRÓXIMOS PASSOS

Questionado pelo Correio do Estado quais serão os próximos passos à frente da UCVMS, o vereador de Dourados informou que pretende regularizar a questão das certidões negativas.

“Nós batemos tanto nesse assunto durante a campanha que a atual diretoria conseguiu parcelar as dívidas e obteve uma certidão negativa com efeito positivo. Pelo menos, as nossas críticas tiveram êxito”, brincou.

Outra mudança que Daniel Jr. pretende reverter é a autorização para que ex-vereadores tenham direito a voto nas eleições da UCVMS. “Pessoalmente, não concordo com ex-vereador votando, mas sou um político que acompanha a maioria e pretendo convocar uma assembleia geral para votar esse assunto”, anunciou.

Na eleição de 2021, conforme o presidente eleito da UCVMS, muitos ex-vereadores participaram do pleito e isso contribuiu para que o atual presidente fosse reeleito ao terceiro mandato. “Quero trazer esse tema para a discussão, pois não penso que seja legal esse tipo de situação”, disse.

A respeito dos problemas judiciais do vereador Jeovane Vieira dos Santos, que virou réu na 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos por possíveis irregularidades na prestação de contas da entidade relativa a 2021, o presidente eleito disse que não compete a ele comentar. “Penso que a Justiça vai dar o veredito sobre essa questão”, pontuou.

Para Daniel Jr., outra missão é trazer de volta para a UCVMS o maior número de Câmaras possíveis. “Com o retorno da credibilidade, acredito que a entidade vai viver um novo momento. Sangue novo sempre ajuda a oxigenar o ambiente, e vamos reverter o atual quadro para sermos novamente uma entidade de respeito junto à classe política estadual”, finalizou.

Já o vereador Junior Coringa, vice-presidente eleito, ressaltou que foi uma eleição muito dura, até porque o atual gestor está há 12 anos no poder. 

“A gente teve que fazer uma força-tarefa com diversos partidos, com muitas lideranças, e trabalhar muito essa questão da renovação com os novos vereadores”, afirmou.

Ele revelou que Jeovane colocou mais de 80 ex-vereadores para votar nele como uma manobra a fim de ser reeleito. “Visitamos vários municípios e conversamos com muitos vereadores para mostrar os nossos projetos. Graças a Deus, a maioria aceitou as nossas propostas e conseguimos depois de 12 anos que a UCVMS tenha uma nova diretoria”, assegurou.

O vice-presidente eleito complementou que o primeiro ato da nova diretoria é fazer uma reformulação do estatuto, tirando essa questão de perpetuação no poder e colocar mandatos de até quatro anos para provocar o revezamento no comando da UCVMS.

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