Política

ELEIÇÕES 2020

PTB quer preparar base para concorrer em 2022

Ex-senador Delcídio do Amaral não descarta concorrer ao governo

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Comandado pelo ex-senador Delcídio do Amaral, o PTB-MS pretende conseguir uma boa base nas eleições de outubro para, em 2022, ter candidato ao cargo de governador de Mato Grosso do Sul. De acordo com Amaral, no pleito deste ano a sigla deve lançar candidatos a vereador em pelo menos 70% dos 79 municípios do Estado.  

“Temos um partido leve, simpático. Já elegemos governador, senador, deputado, prefeito. O PTB é um partido bom para fazer política e trabalhar pelo Estado inteiro. Não vemos rejeição sobre o partido. Quero organizar e fazer base para 2022”, destacou.

Ainda de acordo com o presidente estadual, o momento é de estratégia. As mudanças na legislação eleitoral não permitem mais coligação entre partidos nas chapas proporcionais, apenas nas majoritárias. Questionado se deve concorrer em 2022 ao governo do Estado, como fez em 2014, Delcídio disse que ainda é cedo para se programar, mas não descartou uma disputa. “Temos que desenhar agora e realizar um projeto em 2022. Tem que ter muita calma e muita cautela. Como diz o ex-ministro da Fazenda, Pedro Malan: ‘O Brasil é um partido tão difícil de planejar que até o passado é imprevisível’”.

O ex-senador destacou ainda que não terá candidatos a prefeito em todos os municípios, sendo a Capital um deles. O PTB deve se unir ao prefeito Marcos Trad (PSD) e apoiar a reeleição. “Em Campo Grande, fizemos uma aliança com o prefeito Marquinhos”.  

Ao ser perguntado se o partido deve compor a chapa junto de Trad, Amaral ressaltou que ainda é cedo, mas que pretende compor com o chefe do Executivo municipal. “Vamos compor aliança da reeleição. O prefeito, pelas nossas conversas, vai deixar a confirmação do vice mais pra frente”.

Além do PTB, o PSDB e o DEM também pretendem indicar um vice para Marcos Trad. No ninho tucano, o nome já foi escolhido: João Rocha. O atual presidente da Câmara Municipal de Campo Grande será o nome peessedebista e da Casa de Leis para compor a chapa com o atual prefeito.

Caso Trad não aceite a indicação, o PSDB não descarta lançar uma candidatura própria para as eleições de outubro, assim como o DEM.

Sobre o interior do Estado, Delcídio adiantou algumas cidades que terão candidato a prefeito. “Naviraí, cidade importante e emblemática; Antônio João, na fronteira; Itaquiraí, nosso Conesul; norte do Estado, Coxim. Temos ainda Alcinópolis, Figueirão, Aparecida do Taboado”, destacou o ex-senador. 

HISTÓRICO

Delcídio do Amaral concorreu ao cargo de governador do Estado em 2006 e 2014. Eleito senador em 2010, ele foi afastado do cargo em 2015 e inocentado em 2018. Delcídio foi denunciado pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot ao STF. Na avaliação de Janot, o então senador tentou comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. Inocentado, ele concorreu em 2018 ao Senado, mas ficou na 7ª posição, com 109.927 votos. 

ORDEM DOS ADVOGADOS

Eleição da OAB no Estado leva hoje às urnas 12,3 mil advogados aptos a votar

Os candidatos são Bitto Pereira, da chapa 22 ("Pelo Futuro da OAB"), e Lucas Rosa, da chapa 11 ("Renovação: OAB de Todos")

22/11/2024 07h53

Os advogados Bitto Pereira, da chapa 22, e Lucas Rosa, da chapa 11, disputam a presidência da OAB-MS

Os advogados Bitto Pereira, da chapa 22, e Lucas Rosa, da chapa 11, disputam a presidência da OAB-MS Foto: Montagem

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Das 9h às 17h de hoje, os 12.380 advogados do Estado aptos a votar – que não têm condenação disciplinar e estão em dia com a tesouraria – vão às urnas para eleger o próximo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso do Sul (OAB-MS) para o triênio 2025-2027, que na eleição deste ano tem como candidatos Bitto Pereira, da chapa 22 (“Pelo Futuro da OAB”), que tentará a reeleição, e Lucas Rosa, da chapa 11 (“Renovação: OAB de Todos”).

Ao todo, são 31 subseções em Mato Grosso do Sul. Além do presidente, os advogados vão eleger o Conselho Seccional e sua diretoria, o Conselho Federal, a diretoria da Caixa de Assistência dos Advogados (CAAMS) e as diretorias e conselhos subseccionais. 

Para votar, os advogados devem levar o Cartão de Identidade Profissional ou um dos seguintes documentos: Carteira de Identidade Nacional (CIN), Carteira Nacional de Habilitação (CNH), Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) e Passaporte.

As chapas para o Conselho Seccional são compostas por 45 conselheiros seccionais titulares, incluídos os membros da diretoria e com indicação nominal desses, e 45 suplentes, três conselheiros federais titulares e três conselheiros federais suplentes e cinco membros para a composição da diretoria da CAAMS.

Os vencedores do pleito vão tomar posse no dia 1º de janeiro de 2025 para o exercício do mandato trienal em sessão ordinária realizada no Plenário do Conselho Federal, presidida pelo presidente eleito, após prestarem o compromisso legal. 

O advogado que não comparecer ao local de votação fica sujeito à multa, equivalente a 20% do valor da anuidade. Em caso de ausência, ela deve ser justificada, por escrito, dentro do prazo de 30 dias, contados a partir do dia útil seguinte à data da eleição – ou seja, até 6 de janeiro de 2025.

Em Campo Grande, a votação será na sede da OAB-MS, que fica na Avenida Mato Grosso, nº 4.700, Centro, enquanto os locais das 31 subseções podem ser consultados no site da oabms.org.br/eleicao-oab/. Como serão utilizadas urnas eletrônicas, o resultado das eleições está previsto para sair até as 18h de hoje.

EXPECTATIVAS

O atual presidente da OAB-MS, Bitto Pereira, disse ao Correio do Estado que está otimista para a eleição de hoje.

“Diante de todo o trabalho que nós fizemos ao longo dos três anos, tanto em Campo Grande quanto em todas as 31 subseções, a expectativa é de que tenhamos uma maiúscula vitória”, projetou.

Ele completou ter certeza de que a advocacia sul-mato-grossense saberá reconhecer o trabalho feito por sua gestão.

“Atuamos em todas as frentes, abordando as prerrogativas e os honorários dos advogados, a Escola Nacional da Advocacia [ESA] e a Caixa de Assistência dos Advogados. Enfim, trabalhamos unidos por uma advocacia forte e respeitada”, assegurou, completando que sua principal bandeira é o empreendedorismo na advocacia.

Já o advogado Lucas Rosa revelou ao Correio do Estado que a expectativa é que toda advocacia exerça seu sagrado direito de escolher seus dirigentes.

“Especialmente porque o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul [TJMS] acolheu um pleito da Associação dos Advogados de Mato Grosso do Sul [AAMS] de suspensão de todos os prazos e de todos os atos judiciais das audiências e dos julgamentos para que todos advogados possam votar presencialmente, como deve ser”, ressaltou.

Em razão disso, ele ressaltou que a expectativa é que a advocacia exerça esse direito ao voto, opine, escolha seus dirigentes e não deixe de votar.

“Não votem nulo, não votem em branco, mas escolha efetivamente a liderança. E no meu caso, especificamente, o nosso desejo é de renovação e de restauração da ordem para que volte a ser o que sempre foi e para que volte a ser o que ela era. Afinal, atualmente, a gente está se afastando do debate público, do dia a dia do advogado, e sem alternância de poder”, criticou.

Saiba

Eleitorado é maior do que em 42 cidades

Os 12.380 advogados aptos a votar na eleição da OAB-MS é maior do que o eleitorado de 42 municípios de Mato Grosso do Sul. Na prática, o número de advogados que podem votar no pleito de hoje é superior ao de 53% dos 79 municípios sul-mato-grossenses.

OPERAÇÃO

Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes "faz tudo o que não diz a lei"

PF indiciou 37 pessoas por tentativa de golpe de estado

21/11/2024 20h00

Foto: Senado

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Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

"Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar", disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). "O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei", criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

*Com informações da Agência Brasil

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