Política

CAMPO GRANDE

Puccinelli pode se candidatar a vereador para "salvar" MDB

Sem apoio financeiro e após tentativa frustrada de ter Bolsonaro no palanque, resta a Puccinelli concorrer à Câmara Municipal

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Ex-prefeito de Campo Grande por dois mandatos e ex-governador de Mato Grosso do Sul também por dois mandatos seguidos, André Puccinelli (MDB) vive um dilema a poucos dias de completar 76 anos de idade: candidatar-se ou não para prefeito da capital?

Nas últimas semanas, apesar de sua pré-candidatura para prefeito ser mantida, ganhou força um movimento feito por vários caciques, inclusive o próprio Puccinelli, para uma candidatura do emedebista para vereador.

A possibilidade, levada muito a sério por André e também por caciques do PSDB, partido que está mais próximo de uma coligação majoritária, caiu como uma luva para correligionários do MDB e também para o estafe da pré-candidatura do deputado federal tucano Beto Pereira. Pudera, uma candidatura de André Puccinelli a vereador no arco de alianças de Beto Pereira, além de ressuscitar o MDB como força política em Campo Grande – abrindo caminho para fazer uma grande bancada na Câmara de Vereadores – ainda poderia ajudar a catapultar Beto Pereira. Ser candidato a vereador nunca foi a primeira opção de Puccinelli, afirmou um interlocutor do ex-governador. Aliás, nem mesmo candidatar-se a prefeito e eventualmente ganhar é uma opção para o emedebista. O que ele queria mesmo era ter, pelo menos, ido para o segundo turno em 2022, mas acabou em terceiro e ficou para trás, deixando a disputa para Eduardo Riedel (PSDB) e Capitão Contar (PRTB).

Na pré-candidatura a prefeito, André Puccinelli vive um dilema: aparece à frente em cenários eleitorais aferidos por várias pesquisas, internas e registradas, entretanto, não consegue captar recursos financeiros como seus adversários. Esperava socorro do Fundo Eleitoral a que o MDB terá direito, mas a resposta que veio do presidente do diretório nacional, Baleia Rossi, é de que o valor que seria liberado para uma eventual candidatura de Puccinelli seria de 20% do que ele pleiteava, segundo informações a que o Correio do Estado teve acesso.

A segunda porta fechada Puccinelli encontrou na semana passada. Depois de uma reunião com o deputado federal Marcos Pollon (PL), que comanda o partido que também abriga o ex-presidente Jair Bolsonaro em Mato Grosso do Sul, tinha a esperança de fechar um acordo para ser o candidato de Bolsonaro no estado. Não deu certo.

Foi o próprio Bolsonaro que mandou dizer que não queria. Pesaram contra Puccinelli dois fatores: o compromisso de Bolsonaro com a ex-ministra da Agricultura (e também ex-secretária do mesmo segmento da gestão Puccinelli no governo do estado) e senadora Tereza Cristina (PP), além do fato de, em 2018, Puccinelli já ter sido preso.

Embora Bolsonaro também esteja na iminência de ir para o lado de trás das grades, sendo alvo de várias investigações criminais, o ex-presidente acredita que a prisão pela qual Puccinelli foi submetido seria uma influência negativa para sua imagem.

Destino: Câmara

Diante dos reveses, resta a Puccinelli cogitar a vereança. Não soa mal, conforme afirmam caciques tucanos. Afinal, a filha de André, Denise Puccinelli, ainda está no páreo para poder ser a vice de Beto Pereira em uma chapa.

Além do mais, Puccinelli partiria para uma eleição que muitos dão como certa para vereador, o que tiraria do ex-prefeito Marquinhos Trad (PDT) o favoritismo para ser o vereador mais votado.

Além de poder fazer uma bancada forte para o MDB (e levar consigo nomes como Youssiff Domingos e Antonieta Amorim, por exemplo), Puccinelli, segundo o interlocutor, se credenciaria para “elevar o nível” da Câmara e melhorar o debate e as negociações com o futuro prefeito, seja quem ele (ou ela) for.

Sob a perspectiva tucana, Puccinelli ajudaria a levantar a candidatura de Beto Pereira, pois poderia pedir votos para ele e para o deputado federal. Nas pesquisas internas dos partidos, quando Puccinelli sai da lista apresentada pelos pesquisadores, quem cresce na disputa é Rose Modesto (União Brasil), que poderia estar absorvendo o potencial eleitor do ex-governador.

Saiba

Convenções começam no dia 20 de julho 

Partidos e federações poderão realizar, entre 20 de julho e 5 de agosto, convenções partidárias para deliberar sobre coligações e escolher candidatas e candidatos aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador. 

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POLÍTICA

Carla Zambelli renuncia ao mandato após STF determinar que suplente assumisse

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal.

14/12/2025 15h00

Deputada Federal Carla Zambelli

Deputada Federal Carla Zambelli Divulgação

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Na tarde deste domingo (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo parlamentar. A decisão foi tomada após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o suplente, Adilson Barroso (PL-SP),  assumisse o cargo em até 48 horas.

Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia. "Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse", informou a Casa em nota.

Em maio, Zambelli foi condenada pela Corte a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feita pelo hacker Walter Delgatti Neto. O caso dela transitou em julgado, sem mais chances de recursos, em junho. 

A decisão foi levada para análise do plenário da Câmara. Na madrugada de quinta-feira (11), foram 227 votos a favor da cassação do mandato de Zambelli contra 170 votos pela manutenção. Eram necessários 257 para que ela perdesse o cargo.

Porém, na sexta-feira (12), o STF anulou a deliberação da Câmara e determinou a perda imediata do mandato. A Corte apontou que a votação violava a Constituição no dispositivo que impõe perda de mandato nos casos de condenação com trânsito em julgado.

Estratégia

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados de Zambelli, seria uma estratégia para preservar os direitos políticos dela.

“Ao renunciar antes da conclusão da cassação, preserva direitos políticos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.

Carla Zambelli está presa na Itália, desde julho deste ano, depois de fugir do Brasil em decorrência do trânsito em julgado do processo no STF. O Supremo aguarda a extradição.

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Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

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