Política

SUCESSÃO ESTADUAL

Queda de Odilon e crescimento de André
e Azambuja embolam disputa

Pesquisa mostra empate técnico na preferência do eleitorado

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A pesquisa do Instituto de Pesquisas de Mato Grosso do Sul (Ipems) contratada pelo Correio do Estado e realizada em Campo Grande, maior colégio eleitoral do Estado, com 591.374 eleitores – de acordo com levantamento do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MS) –, aponta queda na preferência pela pré-candidatura do juiz federal aposentado Odilon de Oliveira (PDT) e crescimento do ex-governador André Puccinelli (MDB) e do governador Reinaldo Azambuja (PSDB). O resultado final mostra todos os três “embolados” na corrida pela disputa do voto do eleitor da Capital.

O levantamento do Ipems indica a queda de 5,73 pontos porcentuais do apoio dos campo-grandenses a Odilon em comparação entre a amostragem de abril e a de julho. Hoje, o juiz tem 30,74% das intenções de voto. Antes, era de 36,47%. Diante deste novo cenário, André encostou em Odilon. Em abril, a diferença entre os dois era de 9,23 pontos porcentuais. Agora, com 29,39% das intenções de voto do ex-governador, essa margem caiu para 1,35 ponto.

Na esteira, aparece Azambuja, com 25,77% das intenções de voto, aproximando-se de André e Odilon. Em abril, a diferença do líder juiz para o governador (que tinha 21,81%) era de 14,66 pontos porcentuais. Hoje, está a 4,97 pontos. Com esse índice, o governador reduziu a distância de André para 3,62 pontos.

Como a margem de erro é de 4,90 pontos porcentuais para mais ou para menos sobre o resultado encontrado no total da pesquisa, indica-se empate técnico entre Odilon, André e Azambuja na preferência do eleitorado de Campo Grande. 

Se o desempenho dos pré-candidatos na Capital servir de referência para análise política, indica a tendência de o futuro governador do Estado ser definido no segundo turno das eleições, no dia 28 de outubro.

Já o pré-candidato do PT, ex-prefeito de Mundo Novo Humberto Amaducci, aparece na pesquisa com 1,47% das intenções de voto, e o advogado João Alfredo (PSOL), com 1,24%. Os dois, portanto, estão tecnicamente empatados em último lugar, conforme a margem de erro de 4,90 pontos porcentuais para mais ou para menos.

Pela pesquisa, nem todos os simpatizantes do PT estão apoiando Amaducci para governador do Estado. Mas isso não significa estagnação no desempenho do petista a partir da campanha eleitoral propriamente dita.

De acordo com amostragem, 11,39% restantes são a soma total dos eleitores com a intenção de não votar em nenhum dos nomes indicados, bem como daqueles que manifestaram interesse de anular ou votar em branco, além dos indecisos.

Para encontrar esse resultado, o Ipems entrevistou 400 eleitores nas sete regiões de Campo Grande (Centro, Segredo, Prosa, Bandeira, Anhanduizinho, Lagoa e Imbirussu) nos dias 9 a 11 deste mês. A pesquisa foi registrada no TRE sob o número MS-04673/2018.

 

POLÍTICA

Carla Zambelli renuncia ao mandato após STF determinar que suplente assumisse

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal.

14/12/2025 15h00

Deputada Federal Carla Zambelli

Deputada Federal Carla Zambelli Divulgação

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Na tarde deste domingo (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo parlamentar. A decisão foi tomada após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o suplente, Adilson Barroso (PL-SP),  assumisse o cargo em até 48 horas.

Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia. "Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse", informou a Casa em nota.

Em maio, Zambelli foi condenada pela Corte a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feita pelo hacker Walter Delgatti Neto. O caso dela transitou em julgado, sem mais chances de recursos, em junho. 

A decisão foi levada para análise do plenário da Câmara. Na madrugada de quinta-feira (11), foram 227 votos a favor da cassação do mandato de Zambelli contra 170 votos pela manutenção. Eram necessários 257 para que ela perdesse o cargo.

Porém, na sexta-feira (12), o STF anulou a deliberação da Câmara e determinou a perda imediata do mandato. A Corte apontou que a votação violava a Constituição no dispositivo que impõe perda de mandato nos casos de condenação com trânsito em julgado.

Estratégia

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados de Zambelli, seria uma estratégia para preservar os direitos políticos dela.

“Ao renunciar antes da conclusão da cassação, preserva direitos políticos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.

Carla Zambelli está presa na Itália, desde julho deste ano, depois de fugir do Brasil em decorrência do trânsito em julgado do processo no STF. O Supremo aguarda a extradição.

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Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

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