Política

NOVO CONSELHEIRO

Reaproximação MDB-PSDB favorece a indicação de Eduardo Rocha ao TCE-MS

O possível surgimento de novas vagas na Corte de Contas beneficiaria também Paulo Corrêa, Lidio Lopes e Sérgio de Paula

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A reaproximação das lideranças estaduais do MDB com as do PSDB pode favorecer a indicação do atual secretário de Estado da Casa Civil, Eduardo Rocha, para uma das vagas que devem surgir no Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE-MS). 

Segundo fontes ouvidas pelo Correio do Estado, até o fim deste ano, a Corte de Contas pode abrir de três a quatro vagas em razão dos afastamentos, em definitivo, dos conselheiros Iran Coelho das Neves, Ronaldo Chadid e Waldir Neves.

No fim do ano passado, o ministro Francisco Falcão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), expediu a Cautelar Inominada Criminal 81/DF (2022/0113391-3), comunicando o afastamento dos três por 180 dias em razão da suspeita de corrupção detectada pela operação Terceirização do Ouro, deflagrada pela Polícia Federal no dia 8 de dezembro.

Além disso, há a possibilidade do surgimento de uma quarta vaga em razão de o vice-presidente do TCE-MS, Flávio Esgaib Kayatt, pedir aposentadoria para tratar de problemas de saúde, fato que foi negado pelo conselheiro ao Correio do Estado. “Estou muito bem por enquanto e não tenho tempo suficiente para tal”, declarou.

Velhos aliados

Porém, conforme apurado pela reportagem, o nome do ex-deputado estadual Eduardo Rocha ganhou força, nos últimos dias, por conta da reaproximação do ex-governador André Puccinelli (MDB) com o atual governador Eduardo Riedel (PSDB), consolidando a retomada da antiga aliança MDB-PSDB.

Na Assembleia Legislativa, a aliança já começou, com o apoio integral da bancada do MDB à gestão de Riedel, e deve aumentar nos próximos dias, após o acordo de paz selado por André Puccinelli com a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, esposa de Eduardo Rocha, durante encontro de ambos em Brasília (DF) na semana passada.

O casal formado por Eduardo Rocha e Simone Tebet, ambos do MDB, já estava próximo do PSDB desde o ano passado, quando o ex-deputado estadual se licenciou do mandato para ser secretário de Estado de Governo na gestão de Reinaldo Azambuja (PSDB).

Distribuição de vagas

Diante disso, das três vagas que devem ser abertas em razão do afastamento em definitivo dos conselheiros Iran Coelho das Neves, Ronaldo Chadid e Waldir Neves, a do último ficaria para Eduardo Rocha, enquanto as outras duas, como Iran Coelho e Ronaldo Chadid são do corpo técnico da Corte de Contas, só poderão ser preenchidas por integrantes também do corpo técnico.

No caso, uma delas deve ficar com o deputado estadual Lidio Lopes (Patriota), que é do corpo técnico.

O cargo seria uma forma de tirar a esposa dele e prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (Patriota), do páreo pela disputa da prefeitura da Capital em 2024, ficando o caminho livre para o deputado federal Beto Pereira (PSDB-MS), que será o provável candidato “tucano”.

A terceira vaga, dessa forma, teria de ser preenchida por outro integrante do corpo técnico do TCE-MS, a ser definido.

Entretanto, caso o conselheiro Flávio Kayatt realmente se aposente, surgiria uma quarta vaga, que teria na disputa os nomes do 1º secretário da Assembleia Legislativa, deputado estadual Paulo Corrêa (PSDB), e do secretário-executivo do Escritório de Relações Institucionais e Políticas no Distrito Federal, Sérgio de Paula.

Até o fim do ano passado, o preferido seria Sérgio de Paula, mas agora já aparece na frente o nome de Paulo Corrêa, pois o primeiro enfrenta resistências externas e até internas no TCE-MS. Procurado pelo Correio do Estado, Eduardo Rocha disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que tudo não passa de especulação e que não teria nada disso.

Saiba: Como é a ocupação de vagas no TCE-MS - A Constituição reserva duas das sete vagas de conselheiros do TCE-MS para o corpo técnico (uma para auditor e a outra para procurador).

A Assembleia Legislativa tem a prerrogativa de indicar quatro conselheiros (1ª, 2ª, 3ª e 5ª vagas), e o governador a quarta vaga. Dos estados da Federação, 18 deles, além do Tribunal de Contas da União, reservam duas vagas para funcionários de carreira.

Em Mato Grosso do Sul, o critério político de escolha dos conselheiros prevaleceu por causa do entendimento ratificado pelo Judiciário em 2006 de que ao corpo técnico seriam reservadas as últimas duas vagas, a sexta e a sétima. 

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Política

Avaliações positiva e negativa do STF crescem e mostram divisão da percepção da população

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano; percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%

19/12/2025 22h00

Supremo Tribunal Federal (STF)

Supremo Tribunal Federal (STF) Crédito: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

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Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta sexta-feira, 19, mostra que cresceram as avaliações positivas e negativas sobre o trabalho do Supremo Tribunal Federal (STF), mostrando uma divisão da percepção da população brasileira sobre a atuação da Corte.

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano. No mesmo período, a percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%. Já a avaliação regular recuou de 34% para 24%.

No intervalo entre os dois levantamentos, a Primeira Turma do STF condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e três meses de prisão pelos crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União.

Entre as duas edições da pesquisa, também houve mudança no comando da Corte. O ministro Edson Fachin assumiu a presidência do tribunal e o ministro Luís Roberto Barroso se aposentou. Fachin adota um perfil mais discreto e defende a chamada "autocontenção" do Judiciário, em contraste com o antecessor, que sustentava que o Supremo deveria exercer um "papel iluminista" e atuar de forma mais protagonista na definição de direitos.

No mesmo período, o secretário de Estado do governo Donald Trump, Marco Rubio, revogou o visto do ministro Alexandre de Moraes e de seus familiares, além de outros sete integrantes do STF. O governo dos Estados Unidos também aplicou sanções a Moraes com base na Lei Magnitsky, norma criada para punir violadores graves de direitos humanos. Foi a primeira vez que uma autoridade de um país democrático foi alvo das medidas previstas na legislação. Neste mês, o presidente Donald Trump retirou o nome do ministro da lista de sancionados.

Outros poderes

A pesquisa também avaliou os demais Poderes. No Legislativo, a percepção varia conforme a Casa. No Senado Federal, a maior parcela dos entrevistados (34%) classifica o desempenho como regular, porcentual que empata, dentro da margem de erro (2 p p), com a avaliação negativa, de 33%. A avaliação positiva soma 22%, enquanto 11% não souberam ou não quiseram responder.

Na Câmara dos Deputados, a avaliação negativa predomina: 36% consideram o trabalho ruim ou péssimo. A percepção, porém, está tecnicamente empatada com a avaliação regular, que alcança 35%. A avaliação positiva é de 20%, e 9% não responderam.

A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas presenciais entre os dias 11 e 14 de dezembro de 2025. O levantamento tem nível de confiança de 95% e margem de erro de dois pontos porcentuais. Os entrevistados puderam classificar cada Poder como ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo, com os resultados consolidados nas categorias positiva, regular e negativa.

Governo Lula

Em relação ao Executivo federal, 38% dos brasileiros avaliam que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faz um trabalho ruim ou péssimo. Outros 34% consideram a gestão boa ou ótima, enquanto 25% a classificam como regular. Já 3% não souberam ou não responderam.

Política

Ministro do Paraguai fala em disposição construtiva para avançar em acordo Mercosul-UE efetivo

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

19/12/2025 21h00

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais Foto: Divulgação

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O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Rubén Ramírez Lezcano, reafirmou a "disposição construtiva" para avançar na concretização efetiva do acordo entre Mercosul e União Europeia (UE), durante a 67ª reunião do Conselho do Mercado Comum (CMC) do Mercosul, órgão decisório de nível ministerial do bloco, nesta sexta-feira, 19, segundo nota do Ministério de Relações Exteriores do país.

"Em particular, o Paraguai confia que os mecanismos de salvaguarda serão abordados e aplicados de maneira compatível com respeito ao negociado e acordado, e também de acordo com as normas multilaterais preservando o equilíbrio de direitos e obrigações das partes", disse Lezcano.

O chanceler também afirmou que "o Paraguai acredita e aposta em um Mercosul que funcione para todos, capaz de traduzir seus princípios em resultados concretos e de responder com pragmatismo e visão aos desafios estruturais que ainda persistem" na região.

Segundo Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais entre os Estados Parte do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e, mais recentemente em 2024, Bolívia). "Não se trata de uma noção abstrata, mas de uma realidade econômica e geográfica que limita nosso desenvolvimento e condiciona nossa competitividade", disse, frisando que a condição mediterrânea do país impõe custos adicionais que encarecem as exportações e restringem a participação nas cadeias regionais de valor.

A reunião do CMC, em Foz do Iguaçu, nesta sexta-feira, foi majoritariamente fechada à imprensa.

No sábado, 20, o Brasil deve passar o bastão da Presidência Pro Tempore do bloco ao Paraguai, durante a 67ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, também em Foz do Iguaçu. 

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