Política

REFORMUA TRIBUTÁRIA

4 deputados de MS votaram contra taxar grandes fortunas

Enquanto quatro deputados federais votaram contra a taxação, outros dois votaram a favor da cobrança do imposto

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Quatro deputados federais sul-matogrossenses votaram contra a taxação das grandes fortunas na proposta apreciada ontem (30/10) na Câmara do Deputados, em Brasília. Com 262  votos contra, a proposta foi derrubada em plenária e não foi incluída na Reforma Tributária que teve a apreciação concluída.  Já 136 parlamentares, entre eles três do Estado, foram favoráveis.

A emenda, apresentada pela federação Psol-Rede, definia como grande fortuna o conjunto de bens e direitos, de qualquer natureza, no Brasil e no exterior, que excedesse R$ 10 milhões. A taxação seria anual. 

Seriam taxadas as pessoas físicas e jurídicas com alíquotas de 0,5% para fortunas entre R$ 10 milhões e R$ 40 milhões; 1% para patrimônios entre R$ 40 milhões e R$ 80 milhões; e 1,5% para fortunas acima de R$ 80 milhões. No caso das pessoas físicas  seriam considerados bens no Brasil e no exterior e no das  empresas os bens e direitos mantidos no Brasil....

Como o texto-base havia sido aprovado pela Câmara em agosto, a proposta faz parte dos destaques (trechos que podem mudar parcialmente o projeto) e que faltavam ser apreciadas pelos congressistas. O relator da matéria aceitou algumas, entre elas sobre a taxação de grandes fortunas. 

Na apreciação, votaram a favor da cobrança do imposto os deputados federais Vander Loubet e Camila Jara (os dois do PT) e Dagoberto Nogueira (PSDB). Foram contrários os deputados  Geraldo Resende (PSDB), Luiz Ovando (PP), Marcos Pollon e  Rodolfo Nogueira (os dois do PL). O deputado Beto Pereira (PSDB) não votou. 

Os líderes do  PT, o PCdoB, o PV e o PSB orientaram voto a favor. O governo liberou os deputados. Já o  PL e os blocos do PP, MDB e União Brasil orientaram contra a proposta. 

Os parlamentares concluíram ontem a votação do texto da Reforma Tributária, que agora segue para apreciação no Senado Federal.

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eleições

Ciro Nogueira critica Tarcísio e diz que candidato em 2026 depende de Bolsonaro

Ciro Nogueira disse que Tarcísio é competente, mas que isso não basta em uma eventual disputa à Presidência

30/10/2024 21h00

Ciro Nogueira

Ciro Nogueira Foto: Pedro França / Agência Senado

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O presidente nacional do Progressistas (PP), senador Ciro Nogueira (PI), criticou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), pela atuação nas eleições de 2024.

O parlamentar afirmou que o chefe do Executivo estadual está "deixando a desejar" na articulação política, se quiser ser candidato a presidente em 2026.

Ciro Nogueira disse que Tarcísio é competente, mas que isso não basta em uma eventual disputa à Presidência. "Ele pode vir a se tornar o candidato do presidente Bolsonaro para 2026, poucos políticos têm o currículo dele. Um homem que se formou em escola militar de engenharia e passou em um dos concursos mais disputados do País, mas Presidência não é concurso público", afirmou em entrevista ao jornal O Globo publicada nesta quarta-feira, 30.

"Os melhores presidentes não passaram em concurso: Getúlio, Bolsonaro, Juscelino. São pessoas que têm uma visão de país. Os governadores de São Paulo pensam, às vezes, que São Paulo é um país e que ele está acima do Brasil, e isso não pode acontecer com o Tarcísio. Ele está deixando a desejar muito na articulação política. Tem muita insatisfação no nosso partido, no União Brasil, no partido dele, no PL. Hoje só tem um partido que está feliz, com o qual não sei se ele vai contar (em 2026) porque é um partido mais governista, o PSD", afirmou.

Segundo Ciro Nogueira, Tarcísio é o melhor candidato segundo pesquisas internas, mas a eventual candidatura do governador dependeria de sua articulação e do apoio direto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). "A força eleitoral dele é muito grande e quem vai decidir quem é o candidato da direita vai ser ele."

O senador disse que testou diversos nomes em pesquisas e, segundo ele, todos passam de 1% para 30% quando o apoio de Bolsonaro é colocado em jogo. Além do próprio nome, Ciro Nogueira afirmou que as medições incluíram a senadora Tereza Cristina (PP-MS), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), e o governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD).

Sobre Bolsonaro, presidente do PP prometeu que vai atuar para o ex-presidente conseguir disputar a eleição em 2026. Por decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o político do PL está inelegível até 2030.

O parlamentar também afirmou na entrevista que vai trabalhar para que o deputado Arthur Lira (PP-AL), atual presidente da Câmara, seja eleito ao Senado. "Vou trabalhar pela eleição dele para o Senado para que ele seja o primeiro homem da história a ter presidido as duas Casas", disse sobre o correligionário.

Política

Tereza Cristina desconversa, mas não descarta disputar a presidência em 2026

Em entrevista para a CNN Brasil, a senadora confirma que o seu nome foi ventilado, mas afirma que a direita trabalha com o nome de Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo

30/10/2024 18h15

Tereza Cristina, senadora pelo PP em Mato Grosso do Sul.

Tereza Cristina, senadora pelo PP em Mato Grosso do Sul. Foto: Marcelo Victor

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Após apoiar de perto a campanha vitoriosa de Adriane Lopes à prefeitura de Campo Grande (MS), a senadora Tereza Cristina disse que teve o nome incluído em conversas sobre possíveis candidatos da direita para a presidência da República, em 2026. Questionada, ela desconversou, mas não negou que possa concorrer ao pleito.

Durante uma entrevista para o canal CNN Brasil, a senadora sul-mato-grossense foi questionada sobre a possibilidade de seu nome ser indicado pelo PP. Em resposta, Tereza Cristina afirmou apenas que pretende participar do processo político. 

“Olha, hoje o Bolsonaro está inelegível e estamos trabalhando para que ele consiga concorrer às eleições presidenciais. Mas, caso ele não esteja apto, o nome que ele apoiar será nossa escolha. O que posso dizer é o seguinte: quero participar do processo e contribuir com o Brasil para vencer”, relatou.

Nomes como Ronaldo Caiado e Tarcísio de Freitas vêm ganhando destaque e dividindo à direita no país e gerando questionamentos sobre o comportamento de ambos os políticos, que, nas eleições municipais, apoiaram candidatos concorrentes. Essa situação tem gerado muita polêmica e pode respingar nas eleições de 2026.

Ao ser questionada sobre como vê essa briga acirrada pelo nome da direita, a senadora cita como exemplo o que aconteceu em Mato Grosso do Sul, que se dividiu em dois, mas conseguiu unir as forças e garantir a vitória de Adriane Lopes na prefeitura de Campo Grande (MS).

“Acredito que a direita precisa ter juízo para conseguir ganhar as eleições de 2026. No MS, que é um estado conservador, a população não entendeu o posicionamento de Bolsonaro em apoiar o candidato do PSDB. Após a minha candidata conseguir chegar ao segundo turno, Bolsonaro declarou seu apoio, e conseguiu unir-se à direita e vencer as eleições em Campo Grande. Isso aconteceu em todo o Brasil, e vejo que nós, da direita, precisamos nos unir; se não, não conseguiremos vencer as eleições”, explica.

Atualmente, o ex-presidente Jair Bolsonaro segue inelegível, mas a direita está trabalhando com o nome de Tarcísio de Freitas como possível sucessor.

No entanto, nas eleições municipais, a postura do governador de São Paulo em apoiar Ricardo Nunes na prefeitura da capital do estado incomodou bastante o partido. Ao ser questionada se essa postura está relacionada ao espaço que Tarcísio vem conquistando, a senadora do MS afirmou que toda essa intriga vai passar e que o governador é o nome preferido da direita para 2026.

“Isso tudo vai passar; as eleições funcionam desta forma. A gente se agride, mas depois andamos juntos. Posso afirmar que Tarcísio de Freitas é o nosso candidato, embora ele já tenha mencionado as pessoas mais próximas que sua vontade é concorrer ao governo de São Paulo em 2026.”

 

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