Política

eleições 2024

Riedel e Azambuja confirmam Marçal como candidato do PSDB em Dourados

O deputado federal Geraldo Resende e a deputada estadual Lia Nogueira saem da disputa a pedido da cúpula do partido

Continue lendo...

O governador Eduardo Riedel e o ex-governador Reinaldo Azambuja confirmaram ontem ao Correio do Estado que o ex-deputado estadual e radialista Marçal Filho será o pré-candidato a prefeito de Dourados pelo PSDB nas eleições municipais do dia 6 de outubro.

As duas principais lideranças do ninho tucano em Mato Grosso do Sul colocaram fim à disputa interna para saber quem seria o pré-candidato a prefeito do partido, arrefecendo os ânimos do deputado federal Geraldo Resende e da deputada estadual Lia Nogueira, que também tinham a mesma pretensão de Marçal Filho.

Na cerimônia de filiação de Marçal Filho ao PSDB, que será realizada na noite de hoje na Seleta, na cidade de Dourados, Riedel e Azambuja vão anunciar oficialmente o nome dele como o escolhido pelo partido para disputar a prefeitura de Dourados no pleito deste ano.

“Não há mais racha ou disputa interna dentro do diretório municipal do PSDB em Dourados. Eu e o governador Riedel definimos que o pré-candidato do partido a prefeito de Dourados é o Marçal Filho. Já comunicamos a nossa decisão aos dois deputados que também tinham o interesse de representar o partido”, disse Reinaldo Azambuja ao Correio do Estado.

APOIO

O presidente municipal do PSDB em Dourados, deputado estadual Zé Teixeira, endossou à reportagem a decisão da cúpula tucana pela escolha do radialista. 

“Marçal Filho tem uma história dedicada a Dourados. Foi vereador, deputado federal por três mandatos e nunca escondeu o desejo de concorrer à prefeitura do nosso município. Vejo este momento como uma oportunidade única para o Marçal”, destacou.

Zé Teixeira ainda completou que Marçal Filho tem muita popularidade e grande poder de liderança no município. 

“Como advogado, por formação, e político experiente, creio que ele reúne as qualidades necessárias para comandar Dourados. O Marçal conhece os caminhos em Brasília [DF], foi deputado estadual e tem o apoio do nosso governador”, ressaltou.

O deputado estadual ainda pontuou que Marçal Filho chega ao PSDB como o pré-candidato da legenda com o aval de todos. 

“Ele tem plena condição de ser o representante do partido nas próximas eleições como alternativa à atual administração municipal, que está deixando a desejar”, reforçou.

Já a deputada estadual Lia Nogueira disse ao Correio do Estado que estará com Marçal Filho no projeto de disputar a prefeitura de Dourados. 

“Amanhã [hoje] é a filiação dele, e estarei lá com toda a minha equipe. Eu sou do grupo, sou PSDB, sou Reinaldo, e o que o meu partido decidir, eu vou acatar”, assegurou.
Procurado pelo Correio do Estado, Marçal Filho disse que está com uma expectativa muito boa de retornar ao PSDB. 

“Na realidade, eu nunca saí do PSDB, eu deixei a legenda, mas continuei dentro do projeto de fazer Eduardo Riedel governador. Sempre estive no mesmo grupo político do PSDB e, por isso, sinto que nunca deixei o partido”, argumentou.

Marçal Filho confirmou à reportagem que aceitou sair do PP para ingressar no PSDB a convite do governador Eduardo Riedel e do presidente estadual da legenda, Reinaldo Azambuja. 

“Os dois me asseguraram que seria o pré-candidato do PSDB a prefeito de Dourados. A noite de amanhã [hoje] será o lançamento da minha pré-candidatura a prefeito”, finalizou.

O deputado federal Geraldo Resende foi procurado pela reportagem, mas, até o fechamento desta edição, não retornou.

MOVIMENTAÇÃO POLÍTICA

Tereza diz que fusão partidária entre Republicanos e PP está "ajustada"

Partido terá 94 deputados federais e 10 senadores, enquanto em MS serão 3 deputados estaduais, 16 prefeitos, 24 vices e 201 vereadores

14/01/2025 08h00

Senadora Tereza Cristina durante posse dos secretários, em Campo Grande, nesta segunda-feira (13)

Senadora Tereza Cristina durante posse dos secretários, em Campo Grande, nesta segunda-feira (13) Foto: Marcelo Victor / Correio do Estado

Continue Lendo...

PP e Republicanos podem se tornar um único partido ainda neste ano, em preparação para as eleições gerais de 2026, aumentando consideravelmente o poder de barganha no Congresso Nacional e nas negociações para o próximo pleito. 

Senadora Tereza Cristina durante posse dos secretários, em Campo Grande, nesta segunda-feira (13)

Caso realmente se consolide a fusão, o novo partido terá 94 deputados federais, passando a ser a maior bancada da Câmara, e 10 senadores, sendo a quarta maior bancada do Senado, enquanto em Mato Grosso do Sul chegará a 3 deputados estaduais, 16 prefeitos, 24 vice-prefeitos e 201 vereadores, consolidando-se como a segunda maior força política do Estado.

Em entrevista exclusiva ao Correio do Estado, a senadora Tereza Cristina, líder do PP no Senado e principal liderança do partido em Mato Grosso do Sul, revelou que a fusão com o Republicanos está muito bem encaminhada. 

“Até onde foi conversado entre as lideranças nacionais, a fusão de PP e Republicanos está bem ajustada”, declarou a senadora sul-mato-grossense, referindo-se ao fato de que todos os partidos estão articulando uma reorganização nesse modelo de alianças – fusão, federação ou incorporação – já preparando o terreno para as próximas eleições e mexendo no xadrez político.

Com relação à possível participação do União Brasil nessa fusão de PP e Republicanos, como está sendo divulgado pela imprensa nacional, Tereza Cristina destacou que dificilmente isso será possível.

“Há bastante conversa, mas tem resistência, tanto por parte do PP quanto por parte do Republicanos”, revelou.

FATORES

O principal empecilho para a aliança com o União Brasil está nas divisões internas do partido, que, recentemente, teve uma disputa litigiosa pela presidência nacional da legenda entre Luciano Bivar e Antonio Rueda.

Além disso, o partido também passou por um atrito com a decisão do Republicanos e do PP de patrocinar a candidatura do deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB) a presidente da Câmara dos Deputados e esvaziar a do deputado federal Elmar Nascimento (União Brasil-BA). 

Apesar disso, o União Brasil embarcou na aliança de Hugo Motta, no entanto, são consideradas remotas as chances de ser concretizada a participação da sigla na fusão do PP e do Republicanos.

Os principais interessados são os presidentes do União Brasil, Antonio Rueda, do PP, senador Ciro Nogueira (PI), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Rueda também espera atrair quadros que hoje não estão filiados a nenhum dos três partidos, caso a tratativa seja concretizada. 

Além de filiar deputados e senadores de outras legendas, é esperado o ingresso de governadores. Ainda assim, há percalços no caminho, e disputas regionais têm dificultado um acordo.

O deputado federal Mendonça Filho (União Brasil-PE), que tentará ser líder do partido na Câmara a partir do ano que vem, é um dos principais atores a trabalhar contra. 

Caso a aliança prospere, Mendonça Filho teria de dividir sua influência em Pernambuco com o deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) e com o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, do Republicanos.

Da mesma forma, o líder do União Brasil no Senado, Efraim Filho, resiste a ter de compor com os deputados federais Aguinaldo Ribeiro (PP) e Hugo Motta, que fazem parte de um grupo político diferente do dele na Paraíba. 

Há ainda divergências regionais entre os partidos em outros estados, como Amazonas, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, onde a ex-deputada federal Rose Modesto disputou e perdeu a eleição para prefeita de Campo Grande para Adriane Lopes (PP).

Em entrevista no fim do ano passado, Ciro Nogueira disse que as negociações para esse novo modelo de aliança só devem começar a ganhar corpo a partir de fevereiro, depois das eleições para os comandos da Câmara e do Senado.

Assine o Correio do Estado

Política

Autorizado por Moraes, Chiquinho Brazão recusa realização de exame invasivo

O deputado decidiu não realizar um exame de cateterismo autorizado pelo Supremo Tribunal Federal

13/01/2025 21h00

Agência Brasil

Continue Lendo...

Preso desde março de 2024, o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) decidiu não realizar um exame de cateterismo autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele está detido na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS) e é acusado de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em 2019.

A defesa de Brazão informou ao STF que o parlamentar está apreensivo com as condições de recuperação após o procedimento, que é invasivo. "Ele não confia que o presídio tenha condição de assegurar a sua recuperação", afirmaram os advogados em documento enviado ao ministro Alexandre de Moraes, que havia autorizado a saída do deputado para o exame.

Durante uma visita familiar na sexta-feira, 10, Brazão foi informado sobre a decisão judicial que permitiria o exame sob escolta da Polícia Federal. Segundo a defesa, o deputado se mostrou irredutível em sua recusa. "Muito receoso e apreensivo com a notícia, informou que não teria coragem de assim realizar enquanto preso", argumentaram os advogados.

A defesa argumenta que a situação de saúde do deputado é grave e que ele teme pela própria vida. "Ele não se sente seguro para realizar o exame nessas condições", reforçaram os advogados.

O deputado já havia passado por uma avaliação médica na penitenciária, que indicou a necessidade de exames mais detalhados e possíveis intervenções cirúrgicas. Contudo, Brazão permanece cético quanto à segurança e ao suporte disponíveis no sistema prisional durante sua recuperação.

Brazão foi diagnosticado com coronariopatia, uma condição que afeta as artérias do coração, e já passou por intervenções coronarianas no passado. Atualmente, ele sente dores constantes no peito. De acordo com os exames mais recentes, há suspeitas de que ele sofra de obstrução completa da via coronária, o que pode causar infarto, necessitando de um cateterismo urgente para localizar a obstrução e implantar um Stent - um tubo minúsculo que mantém as artérias abertas.

No final de dezembro, a defesa de Brazão solicitou a conversão da prisão preventiva em prisão domiciliar, alegando razões humanitárias. O pedido foi negado por Moraes, que considerou a gravidade das acusações contra o parlamentar. A solicitação incluía o uso de tornozeleira eletrônica e deslocamentos autorizados previamente para consultas médicas no Rio de Janeiro

Ao conceder a autorização para o exame, Moraes estabeleceu que a defesa informasse detalhes como data, horário e local com antecedência mínima de cinco dias. No entanto, com a recusa de Brazão, o procedimento permanece suspenso.

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).