Política

Campo Grande

Secretariado: Adriane acomoda ex-vereadores derrotados em 2024

Valdir Gomes, Sandro Benites e Paulo Lands Filho terão secretarias secundárias; Thelma Mendes Lopes e Marcelo Miglioli ganham força

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A prefeita Adriane Lopes (PP) divulgou no início da noite desta sexta-feira o que promete ser uma das últimas rodadas de nomeações de novos secretários.

Entre as novidades estão ex-vereadores que não conseguiram se reeleger em 2024 e que lhe deram apoio, além de dois dos nomes fortes de sua administração: o secretário de Infraestrutura, Marcelo Miglioli, e sua concunhada, chefe da Casa Civil, Thelma Mendes Lopes.

Os ex-vereadores que Adriane Lopes acomodou em secretarias são Sandro Benites, que vai comandar a Fundação Municipal de Esportes; Valdir Gomes, que será o secretário-executivo da Cultura; e Paulo Lands Filho, que assumirá como secretário-executivo da Juventude.

No caso específico de Benites, trata-se de um rebaixamento em nível de importância, uma vez que, até meados do ano passado, ele foi o secretário de Saúde de Campo Grande.

Nesta pasta, uma das mais importantes e demandadas da cidade, ficará à frente Rosana Leite Melo, que chegou a ser subordinada de Benites.

Poderosos

A lista conta com Marcelo Miglioli, que ganhou ainda mais força na nova gestão de Adriane após executar um trabalho intenso de pavimentação de vias na cidade durante o período pré-eleitoral.

A atuação firme de Miglioli na Infraestrutura o credenciou para continuar na nova gestão e, inclusive, levou integrantes do PP a considerá-lo um possível sucessor de Adriane Lopes.

A nomeação mais importante, em termos de poder, é a de Thelma Mendes Lopes. Ela será a chefe da Casa Civil. A relação de Thelma com Adriane é familiar: o marido de Thelma é irmão do deputado estadual Lídio Lopes, marido de Adriane.

Dentro desse gabinete estão autarquias importantes para a gestão, como a Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), a Agência Municipal de Regulação (Agereg) e a Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano (Planurb), concentrando decisões estratégicas para a cidade no círculo familiar e de confiança da prefeita.

A Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social será ocupada por Anderson Gonzaga. Ele é guarda civil há 16 anos e já foi comandante da Guarda Civil Metropolitana, o novo nome da antiga Guarda Municipal de Campo Grande, que, oficialmente, ainda não possui uma região metropolitana estabelecida.

Adriane também estreia sua Secretaria Especial de Articulação Regional com o administrador Darci Caldo. Ele é assessor especial na prefeitura de Campo Grande desde 2020 e agora ocupará um cargo de primeiro escalão.

Caldo vem de Dourados, onde atuou na gestão do ex-prefeito (já falecido) Ari Artuzzi, que foi alvo da Operação Uragano da Polícia Federal.

Mais cedo, o Correio do Estado publicou que a vice-prefeita, Camila Nascimento, será secretária municipal de Assistência Social e Cidadania.

A policial civil Angélica Fontanari será a secretária-executiva da Mulher.

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HARMONIA

Prefeita Adriane Lopes recebe novo presidente da Câmara Municipal e encaminha governabilidade

Os dois tiveram uma reunião no início da noite de ontem no Paço Municipal e eles também trataram sobre parcerias do Executivo e Legislativo

10/01/2025 08h41

O novo presidente da Câmara Municipal, vereador Papy (PSDB), e a prefeita Adriane Lopes (PP) durante reunião no Paço Municipal

O novo presidente da Câmara Municipal, vereador Papy (PSDB), e a prefeita Adriane Lopes (PP) durante reunião no Paço Municipal Divulgação

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Após passada a posse oficial e a eleição da nova Mesa Diretora da Câmara Municipal de Campo Grande, a prefeita Adriane Lopes (PP) recebeu, no início da noite de ontem (9), no Paço Municipal, o novo presidente da Casa de Leis, vereador Papy (PSDB), e trataram de pôr fim em qualquer tipo de rusga que possa ter aparecido no processo de definição da nova composição do comando do Legislativo.
 
Em entrevista exclusiva ao Correio do Estado, ela revelou que o encontro foi extremamente positivo e serviu para alinhar como será a relação dos poderes Executivo e Legislativo ao longo do seu segundo mandato à frente da Prefeitura de Campo Grande. “Nós tratamos dos assuntos relacionados com o desenvolvimento de Campo Grande e como o trabalho da Casa de Leis poderá contribuir com esse processo”, explicou. 
 
Sobre o fato de o PP ter demonstrado interesse em concorrer à presidência da Câmara Municipal, a prefeita disse que tudo isso já tinha ficado resolvido mesmo antes da posse dos eleitos no dia 1º de janeiro. “Tudo ficou resolvido lá atrás. Está tudo em paz e vamos pensar no bem de Campo Grande”, afirmou, completando que aproveitou o encontro para convidar Papy para a cerimônia de posse dos novos secretários municipais, cuja data ainda será marcada.
 
O presidente da Câmara Municipal reforçou ao Correio do Estado que a conversa com a prefeita Adriane Lopes foi de alinhamento. “Falamos sobre alguns pontos convergentes das primeiras ações da prefeita e os primeiros passos que a gente vai ter aí na gestão juntos, Prefeitura e Câmara”, assegurou.
 
Papy revelou ainda que durante o encontro foram tratadas sobre as composições das comissões permanentes da Casa de Leis e demais temas de interesse comum dos dois poderes. “Foi uma primeira conversa muito amistosa. Acredito que é o caminho para gente seguir trilhando em questão de harmonia e algumas necessidades que a gente precisa fazer”, relatou.
 
Ele também disse que trocaram algumas ideias sobre questões que podem ser realizadas pelo Legislativo e também pelo Executivo. “Enfim, foi uma reunião para alinhar algumas agendas para que os vereadores participem das agendas do Executivo, também sugeri que a Câmara seja um lugar para receber a prefeita e as demandas da Prefeitura, principalmente nos eventos, nos encontros, nos debates. Então, foi uma primeira conversa muito importante, acho que é o início de muitas outras que vão acontecer”, projetou.

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SOBREVIVÊNCIA

André e Simone cortejam tucanos para possível fusão

A cúpula nacional do partido quer ambos atuando para convencer Riedel e Azambuja a recusarem Gilberto Kassab

10/01/2025 08h00

Em MS, Azambuja, Puccinelli e Riedel já estão juntos desde as eleições municipais do ano passado

Em MS, Azambuja, Puccinelli e Riedel já estão juntos desde as eleições municipais do ano passado Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Os integrantes da cúpula nacional do MDB montaram uma espécie de força-tarefa nos estados para tentar driblar o PSD de Gilberto Kassab e fechar uma fusão com o PSDB de olho na sobrevivência política de ambos os partidos após as eleições gerais de 2026.

Em Mato Grosso do Sul, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e o ex-governador André Puccinelli são os escolhidos pelo MDB para atuarem no convencimento do governador Eduardo Riedel e do ex-governador Reinaldo Azambuja a fazerem os tucanos desistirem de uma possível fusão com o PSD.

O ex-presidente da República Michel Temer, o governador do Pará, Hélder Barbalho, o presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, e outras lideranças nacionais do partido também já estão atuando junto aos tucanos para que não cogitem mais a possibilidade de unir o PSDB ao partido de Kassab.

Além de Eduardo Riedel e Reinaldo Azambuja, os principais nomes do MDB mantêm diálogo com o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, com o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) e com os governadores Eduardo Leite (Rio Grande do Sul) e Raquel Lyra (Pernambuco).

Em entrevista ao Correio do Estado, Puccinelli declarou que é favorável à fusão do MDB com o PSDB e fará de tudo para que essa possibilidade seja concretizada, para que, unidas, ambas as siglas possam sobreviver em meio aos rigores das cláusulas de barreira impostas pela Justiça Eleitoral. 

“No fim do ano passado, estive com o ex-ministro Carlos Marun e fui informado que a negociação de uma possível fusão do MDB com o PSDB tinha voltado à pauta dos presidentes nacionais Baleia Rossi e Marconi Perillo. Além disso, há conversas para que o Cidadania e mais um partido, que poderia ser o Podemos ou Solidariedade, também fazer parte dessa fusão”, revelou.

CONVERSA AVANÇADA

O ex-governador adiantou que as conversas nesse sentido estão muito adiantadas e que procurará Riedel e Azambuja para mostrar o quão vantajosa seria essa fusão para ambos os partidos no Estado.

Sobre o fato de o MDB passar na frente do PSD pelo interesse de fazer a fusão com o PSDB, Puccinelli discordou: “Quem atravessou foi o Kassab, o MDB trata a respeito dessa fusão há muito tempo”.

A verdade, conforme ele, é que todos os partidos estão tratando dessa questão de fusão, incorporação ou federação.

“Passadas as eleições de 2026, a legenda que não tiver, pelo menos, 70 deputados federais deixará de existir. É preciso entender que, sem esse número mágico, a sigla não terá fundo partidário, não terá fundo eleitoral e nem tempo de rádio e TV”, alertou.

Na avaliação de Puccinelli, até 2030, o Brasil deve ter um máximo de 12 partidos políticos e, passados mais alguns anos, não devemos ultrapassar oito legendas.

“Atualmente, nós temos, no máximo, cinco tendências políticas: a direita, a esquerda, o centro, o centro-direita e a centro-esquerda. Não mais do que isso”, afirmou.

LIDERANÇAS

Para Baleia Rossi, a história do PSDB, que surgiu como uma dissidência do MDB, pode ter peso no momento da decisão. 

“Estamos vendo a possibilidade de incorporação. O importante é que não é um movimento isolado de um presidente, mas um diálogo amplo de várias lideranças do partido. Eu tive conversas com Aécio, com o líder Adolfo [Viana, da Câmara], com Beto Richa, com Riedel. O presidente Michel Temer conversou com Marconi. Eu também”, disse.

De acordo com integrantes do partido, porém, seria necessário ultrapassar algumas barreiras políticas locais. O MDB é muito diverso e tem desde estados mais lulistas aos mais bolsonaristas.

Essas diferenças já estão sendo calculadas por líderes do partido, que começam a trabalhar no convencimento de alguns membros, já que em vários diretórios não haverá “sintonia automática”.

O presidente do PSDB, Marconi Perillo, minimiza as disputas locais, afirma que as conversas vão seguir e que a legenda só deve tomar uma decisão em março. Integrantes do partido afirmam que a disputa está em pé de igualdade.

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