Política

JUSTIFICATIVA

Senado explica taxa cobrada em concurso

Senado explica taxa cobrada em concurso

congresso em foco

01/01/2012 - 00h00
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O presidente da comissão do concurso do Senado, Davi Anjos Paiva, emitiu uma nota explicando os questionamentos da imprensa – a respeito dos editais e suas exigências. Segunda o texto, os valores de R$ 180 a R$ 200 para as taxas de inscrições foram definidos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), empresa responsável pelo concurso sob argumentação do alto custo do processo seletivo que terá provas discursivas e será aplicado em todas as capitais. Quanto aos erros no conteúdo programático do cargo de consultor, o edital retificador será publicado em 6 de janeiro, segundo o Senado.

Confira a íntegra da nota, publicada no Blog do Senado:

“O presidente da Comissão do Concurso Público, Davi Anjos Paiva, divulgou, nesta sexta-feira, 30, esclarecimentos a respeito do concurso a ser realizado em março pelo Senado Federal:

‘Considerações acerca de alguns pontos relacionados ao concurso público do Senado Federal:

1. SOBRE O EDITAL Nº 1, PARA O CARGO DE CONSULTOR LEGISLATIVO

Os conteúdos programáticos para as subáreas do cargo de consultor legislativo apresentaram, de fato, problemas, como leis revogadas e matérias desatualizadas. A responsabilidade pelos conteúdos é da instituição organizadora, a Fundação Getúlio Vargas, que, provocada pela Comissão do Concurso Público, já trabalha na retificação dos conteúdos programáticos. Esperamos publicar a retificação até o dia 6 de janeiro de 2012. Deve-se acrescentar, entretanto, que não correspondem à verdade as afirmações da mídia de que os conteúdos eram uma cópia: apenas parte deles era igual ao edital do Cespe de 2001. Não se deve, também, olvidar que é normal haver repetição de conteúdos para um cargo cujo conteúdo histórico é marcante; ademais, muitas leis não mudaram de 2001 para cá.

2. SOBRE AS PROVAS PRÁTICAS

Haverá, sim, prova prática para a especialidade taquigrafia. No caso da área de comunicação social, não haverá prova prática, uma vez que a própria área (como teve apenas 3 vagas, em virtude das nomeações do último concurso) solicitou que os cargos fossem mais genéricos, de forma a melhor atender suas necessidades. Assim, iremos contratar um jornalista, um profissional formado em comunicação social e um produtor de multimídia, que não serão necessariamente especializados em TV, locução, etc., e poderão atuar nas diversas áreas da Secretaria de Comunicação Social.

3. SOBRE A EXIGÊNCIA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA

A língua estrangeira só não será exigida para os técnicos legislativos, pois são profissionais de nível médio. Para os analistas, será exigida a língua inglesa, que é a mais falada no mundo depois do mandarim e do hindi. Ademais, a grande maioria dos textos técnicos está neste idioma. Para consultores, será exigida, além da língua inglesa, a língua espanhola, pois estes profissionais lidam mais diretamente com as demandas do Mercosul.

4. SOBRE A EXIGÊNCIA DE REGISTRO NO ÓRGÃO FISCALIZADOR DA PROFISSÃO

A exigência do registro do diploma no órgão fiscalizador da respectiva profissão é exigência comum em concursos públicos, de forma a assegurar a qualificação profissional do candidato, bem como a lisura da instituição que lhe outorgou o diploma. É uma maneira de garantir que os melhores profissionais ingressem nos quadros do Senado Federal. Tal exigência não se aplica, entretanto, aos bacharéis em direito quando não estejam exercendo o cargo de advogado, tendo em vista que a OAB é a única entidade de classe a exigir uma prova dos bacharéis, não só o registro do diploma. É por isso que consta do edital a expressão “quando for o caso” logo após a exigência do registro. De fato, é preciso aclarar mais a situação. Por isso, estamos avaliando com a FGV se o mais adequado é uma nota pública ou uma menção no próprio edital da desnecessidade do registro na OAB.

5. SOBRE A ESPECIALIDADE ADMINISTRAÇÃO, ÁREA DE APOIO TÉCNICO-ADMINISTRATIVO, CARGO ANALISTA LEGISLATIVO

A especialidade administração jamais se referiu ao profissional Administrador. Na verdade, trata-se do cargo genérico da administração do Senado, que poderá atuar nas diversas secretarias com diversos tipos de rotina de trabalho, desde recursos humanos até compras e contratações, passando por inúmeras outras atividades. Por essa razão, o candidato pode ser formado em qualquer curso superior.

6. SOBRE A CONTRATAÇÃO DA FGV

A Fundação Getúlio Vargas foi contrata por dispensa de licitação de acordo com o inciso XIII do art. 24 da Lei 8.666/93. Tal prática encontra respaldo em diversos acórdãos do Tribunal de Contas da União (o próprio TCU fez assim em seu último concurso) e se deveu à necessidade de reposição imediata de parte das aposentadorias do Senado, 650 desde 2008, 360 só em 2011, com previsão de mais 690 entre 2012 e 2015. Tal realidade já começa a afetar o funcionamento eficiente dos suportes às áreas legislativa e administrativa. Caso fosse feito um processo licitatório, além da demora, havia o risco de contratar instituição sem a tarimba necessária para prestar o serviço, o que poderia ser prejudicial ao Senado. Acrescente-se, ainda, que o Senado não desembolsará qualquer valor pelo serviço, uma vez que a FGV arrecadará as taxas de inscrição e assumirá os riscos envolvidos no certame.

7. SOBRE O VALOR DAS TAXAS DE INSCRIÇÃO

O valor das taxas de inscrição é calculado pela organizadora levando-se em consideração os altos custos provenientes da realização do certame em todas as capitais (da última vez, foi realizado em apenas 8 cidades) e com provas discursivas para todos os cargos. Vejamos que os candidatos das outras 19 capitais não precisarão gastar com passagens e hospedagem para realizar as provas da primeira fase. Ademais, os candidatos hipossuficientes têm gratuidade garantida nos termos do edital.

8. SOBRE A AFERIÇÃO DO PERCENTUAL DE GORDURA PARA OS CANDIDATOS A POLICIAL LEGISLATIVO

A Polícia Legislativa é responsável, entre outras atividades, pela proteção dos Senadores, das autoridades enquanto estejam no Senado, dos servidores em seu local de trabalho e do patrimônio da instituição. É muitas vezes convocada a oferecer proteção aos Senadores em seus estados de origem e ao Presidente do Senado em todos os seus deslocamentos. Necessita, para tanto, assim como qualquer outro órgão policial, de um corpo funcional bem preparado fisicamente.

"Pé direito"

Gordinho do Bolsonaro pede boicote à Havaianas após comercial com Fernanda Torres

Deputado federal jogou chinelos no lixo e disse que irá passar virada do ano ouvindo Zezé de Camargo

22/12/2025 14h45

Foto: Divulgação

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Em polêmica que envolveu boa parte da direita, o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MS), conhecido como "Gordinho do Bolsonaro" pediu boicote à Havainas após a atriz Fernanda Torres estrelar a nova propaganda da marca"alfinetando" indiretamente o espectro bolsonarista.

Na propaganda, a atriz afirma aos espectadores que não deseja que eles comecem o próximo ano "com o pé direito", fator que revoltou o deputado, que fez questão de descartar os chinelos em uma lixeira, gravar a ação e postar em suas redes sociais.

"Passei a minha vida inteira usando chinelo havaianas, mas infelizmente como eu não vou poder virar 2026 com o pé direito, aqui em casa vai pro lixo, havainas aqui na minha casa não entra mais, e tem outra vou passar a virada escutando Zezé de Camargo", destacou Gordinho. 

Abaixo, a íntegra da propaganda estrelada pela atriz. 

"Desculpa, mas eu não quero que você comece 2026 com o pé direito. Não é nada contra a sorte, mas vamos combinar: sorte não depende de você, depende de sorte. O que eu desejo é que você comece o ano novo com os dois pés. Os dois pés na porta, os dois pés na estrada, os dois pés na jaca, os dois pés onde você quiser. Vai com tudo, de corpo e alma, da cabeça aos pés. Havaianas, todo mundo usa, todo mundo ama", diz Fernanda, no comercial.

Vale destacar que o comercial gerou polêmica com outros políticos da direita. O "jogo de palavras" com a conhecida expressão popular significou, para Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Nikolas Ferreira (PL-MG), entre outros, uma indireta ao espectro político da direita.

"Eu achava que isso aqui era um símbolo nacional. Já vi muito gringo com essa bandeirinha do Brasil no pé, só que eu me enganei, disse Eduardo, antes de qualificar Fernanda Torres como alguém 'declaradamente de esquerda'", disse em suas redes sociais.

Até a publicação desta matéria, a declaração do deputado conta com 155 mil curtidas e mais de 15 mil comentários. 

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ELEIÇÕES 2026

Pré-candidato a senador, Azambuja vai tentar quebrar tabu que já dura 40 anos

O último ex-governador de MS eleito democraticamente que conseguiu ganhar uma eleição ao Senado foi Wilson Martins

22/12/2025 08h20

O ex-governador Reinaldo Azambuja (PL) é pré-candidato a senador nas eleições do próximo ano

O ex-governador Reinaldo Azambuja (PL) é pré-candidato a senador nas eleições do próximo ano Reprodução

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O ex-governador Reinaldo Azambuja (PL) é pré-candidato a senador da República nas eleições gerais do próximo ano em Mato Grosso do Sul e, caso consiga ser eleito, quebrará um tabu que completará 40 anos em 2026.

Trata-se do fato de ser o primeiro ex-governador a ser eleito para o Senado desde as eleições de 1986, quando o advogado Wilson Barbosa Martins, do então PMDB, deixou o cargo de governador em 14 de maio daquele ano para concorrer ao cargo de senador da República.

Ele foi substituído pelo então vice-governador Ramez Tebet, também do PMDB, que ficou à frente do cargo de governador por exatos 10 meses, enquanto Wilson Martins foi eleito senador, ficando apenas um mandato, de 15 de março de 1987 a 1º de janeiro de 1995.

Depois do finado emedebista, que faleceu aos 100 anos de idade no dia 13 de fevereiro de 2018 em Campo Grande, nenhum ex-governador conseguiu tal feito, apesar de outros dois governadores eleitos pelo voto direto, Pedro Pedrossian (PTB) e Zeca do PT, tentaram, em 2002 e 2018, respectivamente.

No caso de Pedro Pedrossian, o ex-governador foi derrotado nas urnas pelo novato Delcídio do Amaral (PT), que ficou à frente do cargo por dois mandatos, acabando cassado em maio de 2016 por 74 votos a favor, uma abstenção, nenhum voto contrário, tornando-o inelegível por 11 anos.

Já Zeca do PT teve o registro de candidatura ao Senado impugnado a pedido da Procuradoria Regional Eleitoral do Estado em agosto de 2018. Na época, o então deputado federal foi condenado em segunda instância pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) por improbidade administrativa em 2017.

Com o ex-governador petista fora do páreo, foram eleitos o então ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PSD), e a advogada Soraya Thronicke (Podemos), que, na ocasião, venceu a disputa pelo PSL, partido de Jair Bolsonaro, que foi eleito presidente da República e, com isso, ajudou a eleger inúmeros apoiadores na chamada “Onda Bolsonaro”.

MAIS UM TABU

Na eventualidade de ser eleito senador, o ex-governador Reinaldo Azambuja quebrará o segundo tabu consecutivo, já que em 2022 conseguiu eleger o sucessor, o então secretário estadual de Obras, Eduardo Riedel, tornando-se o primeiro gestor estadual reeleito a obter tal feito.

Ele quebrou uma escrita que já durava 32 anos em Mato Grosso do Sul. Nascido em Campo Grande, filho de Zulmira Azambuja Silva e Roberto de Oliveira Silva, o agropecuarista e político foi o 11º governador de MS. 

Filiado ao PSDB, elegeu-se prefeito de Maracaju em 1996 e foi reeleito em 2000. Já em 2006, elegeu-se deputado estadual e obteve a maior votação da história do Estado ao conquistar 47.772 votos. 

Em 2010, elegeu-se deputado federal com cerca de 122.213 votos válidos, candidatando-se a prefeito de Campo Grande em 2012, mas perdeu.

No ano de 2014, foi eleito governador, derrotando o senador Delcídio do Amaral no 2º turno. Quatro anos depois, em 2018, foi reeleito vecendo, também no 2º turno, o juiz federal Odilon de Oliveira (PDT).

*SAIBA

O senador por dois mandatos, de 1º de fevereiro de 1995 a 17 de novembro de 2006, Ramez Tebet chegou a ser governador de 14 de março de 1986 até 15 de março de 1987. No entanto, ele não entra no cálculo, porque só foi eleito senador oito anos depois de deixar o cargo de governador, além disso, não chegou a disputar uma eleição para chefe do Executivo estadual, concorrendo apenas como vice-governador.

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