Política

EXPECTATIVAS

Simone prevê que federação do MDB com o Republicanos sai em até 60 dias

A ministra do Planejamento e Orçamento disse que o PSDB é bem-vindo para fazer parte dessa união partidária para 2026

Continue lendo...

Durante o anúncio do início das obras de ampliação e modernização do Aeroporto Internacional de Campo Grande pela operadora aeroportuária espanhola Aena, na manhã de ontem, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, projetou que dentro de 60 dias deve ser oficializada a federação do MDB com o Republicanos.

“As conversas entre o presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira, e o presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, estão bem adiantadas, mas é um processo lento e de amadurecimento que pode ou não acontecer. Entretanto, não vai sair antes de 60 dias”, declarou a ministra.

Simone Tebet ainda comentou que o fato de não ter avançado a federação do PSDB com o Podemos possibilitará que os tucanos também possam participar das negociações entre MDB e Republicanos.

“A princípio, o fato de o PSDB ter suspendido as negociações para incorporar o Podemos faz com que a gente também volte a ter a expectativa de poder conversar com o partido, que sempre foi um aliado”, ressaltou.

Ela ainda reforçou que o PSDB sempre será uma opção de aliança com o MDB.

“Não só pelos demais tucanos, mas especialmente pelo governador Eduardo Riedel [PSDB]”, assegurou.

A ministra informou que o MDB ainda não tinha procurado o PSDB para conversar porque estava respeitando o luto simbólico de uma semana do anúncio feito sobre o fim da união partidária com o Podemos.

“Então, vamos aguardar, acho que uns 60 dias, que serão de fortes emoções, especialmente para vocês que gostam de fazer a cobertura política”, brincou.

CANDIDATURA

Simone Tebet ainda falou sobre a chance de sair candidata a senadora nas eleições do próximo ano. 

“Eu acho que está um pouquinho longe do processo eleitoral. Hoje o meu papel é servir a Mato Grosso do Sul servindo ao Brasil. Não é pouca coisa hoje cuidar de todo o Orçamento brasileiro e, diante de todas as dificuldades, quero continuar ajudando Mato Grosso do Sul”, afirmou.

Ela assegurou que, se tiver de ficar até o dia 31 de dezembro de 2026 e for importante para Mato Grosso do Sul, ficará no cargo de ministra. 

“Se eu tiver de servir ao Brasil cumprindo alguma missão, com alguma candidatura, eu vou conversar com o presidente Lula, com o governador Riedel e com o meu partido”, avisou.

Além disso, para a ministra, “o mais importante é conversar com as pessoas olhando nos olhos delas, tirando os extremos de um lado e de outro, e ver o que elas querem”. 

“E se eu ainda tenho condições de contribuir como mulher, como mãe, como professora e como advogada para o Estado”, assegurou.

Simone ressaltou que já tem 30 anos de carreira política e conseguiu uma certa independência financeira, portanto, poderá escolher estar onde Mato Grosso do Sul precisar dela. 

“Eu sirvo a Mato Grosso do Sul independentemente de mandato”, garantiu.

A ministra recordou que foi para uma candidatura à Presidência da República sabendo que tinha de cumprir outra missão e que não seria eleita porque o País estava polarizado.

“Portanto, eu estava pronta para não ter mandato eletivo e, hoje, estou na mesma posição, pois, como ministra, eu estou pronta para servir a Mato Grosso do Sul da forma que entender ser o melhor para o nosso estado. Agora, eu não tenho dúvida de que eu fiz a melhor opção, porque, se não estivesse como ministra do Planejamento e Orçamento, muitos desses investimentos federais conquistados pelo Estado não teriam vindo”, analisou.

Ela acrescentou que o fato de estar no Ministério do Planejamento e Orçamento e de saber o quanto isso pode ajudar Mato Grosso do Sul a faz pensar duas vezes se deve ou não sair em abril do próximo ano para disputar um cargo eletivo.

“Ou seja, se é importante para o Estado eu ficar até 31 de dezembro de 2026 ou não. Então, vamos aguardar até outubro deste ano. Até lá, eu terei uma posição”, avisou.

DOMICÍLIO ELEITORAL

A ministra ainda comentou sobre os comentários de que mudaria seu domicílio eleitoral para o estado de São Paulo para sair candidata ao Senado por lá, em decorrência de Mato Grosso do Sul ser muito bolsonarista.

“Meu estado é Mato Grosso do Sul, não há a menor possibilidade de trocar de domicílio. Na política, você precisa ter lado. E, quando você tem lado e tem postura, as pessoas, no mínimo, reconhecem. Ela pode não gostar, mas ela se reconhece. E o fato de ter lado, de ter posturas firmes e de mostrar o que a gente acredita me ajudou a aparecer bem nas pesquisas de intenções de votos para senadora”, pontuou.

Ela citou que a pesquisa qualitativa lhe colocou como um dos melhores nomes, no sentido de credibilidade. 

“Isso não tem preço, independentemente de ganhar uma eleição, de ter 1 voto ou ter 10 votos ou, ainda, de ter 1 milhão de votos. A credibilidade na vida da gente é o que vale, é o que me permite andar de cabeça erguida”, afirmou.

A ministra ainda recordou do fato de ter sido vaiada durante cerimônia de celebração em Três Lagoas, cidade em que foi prefeita.

“Uns vão aplaudir, outros vão apoiar, outros vão criticar, outros vão elogiar. Isso faz parte do processo, e isso é importante. Então, estou extremamente satisfeita e até surpresa com os resultados das pesquisas qualitativas que eu tenho visto”, revelou.

Simone Tebet concluiu que o bom desempenho nas pesquisas é um reconhecimento do eleitor de que está cumprindo o seu papel por Mato Grosso do Sul. 

“Eu amo o meu estado e estou o servindo da melhor forma possível. Isso já me basta”, concluiu a ministra.

Assine o Correio do Estado

Política

Avaliações positiva e negativa do STF crescem e mostram divisão da percepção da população

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano; percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%

19/12/2025 22h00

Supremo Tribunal Federal (STF)

Supremo Tribunal Federal (STF) Crédito: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

Continue Lendo...

Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta sexta-feira, 19, mostra que cresceram as avaliações positivas e negativas sobre o trabalho do Supremo Tribunal Federal (STF), mostrando uma divisão da percepção da população brasileira sobre a atuação da Corte.

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano. No mesmo período, a percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%. Já a avaliação regular recuou de 34% para 24%.

No intervalo entre os dois levantamentos, a Primeira Turma do STF condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e três meses de prisão pelos crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União.

Entre as duas edições da pesquisa, também houve mudança no comando da Corte. O ministro Edson Fachin assumiu a presidência do tribunal e o ministro Luís Roberto Barroso se aposentou. Fachin adota um perfil mais discreto e defende a chamada "autocontenção" do Judiciário, em contraste com o antecessor, que sustentava que o Supremo deveria exercer um "papel iluminista" e atuar de forma mais protagonista na definição de direitos.

No mesmo período, o secretário de Estado do governo Donald Trump, Marco Rubio, revogou o visto do ministro Alexandre de Moraes e de seus familiares, além de outros sete integrantes do STF. O governo dos Estados Unidos também aplicou sanções a Moraes com base na Lei Magnitsky, norma criada para punir violadores graves de direitos humanos. Foi a primeira vez que uma autoridade de um país democrático foi alvo das medidas previstas na legislação. Neste mês, o presidente Donald Trump retirou o nome do ministro da lista de sancionados.

Outros poderes

A pesquisa também avaliou os demais Poderes. No Legislativo, a percepção varia conforme a Casa. No Senado Federal, a maior parcela dos entrevistados (34%) classifica o desempenho como regular, porcentual que empata, dentro da margem de erro (2 p p), com a avaliação negativa, de 33%. A avaliação positiva soma 22%, enquanto 11% não souberam ou não quiseram responder.

Na Câmara dos Deputados, a avaliação negativa predomina: 36% consideram o trabalho ruim ou péssimo. A percepção, porém, está tecnicamente empatada com a avaliação regular, que alcança 35%. A avaliação positiva é de 20%, e 9% não responderam.

A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas presenciais entre os dias 11 e 14 de dezembro de 2025. O levantamento tem nível de confiança de 95% e margem de erro de dois pontos porcentuais. Os entrevistados puderam classificar cada Poder como ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo, com os resultados consolidados nas categorias positiva, regular e negativa.

Governo Lula

Em relação ao Executivo federal, 38% dos brasileiros avaliam que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faz um trabalho ruim ou péssimo. Outros 34% consideram a gestão boa ou ótima, enquanto 25% a classificam como regular. Já 3% não souberam ou não responderam.

Política

Ministro do Paraguai fala em disposição construtiva para avançar em acordo Mercosul-UE efetivo

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

19/12/2025 21h00

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais Foto: Divulgação

Continue Lendo...

O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Rubén Ramírez Lezcano, reafirmou a "disposição construtiva" para avançar na concretização efetiva do acordo entre Mercosul e União Europeia (UE), durante a 67ª reunião do Conselho do Mercado Comum (CMC) do Mercosul, órgão decisório de nível ministerial do bloco, nesta sexta-feira, 19, segundo nota do Ministério de Relações Exteriores do país.

"Em particular, o Paraguai confia que os mecanismos de salvaguarda serão abordados e aplicados de maneira compatível com respeito ao negociado e acordado, e também de acordo com as normas multilaterais preservando o equilíbrio de direitos e obrigações das partes", disse Lezcano.

O chanceler também afirmou que "o Paraguai acredita e aposta em um Mercosul que funcione para todos, capaz de traduzir seus princípios em resultados concretos e de responder com pragmatismo e visão aos desafios estruturais que ainda persistem" na região.

Segundo Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais entre os Estados Parte do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e, mais recentemente em 2024, Bolívia). "Não se trata de uma noção abstrata, mas de uma realidade econômica e geográfica que limita nosso desenvolvimento e condiciona nossa competitividade", disse, frisando que a condição mediterrânea do país impõe custos adicionais que encarecem as exportações e restringem a participação nas cadeias regionais de valor.

A reunião do CMC, em Foz do Iguaçu, nesta sexta-feira, foi majoritariamente fechada à imprensa.

No sábado, 20, o Brasil deve passar o bastão da Presidência Pro Tempore do bloco ao Paraguai, durante a 67ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, também em Foz do Iguaçu. 

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).