Política

CPI DA COVID-19

Simone Tebet é a única senadora do MS a assinar prorrogação da CPI da Covid-19

Requerimento já recebeu 34 assinaturas favoráveis, dentre elas a da senadora Simone Tebet (MDB)

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Com declarações revaladores surgindo da CPI da Covid, o vice-presidente da comissão Randolfe Rodrigues (REDE) protocolou pedido de prorrogação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), que já recebeu 34 assinaturas favoráveis até o momento. 

A proposição foi assinada inclusive por Simone Tebet (MDB), que foi a única a bancada do MS a apoiar a extensão de prazo da proposta por mais 90 dias. 

O requerimento protocolado por Randolfe, destaca na justificativa do texto investigar as irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin, pedindo por mais esclarecimentos a cerca do mistério que corre sobre o fato do presidente Jair Bolsonaro saber sobre o que estava ocorrendo e mesmo assim não interferir no superfaturamento feito.  

Com 34 votos a favor,  seis a mais do que mínimo estipulado para ser aceito, a proposição aguarda apenas a leitura em plenário pelo presidente do senado, Rodrigo Pacheco (DEM).

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Simone Tebet acompanhou o voto dos demais senadores do MDB e segue defendendo o aprofundamento das investigações sobre a compra da vacina indiana Covaxin. 

Simone foi uma das integrantes da Comissão na última sexta-feira (25), que pedia ao deputado federal Luís Miranda (DEM) revelar o nome do parlamentar Ricardo Barros (DEM), citado por Bolsonaro durante a entrega de um relatório que apontava as irregularidades.
 

Procurada pelo Correio do Estado, a assessoria da senadora disse que ela foi procurada pela comissão e assinou parecer favorável ao pedido, sendo ela a 27ª assinatura e que considerou a proposição apta a tramitação.

 "Mesmo ela não sendo integrante da comissão, ela é líder da bancada feminina e como a não tem nenhuma mulher ligada a CPI, a senadora está sempre a postos para acompanhar mesmo não sendo obrigatório os desfechos da CPI", falou a assessoria. 

Já o outro lado 

A senadora Soraya Thronicke disse não ter sido procurada pela comissão, por isso não assinou o pedido de prorrogação da CPI da Pandemia, porém volta a destacar que a comissão tem que ouvir os governadores, prefeitos e secretários de saúde, entre outros responsáveis que virem a surgir.

 "Não adianta ficar batendo só no presidente, ele fez por onde e disponibilizou os recursos destinados aos Estados, então sou a favor da prorrogação se for ouvir todos os envolvidos, seja governador, prefeito, secretário, e quem mais tiver uma declaração plausível sobre o que vem acontecendo", frisou a senadora. 

Nelsinho Trad reitera que a CPI já apurou o que devia apurar e enviar suas conclusões como rege a Constituição Brasileira.

"O que deveria ser feito, já foi feito, agora é enviar suas conclusões aos órgãos de controle e aguardar por um desfecho. Precisamos ajudar o Governo nesse momento a enfrentar a pandemia, buscando por mais vacinas para imunizar o povo brasileiro", ressaltou Trad. 

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Política

Alckmin diz que é cedo para falar sobre eleições de 2026 e defende debate sobre escala 6x1

Alckmin é cotado para seguir como vice de Lula em 2026, mas seu nome começou a aparecer bem posicionado em pesquisas de intenção de voto para o Palácio dos Bandeirantes

19/12/2025 19h00

Vice-presidente, Geraldo Alckmin

Vice-presidente, Geraldo Alckmin Crédito: Fábio Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil

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O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou a jornalistas nesta sexta-feira, 19, que ainda é cedo para falar sobre as eleições de 2026 e não deu pistas sobre seus planos políticos. "Esse é um tema para o próximo ano. Está chegando", disse. Indagando se tem conversado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o assunto, ele se limitou a responder: "É cedo ainda".

Alckmin é cotado para seguir como vice de Lula em 2026, mas seu nome começou a aparecer bem posicionado em pesquisas de intenção de voto para o Palácio dos Bandeirantes.

Escala 6x1

Sobre a proposta do fim da jornada de seis dias de trabalho e um de folga, a escala 6x1, muito criticada pela indústria, Alckmin disse que há uma tendência no mundo inteiro de redução de jornada. "Se eu consigo fazer mais, mais produtos, aumentar a produção, com menos gente, utilizando robô, inteligência artificial, digitalização, é natural. No mundo inteiro, a tendência é de redução de jornada de trabalho", sustentou.

"Se você faz isso para todos, ou vai fazendo por setores mais avançados da economia, essa é uma discussão que cabe ao Parlamento e à sociedade fazê-la. Mas é uma tendência mundial hoje, redução de jornada de trabalho", completou.

ReData

Alckmin ainda fez algumas ponderações sobre o Regime Especial de Tributação para Serviços de Datacenter (ReData), alegando que a medida provisória (MP) que o instituiu não foi votada. "Porque esperava-se votar junto com o PL da Inteligência Artificial. Como não aprovou, ficou para o começo do ano. Mas esperamos que aprove, se possível, em fevereiro." Ele disse que o Redata vai trazer muito data center e investimentos de altíssimo valor para o Brasil.

 

Política

Justiça revoga tornozeleira de ex-vereador Cláudinho Serra, mas mantém restrições

Em decisão sobre a Operação Tromper, juiz de Sidrolândia nega pedido de pernoite em fazenda para Serra, citando gravidade dos crimes, mas autoriza deslocamentos diurnos para trabalho

19/12/2025 13h50

Vereador afastado após ser acusado de corrupção, Claudinho Serra (PSDB), lê a Bíblia Sagrada durante sessão da Câmara

Vereador afastado após ser acusado de corrupção, Claudinho Serra (PSDB), lê a Bíblia Sagrada durante sessão da Câmara Divulgação

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O juiz Bruce Henrique dos Santos Bueno Silva, da Vara Criminal de Sidrolândia, revogou o monitoramento por tornozeleira eletrônica do ex-vereador Cláudio Jordão de Almeida Serra Filho, o "Claudinho Serra” (PSDB) e de Cleiton Nonato Correia, proprietária da GC Obras, e Carmo Name Júnior, todos investigados no âmbito da Operação Tromper por crimes de fraude em licitações, corrupção e lavagem de dinheiro.

Apesar da retirada do equipamento, o magistrado manteve uma série de outras medidas cautelares, como o recolhimento domiciliar noturno e a proibição de frequentar bares, e negou pedidos mais amplos de flexibilização, citando a gravidade das acusações e o risco à ordem pública. A decisão também revelou que a Fazenda Divisa, de propriedade de Serra, foi identificada nas investigações como um "possível local de ocultação de valores ilícitos".

A decisão analisou pedidos individuais de Cláudinho e Cleiton Correia, que buscavam adequar as medidas cautelares às suas rotinas profissionais e pessoais.

O ex-vereador e ex-secretário de finanças de Sidrolândia solicitou autorização para pernoitar por até oito dias em sua Fazenda Divisa, em Anastácio, alegando que o deslocamento diário de mais de cinco horas a partir de sua residência em Campo Grande seria inviável. Ele argumentou que a medida era apenas uma adequação à sua atividade laboral.

Já Cleiton Correa fez dois pedidos: a extensão do horário de recolhimento noturno até as 22h30 para participar de cultos religiosos e a autorização para viajar e pernoitar em São Gabriel do Oeste, onde sua empresa, a GC Obras de Pavimentação Asfáltica, possui contratos ativos.

O Ministério Público Estadual se manifestou contra todos os pedidos, argumentando que as flexibilizações comprometeriam o controle judicial e que a fazenda de Serra era um local suspeito na investigação.

O juiz indeferiu o pedido de pernoite, concordando com o MPMS de que a fazenda é um ponto sensível da investigação. Ele destacou que a administração de um empreendimento agropecuário pode ser “feita por prepostos” e que a conveniência pessoal do réu não pode se sobrepor à necessidade de vigilância rigorosa em um caso de "elevada gravidade e repercussão".

No entanto, o juiz autorizou Serra a se deslocar diariamente para a fazenda, desde que retorne à sua residência em Campo Grande até as 22h30 para cumprir o recolhimento noturno.
Para Cleiton Correia, o pedido foi acolhido parcialmente. O juiz estendeu o horário de recolhimento para as 22h30, reconhecendo o direito fundamental à liberdade religiosa e considerando que a ampliação de 30 minutos era "mínima" e não comprometeria a fiscalização.

O deslocamento para São Gabriel do Oeste foi autorizado apenas durante o dia, sendo vedado o pernoite fora da comarca. O juiz ponderou o direito ao trabalho com o risco de fuga, dada a proximidade de MS com fronteiras internacionais.

A surpresa da decisão foi a revogação, de ofício, do monitoramento eletrônico para Serra, Correia e Carmo Name Júnior, assessor de Claudinho. O juiz argumentou que, com as flexibilizações de deslocamento entre municípios, a fiscalização via tornozeleira se torna "de execução operacional complexa", especialmente em áreas rurais.

"A imposição da monitoração em tais moldes, longe de assegurar o fim cautelar pretendido, pode gerar tumulto processual, mediante instauração de incidentes indevidos por alegado ou suposto descumprimento", afirmou o magistrado.

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