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STF valida delação de Mauro Cid e julgamento de Bolsonaro será retomado amanhã

Os ministros vão decidir se Bolsonaro e os demais acusados vão se tornar réus por tentativa de golpe de Estado

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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta terça-feira (25) rejeitar a anulação da delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Os depoimentos do tenente-coronel foram essenciais para a finalização da investigação sobre a trama golpista durante o governo do ex-presidente. 

A questão foi decidida durante o julgamento de questões preliminares que foram suscitadas pelas defesas de oito dos 34 denunciados pela acusação de tentativa de golpe de Estado, entre eles, o ex-presidente e o general Braga Netto. 

Nesta terça-feira, o Supremo começou a decidir se recebe a denúncia apresentada em fevereiro deste ano pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o chamado núcleo crucial, formado por oito dos 34 denunciados no caso. 

Os advogados do ex-presidente e de outros acusados afirmaram que não houve voluntariedade na delação, ou seja, Cid teria sido coagido pela Polícia Federal e por Alexandre de Moraes, relator do caso, para fazer as declarações contra Bolsonaro e os demais denunciados porque foi preso durante as investigações. 

Por unanimidade, o colegiado seguiu voto de Moraes e decidiu validar o acordo de colaboração. O ministro citou que Mauro Cid chegou a ser questionado por ele se teria sido coagido para delatar e confirmou que não foi. 

"O colaborador, na presença de seus advogados, reiterou a voluntariedade e regularidade da delação premiada", afirmou. 

A turma também negou o impedimento dos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin para julgar o caso; o reconhecimento da competência da Primeira Turma, e não do Plenário, para julgar a denúncia e as alegações cerceamento de defesa. 

Após a finalização da análise das questões preliminares, a sessão foi suspensa e será retomada nesta quarta-feira (26), quando os ministros vão decidir se Bolsonaro e os demais acusados vão se tornar réus.

sob suspeita

Presidente da União dos Vereadores vira réu por desvio de dinheiro da entidade

O MPMS recorreu à Justiça para que o vereador Jeovani Vieira dos Santos devolva aos cofres da UCVMS o montante de R$ 164.164,81

29/03/2025 08h00

Presidente da União das Câmara de Vereadores de MS, vereador Jeovani Vieira dos Santos (PSDB)

Presidente da União das Câmara de Vereadores de MS, vereador Jeovani Vieira dos Santos (PSDB) Arquivo

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O juiz Ariovaldo Nantes Corrêa, da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, aceitou denúncia feita pelo promotor de Justiça Gevair Ferreira Lima Júnior contra o presidente da União das Câmaras de Vereadores de Mato Grosso do Sul (UCVMS), Jeovani Vieira dos Santos (PSDB), que é vereador por Jateí, por possíveis irregularidades na prestação de contas da entidade relativa ao ano de 2021.

Conforme apuração do Correio do Estado, a denúncia, que foi apresentada pelo promotor de Justiça no dia 29 de julho do ano passado e aceita pelo magistrado no dia 27 de novembro do mesmo ano, pede a condenação do vereador ao ressarcimento aos cofres da UCVMS do valor de R$ 164.164,81, que deverá ser corrigido até a sentença final pelos índices oficiais e devidamente atualizado.

Além disso, Gevair Ferreira solicitou, “na esteira da diretriz ínsita no art. 3º, § 2º e no art. 319, inc. VII, ambos do Código de Processo Civil, manifesta-se pela não realização de audiência de conciliação e mediação, porquanto é inequívoco o desinteresse do réu na solução consensual do conflito, uma vez que no plano pré-processual optou por não firmar termo de ajustamento de conduta [TAC]”.

Cabe salientar que, mesmo sendo réu pela acusação de ter cometido irregularidades na prestação de contas da UCVMS relativa ao ano de 2021, na quarta-feira, Jeovani Vieira dos Santos vai tentar ser reeleito para mais um mandato à frente da entidade.

ENTENDA

De acordo com a denúncia, o promotor de Justiça ressaltou que Jeovani Vieira dos Santos está no comando da UCVMS desde 2017 e, mesmo procurado pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), não demonstrou interesse em firmar um TAC, cuja cláusula obrigatória seria a devolução dos valores mencionados aos cofres da entidade. 

“O demandado foi regularmente notificado para a obtenção de solução consensual e extrajudicial, mas optou por não firmar o referido acordo”, ressaltou.

Ainda conforme Gevair Ferreira, “em 29 de março de 2022, a 49ª Promotoria de Justiça de Campo Grande instaurou o inquérito civil tombado sob o número nº 06.2022.00000317-9, a fim de apurar eventuais irregularidades de gestão no âmbito da UCVMS”. 

“As investigações foram iniciadas com o registro da Notícia de Fato nº 01.2021.00008555-7, em razão de representação formulada via Ouvidoria do Ministério Público Estadual, relatando que a UCVMS recebe contribuições oriundas das Câmaras Municipais do Estado, que são suas filiadas, e não há regular prestação de contas das despesas efetivadas”, revelou.

Preliminarmente, ele também solicitou da UCVMS informações acerca de suas receitas e despesas durante o ano de 2021, com a apresentação dos comprovantes. Em uma análise superficial, vislumbrou-se a existência de irregularidades, uma vez que, em sua maioria, os comprovantes fornecidos não tinham nenhum valor fiscal e, por via de consequência, não elucidaram a real situação da
instituição.

RECIBOS

“Constatou-se, também, que os recibos apresentados pela entidade seguiam um padrão de formatação. Aparentemente, foram elaborados pela mesma fonte. Além disso, grande parte desses recibos não possuía assinatura do prestador de serviço apontado. De igual modo, vários serviços realizados por empresas foram pagos por meio de contas de pessoas físicas. Enfim, restou demonstrado um modelo de gestão ineficiente”, afirmou.

O promotor de Justiça explicou que houve a transferência direta de valores da conta da UCVMS para o presidente, ora réu, sem o preenchimento de formulário ou registro formal, bem como a situação invulgar constatada ao observar alguns itens constantes nos cupons fiscais apresentados que sequer tinham relação com a atividade finalística da entidade, demonstrando a compra de diversos alimentos, sem justificativas plausíveis, tais como: alface, rabanete, Pringles, chocolate, bebida láctea com whey, etc.

“Diante dessa situação, este órgão de execução ministerial, em 10 de maio de 2022, expediu a Recomendação nº 0001/2022/49PJ/CGR, para que a entidade adotasse pesquisa de preços quando da aquisição de bens ou serviços de qualquer natureza, bem como para que se abstenha de realizar contratação direta de serviços, obras ou produtos com recursos oriundos do erário e, por fim, para que implementasse um Portal da Transparência no sítio eletrônico da instituição, o que foi acatado”, relatou.

Por isso, Gevair Ferreira solicitou, também, apoio técnico ao Departamento Especial de Apoio às Atividades de Execução do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (Daex), uma vez que a documentação apresentada pela UCVMS tinha informações de alta complexidade contábil e financeira.

“Os experts do Daex, após analisarem as receitas, despesas e comprovantes apresentados pela União das Câmaras dos Vereadores do Estado de Mato Grosso do Sul referentes ao exercício de 2021, mediante análise de comparação dos documentos de transferências e os demais fornecidos, concluíram que houve pagamentos realizados com diversas falhas (falta de comprovação de justificativas, pagamentos para pessoas distintas dos recibos, recibos sem assinaturas, etc.)”, escreveu o promotor.

Procurado pelo Correio do Estado, Jeovani Vieira dos Santos não quis comentar por que a UCVMS não tem mecanismos efetivos de fiscalização interna e prevenção a esses crimes e, além disso, considerando que a entidade representa institucionalmente as Câmaras Municipais do Estado, quais as medidas concretas que ele pretende adotar para coibir práticas ilegais, como auditorias, capacitação de servidores ou parcerias com órgãos de controle.

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Jaime Verruck já articula sair candidato ao Senado Federal nas eleições de 2026

O titular da Semadesc estaria conversando com lideranças partidárias e também religiosas para viabilizar a candidatura

28/03/2025 08h30

Verruck é titular da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação

Verruck é titular da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação Arquivo

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Com apoio do Sistema S, em especial do Sistema Fiems, o secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, é o mais novo nome a surgir no meio político para disputar uma das duas vagas ao Senado nas eleições gerais do ano que vem.

Filiado ao PSD desde 28 de março de 2024, quando assinou a ficha na casa do presidente nacional do partido, Gilberto Kassab, em São Paulo (SP), Verruck já está articulando sua candidatura junto a lideranças partidárias, a lideranças religiosas, a prefeitos e a deputados estaduais e federais, conforme apurou o Correio do Estado nos últimos dias.

A reportagem conseguiu a informação de que, durante o Expocanas 2025, evento realizado em Nova Alvorada do Sul, o titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) teria conversado com várias lideranças partidárias e até políticos com mandatos, revelando a pretensão de sair candidato ao Senado no ano que vem.

Em Campo Grande, conforme o Correio do Estado levantou, Verruck procurou um político com mandato e ligado a uma igreja evangélica para costurar uma aliança de olho no pleito de 2026, quando essa liderança também pretende sair candidata a uma das 24 cadeiras da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems).

No entanto, o titular da Semadesc teria confidenciado que não pretende sair candidato a senador pelo PSD, afinal, o partido já tem o senador Nelsinho Trad, que deve tentar a reeleição, dificultando a viabilização do nome de Verruck dentro da sigla. Por isso, um dos alvos dele é retornar ao PP, partido do qual se desfiliou no dia 7 de dezembro de 2022, ou seja, quase dois anos antes de entrar para a legenda de Kassab.

A reportagem apurou que o secretário pode encontrar dificuldade nesse regresso, pois o PP já tem o presidente da Alems, deputado estadual Gerson Claro, tentando se viabilizar como candidato ao Senado pelo partido, além de outros dois progressistas muito fortes que ainda estão estudando a mesma possibilidade.

Além disso, no mesmo núcleo de poder do qual Verruck também pertence – isto é, PSDB, MDB, Podemos e PT – também já há nomes com os mesmos interesses, sendo eles o do ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB), a ministra de Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), a senadora Soraya Thronicke (Podemos) e o deputado federal Vander Loubet (PT).

Entretanto, pende para o lado do titular da Semadesc o fato dele ser muito ligado ao empresário Sérgio Longen, presidente do Sistema Fiems, bem como ao presidente da Fecomércio-MS, Edison Araújo, e ao diretor-superintendente do Sebrae-MS, Cláudio Mendonça.

Outro ponto positivo para Verruck é a experiência dele como gestor, afinal, ele é economista, mestre em Economia Rural, doutor em Desenvolvimento e Planejamento Territorial e tem formação executiva em Estratégias e Inovação, além de comandar por anos o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de Mato Grosso do Sul (Senai-MS) e ter sido o diretor-corporativo da Federação das Indústrias do Estado (Fiems).

Isso sem contar o fato de ter sido secretário estadual nos dois mandatos do ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e agora no primeiro mandato do governador de MS, Eduardo Riedel (PSDB). 

O Correio do Estado procurou o secretário Jaime Verruck para comentar as informações, e ele foi lacônico na resposta. “Ainda não sou candidato”, declarou, deixando transparecer que pode vir a ser no futuro.

Em 2022, o titular da Semadesc chegou a ser sondado para sair candidato a deputado federal pelo PP, porém, a candidatura não vingou. Já no ano passado, o nome dele voltou a ser cogitado para ser o candidato do grupo tucano para prefeito de Campo Grande no lugar do deputado federal Beto Pereira, entretanto, mais uma vez, a possibilidade não avançou.

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