Política

projeção

Teto de gastos da eleição para prefeito de Campo Grande deve disparar neste ano

Na eventualidade de dois turnos no pleito, o teto da Justiça Eleitoral pode chegar a mais de R$ 17,6 milhões por candidato

Continue lendo...

Com a sanção do Orçamento para 2024 pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sem vetar o Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), mais conhecido como Fundo Eleitoral, de R$ 4.961.519.777 para as eleições municipais deste ano, o teto de gastos para o pleito que vai escolher o próximo prefeito ou prefeita de Campo Grande deve disparar.

O Correio do Estado fez uma projeção aproximada do cálculo final a ser realizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), estimando ainda o comportamento da inflação para os próximos seis meses deste ano, e chegou ao montante de R$ 12,5 milhões de teto para os candidatos a prefeito ou prefeita do município no primeiro turno das eleições, com mais R$ 5,1 milhões no segundo turno, totalizando, nos dois turnos, R$ 17,6 milhões.

Para chegar a esses números, a reportagem levou em consideração o que preconiza o artigo 18-C da Lei Federal nº 9.504/1997, mais conhecida como Lei das Eleições, de que o limite de gastos das campanhas dos candidatos a prefeito e a vereador, no respectivo município, deve equivaler ao limite para os respectivos cargos nas eleições passadas, atualizado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ou por índice que o substitua. 

No caso das eleições municipais de 2020 em Campo Grande, o limite máximo de gastos estabelecido pelo TSE para os candidatos a prefeito no primeiro turno foi de R$ 7,6 milhões, resultado estabelecido com a aplicação do IPCA acumulado de junho de 2016 (4.692%) a junho de 2020 (5.345%), que totalizou 13,9%, enquanto para o segundo turno foram mais R$ 3 milhões, ou seja, nos dois turnos o teto de gastos chegou a R$ 10,6 milhões.

Considerando essa mesma base de cálculo, levando em consideração que o IPCA acumulado entre junho de 2020 e junho de 2023 é de 25,38% e a média por ano fica em 6,3 pontos porcentuais, e que a inflação acumulada de junho de 2020 a junho de 2024 deve chegar a 31,7%, o Correio do Estado projetou, portanto, que o limite máximo de gastos a ser estabelecido pelo TSE deve ser de R$ 12,5 milhões por candidato no primeiro turno.

Para o segundo turno, a reportagem levou em consideração que o IPCA entre junho de 2020 e junho de 2023 é de 26,2% e a média por ano fica em 6,5 pontos porcentuais, portanto, a inflação acumulada de junho de 2020 a junho de 2024 será de 32,8%. Por isso, o teto de gastos deverá ficar em R$ 5,1 milhões por candidato. Importante frisar que os cálculos do IPCA acumulado foram feitos com a Calculadora do Cidadão, disponibilizada pelo Banco Central do Brasil.

O Correio do Estado considerou, ainda, os limites de gastos que os candidatos aos cargos de prefeito e de vereador deverão respeitar, em suas respectivas campanhas, para concorrer nas eleições municipais, atendendo ao que determina a Lei das Eleições. Quem desrespeitar os limites de gastos fixados para cada campanha pagará multa no valor equivalente a 100% da quantia que ultrapassar o teto fixado, sem prejuízo da apuração da prática de eventual abuso de poder econômico.

Nas campanhas para segundo turno das eleições para prefeito, onde houver, o limite de gastos de cada candidato será de 40% do previsto no primeiro turno. O limite de gastos abrange a contratação de pessoal de forma direta ou indireta, que deve ser detalhada com a identificação integral dos prestadores de serviço, dos locais de trabalho, das horas trabalhadas, da especificação das atividades executadas e da justificativa do preço contratado.

Entram também nesse limite: confecção de material impresso de qualquer natureza, propaganda e publicidade direta ou indireta por qualquer meio de divulgação, aluguel de locais para a promoção de atos de campanha eleitoral e despesas com transporte ou deslocamento de candidato e de pessoal a serviço das candidaturas.

A norma abrange, ainda, despesas com correspondências e postais, instalação, organização e funcionamento de comitês de campanha, remuneração ou gratificação paga a quem preste serviço a candidatos e partidos, montagem e operação de carros de som e realização de comícios ou eventos destinados à promoção de candidatura. 

Abrange também produção de programas de rádio, televisão ou vídeo, realização de pesquisas ou testes pré-eleitorais, criação e inclusão de páginas na internet, impulsionamento de conteúdo e produção de jingles, vinhetas e slogans para propaganda eleitoral.

SAIBA

Os gastos com advogados e de contabilidade ligados a consultorias, assessorias e honorários, relacionados à prestação de serviços em campanhas eleitorais, bem como de processos judiciais relativos à defesa de interesses de candidato ou partido, não estão sujeitos a limites de gastos ou a tetos que possam causar dificuldade no exercício da ampla defesa. No entanto, essas despesas devem ser obrigatoriamente declaradas.

Política

Lula sanciona alta de 8% em salários do Jucidiário em 2026, mas veta reajuste em 2027 e 2028

Texto foi publicado no Diário Oficial da União (DOU).

22/12/2025 19h00

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva Agência Brasil

Continue Lendo...

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou o reajuste para os servidores do Poder Judiciário em 2026, mas vetou o aumento dos salários nos tribunais em 2027 e 2028. O texto foi publicado no Diário Oficial da União (DOU).

O projeto aprovado pelo Congresso Nacional prevê reajuste de 8% nos salários do Judiciário a partir de julho de 2026. Lula vetou aumentos idênticos previstos para julho de 2027 e julho de 2028.

"Em que pese a boa intenção do legislador, a proposição legislativa contraria o interesse público ao estabelecer aumento da despesa com pessoal com parcelas a serem implementadas em períodos posteriores ao final do mandato do Presidente da República, contrariando a vedação prevista no art. 21, caput, inciso IV, alínea b, da Lei Complementar nº 101, de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal", justificou o Planalto.

Assine o Correio do Estado 

"Pé direito"

Gordinho do Bolsonaro pede boicote à Havaianas após comercial com Fernanda Torres

Deputado federal jogou chinelos no lixo e disse que irá passar virada do ano ouvindo Zezé de Camargo

22/12/2025 14h45

Foto: Divulgação

Continue Lendo...

Em polêmica que envolveu boa parte da direita, o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MS), conhecido como "Gordinho do Bolsonaro" pediu boicote à Havainas após a atriz Fernanda Torres estrelar a nova propaganda da marca"alfinetando" indiretamente o espectro bolsonarista.

Na propaganda, a atriz afirma aos espectadores que não deseja que eles comecem o próximo ano "com o pé direito", fator que revoltou o deputado, que fez questão de descartar os chinelos em uma lixeira, gravar a ação e postar em suas redes sociais.

"Passei a minha vida inteira usando chinelo havaianas, mas infelizmente como eu não vou poder virar 2026 com o pé direito, aqui em casa vai pro lixo, havainas aqui na minha casa não entra mais, e tem outra vou passar a virada escutando Zezé de Camargo", destacou Gordinho. 

Abaixo, a íntegra da propaganda estrelada pela atriz. 

"Desculpa, mas eu não quero que você comece 2026 com o pé direito. Não é nada contra a sorte, mas vamos combinar: sorte não depende de você, depende de sorte. O que eu desejo é que você comece o ano novo com os dois pés. Os dois pés na porta, os dois pés na estrada, os dois pés na jaca, os dois pés onde você quiser. Vai com tudo, de corpo e alma, da cabeça aos pés. Havaianas, todo mundo usa, todo mundo ama", diz Fernanda, no comercial.

Vale destacar que o comercial gerou polêmica com outros políticos da direita. O "jogo de palavras" com a conhecida expressão popular significou, para Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Nikolas Ferreira (PL-MG), entre outros, uma indireta ao espectro político da direita.

"Eu achava que isso aqui era um símbolo nacional. Já vi muito gringo com essa bandeirinha do Brasil no pé, só que eu me enganei, disse Eduardo, antes de qualificar Fernanda Torres como alguém 'declaradamente de esquerda'", disse em suas redes sociais.

Até a publicação desta matéria, a declaração do deputado conta com 155 mil curtidas e mais de 15 mil comentários. 

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).