Política

Atentado

Trump diz que deveria estar morto após descrever atentado a jornal

Ex-presidente afirma ao New York Post que viveu 'experiência muito surreal' e elogia Serviço Secreto

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Um dia após ser alvo de um atentado a tiros na Pensilvânia, no último sábado (13), o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump afirmou em uma entrevista ao jornal New York Post que "deveria estar morto" e que a experiência pela qual passou foi surreal.

De acordo com o republicano, o médico que o atendeu disse nunca ter visto alguém sobreviver a um tiro de AR-15, arma utilizada no ataque. "O médico do hospital disse que nunca viu nada parecido com isso, ele chamou de milagre", afirmou o republicano, dando continuidade às mensagens de cunho religioso que tem proferido após o atentado.

"Eu não deveria estar aqui, eu deveria estar morto", disse Trump a Michael Godwin, colunista do tabloide que o entrevistou no domingo (14) a bordo do avião particular do ex-presidente, a caminho de Wisconsin, para a convenção nacional do partido. "Por sorte ou por Deus, muitas pessoas estão dizendo que é por Deus que ainda estou aqui."

O republicano afirma que a bala atingiu sua orelha pouco depois de virar a cabeça para ler um quadro com informações sobre migração -o que o teria salvado. Segundo Godwin, Trump usava um grande curativo branco na orelha direita durante a entrevista.

Assim que os tiros soaram no comício em Butler, Trump se abaixou, assim como grande parte dos apoiadores na plateia, e agentes de segurança cercaram o republicano. O ex-presidente se disse impressionado com a agilidade dos funcionários e elogiou os funcionários do Serviço Secreto.

"Eles o derrubaram com um tiro bem entre os olhos", disse Trump sobre Thomas Matthew Crooks, 20, apontado como autor dos disparos. "Eles fizeram um trabalho fantástico (...) É surreal para todos nós."

Antes de sair do palco, Trump disse que gostaria de pegar seus sapatos -eles foram arrancados no momento em que a equipe de segurança pulou sobre o republicano para protegê-lo. "Os agentes me atingiram com tanta força que meus sapatos caíram, e eles estão apertados", afirmou.

Ao finalmente se levantar, Trump disse que queria seguir seu discurso. "Eu só queria continuar falando, mas tinha acabado de levar um tiro", afirmou. Ao ser encaminhado para fora do palco, levantou o punho e disse "lute" três vezes -momento em que Evan Vucci, fotógrafo da agência de notícias Associated Press, fez uma foto do ex-presidente com a bandeira dos EUA ao fundo.

"Muitas pessoas dizem que é a foto mais icônica que já viram", disse Trump ao New York Post. "Eles estão certos, e eu não morri. Normalmente você tem que morrer para ter uma foto icônica."

O ataque matou Corey Comperatore, 50, e feriu David Dutch, 57, e James Copenhaver, 74, apoiadores que estavam na plateia. Questionado por Godwin se iria ao enterro de Comperatore, Trump disse que sim e pediu para seus assistentes conseguirem o contato das famílias impactadas.
Além de dar fôlego eleitoral a Trump, que aparecia empatado ou à frente do atual presidente, Joe Biden, em parte das pesquisas de opinião, o ataque pode motivar uma mudança de postura do republicano.

Trump afirmou ao New York Post que mudou o discurso que fará nesta quinta-feira (18), quando deve aceitar a indicação do Partido Republicano para concorrer à Presidência. "Eu tinha preparado um discurso extremamente duro, muito bom, sobre a administração corrupta", disse ele. "Mas eu joguei tudo fora".

Dono de declarações agressivas que contribuíram para a atual polarização da sociedade americana, agora ele deve tentar unir o país, de acordo com suas afirmações na entrevista. "Mas não sei se isso é possível. As pessoas estão muito divididas", acrescentou.

O desafio, porém, não está no discurso, mas no posicionamento político, acrescenta ele. "Algumas pessoas querem fronteiras abertas, outras não. Algumas querem que os homens possam jogar em times esportivos femininos, e outras não", disse o empresário sobre atletas transgênero.

Ainda assim, ele sugeriu, segundo Godwiun, que a campanha a partir de agora poderia ser mais civilizada, embora não tenha dado detalhes de como isso aconteceria.

 

*Informações da Folhapress 
 

Política

Líder do PL diz que Ramagem pode renunciar ao mandato e espera aprovação de asilo nos EUA

Sóstenes afirmou, no entanto, que trabalhará pela manutenção do mandato do correligionário

15/12/2025 22h00

Líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ)

Líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ) Foto: Divulgação

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O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), disse que Alexandre Ramagem (PL-RJ), parlamentar condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e foragido, admitiu que pode renunciar ao mandato em 2026. Sóstenes afirmou, no entanto, que trabalhará pela manutenção do mandato do correligionário.

Segundo Sóstenes, é importante que Ramagem mantenha o mandato neste ano para poder avançar com o processo de asilo político nos Estados Unidos.

"Vou solicitar ao Colégio de Líderes que não coloque a situação do Ramagem na pauta. Eu falei com ele há pouco, ele disse que até pode pensar numa futura renúncia no próximo ano, está tramitando pedido de asilo político nos Estados Unidos e por isso é importante para ele, a manutenção do mandato", afirmou.

Assim como aconteceu no caso da ex-deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), o PL acredita que não há votos suficientes para cassar Ramagem no plenário.

No começo de maio, a própria Câmara aprovou a sustação da ação penal contra Ramagem por 315 a favor e 143 contra.

O relator da proposta, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), alegou que a Constituição diz que pode ser trancada uma "ação penal", sem fazer restrição a outros denunciados.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), notificou na última quarta-feira, 10, Ramagem e Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por meio de edital, para que se manifestem nos processos que podem levar à cassação de seus mandatos. Ambos estão nos Estados Unidos (EUA).

No caso de Ramagem, o processo de cassação decorre do fato de ele estar foragido da Justiça e sua sentença já ter transitado em julgado.

O ex-delegado da Polícia Federal foi condenado à perda do mandato e a 16 anos de prisão pelo STF por tentativa de golpe de Estado.

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TROCA DE COMANDO

Secretária de Fazenda pode não voltar ao cargo após licença

O Correio do Estado apurou que o futuro da titular da Sefaz será a exoneração e o substituto deve sair da própria equipe

15/12/2025 08h00

A secretária municipal de Fazenda, Márcia Helena Hokama, está no cargo desde abril de 2022

A secretária municipal de Fazenda, Márcia Helena Hokama, está no cargo desde abril de 2022 Marcelo Victor

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À frente das finanças da Prefeitura de Campo Grande desde abril de 2022, a secretária municipal de Fazenda, Márcia Helena Hokama, não vai mais retornar ao cargo depois da prorrogação da licença médica por estresse e ansiedade iniciada em 20 de novembro deste ano e com previsão de encerrar no dia 8 de janeiro de 2026.

O Correio do Estado obteve a informação com exclusividade por meio de fontes do alto escalão da administração municipal de Campo Grande, que ainda explicaram que a prefeita Adriane Lopes (PP) teria sido comunicada da impossibilidade de a titular da Secretaria Municipal de Fazenda (Sefaz) reassumir as funções por conta de suas condições mentais.

Diante disso, a chefe do Executivo da Capital já teria determinado a procura por um substituto e, por enquanto, a tendência é de que o atual secretário-adjunto da Sefaz, Isaac José de Araújo, seja elevado a titular da Pasta por fazer parte da equipe técnica que foi montada por Márcia Hokama, considerada muito competente por Adriane Lopes.

A reportagem também foi informada de que a decisão da secretária de participar da corrida de rua de Bonito, realizada no dia 6, durante o afastamento por questões de saúde e o fato ter ganhado repercussão na mídia municipal teria pesado para que a continuidade dela no cargo após o fim da licença médica ficasse insustentável.

Márcia Hokama chegou a ser fotografada ao concluir um percurso de 10 km e conquistar o 23º lugar na categoria (competidores com idade entre 50 e 59 anos), e a imagem dela sendo publicada pelos principais órgãos de imprensa “pegou” muito mal até mesmo a imagem da prefeita, que é uma grande defensora do trabalho da secretária.

Porém, como a mulher de César não basta ser honesta, ela também precisa parecer honesta, a corrida foi a gota d’água para fim dos mais de três anos dela à frente das finanças municipais, período marcado por muito desgaste político e pressões decorrentes de crises no transporte coletivo urbano, na saúde e nas finanças, chegando a ser cobrança publicamente pela Câmara Municipal de Campo Grande.

O ponto alto desse desentendimento com os vereadores foi quando Márcia Hokama faltou à convocação para dar explicações sobre a crise, e, na época, ela já chegou a alegar problemas de saúde. Em novembro, a situação mental dela teria chegado no fundo do poço, obrigando o pedido de licença médica.

A partir da oficialização da concessão do afastamento, os boatos começaram dando conta de que ela não retornaria mais ao cargo, porém, a prefeita Adriane Lopes assegurava o retorno da titular da Sefaz após o fim da licença médica.

Entretanto, depois da divulgação da participação de Márcia Hokama da corrida de rua de Bonito a prorrogação da dispensa das funções foram decisivas para que a chefe do Executivo Municipal cedesse à pressão pela exoneração da secretária.

Procurada pelo Correio do Estado, a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, não quis comentar até o fechamento desta edição. O espaço continuar aberto para a manifestação da chefe do Executivo Municipal.

*SAIBA

A trajetória de Márcia Hokama começou em abril de 2022, quando foi nomeada pela prefeita Adriane Lopes como titular da Secretária Municipal de Finanças (Sefin), ficando responsável pelas finanças do município de Campo Grande e deixando o cargo de secretária-adjunta, o qual ocupava desde 2021.

Em janeiro deste ano, a prefeita reconduziu Márcia Hokama ao cargo, mas com novo nome Secretaria Municipal de Fazenda (Sefaz). Portanto, ela já está na função de liderança na Sefin/Sefaz desde 2022.

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