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Várias em uma

Várias em uma

Redação

31/01/2010 - 07h26
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Se há uma mulher que sabe bem o

que quer é Adriana Garambone. Formada

nos palcos, o que a intérprete

da recatada Maura de “Poder paralelo”

mais busca são personagens que

exijam o máximo de sua capacidade

de atuar. E é exatamente isso que ela

mais valoriza na história de Lauro César

Muniz. “Não há espaço para cenas

rasas nas novelas do Lauro. Às vezes

leio uma coisa e me questiono durante

horas como vou conseguir transparecer

aquilo”, argumenta. Escolhida pelo

próprio autor para a novela, Adriana

emenda um trabalho em outro na Record

desde 2005, quando encarnou a

antagonista Adelaide em “Essas mulheres”,

escrita por Marcílio Moraes. E

não esconde sua preferência por esse

papel entre quase todos os outros de

sua trajetória televisiva. “Nunca vou

esquecer o prazer que tive ao fazer

essa novela. ‘Essas mulheres’ e ‘Poder

paralelo’ são meus grandes trabalhos

na tevê”, valoriza ela, que completa 40

anos em 2010.

Sua personagem em “Poder paralelo”

passou por várias mudanças

ao longo dos capítulos. Foi difícil

encontrar as nuances certas para

definir cada fase?

R – Foi. Demorou um pouco para

que eu entendesse bem essa mudança.

O Lauro César Muniz escreve de uma

maneira profunda, não existem cenas

rasas na novela. Ao mesmo tempo, nos

folhetins tudo é sempre corriqueiro.

Você fala de valores ou de sentimentos

profundos no meio das refeições.

Mas o que achei muito bacana é que

essas transformações foram feitas lentamente,

sempre mexendo com as características

interiores da personagem.

Claro que houve uma mudança externa

também e que adorei – até porque meu

figurino tinha bege demais –, mas no

final essa história serviu para resgatar

um comportamento feminino que até

existe, mas anda desvalorizado.

A que comportamento você se

refere?

R - Acho que toda essa busca pela

liberdade feminina deixou a mulherada

mais “doidinha”. Na verdade, algumas

se liberaram demais. Esse retorno

à mulher que gosta da casa, que cuida

da família, que é chique mesmo tendo

um corpão, isso é bem legal. Gosto de

me preservar e me sinto bem quando

vejo pessoas assim. Não é que esse tipo

de mãe não exista mais, o problema é

que só chama atenção hoje as que têm

coxas gigantescas e ainda colocam um

saltão. Acho horroroso! A vulgaridade

está muito valorizada hoje e isso não é

um senso comum.

Como é o retorno de público?

R – Muito grande. É impressionante.

Quando eu fazia “Amor e intrigas”, não sei

se a personagem não agradava tanto, mas

era menor. Agora, em qualquer lugar que

eu vou, tem alguém falando da novela.

Muita gente diz que não se vê mais mulheres

como a Maura. E, é claro, comentam

sempre da máfia. Até porque ela está

cercada de pessoas que são diretamente

ligadas às organizações criminosas.

Você praticamente emendou uma

novela na outra nesses cinco anos de

Record. Não sente necessidade de se

distanciar da tevê por um período?

R – Nem sempre a gente consegue fazer

o que imagina. E não dá para pensar

apenas individualmente. Muitas vezes

o que é melhor e mais confortável para

mim não é para a empresa. Mas a grande

verdade é que acontece muito de um ator

querer descansar, sumir um pouco do ar

e receber um daqueles personagens irrecusáveis.

Aí você vai e faz. Antes de ser escalada

para “Poder paralelo”, eu tinha ganhado

férias da casa. Mas o Lauro queria

que eu fizesse. Você também tem de pesar

se vale a pena recusar um papel dele, no

horário nobre e com a densidade que a

Maura tem. Por isso, se aparecer outro

personagem assim em breve, posso voltar

ao ar mais rápido do que o esperado.

Você está na Record há cinco anos

e seu contrato vence em 2010. Você

pretende renovar?

R - Estou muito satisfeita na Record.

Nesses cinco anos, nossa estrutura de

dramaturgia cresceu muito. Hoje em

dia, quem entra numa emissora como

a Record e não se dá conta do poder que

ela conquistou não merece estar nela.

Não tenho a ilusão de que a Globo é a

única. Posso falar por mim: ganho bem,

sou respeitada e recebo, quase sempre,

excelentes personagens. Então, para que

vou desejar sair? Tenho certeza de que

encontraria na Globo, hoje, os mesmos

problemas de 10 anos atrás. Nenhuma

outra empresa cresceu tanto em tão

pouco tempo como a Record.

Dourados

Vereadora eleita, conhecida como 'dona de zona', manda recado para servidor

A cavala, Isa Marcondes, afirmou (sem citar nomes) que a indicação de um vereador estaria trabalhando em quatro locais diferentes em Dourados

29/10/2024 17h45

Reprodução Redes Sociais

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Por meio de suas redes sociais, a vereadora eleita com o maior número de votos em Dourados, Isa Marcondes (Republicanos), em linhas curtas, disse a um suposto servidor indicado que “ir colocando a barba de molho”.

Marcondes ainda deixou claro que, caso a situação do alegado servidor indicado seja real e ele não deixe o cargo assim que assumir a vereança no pleito de 2025, irá procurar as autoridades cabíveis.

Após passar uma semana sabática descansando em Campo Grande, onde concedeu entrevistas, Isa afirmou aos políticos que “a farra acabou”.

Posperiormente retornou para Dourados a pedido do prefeito eleito, Marçal Filho, para uma reunião.

No município, seguiu atendendo a chamados de munícipes, dando atenção especial à questão de saúde e publicando vídeos com denúncias sobre a demora no atendimento e até a falta de vagas no hospital do município.

Fiscal do Povo

Neste ínterim, a vereadora (que assume o cargo no dia 1º de janeiro de 2025) recebeu uma denúncia de um suposto encontro entre um vereador e servidores indicados.

No vídeo em questão, Isa Marcondes diz que o vereador esteve reunido com os contratados por indicação, afirmando que poderiam ficar tranquilos.

“Que eu saiba, vereador não indica, por lei não. Então, onde ele foi com essa reunião, esse diretor dele aí, está todo irregular. Trabalhando em quatro lugares e recebendo”, disse Isa, e completou:

“Se esse diretor dele ficar no ano que vem no dia 3 de janeiro, eu já vou para o Ministério Público. Pode ter certeza disso.”

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DECISÃO JUDICIAL

Vereador réu por corrupção usará tornozeleira eletrônica por mais seis meses

Defesa pediu a retirada do equipamento, mas juiz indeferiu e prorrogou o monitoramento; Claudinho Serra está de atestado na Câmara de Campo Grande desde abril

29/10/2024 17h14

Claudinho Serra está afastado da Câmara por atestado médico desde abril

Claudinho Serra está afastado da Câmara por atestado médico desde abril Foto: Izaias Medeiros / Câmara Municipal

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O vereador de Campo Grande, Claudinho Serra, usará tornozeleira eletrônica por mais 180 dias. O parlamentar foi denunciado por organização criminosa, corrupção e fraude em licitações e contratos administrativos na Prefeitura Municipal de Sidrolândia e é monitorado por tornozeleira desde abril deste ano.

Desde que deixou a prisão, em abril, Claudinho Serra não participou de nenhuma sessão na Câmara Municipal de Campo Grande, tendo apresentado atestados médicos para justificar o afastamento.

O advogado de Claudinho requereu à Justiça retirada da tornozeleira, alegando que o vereador cumpre todas as condições impostas nas medidas cautelares, tem emprego e renda fixa e que inexistem fatos que justifiquem a necessidade de manutenção do aparelho.

O juiz Fernando Moreira Freitas da Silva, da Vara Criminal de Sidrolândia, negou o pedido, afirmando que "o simples cumprimento das medidas cautelares a que foram submetidos os requeridos não denota, sob qualquer perspectiva, a necessidade de desativação do aparelho de monitoração eletrônica".

O magistrado explica que as condições estabelecidas nas medidas cautelares, dentre elas o monitoramento, é fator condicionante a manutenção da liberdade provisória e que o descumprimento pode acarretar na decretação da prisão preventiva.

Além disso, o juiz ressalta que o processo é sobre sobre organização criminosa organizada e constituída com o propósito de perpetrar crimes contra a Administração Pública, desdobramento da Operação Tromper, e que mesmo com a publicidade das investigações, houve ajuste dos integrantes para a continuidade dos crimes.

"Verificou-se, à primeira vista, que o cometimento dos crimes que violaram o caráter competitivo de inúmeros processos licitatórios, aliado ao desvio de dinheiro público, face à não prestação ou não entrega dos produtos contratados, causou vultuoso dano ao erário, a resultar, necessariamente, em prejuízo de toda a sociedade, que poderia usufruir e obter benefícios significativos com a utilização lícita dos recursos da Prefeitura Municipal de Sidrolândia/MS".

Assim, o magistrado concluiu que a manutenção da tornozeleira eletrônica é imprescindível para assegurar a garantia da ordem pública, tendo em vista que tem o poder de dificultar que os monitorados continuem a cometer os crimes, devido a fiscalização contínua a que estão submetidos.

Claudinho Serra já completou seis meses com a tornozeleira e o juiz prorrogou o uso do equipamento por mais 180 dias, ou seja, mais seis meses.

"Por todo o exposto, indefiro os requerimentos de revogação da medida cautelar de monitoração eletrônica. Conseguintemente, determino a prorrogação da monitoração eletrônica, pelo prazo de 180 dias, em condições idênticas às anteriormente fixadas", conclui o juiz.

Além de Claudinho Serra, tiveram o monitoramento prorrogado os seguintes investigados:

  • Carmo Name Júnior,
  • Ricardo José Rocamora,
  • Ana Cláudia Alves Flores,
  • Marcus Vinicius Rossentini de Andrade Costa 
  • Thiago Rodrigues Alves.

Entenda

Claudinho Serra foi preso no dia foi preso no dia 3 de abril durante a terceira fase da “Operação Tromper”, deflagrada pelo Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc) e Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), órgãos do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), apontado como líder da organização criminosa.

Após 23 dias preso, ele teve a liberdade provisória, com uso de tornozeleira e cumprimento de outras condições estabelecidas pelo desembargador José Ale Ahmad Neto.

Pedidos de cassação chegaram a ser apresentados na Câmara, mas foram arquivados pelo presidente da Casa, o vereador Carlão, sob a justificativa de que os crimes de corrupção e organização criminosa pelos quais o Claudinho Serra é réu teriam sido praticados antes da posse como parlamentar.

A 3ª fase da “Operação Tromper” teve como objetivo o cumprimento de oito mandados de prisão e 28 de busca e apreensão devido à existência de uma organização criminosa voltada a fraudes em licitações e contratos administrativos na Prefeitura Municipal de Sidrolândia.

Segundo o MPMS, o esquema criminoso tinha como modo de operação:

  • a prática de fraude no caráter competitivo das licitações, valendo-se de diversas empresas vinculadas ao grupo criminoso;
  • prática de preços muito baixos em comparação com o mercado, fazendo com que tais empresas sempre saíssem vencedoras;
  • realização de vários empenhos pela Prefeitura de Sidrolândia, objetivando receber os valores pretendidos pelo grupo criminoso, independentemente da real necessidade da municipalidade;
  • deliberação dos empresários sobre qual a margem de lucro relativa ao valor repassado a título de propina, em quais contratos públicos recairiam esses valores e sobre quais produtos recairiam as notas fiscais forjadas.

Claudinho Serra é apontado como o chefe do esquema.

Segundo o MPMS,  na condição de ex-secretário municipal de Fazenda de Sidrolândia e atual vereador em Campo Grande, desempenharia o papel de mentor e de gestor da provável organização criminosa, perante a Prefeitura de Sidrolândia, que, mesmo não ocupando cargo atualmente dentro da Administração, continuaria a comandar a organização e a obter vantagens ilícitas perante a municipalidade.

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