Política

Eleições 2024

Vereadora que se autointitula 'dona de zona' é a mais votada em Dourados

Com 2.992 votos, Isa Marcondes (Republicanos) recebeu o maior número de votos e garantiu uma cadeira na Câmara Municipal

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Conhecida pelo perfil de direita, Isa Marcondes, a vereadora que se intitula 'dona de zona', foi eleita com o maior número de votos e garantiu uma cadeira na Câmara Municipal em Dourados.

A vereadora Isa Marcondes disputou o pleito pelo Republicanos e recebeu 2.992 votos, o que corresponde a 2,48%.

Nesta eleição, chegou a afirmar que o município de Dourados “está uma zona”, e que de zona ela entende, para pedir a confiança do eleitorado.

Em sua campanha, ela pontuou que iria trabalhar e, em um de seus vídeos, chegou a ironizar os colegas que falavam em “mudança”.

Por sua vez, frisou que irá fiscalizar e fazer leis, que é o papel do vereador.

Além disso, em publicações de mídias em suas redes sociais, passou por várias obras e prédios públicos de Dourados realizando a fiscalização durante a campanha.

Marcondes não deixou passar nem a propaganda eleitoral gratuita da campanha que afirmou: "Dourados está uma zona e de zona eu entendo".

Assista o vídeo

 

Essa não é a primeira vez que Isa Marcondes tenta ingressar na vida política. Em 2020, chegou a fazer campanha dizendo que entregaria os frequentadores do local em que trabalha caso não recebesse votos.

Embora, a natureza de seu trabalho seja curiosa, o perfil conservador chamou atenção durante a pandemia.

Em que ela foi contrária ao fechamento do comércio, por exemplo na gestão do então à época prefeito Alan Guedes.

O fechamento do comércio foi um decreto assinado pelo ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB), que não permitia o funcionamento das empresas para tentar diminuir a incidência da Covid-19.

Eleições 2024

Neste ano, com uma campanha mais robusta, vídeos trabalhados em que mostrou diversas situações emblemáticas no município.

Com o nome mais uma vez para apreciação do douradense, alcançou o maior número de votos pelo Partido Republicanos - conhecido por sua 'raiz' religiosa -, cravou espaço não apenas dentro do partido como também com aval do eleitorado demonstrado no resultado das urnas.

Candidatos eleitos:

  • Jânio Miguel (PP) foi reeleito com 2.375 votos;
  • Marcelo Mourão (PL) foi reeleito com 2.115 votos;
  • Daniel Júnior (PP) foi reeleito com 2.112 votos;
  • Elias Ishy (PT) foi reeleito com 2.024 votos;
  • Laudir Munaretto (MDB) foi reeleito com 1.943 votos;
  • Sérgio Nogueira (PP) foi reeleito com 1.741 votos;
  • Márcio Pudim (PSDB) foi reeleito com 1.583 votos;
  • Cemar Arnal (PP) foi reeleito com 1.535 votos;
  • Liandra da Saúde (PSDB) foi reeleita com 1.353 votos;
  • Rogério Yuri (PSDB) foi reeleito com 1.330 votos.

Renovação

  • Isa Marcondes (Republicanos) foi eleita com 2.992 votos;
  • Franklin (PT) foi eleito com 2.452 votos;
  • Dalton (PL) foi eleito com 2.265 votos;
  • Edson Souza (União) foi eleito com 1.803 votos;
  • Sargento Prates (PL) foi eleito com 1.627 votos;
  • Karla Gomes (Podemos) foi eleita com 1.530 votos;
  • Dil do Povo (União) foi eleito com 1.516 votos;
  • Pedro Pepa (União) foi eleito com 1.436 votos;
  • Ana Paula (Republicanos) foi eleita com 1.397 votos;
  • Alex Cadeirante (PSDB) foi eleito com 1.376 votos;
  • Inspetor Cabral (PSD) foi eleito com 1.237 votos.

Apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por meio das redes sociais, Isa agradeceu a confiança do eleitorado.

"Muito obrigada por todo o apoio, carinho e confiança depositados em cada um dos 2.992 votos!Dourados agora tem uma vereadora que pensa e luta pelo povo. Juntos, vamos mudar a história da nossa cidade com esperança, honestidade e muito trabalho duro! Essa vitória é de todos nós!", comemorou.

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sem transparência

Bancada enviou R$ 28,11 por habitante de MS em "emendas Pix" sem prestar contas

No 1º semestre de 2024, conforme a Transparência Brasil, foram enviados R$ 77,4 milhões nessa modalidade de emenda

09/04/2025 08h30

Congresso nacional em Brasília

Congresso nacional em Brasília Arquivo

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A bancada federal de Mato Grosso do Sul no Congresso Nacional enviou, por meio de emendas individuais impositivas por meio de transferências especiais, as chamadas “emendas Pix”, o montante de R$ 77.479.339,94 no primeiro semestre do ano passado sem prestação de contas por parte do governo estadual e das prefeituras municipais beneficiadas, conforme levantamento junto à organização Transparência Brasil.

Na prática, dividindo o valor de R$ 77.479.339,94 pela população de MS (2.756.700 habitantes), é possível dizer que a bancada federal enviou R$ 28,11 per capita sem nenhuma prestação de contas, contrariando lei aprovada pelo Congresso e na contramão da transparência exigida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O montante, ainda segundo a Transparência Brasil, põe MS como a 13ª unidade da Federação com o maior valor per capita por meio de “emendas Pix”, ficando atrás do Amapá (R$ 152,12), de Roraima (R$ 104,43), de Rondônia (R$ 58,16), de Sergipe (R$ 45,45), do Piauí (R$ 44,93), do Acre (R$ 41,94), de Tocantins 
(R$ 40,56), de Alagoas (R$ 32,78), do Rio Grande do Sul (R$ 29,60), de Mato Grosso (R$ 29,32), do Rio Grande do Norte (R$ 28,98) e do Maranhão (R$ 28,98).

Em nível nacional, o valor de “emendas Pix” enviadas sem prestação de contas chega a R$ 3,8 bilhões. Ou seja, o valor representa 86% do gasto de prefeitos e governadores a partir das verbas direcionadas pelos parlamentares por essa modalidade – um valor maior, por exemplo, que o previsto no Orçamento de 2024 para o combate a desastres (R$ 2,6 bilhões).

A pesquisa realizada pela Transparência Brasil mostra que 22 das 27 unidades da Federação e 2.757 municípios (metade do total) não apresentaram as informações. As transferências especiais foram criadas em 2019, com a justificativa de serem menos burocráticas – o valor chega mais rápido ao caixa na comparação com outros repasses.

Congresso nacional em Brasília

MPF

Em Mato Grosso do Sul, para garantir a transparência na aplicação de “emendas Pix” e coibir atos de corrupção, o procurador da República Luiz Gustavo Mantovani instaurou um procedimento administrativo 
a fim de acompanhar a aplicação desse recurso durante 2024 por parte do governo estadual 
e de 19 municípios.

Entre as cidades listadas estavam Anastácio, Aquidauana, Bandeirantes, Bodoquena, Bonito, Camapuã, Campo Grande, Corguinho, Dois Irmãos do Buriti, Figueirão, Jaraguari, Miranda, Nioaque, Paraíso das Águas, Porto Murtinho, Ribas do Rio Pardo, Rochedo, Sidrolândia e Terenos.

“Determina-se a realização das seguintes providências: (1) junte-se a presente portaria aos autos em epígrafe; (2) autue-se este procedimento na forma de procedimento administrativo, promovendo-se as alterações necessárias no sistema único, com o prazo de um ano, a contar de 31/12/2024; (3) comunique-se a instauração à egrégia 5ª Câmara de Coordenação e Revisão, eletronicamente, com cópia da portaria de instauração; e (4) ficam nomeados os servidores lotados neste 3º Ofício da Procuradoria da República em Mato Grosso do Sul para secretariar o presente feito, os quais, por serem funcionários do quadro efetivo, atuarão independentemente de compromisso”, trouxe trecho da portaria.

O procurador da República em MS ainda determinou que o Estado e os municípios informem se receberam valores via “emendas Pix” e que, em caso positivo, forneçam “os dados das contas bancárias específicas abertas para a movimentação de tais recursos, bem como informações sobre o valor total recebido e sobre para onde os referidos recursos foram ou serão utilizados”.

Além disso, também foi expedida a recomendação aos entes públicos para que providenciem a completa prestação de contas de todos os recursos utilizados em 2024 na plataforma Transferegov.br.

Mantovani considerou que as “emendas Pix” reduzem a capacidade de controle da aplicação de verbas federais e que, “uma vez que são desprovidas das ferramentas de fiscalização constitucionais, arriscam a se convolar em instrumento deturpador das práticas republicanas”.

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POLÍTICA

Câmara aprova moção de apoio à anistia aos envolvidos na invasão de 8 de janeiro

De autoria de Rafael Tavares (PL), a moção foi aprovada com 17 votos favoráveis e 7 contrários

08/04/2025 13h31

Bancada do PL reunida na sessão de hoje

Bancada do PL reunida na sessão de hoje FOTO: Marcos Rocha

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Na manhã desta terça-feira (08), durante a 14ª sessão ordinária realizada na Câmara Municipal de Campo Grande, os vereadores aprovaram uma moção de apoio à anistia aos envolvidos nos acontecimentos do dia 8 de janeiro de 2023, que provocaram um quebra-quebra na sede do Superior Tribunal Federal (STF), no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto, em Brasília (DF).

A moção foi apresentada pelo vereador Rafael Tavares (PL), e aprovada com 17 votos favoráveis e sete contrários. Em sua fala, o autor da moção afirmou que foi apresentada pelo vereador Rafael Tavares (PL), que Dilma Rousseff e José Dirceu foram anistiados por crimes maiores.

Colega de bancada, o vereador André Salinero (PL), afirmou que é uma injustiça ser contra a anistia. “Estão sendo estabelecidas penas de até 17 anos de prisão para quem não fez praticamente nada. Isso é uma injustiça com quem é inocente”, ressaltou.

Em contrapartida, o vereador Marquinhos Trad (PDT) disse que não se trata de ser a favor de Lula ou Bolsonaro, mas do Estado Democrático de Direito. “Vocês seriam generosos caso alguém entrasse na sua casa e depredasse?”, questionou Trad.

O vereador declarou que discorda de anistia completa, mas entende que 90% deveria responder em liberdade, e votou contra a moção, por não defender anistia completa, pontuando que hoje é um e amanhã poderá ser outro grupo político.

A vereadora Luiza Ribeiro (PT) criticou a moção, afirmando que deveriam estar discutindo problemas da cidade, e ponderou que a moção foi apresentada fora do período determinado e deveria ser inviabilizada.

Em resposta, o presidente da Câmara, vereador Papy (PSDB) disse que o regimento prevê registro de moção até as 16 horas do dia anterior, mas ponderou que pode ser aceita em caso de relevância ou autorização da presidência, e pela relevância do tema, autorizou a discussão.

Além disso, o vereador Carlão (PSB) disse que é preciso diferenciar quem estava nos atos de 8 de janeiro e quem financiou. “Sou contra a depredação, mas também não sou favorável a mesma penalização de quem financiou”, explicou em seu voto favorável.

VOTAÇÃO

Foram favoráveis a moção os vereadores, Carlão (PSB), Clodoilson Pires (Podemos), Victor Rocha (PSDB), Herculano Borges, Leinha (Avante), Maicon Nogueira (PP), Neto Santos (Republicanos), Professor Juari (PSDB), Professor Riverton (PP), Ronilço Guerreiro, Veterinário Francisco (União), Wilson Lands, Fábio Rocha (União), Otávio Trad (PSD), André Salineiro (PL), Ana Portela (PL).

Foram contra a moção os parlamentares, Beto Avelar (PP), Delei Pinheiro (PP), Flávio Cabo Almi (PSDB), Jean Ferreira (PT), Landmark (PT), Luiza Ribeiro (PT) e Marquinhos Trad (PDT).

PROJETO

O projeto em questão, que tramita no Congresso Nacional, tem gerado polêmica por buscar anistiar manifestantes e organizadores dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, quando as sedes dos três poderes foram invadidas e depredadas por bolsonaristas radicais, em Brasília. O texto do projeto de Sóstenes Cavalcanti prevê a anistia para pessoas direta ou indiretamente envolvidas no 8 de janeiro e até mesmo por atos anteriores.

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