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Vereadores repudiam Lula após fala sobre "mulher bonita" no Congresso

Parlamentares consideraram a fala machista e explicaram que as palavras reduziram a mulher à atributos estéticos deixando de lado a competência e mérito de ocuparem cargos políticos

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Foi aprovado por 16 votos a favor, uma Moção de Repúdio às declarações feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O documento foi apresentado ainda nesta quinta-feira (13), pela vereadora Ana Portela (PL).

No último dia 12, durante um pronunciamento no Palácio do Planalto, Lula afirmou que quer ter uma boa relação com os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e por isso colocou “essa mulher bonita para ser Ministra de Relações Institucionais" na articulação política do governo com o Congresso.

Ao falar sobre a relação com o Legislativo, o petista se referiu à ministra Gleisi Hoffmann, que assumiu na última segunda-feira (10) a Secretaria de Relações Institucionais, pasta responsável pela articulação política.

A fala gerou repercussão negativa para alguns vereadores de Mato Grosso do Sul que a consideraram machista e preconceituosa, a vereadora também explicou que essa situação reduziu a mulher à atributos estéticos e deixa de lado a competência e mérito de ocuparem cargos políticos, se tornando um desrespeito e desvalorização da capacidade profissional.

“Ontem nós fizemos uma homenagem linda nessa casa onde nós pudemos trazer essas mulheres que por mérito fazem tanto por essa cidade. Então por questão de coerência, a toda bancada do PT, eu gostaria de fazer um convite à vocês para que vocês assinem essa moção de repúdio, junto com a nossa bancada, até porque, por questão desse discurso que vocês tanto trazem à essa casa, como que nós vamos aceitar um Presidente com essa fala machista, quando ele traz a questão da aparência ao invés da competência”, declarou Ana Portela ao apresentar o documento. 

Em defesa, o vereador Landmark (PT) e o vereador Jean Ferreira (PT) disseram que este não é um período eleitoral e que “é uma perca de tempo discutir problemas nacionais”, quando Campo Grande tem outros problemas maiores. 

"Eu não vejo a bancada do PL indicando e falando quem é o responsável pelos problemas de Campo Grande, que é essa gestão atual, o que a Prefeita Adriane está fazendo para mudar esses problemas que eles estão indicando. E outra, que é engraçado que só agora começou a despertar esse entendimento em relação à mulher, porque quando o ex-presidente Bolsonaro falava que a 1ª dama da França era feia, ou mulheres petistas eram feias, vocês não fazem moção de repúdio", enfatizou Jean. 

Na semana passada, o vereador Jair Renan (PL), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), divulgou o corte de um vídeo no qual Bolsonaro aparece dizendo que as apoiadoras do PT são "feias" e "incomíveis". 

Na semana passada, o vereador Jair Renan (PL), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), divulgou o corte de um vídeo no qual o ex-mandatário diz que as apoiadoras do PT são "feias" e "incomíveis".

"Você pode ver, não tem mulher bonita petista, só tem feia. Às vezes acontece quando estou no aeroporto alguém me xinga. Mulher, né? Olho para a cara dela: 'Nossa, mãe. Incomível'", diz o ex-presidente no vídeo.

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Avaliações positiva e negativa do STF crescem e mostram divisão da percepção da população

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano; percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%

19/12/2025 22h00

Supremo Tribunal Federal (STF)

Supremo Tribunal Federal (STF) Crédito: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

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Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta sexta-feira, 19, mostra que cresceram as avaliações positivas e negativas sobre o trabalho do Supremo Tribunal Federal (STF), mostrando uma divisão da percepção da população brasileira sobre a atuação da Corte.

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano. No mesmo período, a percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%. Já a avaliação regular recuou de 34% para 24%.

No intervalo entre os dois levantamentos, a Primeira Turma do STF condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e três meses de prisão pelos crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União.

Entre as duas edições da pesquisa, também houve mudança no comando da Corte. O ministro Edson Fachin assumiu a presidência do tribunal e o ministro Luís Roberto Barroso se aposentou. Fachin adota um perfil mais discreto e defende a chamada "autocontenção" do Judiciário, em contraste com o antecessor, que sustentava que o Supremo deveria exercer um "papel iluminista" e atuar de forma mais protagonista na definição de direitos.

No mesmo período, o secretário de Estado do governo Donald Trump, Marco Rubio, revogou o visto do ministro Alexandre de Moraes e de seus familiares, além de outros sete integrantes do STF. O governo dos Estados Unidos também aplicou sanções a Moraes com base na Lei Magnitsky, norma criada para punir violadores graves de direitos humanos. Foi a primeira vez que uma autoridade de um país democrático foi alvo das medidas previstas na legislação. Neste mês, o presidente Donald Trump retirou o nome do ministro da lista de sancionados.

Outros poderes

A pesquisa também avaliou os demais Poderes. No Legislativo, a percepção varia conforme a Casa. No Senado Federal, a maior parcela dos entrevistados (34%) classifica o desempenho como regular, porcentual que empata, dentro da margem de erro (2 p p), com a avaliação negativa, de 33%. A avaliação positiva soma 22%, enquanto 11% não souberam ou não quiseram responder.

Na Câmara dos Deputados, a avaliação negativa predomina: 36% consideram o trabalho ruim ou péssimo. A percepção, porém, está tecnicamente empatada com a avaliação regular, que alcança 35%. A avaliação positiva é de 20%, e 9% não responderam.

A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas presenciais entre os dias 11 e 14 de dezembro de 2025. O levantamento tem nível de confiança de 95% e margem de erro de dois pontos porcentuais. Os entrevistados puderam classificar cada Poder como ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo, com os resultados consolidados nas categorias positiva, regular e negativa.

Governo Lula

Em relação ao Executivo federal, 38% dos brasileiros avaliam que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faz um trabalho ruim ou péssimo. Outros 34% consideram a gestão boa ou ótima, enquanto 25% a classificam como regular. Já 3% não souberam ou não responderam.

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Ministro do Paraguai fala em disposição construtiva para avançar em acordo Mercosul-UE efetivo

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

19/12/2025 21h00

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais Foto: Divulgação

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O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Rubén Ramírez Lezcano, reafirmou a "disposição construtiva" para avançar na concretização efetiva do acordo entre Mercosul e União Europeia (UE), durante a 67ª reunião do Conselho do Mercado Comum (CMC) do Mercosul, órgão decisório de nível ministerial do bloco, nesta sexta-feira, 19, segundo nota do Ministério de Relações Exteriores do país.

"Em particular, o Paraguai confia que os mecanismos de salvaguarda serão abordados e aplicados de maneira compatível com respeito ao negociado e acordado, e também de acordo com as normas multilaterais preservando o equilíbrio de direitos e obrigações das partes", disse Lezcano.

O chanceler também afirmou que "o Paraguai acredita e aposta em um Mercosul que funcione para todos, capaz de traduzir seus princípios em resultados concretos e de responder com pragmatismo e visão aos desafios estruturais que ainda persistem" na região.

Segundo Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais entre os Estados Parte do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e, mais recentemente em 2024, Bolívia). "Não se trata de uma noção abstrata, mas de uma realidade econômica e geográfica que limita nosso desenvolvimento e condiciona nossa competitividade", disse, frisando que a condição mediterrânea do país impõe custos adicionais que encarecem as exportações e restringem a participação nas cadeias regionais de valor.

A reunião do CMC, em Foz do Iguaçu, nesta sexta-feira, foi majoritariamente fechada à imprensa.

No sábado, 20, o Brasil deve passar o bastão da Presidência Pro Tempore do bloco ao Paraguai, durante a 67ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, também em Foz do Iguaçu. 

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