Política

FOGO NO PANTANAL

Lula é recebido sob vaias e aplausos em Corumbá

Lula conversou com as autoridades locais e depois subiu em um helicóptero da Marinha para realizar sobrevoo em diferentes partes do Pantanal

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Depois de mais de 10 anos de visitar a região de fronteira do Brasil com a Bolívia, em Corumbá, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou para acompanhar o cenário dos incêndios na Capital do Pantanal, nesta quarta-feira (31). Nessa visita, por conta da agenda no Parque Marina Gattass, atual sede do Prevfogo/Ibama, trechos da rodovia Ramão Gomes ficaram fechados a partir das primeiras horas da manhã e alterou o fluxo de veículos.

Exército, Guarda Municipal, agentes da Polícia Federal e policias militares fecharam cerca de 3 km da rodovia, que recebe diariamente média de 1 mil veículos indo e volta do de Corumbá. O trânsito de caminhões para importação e exportação acabou alterado também devido ao acesso mais restrito na rodovia.

Na outra vez que visitou a região, Lula veio acompanhar Evo Morales na inauguração da rodovia Bioceânica, em Puerto Quijarro, na Bolívia, em 15 de janeiro de 2009. Naquela época, a fronteira também teve sua movimentação alterada.

Lula chegou em Corumbá nesta quarta-feira por volta das 10h, em jato presidencial. O governador Eduardo Riedel (PSDB) e o prefeito Marcelo Iunes (PSDB) fizeram a recepção na pista do aeroporto da cidade.

Enquanto havia a recepção oficial, na avenida Edu Rocha, que é paralela à pista do aeroporto, em torno de 50 apoiadores ficaram de prontidão para tentar pegar um aceno. No mesmo local, manifestantes também se reuniram, em menor número (3 pessoas) e usaram uma faixa para criticar Lula e pedir que quem estivesse na rua buzinasse para reclamar do governo.

Foto: Rodolfo César

Após o presidente manter uma rápida conversa com as autoridades locais, ele subiu em um helicóptero da Marinha para realizar sobrevoo em diferentes partes do Pantanal. Ele passou pela região próxima à Aquidauana, onde os incêndios estão mais graves, também pela Nhecolândia e sobrevoou área perto da Serra do Amolar, onde há mobilização de mais de 20 brigadistas e três aeronaves empenhadas na tentativa de controle das chamas.

O sobrevoo foi finalizado por volta das 11h50 e, por via terrestre, o presidente foi para o Parque Marina Gattass. Essa agenda ainda está em andamento e está previsto que o presidente conheça a estrutura montada no local para abrigar mais de 250 brigadistas contratados pelo governo federal. Nessa agenda, deputados federais e estaduais, lideranças indígenas, secretários estaduais estão participando.

Nova legislação

Depois de conhecer a estrutura de combate aos incêndios no Pantanal, o presidente Lula vai sancionar em Corumbá a lei que institui a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, que vinha tramitamdo no Congresso desde 2018 e o projeto de lei foi aprovado no começo de julho deste ano, em meio aos incêndios que já consumiram 6% do bioma. 

O manejo integrado é uma abordagem planejada e coordenada para usar o fogo de forma controlada, visando prevenir e combater incêndios florestais, conservar ecossistemas e respeitar práticas tradicionais. 

"Essa estratégia combina conhecimentos técnicos, científicos e tradicionais para minimizar os impactos negativos do fogo, garantindo a segurança ambiental e humana. Inclui o uso controlado do fogo em atividades agropecuárias, de conservação e de manejo ambiental, sempre com autorização dos órgãos competentes", detalhou nota do governo federal. 

A política será implementada em cooperação entre União, estados, Distrito Federal, municípios, sociedade civil e entidades privadas, visando prevenir e reduzir os impactos dos incêndios florestais e promover o uso controlado, prescrito ou tradicional do fogo. O uso do fogo será permitido em locais onde as peculiaridades se justifiquem para práticas agropecuárias, pesquisa científica, prevenção e combate a incêndios, agricultura de subsistência de povos indígenas, quilombolas ou tradicionais, e capacitação de brigadistas florestais.

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Política

Avaliações positiva e negativa do STF crescem e mostram divisão da percepção da população

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano; percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%

19/12/2025 22h00

Supremo Tribunal Federal (STF)

Supremo Tribunal Federal (STF) Crédito: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

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Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta sexta-feira, 19, mostra que cresceram as avaliações positivas e negativas sobre o trabalho do Supremo Tribunal Federal (STF), mostrando uma divisão da percepção da população brasileira sobre a atuação da Corte.

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano. No mesmo período, a percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%. Já a avaliação regular recuou de 34% para 24%.

No intervalo entre os dois levantamentos, a Primeira Turma do STF condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e três meses de prisão pelos crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União.

Entre as duas edições da pesquisa, também houve mudança no comando da Corte. O ministro Edson Fachin assumiu a presidência do tribunal e o ministro Luís Roberto Barroso se aposentou. Fachin adota um perfil mais discreto e defende a chamada "autocontenção" do Judiciário, em contraste com o antecessor, que sustentava que o Supremo deveria exercer um "papel iluminista" e atuar de forma mais protagonista na definição de direitos.

No mesmo período, o secretário de Estado do governo Donald Trump, Marco Rubio, revogou o visto do ministro Alexandre de Moraes e de seus familiares, além de outros sete integrantes do STF. O governo dos Estados Unidos também aplicou sanções a Moraes com base na Lei Magnitsky, norma criada para punir violadores graves de direitos humanos. Foi a primeira vez que uma autoridade de um país democrático foi alvo das medidas previstas na legislação. Neste mês, o presidente Donald Trump retirou o nome do ministro da lista de sancionados.

Outros poderes

A pesquisa também avaliou os demais Poderes. No Legislativo, a percepção varia conforme a Casa. No Senado Federal, a maior parcela dos entrevistados (34%) classifica o desempenho como regular, porcentual que empata, dentro da margem de erro (2 p p), com a avaliação negativa, de 33%. A avaliação positiva soma 22%, enquanto 11% não souberam ou não quiseram responder.

Na Câmara dos Deputados, a avaliação negativa predomina: 36% consideram o trabalho ruim ou péssimo. A percepção, porém, está tecnicamente empatada com a avaliação regular, que alcança 35%. A avaliação positiva é de 20%, e 9% não responderam.

A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas presenciais entre os dias 11 e 14 de dezembro de 2025. O levantamento tem nível de confiança de 95% e margem de erro de dois pontos porcentuais. Os entrevistados puderam classificar cada Poder como ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo, com os resultados consolidados nas categorias positiva, regular e negativa.

Governo Lula

Em relação ao Executivo federal, 38% dos brasileiros avaliam que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faz um trabalho ruim ou péssimo. Outros 34% consideram a gestão boa ou ótima, enquanto 25% a classificam como regular. Já 3% não souberam ou não responderam.

Política

Ministro do Paraguai fala em disposição construtiva para avançar em acordo Mercosul-UE efetivo

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

19/12/2025 21h00

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais Foto: Divulgação

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O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Rubén Ramírez Lezcano, reafirmou a "disposição construtiva" para avançar na concretização efetiva do acordo entre Mercosul e União Europeia (UE), durante a 67ª reunião do Conselho do Mercado Comum (CMC) do Mercosul, órgão decisório de nível ministerial do bloco, nesta sexta-feira, 19, segundo nota do Ministério de Relações Exteriores do país.

"Em particular, o Paraguai confia que os mecanismos de salvaguarda serão abordados e aplicados de maneira compatível com respeito ao negociado e acordado, e também de acordo com as normas multilaterais preservando o equilíbrio de direitos e obrigações das partes", disse Lezcano.

O chanceler também afirmou que "o Paraguai acredita e aposta em um Mercosul que funcione para todos, capaz de traduzir seus princípios em resultados concretos e de responder com pragmatismo e visão aos desafios estruturais que ainda persistem" na região.

Segundo Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais entre os Estados Parte do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e, mais recentemente em 2024, Bolívia). "Não se trata de uma noção abstrata, mas de uma realidade econômica e geográfica que limita nosso desenvolvimento e condiciona nossa competitividade", disse, frisando que a condição mediterrânea do país impõe custos adicionais que encarecem as exportações e restringem a participação nas cadeias regionais de valor.

A reunião do CMC, em Foz do Iguaçu, nesta sexta-feira, foi majoritariamente fechada à imprensa.

No sábado, 20, o Brasil deve passar o bastão da Presidência Pro Tempore do bloco ao Paraguai, durante a 67ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, também em Foz do Iguaçu. 

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