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Invernos estão mais frios porque faz mais calor

Invernos estão mais frios porque faz mais calor

Terra

23/12/2010 - 15h57
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Estudo publicado no Journal de Recherche Géophysique indica que, apesar de parecer estranho, os inclementes invernos que assolam a Europa há dez anos estão relacionados, em grande parte, ao aquecimento climático,

À primeira vista, o frio glacial que atinge a Europa parece pouco compatível com a alta média das temperaturas previstas para antes do fim do século, e que poderá alcançar um aumento de 5°C ou 6°C. Para os céticos que alegam que a mudança climática não existe porque os invernos são cada vez mais frios, vários cientistas respondem que estas ondas de frio são um esfriamento temporário, parte do aquecimento global.

O novo estudo, no entanto, vai mais longe e mostra que a alta dos termômetros é precisamente a origem destes invernos nevados e tão frios. A causa seria o degelo da calota glacial ártica.

O aquecimento, duas ou três vezes superior à média global, provocou sua redução de 20% nestes últimos 30 anos. Esta calota pode, inclusive, desaparecer totalmente durante os meses de verão antes do fim do século. Isso permitiu que a força radioativa do Sol fosse mais absorvida pelo mar do que refletida para o espaço pelo gelo e neve, acelerando o processo de aquecimento. Isso afeta os sistemas de pressão, criando uma fonte maciça de calor durante os meses de inverno.

"Digamos que o oceano esteja a 0°C", explica Stefan Rahmstorf, especialista em clima do prestigiado Instituto Potsdam (Alemanha), que pesquisa o impacto das mudanças climáticas. "O oceano está muito mais quente que o ar ambiente nesta zona polar no inverno. Há então um fluxo quente que sobe para a atmosfera, o que normalmente você não tem quando tudo está coberto de gelo. É uma mudança extraordinária", acrescenta.

O resultado, segundo o estudo, é um sistema de altas pressões que empurra o ar polar no sentido anti-horário, na direção da Europa. "Estas anomalias podem triplicar a probabilidade de haver invernos extremos na Europa e no norte da Ásia", indica o físico Vladimir Petujov, que coordenou o estudo.

Outras explicações para estes invernos atípicos, como uma baixa da atividade solar ou as mudanças na Corrente do Golfo, "tendem a exagerar os efeitos", acrescenta Petujov. Além disso, o especialista destaca que no inverno glacial de 2005-2006, quando as temperaturas caíram 10°C em relação às habituais na Sibéria, não foi constatada nenhuma anomalia na oscilação norte-atlântica, um fenômeno meteorológico sugerido como possível explicação desses invernos inclementes.

Os cientistas assinalam que estes invernos tão frios na Europa não refletem a tendência global constatada no planeta, já que 2010 deve ser um dos três anos mais quentes da história. "Quando olho pela minha janela, vejo 30 cm de neve e o termômetro diz -14 graus", conta Rahmstorf, falando por telefone em Potsdam, e acrescenta: "Ao mesmo tempo, na Groenlândia, estamos acima de zero em dezembro".

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Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador

12/11/2025 22h00

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB Divulgação/Warley de Andrade/TV Brasil

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O Brasil fará seu primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território nacional no próximo dia 22. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o evento marca a entrada do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, abrindo novos caminhos para geração de renda e investimento no segmento.

Trata-se da Operação Spaceward 2025, responsável pelo lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-Nano a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão (MA).

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador, garantindo compatibilidade e segurança para o lançamento A integração das cargas úteis no foguete HANBIT-Nano, da Innospace, teve início na segunda-feira, 10, marcando uma das etapas decisivas antes do lançamento, durante a operação.

"Nessa fase, são realizados testes e verificações que asseguram uma conexão correta entre a carga útil - satélites e experimentos - e o veículo lançador, confirmando que cada equipamento está estabilizado e funcional para o momento do voo", explicou a FAB.

A missão para transportar cinco satélites e três experimentos, desenvolvidos por universidades e empresas nacionais e internacionais, simboliza, conforme a Força Aérea, a "entrada definitiva" do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, além de abrir novas oportunidades de geração de renda, inovação e atração de investimentos para o País.

"Essa etapa da operação é uma atribuição conduzida diretamente pela Innospace e pelos desenvolvedores dos satélites e experimentos. A FAB acompanha todo o processo no Prédio de Preparação de Propulsores, infraestrutura especializada disponibilizada pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), o que reforça nosso compromisso em prover suporte técnico, coordenação e governança para que cada missão transcorra com integridade, transparência e alto padrão de confiabilidade", destacou em nota o coordenador-geral da operação, Coronel Engenheiro Rogério Moreira Cazo.

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