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Laranja e abacaxi são os alimentos de maior risco por agrotóxico, diz Anvisa

Laranja e abacaxi são os alimentos de maior risco por agrotóxico, diz Anvisa

AGÊNCIA BRASIL

25/11/2016 - 18h00
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Uma análise feita pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em 25 categorias de alimentos apontou a laranja e o abacaxi como aqueles que tiveram maior número de amostras com resíduos de agrotóxicos que representam riscos agudos à saúde, como intoxicações.

De 744 amostras de laranja analisadas, 90 apresentaram resíduos de agrotóxicos em nível que indica potencial risco agudo à saúde -o equivalente a 12% do total. No caso do abacaxi, foram analisadas 240 amostras. Doze delas entraram nessa categoria de risco, ou 5%.

Já somados todos os tipos de alimentos analisados, e que incluem cereais, frutas e hortaliças, a notícia é positiva: do total de 12.051 amostras coletadas nos supermercados, apenas 134 apresentaram resíduos com potencial risco à saúde, o equivalente a 1%. Ou seja, 99% seriam considerados livres de resíduos de agrotóxicos que representam risco.

É a primeira vez que a Anvisa analisa o potencial de risco imediato à saúde pela presença desses resíduos. Segundo a agência, esse risco está relacionado às intoxicações que podem ocorrer em até 24 horas após o consumo. 

Entre os alimentos que apresentaram parte das amostras com potencial risco, laranja e abacaxi responderam pela maioria dos casos, somadas a uma menor quantidade de unidades de outros produtos, como couve e uva. Para estes, no entanto, os percentuais com potencial risco são ainda menores -enquanto laranja e abacaxi tinham 12% e 5%, esses tiveram 2,6% e 2,2%.

A maioria das situações de risco para a laranja está relacionada ao agrotóxico carbofurano, hoje em processo de reavaliação pela agência. Na análise do abacaxi, a maior parte dos resíduos encontrados eram do agrotóxico carbendazim.

A Anvisa, no entanto, faz ressalvas em relação aos resultados. Segundo a agência, alguns estudos trazem indícios de que as cascas da laranja e o do abacaxi têm baixa permeabilidade aos principais agrotóxicos, o que reduz a concentração de resíduos na polpa.

A análise da agência, no entanto, foi feita considerando os alimentos inteiros e, em seguida, triturados.

"Como a maior parte dos resíduos fica concentrada na casca, a retirada da casca neste caso ajudaria a reduzir [os riscos]", afirma o diretor-presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa.

"É importante que o consumidor também lave bem os produtos para reduzir os resíduos, que consuma produtos da época e que haja por parte das cadeias de supermercado maior controle para que não adquiram de produtores que utilizam agrotóxicos de forma inadequada, deixando excessos nos produtos", recomenda.

IRREGULARIDADES

A coleta e o estudo foram feitos entre 2013 a 2015 em todos os Estados. O monitoramento, no entanto, ocorre desde 2001. Para esta edição do estudo, a agência adotou uma nova metodologia e passou a incluir a avaliação de risco à saúde. Antes, eram observados apenas se os produtos tinham irregularidades como uso de agrotóxicos não autorizados para a cultura ou resíduos acima do limite máximo permitido.

A mudança ocorre diante do temor de que os resultados do modelo anterior, sozinhos, desestimulassem o consumo de frutas e hortaliças.

Por este novo modelo, além dos dados sobre risco, 80% das amostras foram consideradas satisfatórias por não terem resíduos detectados ou terem resíduos dentro do limite autorizado.

Já 19,7% do total de amostras foi considerada insatisfatória: caso daquelas cujo agrotóxico identificado não é autorizado para cultura ou cujos resíduos estavam acima do limite, situação que pode representar perigo principalmente para o agricultor. Entre estes, a maioria são alimentos de pequenas culturas, como pimentão e abobrinha.

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Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador

12/11/2025 22h00

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB Divulgação/Warley de Andrade/TV Brasil

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O Brasil fará seu primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território nacional no próximo dia 22. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o evento marca a entrada do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, abrindo novos caminhos para geração de renda e investimento no segmento.

Trata-se da Operação Spaceward 2025, responsável pelo lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-Nano a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão (MA).

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador, garantindo compatibilidade e segurança para o lançamento A integração das cargas úteis no foguete HANBIT-Nano, da Innospace, teve início na segunda-feira, 10, marcando uma das etapas decisivas antes do lançamento, durante a operação.

"Nessa fase, são realizados testes e verificações que asseguram uma conexão correta entre a carga útil - satélites e experimentos - e o veículo lançador, confirmando que cada equipamento está estabilizado e funcional para o momento do voo", explicou a FAB.

A missão para transportar cinco satélites e três experimentos, desenvolvidos por universidades e empresas nacionais e internacionais, simboliza, conforme a Força Aérea, a "entrada definitiva" do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, além de abrir novas oportunidades de geração de renda, inovação e atração de investimentos para o País.

"Essa etapa da operação é uma atribuição conduzida diretamente pela Innospace e pelos desenvolvedores dos satélites e experimentos. A FAB acompanha todo o processo no Prédio de Preparação de Propulsores, infraestrutura especializada disponibilizada pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), o que reforça nosso compromisso em prover suporte técnico, coordenação e governança para que cada missão transcorra com integridade, transparência e alto padrão de confiabilidade", destacou em nota o coordenador-geral da operação, Coronel Engenheiro Rogério Moreira Cazo.

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