O luto coletivo observado após a morte de Steve Jobs, em outubro de 2011, virou tema de pesquisas científicas. O psicólogo Andrew Przybylski, da Universidade de Essex, na Inglaterra, conduziu três estudos para traçar o perfil das pessoas mais afetadas pela morte do fundador da Apple. Segundo Przybylski, uma prova desse grande luto coletivo foram as mais de 1 milhão de mensagens espontaneamente enviadas e compartilhadas na internet, lamentando a morte do empresário.
Os estudos foram feitos com diferentes públicos, com separação de idade, sexo e usuários de produtos da Apple. Os resultados foram publicados nesta semana em um artigo da revista especializada “Cyberpsychology, Behavior, and Social Networking”.
“Os resultados derivados dessa pesquisa sugerem que a tristeza pela morte de Jobs foi mais que um efeitos uniforme resultado de um contágio pela mídia”, concluiu Przybylski em seu artigo.
Przybylski afirmou ainda que a recepção à morte de Jobs não foi recebida uniformemente. Segundo o pesquisador, os consumidores dos produtos da Apple se sentiam mais próximos ao empresário e lamentaram mais a sua morte. Para ele, isso mostra as relações psicológicas que a tecnologia constrói com o consumidor.


