O Ministério da Saúde avalia vacinar meninas de 9 a 13 anos contra o HPV, doença sexualmente transmissível que pode provocar câncer de útero. A informação é do secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa. O HPV pode atingir mulheres de qualquer idade. No entanto, a ideia é imunizar aquelas que não iniciaram a vida sexual.
A vacina não tem eficácia em adultas, com vida sexual ativa, que já foram expostas à infecção, segundo o secretário. A prevenção nesse caso deve ser feita por meio do exame papanicolau, que identifica o câncer no colo do útero. Ele estimou um custo anual de R$ 600 milhões para incluir a vacina no calendário de imunização das adolescentes - equivalente a um terço do que o governo gasta com todas as vacinas, segundo a pasta.
O secretário participou de debate na Comissão de Assuntos Sociais do Senado sobre projeto de lei da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) que prevê vacinação gratuita contra o HPV para o público feminino na faixa etária de 9 a 40 anos. Atualmente, há mais de 100 tipos de HPV - alguns podem provocar câncer, principalmente no colo do útero e ânus. De acordo com o ministério, a infecção é comum e na maioria dos casos não resulta em câncer. A principal forma de transmissão é pela relação sexual sem preservativo. Os sintomas frequentes são verrugas nos órgãos genitais.


