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Vestidos fabricados na China viram febre entre as noivas no Brasil

Vestidos fabricados na China viram febre entre as noivas no Brasil

FOLHAPRESS

30/04/2018 - 14h30
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A euforia de agendar o casamento quase virou martírio quando a publicitária Karoline de Almeida Dutra, 27 anos, começou a procurar um vestido de noiva.

Moradora de Santo André (ABC), não achou em sua cidade um modelo que a agradasse. Então, foi à rua São Caetano, na Luz (região central de SP), a “rua das noivas”, onde há mais de 100 lojas. Lá, após muita procura, encontrou o vestido de seus sonhos.

“Ele era perfeito, mas custava R$ 9.000, caro demais para mim. Chorei muito e até pensei em desistir”, conta.

“Aí lembrei de ter ouvido falar de um site de vestidos chineses. Quando vi, era um mais lindo que o outro.”

Karoline pagou R$ 1.300 pelo vestido de seus sonhos, incluindo frete e taxa de importação.

“Mais importante do que economizar foi ter o casamento que sempre sonhei”, diz, ainda radiante —trocou alianças em março.

A advogada Luana dos Santos Brandão Andrade, 35 anos, tinha pesquisado um vestido brasileiro cujo aluguel custaria R$ 2.000. Acabou comprando um similar chinês que custou R$ 1.200.

“Isso inclui frete, taxa de importação e a costureira que fez ajustes”, conta ela, que se casou em setembro e se diz satisfeita com a escolha. “Os vestidos chineses são bons e bem mais baratos. Há três anos, por causa da crise, começaram a se popularizar aqui”, diz Tatiana Rossini, 35 anos, que há nove comanda
a loja Ellegancy Costuras.

Ela lembra que as orientais costumam ter busto e quadril menores e, por isso, as brasileiras compram vestidos uma ou duas numerações acima. 

“Bom para mim, que faço ajustes. Creio que 90% das minhas clientes compraram os vestidos da China.”

INTERNET VIRA FORTE ALIADA 

Mais do que facilitar a compra do vestido, a internet se tornou uma ferramenta útil para planejar outros
detalhes do casamento.

Um exemplo é o portal www.casamentos.com.br, criado em 2012. O site é repleto de informações e “ferramentas que permitem aos casais se planejar, controlar gastos e tempo”, explica Nina Pérez, diretora-executiva do portal.

O Facebook também está cheio de grupos temáticos. Um deles, o “Casamento Made in China”, foi criado há quatro anos e meio —e já possui 74 mil membros.

50% DO ALUGUEL DE UM VESTIDO NACIONAL

Por metade do preço que pagaria para alugar um vestido de noiva em uma loja brasileira, a professora Stella de Almeida Campos, 30 anos, de Sorocaba (99 km de SP), conseguiu comprar logo dois modelos chineses. Além de não ter se arrependido da opção, ela até recomenda os produtos asiáticos.

Bastante vaidosa, Stella aproveitou o preço quatro vezes mais vantajoso —incluindo frete e impostos— e
encomendou dois vestidos “made in China”: um longo para usar na cerimônia e outro mais curto, para a festa.

“Só o aluguel de um vestido que eu tinha pesquisado aqui no Brasil ficaria em torno de R$ 3.000. Por metade desse valor comprei dois da China”, compara ela, ao se dizer “muito satisfeita” com a qualidade das peças.

“Com essa economia, pude caprichar ainda mais no buffet e oferecer uma recepção melhor para os convidados. Afinal, não é barato fazer uma festa dessas e o momento precisa ser marcante, porque é único na vida e não pode dar errado”, afirma.

VÍDEO

Também blogueira, ela até gravou um vídeo no YouTube para contar sua experiência com os vestidos chineses, em seu canal Stella Cadente. Na sexta-feira, pouco mais de dois anos depois de ter sido postado, o vídeo contabilizava 54 mil visualizações.

“Até a loja chinesa que me vendeu soube e, na época, em agradecimento, me presenteou com acessórios para o casamento”, lembra.

SONHO MAIS EM CONTA

Um vestido de noiva chinês chega a custar quatro vezes menos que um similar no Brasil, já incluindo frete e impostos.

Dicas para evitar frustrações

Entrega

>>O prazo de entrega prometido, em média, é de 90 dias, mas pode demorar bem mais

>>Se houver opção, prefira uma empresa privada de entregas

Segurança

>>Certifique-se da credibilidade do site

>>Caso não confie em colocar dados do cartão de crédito, há sites chineses que emitem boleto

Medidas

>>Os sites especificam as medidas de busto, cintura e quadril. Algumas indicações são feitas em polegadas (inches), que equivalem a 2,54 centímetros

>>Orientais costumam ter menos busto e quadril do que as brasileiras. Por isso, recomenda-se comprar uma ou duas numerações acima

>>Em alguns sites é possível encomendar o vestido sob medida, mas há custo adicional

Calma

>>Não haverá a possibilidade de trocar o vestido

>> Além das medidas, tenha atenção com a cor, o tipo de tecido e os materiais usados no acabamento

Promoções

Os sites costumam fazer promoções pontuais, inclusive oferecendo cupons de desconto ou frete grátis por períodos limitados

Linguagem

>>A maioria dos sites possui versão em português e tem atendentes on-line que podem ajudar a tirar
dúvidas sobre o vestido

>>Se for necessário, peça a ajuda de algum amigo que domine o idioma

R$ 123,89 era o preço do vestido de noiva chinês mais barato encontrado pela reportagem, com frete incluso

Impostos

>>A Receita Federal cobra taxa de importação de 60% para compras acima de 100 dólares —conforme o
valor da nota fiscal

>>Conforme o caso, pode ser cobrado ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) que, no estado de SP, é de 18%

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B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

Bailarina, atriz e criadora do método Dança Integral, Keila Fuke transforma o movimento em linguagem de escuta, autocuidado e reinvenção feminina

21/12/2025 20h00

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos Foto: Divulgação

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Keila Fuke fala de dança como quem fala de família. Não no sentido de abrigo confortável apenas, mas de território vivo - onde moram memória, desejo, silêncio e prazer. Quando ela diz que o corpo é templo, não soa místico. Soa prático. Soa vivido.

“A dança é uma arte que se expressa pelo corpo, e o corpo é nossa casa, templo sagrado e cheio de emoções, histórias e prazer”, diz. Para ela, quando uma mulher escuta e sente o próprio corpo, algo essencial se reorganiza: “ela realmente se conecta com sua essência primária, seus desejos, e consegue ir para a vida de forma mais consciente”.

Há mais de três décadas, Keila dança, atua, coreografa e cria. Sua formação artística começou ainda na infância e se expandiu por diferentes linguagens (dança, teatro, musical e direção), construindo uma trajetória consistente nos palcos brasileiros. Nos grandes musicais, viveu a intensidade da cena em produções como “Miss Saigon”, “Sweet Charity”, “A Bela e a Fera”, “Victor ou Victoria” e “Zorro” (experiências que aprofundaram sua relação com a disciplina, a entrega e a presença).

Foi também no teatro que sua trajetória profissional ganhou contorno definitivo. Keila estreou ao lado de Marília Pêra, em “Elas por Ela”, num encontro que deixaria marcas profundas em sua forma de compreender a arte. A convivência com Marília reforçou a noção de que o palco exige verdade, escuta e disponibilidade (valores que atravessam seu trabalho até hoje).

Mas só quem escuta com atenção percebe que sua trajetória não foi guiada apenas pela busca da forma perfeita ou do espetáculo bem acabado - e sim por uma pergunta insistente: o que o corpo ainda tem a dizer quando a vida muda de ritmo? Essa pergunta atravessa tudo o que ela faz hoje.

Ao falar sobre movimento, Keila não separa o gesto do afeto, nem a técnica da emoção. “A dança revela a comunicação entre o mundo interno e o externo. O gesto se torna linguagem, o movimento vira verdade.” Talvez seja exatamente por isso que tantas mulheres chegam às suas vivências depois de períodos de exaustão: ali não se pede performance, mas presença.

Existe algo de radicalmente gentil na forma como Keila olha para o corpo feminino. Especialmente aquele que atravessa a maturidade. A menopausa, tema ainda cercado de silêncio, aparece em sua fala como travessia, não como falha. “Todas as mulheres irão passar por esse portal ao entrar na maturidade”, afirma. “Não para corrigir o corpo, mas para reconhecê-lo.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos         B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Foi desse entendimento que nasceu o método Dança Integral, desenvolvido a partir da integração entre sua experiência artística e seus estudos terapêuticos. Ao longo dos anos, Keila aprofundou-se em yoga, meditação, tantra, bioenergética e consciência sistêmica, incorporando esses saberes à dança. “É um trabalho que convida a mulher a ativar e integrar seus corpos (físico, mental e emocional) devolvendo consciência, presença e escuta.”

Na prática, o movimento deixa de ser esforço e passa a ser aliado. O corpo volta a circular energia, as emoções encontram expressão e a mente desacelera. “No movimento consciente, o corpo lembra que não nasceu para ser corrigido, mas habitado.” Quando isso acontece, o corpo deixa de ser campo de conflito e volta a ser morada.

A ancestralidade japonesa que Keila carrega atravessa profundamente esse olhar. Mestiça de origens japonesa, italiana, alemã e libanesa, ela se reconhece como uma mulher amarela e traz dessa herança a disciplina entendida como cuidado. O respeito ao tempo, ao silêncio e ao gesto essencial molda sua relação com o movimento, a prática e o feminino. Espiritualmente, o corpo é templo, o movimento é ritual e a repetição, um caminho de aperfeiçoamento interno.

Ao mesmo tempo, Keila é mistura. Emoção, calor e invenção brasileira convivem com rigor e silêncio. “Vivo entre tradição e vanguarda, entre raiz e criação”, diz. É dessa fusão que nasce um trabalho que não se fixa nem na forma nem no conceito, mas no estado de presença.

Essa escuta sensível também se manifesta fora das salas de dança. Há 17 anos, Keila atua na Fundação Lia Maria Aguiar, em Campos do Jordão, onde integra a formação artística de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Ali, ela participa da criação de um núcleo de teatro musical que utiliza a arte como ferramenta de educação, inclusão e fortalecimento da autoestima. “Com eles, aprendo que sensibilidade não é fragilidade, é potência.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anosB+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Falar de reinvenção aos 59 anos, para Keila, não tem a ver com começar do zero. Tem a ver com fidelidade. “Se reinventar é um gesto de fidelidade à vida.” Ela fala de saúde emocional, de vulnerabilidade, mas também de prazer, curiosidade e desejo. “Depois dos 50, algo se organiza internamente: ganhamos coragem para comunicar quem somos e ocupar nosso lugar sem pedir permissão.”

Existe algo profundamente político nesse corpo que segue dançando sem pedir licença ao tempo. Que reivindica delicadeza sem abrir mão de força. “Dançar, assim, é um ato político e espiritual”, diz. “É a mulher dizendo ao próprio corpo: eu te vejo, eu te respeito, eu te celebro.”

Quando Keila afirma que cada passo é uma oração, a frase ganha densidade. “Hoje, a oração que guia meus passos é a gratidão em movimento.” Gratidão por estar viva, criando, aprendendo e colocando o talento a serviço da vida. “Que minha arte continue sendo ponte - entre corpo, alma e coração.”

Talvez seja isso que faz de Keila Fuke uma presença tão inspiradora: não apenas o que ela construiu nos palcos, mas a forma como permanece. Em movimento. Em escuta. Em verdade.

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Saúde B+: Você sabia que bronzeado saudável não existe? Confira!

Médicos alertam sobre riscos da exposição solar e sobre a importância da proteção solar eficaz

21/12/2025 19h00

Saúde B+: Você sabia que bronzeado saudável não existe? Confira!

Saúde B+: Você sabia que bronzeado saudável não existe? Confira! Foto: Divulgação

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Infelizmente … aquele bronze dourado e saudável não existe! Esse, que é o desejo de muitas pessoas, pode representar um real perigo para a saúde da pele. “Classificamos os tipos de pele de I a VI, de acordo com a capacidade de resposta à radiação ultravioleta (UV), sendo chamado fototipo I aquele que sempre se queima e nunca se bronzeia, até o VI, pele negra, totalmente pigmentada, com grande resistência à radiação UV. A pigmentação constitutiva - cor natural da pele - é definida geneticamente. A cor facultativa - bronzeado - é induzida pela exposição solar e é reversível quando cessa a exposição”, explica a dermatologista Dra. Ana Paula Fucci, Membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

O chamado "bronzeado dourado" é observado nas peles mais claras e para ocorrer, ocasiona danos no DNA das células.  “As  consequências serão vistas anos mais tarde, em forma de fotoenvelhecimento, manchas ou lesões cutâneas malignas.O ideal é respeitar seu tipo de pele e sua sensibilidade ao sol. Nunca queimar a ponto de “descascar”. Importante: evite se expor ao sol entre 10 e 16h”, detalha a dermatologista. 

Dra. Ana Paula alerta ainda sobre os riscos de bronzeamento artificial, através das câmaras de bronzeamento: “esse é ainda mais prejudicial para a pele do que a exposição ao sol. A radiação é entregue de forma concentrada e direta, sem nenhum tipo de filtro ou proteção”.  

A médica ressalta que filtro solar não é uma permissão para a exposição ao sol. “Ele é um grande aliado, desde que sejam seguidas as orientações de horário, evitar exposição exagerada e usar complementos como bonés, óculos etc”, reforça Dra. Ana Paula Fucci.  

- Proteção solar eficaz 

A rotina de proteção solar é muito importante em qualquer época do ano, sobretudo agora no verão.  “Não deixe para aplicar o filtro quando chegar na praia ou piscina, por exemplo. O ideal é aplicá-lo cerca de 20 minutos antes de se expor ao sol, para dar tempo de ser absorvido e começar a agir. Também devemos reaplicar o filtro solar a cada 2 horas ou após se molhar ou suar muito”, destaca Dr. Franklin Veríssimo, Especialista e pós-graduado em Laser, Cosmiatria e Procedimentos pelo Hospital Albert Einstein-SP. 

Dr. Franklin destaca três aspectos importantes para uma proteção solar eficaz:

1- “Use filtro com FPS 30 ou maior;  e para as crianças ou pessoas que possuem pele mais sensível, FPS de no mínimo 50;

2- Use proteção adicional ao filtro solar, como chapéus, viseiras, óculos escuros. Recomendo evitar a exposição solar entre 10 e 16h;

3.  Use roupas leves, claras e chapéu e óculos de proteção UV, principalmente se for praticar caminhadas e atividades físicas ao ar livre.  Quem costuma ficar muito tempo no sol tem que redobrar os cuidados e investir em roupas com proteção ultravioleta”, conclui o médico.  

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