A proposta da Renault para embalar as vendas no Brasil pode estar vindo da Índia. Trata-se do Kiger, apresentado oficialmente ao mercado do país asiático neste início de 2021 e prometido para outras “praças” durante este ano – uma das cotadas é o Brasil, onde poderá ser também produzido na fábrica de São José dos Pinhais (PR). 

Com apenas 3,99 metros de comprimento – acima dos 3,68 metros do Kwid e abaixo dos 4,07 metros do Sandero –, 1,75 metro de largura, 1,60 metro de altura e 2,50 metros de distância de entre-eixos, o Kiger adota a plataforma modular da Aliança Renault-Nissan-Mitubishi já utilizada no Triber (outro utilitário esportivo indiano) e tem como principal proposta se impor pelo estilo dinâmico e sofisticado, além do espírito aventureiro, caracterizado por uma altura em relação ao chão de 20,5 centímetros.

Em destaque nesse quesito está uma grade frontal com grafismo 3D e inserções cromadas, o conjunto óptico com leds e os piscas integrados nas luzes de circulação diurnas, enquanto a traseira é marcada pelas lanternas também em leds com desenho inédito e assinatura em forma de duplo “C” e por um defletor. Seja qual for a cor da carroceria, o teto externo do Kiger é sempre em preto. Os designers da Renault tentaram dar ao carro uma “alma esportiva”, por meio da integração de vários elementos. A linha inclinada do vidro traseiro, por exemplo, integra um defletor que reforça a esportividade aerodinâmica do automóvel.

“O Renault Kiger é um SUV robusto, pronto para enfrentar a ‘selva urbana’, mas, ao mesmo tempo, capaz de encarar trechos não muito severos de off-road com tranquilidade. O Kiger tem um visual de SUV-cupê, com uma cabine preparada para oferecer o compartilhamento e o convívio a bordo”, afirma Laurens van deb Acker, diretor de Design do Grupo Renault da Índia. 

Com pouco mais de mil quilos – exatos 1012 quilos –, o Kiger, que usa o “cockpit” do motorista no lado direito do carro porque a Índia utiliza a chamada “Mão Inglesa”, devido à colonização britânica, tem duas opções de motores 1.0 a gasolina de três cilindros, ambas associadas de série a um câmbio manual de 5 velocidades. A mais poderosa, com turbocompressor, já é conhecida na Europa, equipa o Clio e o Captur, tem cem cavalos de potência e 17 kgfm de torque e pode ter como opcional a transmissão X-Tronic de variação contínua e com 5 marchas simuladas. Na versão de entrada, o Kiger indiano tem um propulsor aspirado com 72 cavalos e 9,8 kgfm, com opção da transmissão Easy-R.

Apesar de suas dimensões “comportadas”, o Kiger promete oferecer uma habitabilidade de referência para o segmento, com um bom bagageiro para 405 litros de capacidade, sem o rebatimento do banco traseiro. Fazem parte dos itens de série o sistema de infoentretenimento “touchscreen” de 8 polegadas com espelhamento para Apple CarPlay e Android Auto, comandos por voz, Bluetooth para cinco dispositivos, tomada USB e leitor de MP4. 

A configuração “top” conta com seletor de modos de condução Multi-Sens, o qual altera, ainda, a decoração do painel de instrumentos digital de 7 polegadas em função da opção selecionada (“Normal”, “Eco” e “Sport”). 

“Depois do Duster, do Kwid e do Triber, eis o Kiger, um SUV compacto e moderno, perfeitamente alinhado à necessidade desse segmento. O Kiger combina tudo o que de melhor a Renault tem para oferecer: a experiência na concepção de automóveis inovadores em conjunto com a criatividade e o conhecimento do que o cliente busca”, comemora Fabrice Cambolive, diretor de Vendas da Marca Renault em Portugal, um mercado que já está garantido no radar do novo modelo.