Domínio oriental
Os veículos eletrificados tiveram 79.316 unidades vendidas no primeiro semestre deste ano, com crescimento de 146% ante o mesmo intervalo de 2023, sendo 31.178 exemplares de 100% elétricos e 48.138 de híbridos, que combinam um motor a combustão a um ou mais elétrico. Nos elétricos, o BYD Dolphin EV liderou no primeiro semestre, com 9.609 unidades emplacadas, seguido pelo Dolphin Mini – apresentado no Brasil em fevereiro deste ano –, com 9.051 carros vendidos, pelo GWM Ora 03 (3.687), pelos BYD Seal (2.193) e Yuan Plus (1.331), pelo Volvo EX30, que teve a pré-venda iniciada somente em maio de 2024, com 1.164 unidades, pelo Jac E JS1 (723), pelo Volvo XC40 (574), pelo Renault E-Kwid (517) e pelo Volvo C40 (410). Nos híbridos, nas dez primeiras posições no semestre apareceram o BYD Song Plus, com 10.039 emplacamentos, à frente do GWM Haval H6 (9.043), dos Toyota Corolla Cross (6.899) e sedã (2.322), dos Caoa Chery Tiggo 7 (1.766), Tiggo 8 (1.672) e Tiggo 5X (1.637), do Volvo XC60 (1.448), do Toyota RAV4 (1.190) e do Honda Civic (696). (Colaborou o consultor Marcelo Cavalcante de Lima)
Crescimento no primeiro semestre
Segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), o primeiro semestre deste ano teve a venda de 1.077.003 de unidades entre carros de passeio e comerciais leves no Brasil, significando um aumento de 15,2% em comparação ao mesmo período de 2023. Em junho, houve 202.474 emplacamentos nos dois segmentos somados, com alta de 10,5% ante maio e de 12,7 sobre o mesmo mês do ano passado. O hatch compacto Volkswagen Polo ficou em primeiro lugar no acumulado de janeiro a junho, com 57.862 veículos comercializados, sendo 9.683 em junho e a segunda posição no mês. A picape compacta Fiat Strada ficou em segundo no acumulado, com 56.597, e 7.551 em junho, seguida pelos hatches compactos Chevrolet Onix (43.603 e 8.852), Hyundai HB20 (42.696 e 9.760 – primeiro em junho) e Fiat Argo (39.624 e 7.423), pelo subcompacto Fiat Mobi (32.240 e 6.007 – sétimo em junho), pelos SUVs compactos Volkswagen T-Cross (31.519 e 5.936 – oitavo em junho) e Hyundai Creta (30.531 e 5.858 – décimo em junho), pelo sedã compacto Onix Plus (29.907 e 6.539 – sexto em junho) e pelo SUV compacto Chevrolet Tracker (28.865 e 5.918 – nono em junho).
A líder habitual
Para a Fenabrave, a Fiat manteve a liderança no primeiro semestre deste ano no Brasil, com 220.689 unidades emplacadas e 20,4% de participação de mercado – impulsionada principalmente pelas vendas da picape compacta Strada. A marca italiana ficou à frente da alemã Volkswagen, com 167.636 vendas e “market share” de 15,7%, da norte-americana General Motors (141.212 e 13,1%), da japonesa Toyota (91.714 e 8,5%), da sul-coreana Hyundai (87.937 e 8,1%), da francesa Renault (55.817 e 5,1%), da norte-americana Jeep (53.816 e 5,00%), das japonesas Nissan (42.023 e 3,9%) e Honda (38.117 e 3,5%) e da chinesa BYD, que só vende veículos eletrificados no Brasil (100% elétricos e híbridos), com 32.558 unidades emplacadas e “share” de 3,02%.
Opção por assinatura
A GWM Brasil acaba de lançar o serviço de aluguel de automóveis, o Assinatura GWM. O programa proporciona facilidades para o cliente ao permitir que a jornada digital seja a mesma para a compra ou a assinatura do veículo. A montadora chinesa se associou a quatro parceiros do setor de locação para cuidar da parte operacional: a Localiza, a Unidas, a Movida e a LM. O programa será oferecido inicialmente para a linha do híbrido Haval H6. A assinatura parte do HEV2, o modelo de entrada da família, a partir de R$ 4.389, com o cliente podendo escolher entre os planos de 12, 24, 36 ou 48 meses, com opção de mil, 1.500, dois mil, 2.500 ou três mil quilômetros por mês. O sistema da Assinatura GWM dará a opção para o cliente escolher qual das quatro locadoras estará mais próxima de sua residência para pegar o carro. “É o primeiro passo para quem entra no mundo da eletrificação. Quem ainda não decidiu comprar um híbrido ou elétrico encontra no Assinatura GWM um modo seguro para conhecer e vivenciar a experiência do dia a dia com esses produtos”, afirma Alexandre Oliveira, diretor de Vendas e Desenvolvimento de Rede da GWM Brasil. O executivo esclarece que, ao adquirir a assinatura, o cliente fica isento de seguro, manutenção ou impostos, pois tudo já está incluído no valor pago mensalmente.
Custo com benefício
A configuração Sense do Nivus fazia parte do catálogo do SUV-cupê apenas para o público PcD. No entanto, a versão passa a partir de agora a ser a opção de entrada do modelo da Volkswagen produzido em São Bernardo do Campo (SP), com preço de R$ 119.990. A família do Nivus se completa com a Comfortline, a R$ 134.390, e a “top” Highline, a R$ 151.590. A variante Sense é equipada com o mesmo motor das outras duas, o 1.0 TSI (turbo) de três cilindros com 128 cavalos de potência e câmbio automático de 6 marchas. O Nivus ganhará no próximo ano a versão esportiva GTS, com motor 1.4 turbo de 150 cavalos. Apesar de ser de entrada, a Sense não é um carro “pelado”, pelo contrário. Ela só substitui o Active Info Display configurável por um quadro de instrumentos com tela de 8 polegadas e a central VW Play pela Composition Touch, de 6,5 polegadas. Mas a configuração mantém de série os seis airbargs, o controle de cruzeiro adaptativo, a frenagem autônoma automática, os sensores de ré, o sistema star-stop, o volante multifuncional com “paddles shifters” para trocas sequenciais e as rodas de liga leve de 16 polegadas.
Versão clássica se renova
A quinta geração do Mini Cooper S acaba de chegar ao Brasil. A nova versão do icônico “carrinho” mantém o design purista e a silhueta compacta. O modelo será ofertado ao mercado brasileiro em duas variantes, a S Exclusive, com preço de R$ 239.990, e a S Top, a R$ 269.990. As possibilidades de personalização continuam presentes no novo modelo, com onze opções de cores de carroceria e quatro de teto. Para as luzes de circulação diurna, são três escolhas, configuráveis na tela central. As funções de condução mais importantes, como freio de estacionamento, seletor de marcha, acionamento da ignição, modos de condução e controle do sistema de áudio são acessíveis na barra de controle, logo abaixo da enorme tela redonda OLED, compatível com Apple CarPlay e Android Auto sem fio e equipada com o novo Mini Operating System 9. Debaixo do capô, o novo Cooper S tem o motor 2.0 turbo de 204 cavalos de potência e 30,6 kgfm de torque, associado à transmissão automática Steptronic de 7 marchas e dupla embreagem. Com esse conjunto, o modelo acelera de zero a 100 km/h em 6,6 segundos, podendo chegar a 240 km/h.
A culpa é dos chineses?
Com o término do primeiro semestre de 2024, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) decidiu rever suas projeções para este ano, feitas no final de 2023. A maior revisão foi nas exportações, que tinham expectativa de alta de 0,7%, mas agora têm projeção de recuo de 20,8%. Isso, somado à alta nas importações, faz com que a produção deixe de crescer no mesmo ritmo do mercado interno. Assim, a expectativa de aumento da produção para 2024 foi revista para baixo, de 6,1% para 4,9%. A produção acumulada no primeiro semestre de 2024 foi de 1,13 milhão de unidades entre carros de passeio, comerciais leves, caminhões e ônibus, volume apenas 0,5% superior ao do mesmo intervalo do ano passado. “Temos o imposto de importação mais baixo para modelos elétricos de origem chinesa no planeta, entre os países produtores, o que serve de atrativo para a importação acima de um saudável patamar de equilíbrio. Isso vem prejudicando nossa produção e ameaçando nossos investimentos e empregos. O imposto de importação para os elétricos chineses deveria aumentar para 35%, como ocorre com outros importados”, reclamou Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea.