Lançado virtualmente em plena pandemia, o Chevrolet Tracker tem oito versões para o mercado brasileiro, com duas opções de motor: 1.0 turbo, igual ao do Onix, e o exclusivo 1.2 turbo, que rende até 133 cavalos no etanol, ambos são três cilindros e flex. Testamos o utilitário esportivo durante uma semana, e o resultado foi muito bacana. O modelo dribla os concorrentes em tecnologia e itens exclusivos, mas, mesmo assim, ficou em quarto lugar nas vendas de 2020.
Visual
Sem dúvida, o visual é um ponto forte no modelo. Por onde passa desperta a atenção, pois os faróis dinâmicos em LED e os novos para-choques dão ar mais imponente ao veículo. Já na traseira, ele vem com lanternas horizontais em LED e a luz de neblina no meio do para-choque também ganhou novo estilo.
Além disso, ganhou um vinco na lateral, que começa na lanterna traseira, deixando o carro com aspecto “mais musculoso”. O acerto dinâmico entre carroceria e suspensão é outro ponto positivo. Vale dizer que o novo Tracker é produzido no Brasil.
Segurança
No total são seis airbags, controle de tração e estabilidade, luz diurna em LED, sensor de chuva, acendimento automático dos faróis com regulagem de altura, monitoramento de pressão dos pneus, piloto automático e sensores de estacionamento dianteiro, lateral e traseiro. Os destaques ficam por conta do alerta de colisão frontal com frenagem automática de emergência e do monitoramento de ponto cego.
Conforto e comodidade
Chave presencial, assistente de estacionamento e de partida em aclive, câmera de ré, teto solar panorâmico, revestimento premium dos bancos, ar-condicionado digital de uma zona, painel de instrumentos com tela TFT e carregador wireless para celulares compatíveis são alguns dos itens que proporcionam conforto e comodidade.
A nova central multimídia de 8”, com Apple Car Play e Android Auto, o sistema OnStar e as três portas USB – uma na dianteira e duas na parte traseira –, além de Wi-Fi integrado, que pode conectar até sete dispositivos simultaneamente, completam a lista.
Impressões ao dirigir
Realmente, a Chevrolet acertou no modelo, tanto em design quanto em desempenho. Apesar de o motor ter reduzido de tamanho e “perdido” um cilindro, o SUV ficou mais econômico e acelerando igual ao motor anterior.
Na avaliação, o Tracker chegou a fazer 13 km/l na cidade, e em uma breve viagem para Ribas do Rio Pardo chegou a fazer 16 km/l, abastecido com gasolina em ambas as médias. Foram 350 km de teste, inclusive noturno, para verificar o novo sistema de iluminação, que na versão premier é em LED e muito eficiente.
Um quesito que temos valorizado ultimamente é o espaço interno, e o modelo avaliado foi aprovado com sucesso. O porta-malas tem 393 litros, e no banco traseiro cabem confortavelmente três adultos. Vale ressaltar que o passageiro que vai no meio “sofre” por conta da elevação do assoalho.
Um detalhe que notei: apesar de ter freios a tambor na traseira, eles apresentam ótima eficiência e baixo custo de manutenção.
Vale a pena?
Com certeza vale o test-drive, pois, apesar de não ser o “mais em conta”, o valor acaba ficando justo pelos itens exclusivos que o modelo oferece.
Valor? Na casa dos R$ 117 mil, mas pode ultrapassar os R$ 120 mil, dependendo da cor e dos acessórios que forem escolhidos. Quem são os concorrentes? VW T-Cross, Jeep Renegade, Hyundai Creta, Honda HR-V, Nissan Kicks e Renault Duster.





