Depois de muito mistério, o Fiat Pulse foi sendo revelado aos poucos, como forma de chamar atenção, até porque o projeto 363 nem tinha um nome. A marca convidou os internautas para votarem em duas opções de nomes, e assim começou a história do Pulse, que em seu lançamento já teve uma pré-venda de mais de quatro mil unidades.
Por mais que muitos ainda torçam o nariz quando o chamamos de SUV, não deixa de ser verdade, pois ele atende a todas as medidas de comprimento, de entre-eixos, de vão-livre do solo, entre outras características que fazem de um carro um SUV. Em comprimento, tem 4,09 m, com 2,53 m de entre-eixos e uma altura de 1,57 m do chão até o teto.
O Pulse tem duas opções de motorização, 1.3 aspirado e 1.0 turbo, opção presente na versão avaliada e no modelo topo de linha. Vale dizer que o motor 1.0 turbo é o mais potente da categoria, podendo render até 130 cv com etanol e 125 cv com gasolina, mas o torque permanece o mesmo, 20,4 kgfm para ambos os combustíveis.
O novo modelo impressiona, tanto pelo visual quanto pelo espaço interno.
O estilo marcante, com apliques largos nos para-lamas, capô alto o suficiente para ser visto de dentro do carro e grade com novos emblemas, faz ele parecer maior e mais robusto do que realmente é.
No interior não é diferente, os novos volante multifuncional e multimídia que vêm de série, podem ser ampliados com um pacote de opcionais, no caso da versão avaliada, chamado de “Pack Connect////me”, o que acresce R$3.650 no valor do carro. Mas se você quiser apenas a multimídia grande, desembolsa R$500 e pronto.
O banco é aconchegante e tem tecido diferenciado e moderno. Em segurança, o Pulse se destaca, pois tem toda a sopa de letrinhas que já estamos acostumados a ver e para completar, frenagem de emergência, leitor e correção de faixa, além do TC+, um sistema de bloqueio de câmbio, que fazem as rodas dianteiras girarem simultaneamente caso uma delas perca aderência.
Hoje, no site o modelo parte de R$79.990 com motor aspirado, já o turbo parte de R$98.990 e podendo ultrapassar os R$116 mil.
Impressões ao dirigir
Nosso teste foi bem completo, pois trafegamos total de 330 quilômetros na cidade, por estradas asfaltadas e de terra, abastecido com etanol e o desempenho do carro agradou bastante.
De largada, o visual é imponente, contando com sistema de conectividade e entretenimento dos mais modernos dentro de sua categoria.
Na cidade, a direção elétrica progressiva é leve, e ao aumentar a velocidade a direção fica mais rígida. O sistema de leitura e correção de faixa é sensível e a qualquer tentativa de mudança de faixa sem sinalizar com a seta, o susto é certeiro. E se incomodar o motorista, pode ser desativado.
Já o sistema de frenagem de emergência funciona mesmo, mas evita colisões até 30 km/h, e acima disso somente é dado alerta para o motorista frear. Todas as versões vêm com multimídia e quatro airbags. É fato que o carro poderia ter melhor acabamento, mas em contrapartida, tem um sistema de som bem bacana.
Tem carregador por indução, que com qualquer mexida deixa de carregar o dispositivo, mas para isso, têm saídas usb de sobra, inclusive, usb C, aquela que carrega mais rápido. Podemos dizer que o Pulse tem bons concorrentes, VW Nivus, Honda WR-V, Caoa Chery Tiggo 3x, e mesmo sendo menor, briga com, Hyundai Creta, Nissan Kicks, Chevrolet Tracker e até mesmo o Jeep Renegade.
O consumo, na cidade, ficou na casa dos 7km/l de etanol, mas oficialmente, segundo a montadora, é para fazer 8,5km/l. Já na estrada, o Pulse chegou a fazer 14 km/l de etanol andando tranquilo, mas quando seguimos o fluxo do trânsito, a média caiu para 12km/l, ainda superior à média informada oficialmente pela montadora, que é de 10,5 km/l.
Na terra ele vai bem, mas realmente a sua limitação e a falta de acabamento, desfavorecem o carro. Mas me levou com segurança e conforto para chácara de um amigo em Jaraguari/MS, onde pude testar o TC+ e me dei bem.Passei por uma valeta funda, onde o carro chegou a levantar a roda traseira.
Concluímos que o Fiat Pulse é um carro que oferece bons itens de segurança e conforto. Com certeza vale o teste drive e lembrando que, o melhor carro é aquele que te serve e cabe dentro do seu bolso.
