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TESTE

Volkswagen Nivus ostenta na configuração "top" Highline seus principais atributos

Ele está no limiar entre ser uma "versão crossover" do Polo e uma "versão cupê" do T-Cross

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Depois de apresentar mundialmente o Nivus por meio de uma “live”, no final de maio, a pandemia do coronavírus não deu tréguas e a Volkswagen precisou voltar a recorrer à internet para o lançamento nacional do seu “SUV cupê”, em julho. Foi apenas em agosto, quando finalmente chegou às concessionárias, que o mais novo modelo da marca alemã finalmente “mostrou a cara”. Foram 488 emplacamentos em julho e 2.149 em agosto. Em setembro, quando o Nivus começou a ganhar escala de produção, já beira os 3,2 mil emplacamentos e se aproxima de obter um lugar entre os vinte carros mais vendidos do país. Ao que tudo indica, tem potencial para ir além. Concebido como um veículo de transição entre uma “versão crossover” do Polo e uma “versão cupê” do T-Cross, o Nivus pode se tonar um produto estratégico para a Volkswagen do Brasil. Sua configuração “top” Highline é a que tem a tarefa de exibir nas vitrines das concessionárias – e, agora, também nas ruas – todas as virtudes apresentadas via web. 

Produzido na fábrica Anchieta, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, o utilitário esportivo compacto com carroceria em estilo cupê é montado sobre a plataforma MQB, a mesma do hatch Polo, do sedã Virtus e do utilitário esportivo T-Cross. Tem 4,26 metros de comprimento, 1,75 metro de largura, 1,49 metro de altura e 2,56 metros entre os eixos. São duas versões, Comfortline e Highline, movidas pelo mesmo motor 200 TSI Total Flex (família EA211) – já adotado no Polo, no Virtus e no T-Cross. Com um litro, turbocompressor e injeção direta de combustível, gera até 128 cavalos de potência (94 kW) e torque de 20,4 kgfm a partir de 2 mil rotações por minuto. Em ambas as versões, o motor 200 TSI está acoplado à transmissão automática de 6 marchas (AQ250). Com relação ao consumo, o Inmetro aferiu as marcas de 10,7 km/l (gasolina) e de 7,7 km/l (etanol) no ciclo urbano, enquanto no rodoviário os dados foram de 13,2 km/l (gasolina) e de 9,4 km/l (etanol) – que renderam uma nota A no Programa Brasileiro de Etiquetagem.

As duas versões do Nivus trazem de série direção com assistência elétrica, seis airbags (dois frontais, dois laterais e dois de cortina), auxílio de partida em rampa, controle eletrônico de estabilidade (ESC) e de tração (ASR), faróis de leds com DRL (luzes de circulação diurna) em leds integrado, lanternas também em leds, câmera de ré, volante multifuncional, Isofix e top tether para fixação de cadeirinha infantil, sensor de estacionamento traseiro, freios a disco nas quatro rodas, retrovisores externos eletricamente ajustáveis com função “tiltdown” no lado direito (para facilitar as manobras de estacionamento junto ao meio-fio), saídas traseiras do ar-condicionado e USB para passageiros do banco de trás. 

A versão Highline não tem opcionais – apenas a escolha da cor, dependendo de qual for, pode somar até R$ 1.570 ao preço base de R$ 98.290. A topo de linha do Nivus acrescenta o controle de cruzeiro adaptativo ACC (Adaptive Cruise Control), um item exclusivo nessa classe de veículo no Brasil, sistemas de frenagem autônoma de emergência AEB, Front Assist, Post Collision Brake, ar-condicionado digital, faróis de neblina em leds com função Cornering Light, bancos em material sintético Native, rodas de liga leve de 17 polegadas, sensores de chuva e crepuscular, sensores de estacionamento traseiros e dianteiros, detector de fadiga, botão para partida do motor e volante multifuncional revestido em couro com “paddles shifts” para troca de marchas manuais. Um dos principais atrativos do Nivus é a combinação do painel de instrumentos configurável Active Info Display de 10,25 polegadas com a nova central de infoentretenimento VW Play, criada no Brasil e que é item de série da Highline. O multimídia tem uma tela temperada antirrisco de alta resolução de 10,1 polegadas, sensível ao toque. 

O Nivus é o primeiro modelo desenvolvido pela Volkswagen do Brasil que também será produzido na Europa – na fábrica de Pamplona, na Espanha, a partir do segundo semestre de 2021. Talvez a ausência de uma versão mais despojada e com preço mais acessível impeça que o Nivus dispute tão cedo os primeiros lugares do ranking nacional dos SUVs, mas certamente o novo modelo ajudará a marca alemã na tarefa de reconquistar a liderança nas vendas em 2020, após duas décadas sendo superada por Fiat e Chevrolet. E vêm mais novidades por aí – dia 13 de outubro, a Volkswagen promete a “avant-première” mundial do Taos, o novo SUV que será fabricado na Argentina para os mercados das Américas do Sul e do Norte.

Experiência a bordo

Elementos de transição

Visto de dentro, o Nivus se aproxima mais de ser um crossover do Polo do que uma configuração cupê do T-Cross, embora herde elementos dos dois modelos. O acabamento repete o bom padrão do hatch, com predominância de plásticos rígidos e raros elementos emborrachados. Há regulagens de altura do banco e de altura e profundidade da coluna de direção, o que ajuda a achar uma boa posição de dirigir. Apesar de ter os mesmos 2,56 metros de entre-eixos do Polo, o “SUV-cupê” aproveitou a traseira alongada para gerar um porta-malas de 415 litros – supera não só os 300 litros do Polo como também os 373 litros do T-Cross. 

Apresentado no Nivus e já incorporado à linha 2021 do T-Cross, lançada em agosto, o multimídia VW Play estabeleceu um novo patamar de conectividade para a Volkswagen. Destaques para a conexão de internet via celular, o app “Meu VW” pré-instalado e a VW Play Apps, uma loja virtual de aplicativos que podem ser baixados na memória interna de 10 GB, como iFood, Deezer, Estapar, Porto Seguro e Waze. O comando de volume do som é feito na própria tela ou no comando no volante – no entanto, enquanto o motorista não se acostuma, um prosaico botão giratório de volume faz falta. No console central, a alavanca convencional do freio de estacionamento destoa um pouco – um freio eletrônico cairia bem.

Impressões ao dirigir

Roda bonito

Uma questão elementar no Nivus é saber se o motor 200TSI dá conta de mover com a necessária destreza o novo “SUV-cupê”. E a resposta é sim. O motor turbo de 128 cavalos nada deixa a desejar, entregando boas acelerações e retomadas. Para quem dirige, nem parece que é um motor 1.0. Com o uso, o Nivus Highline gradualmente se revela um veículo agradável de se conviver. A transmissão troca as marchas de modo suave, sem solavancos. A direção elétrica segue bem calibrada como no Polo, no Virtus e no T-Cross – leve para as manobras de estacionamento e rápida nas velocidades mais elevadas. Ao acionar a seta, as luzes de neblina piscam junto, aumentando a efetividade da sinalização. Embora não chegue a parar completamente o veículo, como acontece em alguns modelos mais sofisticados, o ACC do Nivus aciona os freios de forma automática e reduz expressivamente a velocidade para evitar os impactos. A altura livre do solo de 17,6 centímetros permite que o fundo do Nivus não raspe em lombadas. E é reconfortante notar ainda que, quando o motorista sai do carro e tranca as portas, o rebatimento dos espelhos é automático – uma daquelas agradáveis mordomias mais comuns nos carros de luxo.

Por ser cerca de cem quilos mais leve em relação à versão Comfortline do T-Cross, que roda com o mesmo motor e pesa 1.305 quilos, o Nivus entrega mais agilidade no trânsito em comparação ao SUV. O design mais aerodinâmico também ajuda. Apesar de ter um motor tricilíndrico, que normalmente gera trepidações, o Nivus apresenta poucas vibrações no volante. Nas curvas, o carro se mostra bastante estável e mantém um comportamento consistente, similar ao do Polo. Não demonstra tendências de flutuação a transmite sensação de segurança. Embora o motor 200TSI mova o Nivus com desenvoltura, uma configuração com o motor 1.4 TSI de quatro cilindros, de 150 cavalos e 26 kgfm, como foi adotado no Polo GTS, certamente seria um produto ainda mais esportivo e instigante. Porém, até o momento, não há confirmação da Volkswagen de que tal versão venha a existir.

Ficha técnica
Volkswagen Nivus Highline
Motordianteiro, transversal, três cilindros, 12 válvulas, 999 cm3, flex, duplo comando de válvulas variável na admissão e escape, turbocompressor e injeção direta
Potência 116 (gasolina)/128 (etanol) cavalos a 5.500 rpm
Torque20,4 kgfm de 2 mil a 3.500 rpm (gasolina e etanol)
Transmissãocâmbio automático de 6 marchas. Tração dianteira
Suspensãoindependente McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira
Rodas e pneusalumínio aro 17" com pneus 205/55 R17
Freiosdiscos ventilados na dianteira e sólidos na traseira com ABS e ESP
Dimensões4,26 metros de comprimento, 1,75 metro de largura, 1,49 metro de altura e entre-eixos de 2,56 metros
Peso1.199 kg em ordem de marcha
Tanque52 litros
Porta-malas415 litros
PreçoR$ 98.290 na versão Highline, apenas na cor Preto Ninja. Branco Cristal acrescenta R$ 490. Cinza Moonstone, Cinza Moonstone Preto Ninja, Vermelho Sunset e Vermelho Sunset Preto Ninja (como o modelo testado) acrescentam R$ 990. Cores metálicas Cinza Platinum ou Prata Sirius acrescentam R$ 1.570

Novo SUV

Nissan apresenta o Kait no Brasil

Visual moderno, produção nacional e preços a partir de R$ 117 mil

03/12/2025 14h13

Novo Nissan Kait aposta em design atualizado, espaço interno e preços competitivos para disputar o segmento de SUVs compactos

Novo Nissan Kait aposta em design atualizado, espaço interno e preços competitivos para disputar o segmento de SUVs compactos Divulgação

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A Nissan revelou oficialmente o Kait, seu novo SUV compacto que será produzido no Complexo Industrial de Resende (RJ) como parte do investimento de R$ 2,8 bilhões da marca no país. O modelo chega para ocupar a faixa de entrada do segmento e substituir o antigo Kicks Play, mantendo a mesma plataforma e motor 1.6 aspirado com câmbio CVT, porém com um visual totalmente renovado. Faróis bipartidos, lanternas finas interligadas e linhas mais modernas aproximam o Kait da identidade global recente da marca.

Novo Nissan Kait aposta em design atualizado, espaço interno e preços competitivos para disputar o segmento de SUVs compactos

Com cerca de 4,30 m de comprimento, entre-eixos de 2,62 m e porta-malas de 432 litros, o novo SUV preserva o espaço interno que sempre foi ponto forte do seu antecessor. A Nissan deve oferecer três versões — Sense, Advance e Exclusive — com equipamentos atualizados e uma cabine redesenhada. O preço de lançamento para versão de entrada, Active é de R$117.990, Sense Plus, R$139.590, Advance Plus a partir de R$149.800 e a topo, chamada de Exclusive tem o preço sugerido de R$152.990. Posicionando o Kait abaixo da nova geração do Kicks e de frente para concorrentes como Renault Kardian, Fiat Pulse e Volkswagen Tera.

Novo Nissan Kait aposta em design atualizado, espaço interno e preços competitivos para disputar o segmento de SUVs compactos

A estratégia da marca inclui também exportar o modelo para mais de 20 países da América Latina, fazendo do Brasil o centro de produção do novo SUV. Com visual mais atual, espaço competitivo e foco em custo-benefício, o Nissan Kait chega para reforçar a presença da marca no segmento de SUVs compactos e atrair consumidores que buscam um zero-quilômetro com design moderno e manutenção já conhecida.

Novo Nissan Kait aposta em design atualizado, espaço interno e preços competitivos para disputar o segmento de SUVs compactos

Tecnologia nacional

Ford Ranger Híbrida Plug-in terá motor flex desenvolvido no Brasil

Picape eletrificada será lançada em 2027 na América do Sul

13/11/2025 16h34

Ranger Híbrida Plug-in com motor flex feito no Brasil.

Ranger Híbrida Plug-in com motor flex feito no Brasil. Foto: Divulgação

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A Ford anunciou que a nova Ranger Híbrida Plug-in contará com um motor flex desenvolvido no Brasil, voltado especialmente para as condições e combustíveis do mercado local. O projeto é liderado pela engenharia da Ford América do Sul, no centro de Tatuí (SP), que se consolida como um polo global de inovação da marca.

A picape, prevista para chegar à América do Sul em 2027, combina propulsão elétrica com a versatilidade do motor flex, oferecendo desempenho robusto e menor impacto ambiental. O sistema híbrido plug-in permitirá rodar em modo 100% elétrico em trajetos curtos, mantendo a força e a autonomia que caracterizam a linha Ranger.

O desenvolvimento do novo trem de força reforça o compromisso da Ford em investir em soluções sustentáveis sem abrir mão da potência e da durabilidade exigidas pelos consumidores da categoria. O modelo também simboliza a integração entre engenharia regional e estratégia global da marca.

O complexo de Tatuí abriga, além do campo de provas, um Centro de Diagnóstico Avançado e a Ford Academy, espaços que apoiam a formação técnica e o desenvolvimento de novas tecnologias. Hoje, o time brasileiro é responsável por cerca de um terço das funcionalidades aplicadas nos veículos Ford em todo o mundo.

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