Cidades

é crime

Campanha alerta sobre assédio em
mulheres dentro do transporte público

Tanto vítima como testemunha podem acionar PM ou Guarda Municipal

MARIANE CHIANEZI

14/08/2017 - 17h47
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Prefeitura de Campo Grande lançou campanha hoje para alertar sobre abuso sexual dentro dos ônibus do transporte coletivo. Cartazes distribuídos nos veículos tem os dizeres “O transporte é público, meu corpo não. Abuso sexual é crime”.

Conforme dados levantados, as mulheres correspondem a 65% do total dos passageiros na Capital. Por conta da grande quantidade de reclamações das usuárias, o governo municipal decidiu iniciar campanha contra o abuso dentro dos coletivos. A prefeitura não divulgou estatística do número de reclamações.

O projeto consiste em divulgar nos terminais rodoviários, por meio de cartazes e nos veículos de transporte coletivo, os telefones dos serviços que devem ser acionados nas situações em que a mulher esteja sendo abusada.

Estudante de 21 anos, que preferiu não se identificar, afirma que pequenas situações contribuem para que andar de ônibus torne-se cada vez mais difícil para as mulheres.

“Já passei por situação de me sentar em assento compartilhado [de dois lugares] e o passageiro ao lado querer ficar encostando a perna na minha ou até mesmo fingir que está dormindo e ficar 'se jogando' em cima de mim. Às vezes prefiro ir em pé mesmo para evitar esse tipo de constrangimento. Os motoristas também deveriam ser orientados para ajudar nesses casos”, enfatizou jovem.

Em outro relato, uma adolescente de 17 anos confirmou que já foi vítima de assédio dentro do transporte. “É horrível, faz a gente se sentir mal. Dá vontade de sair gritando e ao mesmo tempo a gente fica sem reação. Com a campanha acredito que as pessoas se conscientizem e diminua o número de casos. Vão saber o que acontece”, afirmou.

Cartazes nos ônibus para divulgação da campanha / Foto: Geronimo Interlandi

A subsecretária de Políticas para as Mulheres Carla Stephanini enfatizou que o objetivo é chamar a atenção para o problema.

“Abuso sexual é crime, estamos oferecendo informações para as mulheres buscarem ajuda. O transporte é público, mas o corpo da mulher não. Portanto, as mulheres devem ser respeitadas dentro de todos os espaços”, frisou.

Coordenadora Geral da Casa da Mulher Brasileira, Tai Loschi, lembrou da importância das campanhas continuadas.

“Elas fazem com que a mulher que tem vergonha, a mulher que tem medo, busque ajuda. Se acontecer, as mulheres devem denunciar, devem gritar, que o motorista vai ajudar. Esse momento é para informar a população”, afirmou.

MOBILIZAÇÃO MOTORISTA

No ano passado, uma mulher de 37 anos foi abusada dentro de um ônibus do transporte coletivo em Campo Grande, na linha 081 (Terminal Nova Bahia – Bandeirantes), por um homem de 35 anos.

Ele teria passado a mão em suas partes íntimas. Ao perceber a situação, o motorista do coletivo parou o ônibus em frente a uma Delegacia de Polícia.

PARA DENUNCIAR

Guarda Civil Municipal – 153

Polícia Militar – 190

Disque-denúncia – 180

Cidades

MS tem o segundo maior índice de mortos pela polícia da história

O presente ano está atrás apenas do ano passado, que havia sido recorde

20/11/2024 18h28

Imagem ilustrativa

Imagem ilustrativa Arquivo/Correio do Estado

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Dois homens, de dois municípios diferentes de Mato Grosso do Sul, foram mortos pela polícia na última terça-feira (19). Agora, o número de vítimas de agentes do Estado chegou a 70 no ano, o segundo maior índice registrado na série histórica divulgada no portal de dados da Secretaria Estadual de Justiça de Segurança Pública (Sejusp).

O presente ano está atrás apenas do ano passado, que foi o recorde em mortes causadas por agentes de Estado em Mato Grosso do Sul, com 131 mortos de janeiro a dezembro, quantidade 156,8% superior ao registrado em 2022, quando 51 foram mortos.

Os 70 mortos de 1º de janeiro a 20 de novembro deste ano se igualam às 70 vítimas registradas em todo o ano de 2019. Confira o levantamento:

Imagem ilustrativa

Perfil das vítimas

Assim como nos anos anteriores, em 2024 os homens representam a maior parte dos mortos pela polícia: foram 62 vítimas, número que representa 88,5% do total registrado. Apenas uma mulher foi vítima, e outros sete casos não tiveram o sexo especificado.

Quanto à idade, mais de metada das vítimas (52,8%) eram jovens de 18 a 29 anos. Na sequência, figuram adultos de 30 a 59 anos, que representam 31,4% do índice. Os adolescentes representam 5,7% do índice. Sete casos não especificaram idade, e representam 10%.

A maioria dos óbitos aconteceram em Campo Grande (36). No interior do Estado, foram registrados 34, sendo 19 na faixa de fronteira.

Casos mais recentes

Em menos de 12 horas, dois homens, um de 32 anos e outro de 33, morreram em confronto com a Polícia. O primeiro caso aconteceu durante a tarde, e o segundo à noite, nesta terça-feira (19).

Em Bataguassu, um homem de 32 anos foi baleado e morto por policiais civis após reagir ao cumprimento de um mandado de busca e apreensão. A Polícia Civil não divulgou muitos detalhes a respeito da ocorrência.

Em Dourados, um homem de 33 anos morreu após reagir a abordagem de policiais civis do Setor de Investigações Gerais (SIG). Conforme apurado pela mídia local, ele estava sendo monitorado pela polícia suspeito de ameaçar uma família devido a uma dívida.

Na noite de segunda-feira (18), Gabriel Nogueira da Silva, de 27 anos, responsável pelo assassinato do médico Edivandro Gil Braz, de 54 anos, foi baleado e morto por policiais, após resistir à prisão e tentar fugir da delegacia onde estava detido, localizada em Dourados.

Colaborou: Naiara Camargo.

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Fauna

Lojista é multado em R$ 24 mil por expor cabeça de animais em Campo Grande

A ação do Ibama encontrou exposição de cabeças de onça pintada, queixadas e até a arcada dentária de tubarão no estabelecimento

20/11/2024 18h15

Crédito: Ibama MS

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Uma loja que expunha cabeças de animais silvestres foi alvo de fiscalização pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em Campo Grande.

Os agentes encontraram várias cabeças de espécies da fauna sul-mato-grossense, como:

  • onças-pintadas (Panthera onca);
  • onças-pardas (Puma concolor);
  • queixadas (Tayassu pecari);
  • jacarés (Alligatoridae);
  • cervos-do-pantanal (Blastocerus dichotomus);
  • peixes pintados (Pseudoplatystoma corruscans);
  • dourados (Salminus brasiliensis).


Além disso, foram apreendidos "troféus", como a arcada dentária de um tubarão. As peças foram recolhidas, e o estabelecimento foi autuado conforme estabelece a Lei Federal de Crimes Ambientais (nº 9.605/98) e o Decreto nº 6.514/08.

O proprietário recebeu uma multa que totalizou R$ 24 mil, e os suspeitos de organizar a “exposição” irão responder pelo crime na Justiça.

É importante ressaltar que a legislação brasileira proíbe a exposição de partes de animais para comercialização, situação enquadrada na Lei de Crimes Ambientais como venda ilegal de artesanato feito com partes de animais silvestres.

Crédito: Ibama MS

Tráfico de animais


Com a ação, o Ibama tenta inibir tanto a oferta quanto a procura, bem como o tráfico de animais silvestres.

"Quanto mais raro é um animal, maiores são o interesse e o preço que pagam por ele", afirmou a superintendente do Ibama em Mato Grosso do Sul, Joanice Lube Battilani, que completou:

"Essa prática está aliada ao fato de que algumas pessoas, de forma equivocada, acreditam que esses tipos de objetos feitos com partes de animais silvestres servem como amuletos, trazendo proteção e prosperidade."

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