Lavagem de dinheiro é um processo onde os fundos são gerados decorrentes de alguma atividade ilegal. Os responsáveis por este tipo de crime fazem com que os valores obtidos em atividades ilícitas sejam dissimulados ou escondidos.
De acordo com o titular da Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado (Deco), João Eduardo Davanço, uma das formas de lavagem de dinheiro é colocar bens em nome de pessoas conhecidas como “laranjas”. Apesar de a prática ser comum, esse tipo de crime ainda é difícil de ser investigado. Davanço define como um crime complexo, devido a quantidade de informações para rastreamento.
Para ajudar no combate, foi implantado em fevereiro deste ano, junto com o Ministério da Justiça e o Governo do Estado, o Laboratório de Tecnologia Contra Lavagem de Dinheiro. O objetivo do laboratório é auxiliar as Unidades de Polícia Judiciária para que se forme uma unidade de produção de informações estratégicas para análise de grandes volumes de dados, com uso intensivo de tecnologia.
Outra prática comum é a abertura de comércio de fachada, a fim de se ter uma movimentação de dinheiro sem levantar suspeita da polícia. “Não basta prender o acusado, devemos ir atrás do patrimônio e sequestrar os bens para desestruturar todos que ligam o crime”, ressaltou o delegado.
Davanço explica ainda que um dos crimes solucionados recentemente com ajuda do laboratório foi o de dois homens, que apresentaram movimentações financeiras incompatíveis com a renda e, por isso, eram investigados. Segundo a polícia, um deles tem várias passagens por tráfico de drogas em Mato Grosso do Sul e São Paulo, desde 1996.
A Lei 9.613/98 prevê pena de três a 10 anos de reclusão e multa para quem pratica o ato.