A revolta pelos casos de maus-tratos sofridos por animais e a morte recente da cadela Vitória, que não resistiu ao atropelamento, abandono e tortura e morreu na última quinta-feira (11), motivou um protesto que reuniu dezenas de manifestante, na tarde deste domingo (14), na Praça Ary Coelho.
Com faixas, camisetas e cartazes, os manifestantes se concentraram na praça e seguiram em passeata pela Avenida Afonso Pena.
Em muitos cartazes, a foto da vira-lata Vitória e frases como “não aos maus-tratos” e “não é só pela Vitória” demonstravam a revolta dos manifestantes.
O CASO
A cadelinha Vitóriaficou conhecida nas últimas semanas depois de ter sido vítima de maus-tratos, não resistir aos ferimentos e morrer.
Nos últimos dias, a cadelinha que estava internada desde que foi resgatada, no último dia 30 de maio, teve piora no estado clínico. Ela estava passando por tratamento em uma clínica veterinária depois de ter duas patas quebradas e boa parte da pele arrancada.
A versão apresentada pela dona da cadela à polícia foi de que a vira-lata foi atropelada. Todavia, outras declarações prestadas por ela divergem com as informações apuradas por investigadores.
De acordo com a mulher, depois do acidente, ela levou a cachorrinha até uma clínica veterinária, porém, o tratamento do animal teria sido orçado em R$ 1 mil. Ela disse ainda que, sem dinheiro e desesperada, abandonou o animal em um terreno baldio.
“Com essa versão já ficou constatado o crime de maus-tratos”, garantiu, no início do mês, o delegado Wilton Vilas Boas, da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turista (Decat)
Ainda de acordo com a autoridade policial, algumas informações declaradas pela empregada doméstica não coincidem com o que está sendo apurado durante a investigação da Decat.
Na delegacia, a mulher disse que não conhecia os quatro adolescentes acusados de torturar a cachorrinha Vitória e assumiu ser a única responsável pelos maus-tratos do animal. Todavia, a polícia tem a informação de que ela conhece os menores.