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Olimpíada de Robótica está com
inscrições abertas para estudantes

Olimpíada de Robótica está com
inscrições abertas para estudantes

AGÊNCIA BRASIL

08/04/2017 - 20h00
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Estudantes do ensino fundamental e médio de escolas públicas e privadas de todo o país podem se inscrever, até o próximo dia 20 de maio, na Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), no site, que este ano tem a coordenação-geral da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

No ano passado, quando a OBR completou 10 anos, a coordenação coube à Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

O coordenador-geral da edição deste ano da olimpíada, professor Rafael Vidal Aroca, da UFSCar, disse à Agência Brasil que, também, escolas de atividades extracurriculares, como organizações não governamentais (ONGs) que dão aulas extras, podem participar do certame.

As provas teóricas começam em junho, na escola do aluno inscrito. A organização da OBR envia o material, “a própria escola aplica a prova, manda os resultados para a coordenação, a gente faz a pontuação e envia as medalhas, a premiação”, disse Aroca.

Ele esclareceu que não há obrigatoriedade de o aluno fazer a prova teórica para concorrer na prova prática, programada para o período de 8 a 11 de novembro, em Curitiba, no Paraná, onde ocorrerá também a final da competição.

“Elas são independentes”, disse. Isso ocorre porque, às vezes, a escola ou os alunos não têm recursos para construir um robô. “Então, ele faz só a prova teórica, porque ela já traz conceitos, explicações, sobre robótica. É uma oportunidade totalmente gratuita de a escola envolver os alunos com a robótica”.

Como a prova prática exige que se construa um robô, a OBR admite a possibilidade de alguma empresa ou entidade patrocinar a construção do protótipo. De maneira geral, a maioria das escolas compra material para os alunos que, muitas vezes, fazem “vaquinha” (coleta de dinheiro) ou pedem ajuda aos pais, afirmou Aroca.

Em sua décima primeira edição, a OBR espera suplantar com vantagem o resultado do ano passado, que registrou 111.287 estudantes inscritos e 2.968 equipes inscritas na prova prática.

O crescimento, segundo o coordenador-geral, está sendo “exponencial” nos últimos cinco anos. Daí, a expectativa para 2017 é atingir 135 mil inscrições.

NOVIDADES

Na avaliação de Rafael Vidal Aroca, trabalhar em um projeto de robótica é uma oportunidade muito relevante para a formação dos jovens, não apenas pelo conhecimento técnico, mas para aprender a trabalhar em equipe, superar desafios, resolver problemas, se organizar.

“A gente acredita, e nós vemos resultados disso, no desenvolvimento de habilidades especiais também. Além de aprender um pouco sobre eletrônica, mecânica, matemática, ainda tem essas vantagens. É muito benéfico”, disse.

Este ano, a OBR traz muitas novidades para motivar os alunos. Entre elas, o prêmio 'maker' para a equipe que construir um robô com o menor número de peças de kits prontos, informou Aroca.

“A gente está muito animado e contando com a participação dos alunos do ensino fundamental e médio do Brasil”. Outra novidade são os desafios surpresa que acontecerão nas provas práticas, em que tarefas especiais serão sorteadas na hora dos eventos para que as equipes façam adaptações em seus robôs.

Alguns estados farão também a integração da OBR com a Mostra Nacional de Robótica (MNR) que este ano perdeu o apoio do governo federal. “O organizador regional ou estadual vai se responsabilizar por montar uma mostra na região dele”. Exemplos já acertados são da Bahia, do Paraná, de Mato Grosso e do interior de São Paulo.

A coordenação-geral está procurando ajudar no que for possível, excetuando recursos financeiros, para dar oportunidade para os alunos mostrarem o que estão criando para benefício da comunidade, dentro e fora da escola.

DESASTRE NATURAL

O robô construído para disputar a modalidade prática da OBR participa da simulação de um desastre natural.

As equipes de estudantes têm então a missão de construir um robô inteligente, sem uso de controle remoto, com um software (programa de computador) interno que o torne capaz de andar por um terreno acidentado, localizar vítimas e resgatá-las para um local seguro.

“Isso não é diretamente aplicável à sociedade”, disse o professor da UFSCar. “Mas é um exercício e, em uma escala maior, poderia ser replicado”, destacou Aroca.

Outra atividade nova que a OBR traz este ano prevê que as equipes poderão criar um diário ou 'blog' no Facebook. Aroca declarou que a ideia é incentivar as equipes a trocar informações e se ajudarem mutuamente.

A intenção é, nos próximos anos, premiar as equipes que mais compartilharem informações. A primeira equipe a criar uma página na rede social foi a Jegue Robotics, de Fortaleza, Ceará.

Rafael Aroca assegurou que para a educação e formação das crianças e jovens, a robótica é, “sem sombra de dúvida”, uma disciplina interessante. Pesquisas feitas com alunos e professores revelam que trabalhar com robótica ajuda a absorver novos conhecimentos.

“Mais de 90% dos alunos e professores relataram que fica mais motivador estudar outras disciplinas quando tem robótica envolvida”. A robótica ajuda a entender conceitos de matemática, geometria, física, até mesmo inglês e português, afirmou.

Segundo Aroca, a multidisciplinaridade acaba sendo enfatizada na hora que a escola usa a robótica como elemento para agregar vários assuntos e motivar os estudantes.

Tecnologia

Meta terá de suspender uso de dados na internet para treinar IA

Multa diária em caso de descumprimento será de R$ 50 mil

02/07/2024 22h00

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A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) decidiu suspender o uso de dados pessoais publicados em plataformas da empresa Meta para o treinamento de sistemas de inteligência artificial (IA). 

Uma medida cautelar foi aprovada pelo conselho decisório da ANPD. O despacho com a decisão foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (2). Foi estipulada multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento. 

Na última quarta-feira (26), entrou em vigor uma nova política de privacidade da Meta, abrangendo plataformas de rede social como Instagram, Facebook e Messenger.

documento autoriza a utilização de conteúdos compartilhados pelos usuários e disponíveis publicamente para o treinamento de IA generativa. 

“Tal tratamento pode impactar número substancial de pessoas, já que, no Brasil, somente o Facebook possui cerca de 102 milhões de usuários ativos”, disse a ANPD em nota.

Para justificar a medida, o órgão destacou a utilização de dados pessoas de crianças e adolescentes para treinar sistemas de IA da Meta, informações que estão sujeitas a proteção especial da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). 

A agência informou que decidiu de ofício - ou seja, por inciativa própria - fiscalizar a aplicação da nova política da Meta, e disse ter constatado “riscos de dano grave e de difícil reparação aos usuários”, diante do que considerou ser indício de violação LGPD. 

“A ANPD avaliou que a empresa não forneceu informações adequadas e necessárias para que os titulares tivessem ciência sobre as possíveis consequências do tratamento de seus dados pessoais para o desenvolvimento de modelos de IA generativa”, diz a nota divulgada pelo órgão. 

A agência mencionou ainda “obstáculos excessivos e não justificados” para que o usuário possa passar a se opor a esse tipo de tratamento de seus dados pessoais.

De acordo com a ANPD, os usuários das plataformas da Meta compartilharam dados pessoais com a expectativa de se relacionar com “amigos, comunidade próxima e empresas de interesse”, sem considerar que as informações pudessem ser usadas no treinamento de IA. 

A ANPD é um órgão criado em 2020, ligado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, cujo conselho é composto por cinco diretores indicados pelo presidente e aprovados pelo Senado, com mandato de quatro anos. Os critérios são reputação ilibada, nível superior e elevado conceito no campo de especialidade. 

Outro lado 

Em posicionamento enviado por e-mail, a Meta disse estar “desapontada com a decisão da ANPD”. A empresa acrescentou que não é a única a promover treinamento de IA com informações coletadas pelos serviços prestados. “Somos mais transparentes do que muitos participantes nessa indústria que tem usado conteúdos públicos para treinar seus modelos e produtos”, diz o texto enviado. 

“Nossa abordagem cumpre com as leis de privacidade e regulações no Brasil, e continuaremos a trabalhar com a ANPD para endereçar suas dúvidas. Isso é um retrocesso para a inovação e a competividade no desenvolvimento de IA e atrasa a chegada de benefícios da IA para as pessoas no Brasil”, afirmou a empresa. 

Segurança

Google inicia testes de bloqueio automático de tela de celular no Brasil

Androids terão recurso a partir de julho

11/06/2024 14h00

Fachada da Google

Fachada da Google Reprodução

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A partir de julho, os smartphones Android no Brasil terão um novo recurso de segurança: o bloqueio automático de tela quando for detectado um movimento que sugira furto, como alguém agarrando o aparelho e saindo correndo. A inovação foi anunciada no evento Google for Brasil, realizado nesta terça-feira em São Paulo.

Batizada de "bloqueio por detecção de roubo", a tecnologia foi desenvolvida pela subsidiária da Google em Belo Horizonte e apresentada ao vice-presidente para Android, Sameer Samat, pelo líder para Android no Brasil, Bruno Diniz. A solução teve sua primeira menção em um evento global da Google em maio.

"Foi uma dificuldade enfrentada pela nossa equipe, e pensamos que poderia ter impacto para usuários em todo o mundo", afirmou Diniz em uma apresentação fechada à imprensa.

O crescimento de roubos de smartphones, facilitado pelo uso do Pix e outras soluções financeiras modernas, incentivou a criação dessa tecnologia. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, os furtos e roubos de celulares no Brasil aumentaram 16,6% em um ano, totalizando 999,2 mil ocorrências no ano passado. Na cidade de São Paulo, os roubos se concentram na região central.

Como Funciona o Bloqueio Automático

O bloqueio é acionado por um gatilho chamado "grab and run". Utilizando sensores e aplicativos abertos no smartphone, uma inteligência artificial interpreta movimentos de "agarrar e correr", acionando o bloqueio. O usuário precisa ativar a função nas configurações, pois estará desativada por padrão.

Diniz alerta que, inicialmente, o recurso pode gerar bloqueios indesejados, priorizando falsos positivos para garantir maior segurança. O desbloqueio é feito com reconhecimento biométrico ou senha, e o usuário será notificado sobre o motivo do bloqueio.

Outro recurso será o bloqueio automático baseado no tempo em que o smartphone ficar desconectado da internet. O Android identificará comportamentos como a remoção do chip ou a perda prolongada de conectividade, comuns em casos de furto. O tempo necessário para o bloqueio ainda está sendo calibrado.

O Google também disponibilizará uma opção de bloqueio remoto simplificado, acessível via a página "encontre meu dispositivo" ou por telefone. Esse bloqueio rápido não requer acesso à conta Google, permitindo aos usuários vedarem o acesso ao dispositivo rapidamente após um furto.

A funcionalidade "Onde está meu celular", que permite localizar, bloquear e apagar dados do dispositivo à distância, receberá uma atualização para exigir desbloqueio biométrico antes de ser desativada. Essa camada adicional de segurança dificulta que criminosos restaurem o aparelho para as configurações de fábrica.

Expansão do Sistema Antifraude

Em julho, o Google expandirá um programa-piloto de proteção contra fraudes em celulares Android, anteriormente testado em Singapura e Indonésia. O novo antivírus Google Play Protect bloqueará a instalação de aplicativos baixados fora da Play Store ou que solicitem permissões sensíveis, prevenindo golpes como o da mão fantasma.

Usuários interessados podem se inscrever para receber notificações automáticas sobre a atualização. Todos os aparelhos com Android 10 ou versões posteriores serão compatíveis com as novas funções de segurança.

*Com informações de Folhapress

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