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Polícia Civil

Cresce nº de mulheres traficantes na cracolândia, diz polícia

Cresce nº de mulheres traficantes na cracolândia, diz polícia

Folha

08/04/2011 - 19h30
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O número de mulheres traficantes na cracolândia, no centro de São Paulo, aumentou, segundo a Polícia Civil. Em operação realizada na madrugada desta sexta-feira na região, das seis pessoas detidas, cinco são mulheres.

Uma outra operação realizada no dia 29 de março também fez prisões de mulheres --quatro suspeitas de gerenciar o tráfico na alameda Barão de Piracicaba.

"Isso demonstra o aumento de mulheres no tráfico, principalmente na venda no varejo. Nós temos estudado isso que está acontecendo. Às vezes, ela é casada com um traficante, ele é preso e ela assume o tráfico, vendendo de tudo, cocaína, maconha e crack ", afirmou o delegado Marcos Galli Casseb, titular do SIG (Setor de Investigações Gerais).

Outra hipótese levantada pela polícia seria a convivência pacífica entre os traficantes que vendem drogas na região da cracolândia. Nenhuma das pessoas presas portavam armas.

Das cinco mulheres detidas, uma tem 16 anos e todas já tiveram passagens pela polícia. Uma delas respondeu por homicídio da filha de sete anos, mas foi absolvida na Justiça, segundo Casseb.

As prisões das duas operações foram feitas após cerca de um mês de investigações e filmagens do local. O delegado-titular da 1ª Delegacia Seccional do centro, Kleber Antônio Torquato Altale, afirmou que o trabalho continua.

"Estamos mapeando as ruas Helvétia, Guaianases e dos Gusmões. Temos mais duas pessoas identificadas nas filmagens como traficantes que não estavam lá quando chegamos, mas que vamos atrás", afirmou.

A prisões desta sexta ocorreram na rua dos Gusmões, entre a rua Santa Ifigênia e a avenida Rio Branco. Cerca de 50 agentes do GOE (Grupo de Operações Especiais), do SIG e da 1ª Delegacia Seccional, da Polícia Civil, participaram da ação.

Foram apreendidos cerca de 70 pedras de crack e quase R$ 2.000. Segundo Altale, cerca de 300 pessoas --a maioria usuários-- estavam no local na hora da operação.

Após as prisões, a prefeitura fez a limpeza da região. Cerca de dois caminhões foram cheios de lixo retirados da rua.

ALERTA

Quase 14 mil pessoas já foram flagradas dirigindo sem carteira em MS neste ano

Dados do Detran-MS mostram que, do total de infrações, mais de 4 mil condutores de Campo Grande não tinham habilitação

25/11/2024 09h00

Carteira Nacional de Habilitação custa, ao menos, R$ 2,3 mil em Campo Grande; falta de habilitação pode resultar em acidentes

Carteira Nacional de Habilitação custa, ao menos, R$ 2,3 mil em Campo Grande; falta de habilitação pode resultar em acidentes Foto: Gerson oliveira

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De janeiro até o dia 18 deste mês, quase 14 mil motoristas já foram flagrados conduzindo veículos sem Carteira Nacional de Habilitação (CNH) em Mato Grosso do Sul. Desse número, mais de 4 mil foram em Campo Grande. 

Os dados são do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS) e mostram que até o dia 18, 13.939 condutores estavam dirigindo sem habilitação em todo o Estado. Até o dia 6/11, 4.067 campo-grandenses foram flagrados sem habilitação.

Antes mesmo de completar os 11 meses deste ano, o total desse tipo de infração já é 11% acima dos 12.531 do ano passado. Os registros de 2024, inclusive, já superaram o total de 2023, quando foram 13.849 motoristas flagrados sem CNH.

Carteira Nacional de Habilitação custa, ao menos, R$ 2,3 mil em Campo Grande; falta de habilitação pode resultar em acidentes

Quanto aos dados da Capital, referentes até o dia 6/11, 56% do total de pessoas sem habilitação (2,2 mil) foram flagrados entre janeiro e junho, ao passo que 1,7 mil foram autuadas por dirigir sem habilitação entre julho e o início deste mês.

No recorte mensal, os meses com maiores índices de condutores irregulares em Campo Grande foram outubro (591), junho (444) e agosto (424). Entre as 79 cidades do Estado, os meses com o maior número de condutores irregulares foram outubro (1.507), agosto (1.430) e fevereiro (1.409). 

No primeiro semestre deste ano, 8.158 pessoas foram autuadas por dirigir irregularmente, ao passo que outras 5,7 mil foram flagradas entre julho e este mês. 

Cabe destacar que o cálculo realizado para mapear a quantia de condutores irregulares só acontece, segundo o Detran-MS, a partir de infrações de trânsito – nesse caso, referentes ao art. 309 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) (dirigir veículo automotor em via pública sem a devida habilitação). 

Ao Correio do Estado, a autarquia destacou que, sem a devida autuação, é impossível distinguir quem está apto a conduzir, fator que pode fazer com que essa quantia de motoristas irregulares seja ainda maior. 

Segundo o psicólogo Renan da Cunha Soares, da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), a falta de CNH é um dos fatores que podem incidir sobre os acidentes de trânsito. 

“Algumas das questões presentes são o uso de velocidade excessiva, falta de formação dos condutores ou condutores que utilizam veículos para os quais não têm a CNH correspondente, além do consumo de álcool”, disse.

Matéria do Correio do Estado deste mês mostrou que, neste ano, de acordo com o Batalhão de Polícia Militar de Trânsito (BPMTran), houve declínio do número total de acidentes, de 12.149 entre janeiro e dezembro de 2023 para 10.548 neste ano. Porém, o número de mortes no trânsito saltou de 53 para 64 entre janeiro e o dia 19/11.

CUSTOS 

O alto número de condutores sem habilitação pode estar relacionado ao alto custo do documento, que chega a R$ 2,3 mil em Campo Grande. 
Levantamento realizado pelo Correio do Estado constatou que o preço da carteira de habilitação nas categorias A e B, que permitem a condução de carros e motocicletas, custa cerca de R$ 2,3 mil na Autoescola Futura, no Jardim Centro-Oeste. 

Conforme apurado, o valor é referente ao pagamento à vista e contempla a quantia mínima de aulas exigida pelo Centro de Formação de Condutores (CFC) – 20 aulas de carro e outras quatro de motocicleta. 

Para os mais habilidosos, o processo para conquistar a habilitação pode durar dois meses e ser postergado em até cinco meses. Na Prime Auto Escola, região central, o valor para a mesma quantia de aulas de carro e cinco aulas de moto é de R$ 2.290 à vista, valores que podem ser parcelados no cartão de crédito ou quitados em promissórias mensais em até cinco meses. 

Os valores para os interessados em renovar a CNH é de R$ 700, ação que também pode ser feita junto ao Detran-MS. 

CNH SOCIAL 

Coordenado e gerido pelo Detran-MS, o programa CNH MS Social, instituído em 2022 em todo o Estado, segue travado. O projeto tem por finalidade possibilitar que pessoas de baixa renda tirem de forma gratuita a primeira CNH nas categorias A ou B, bem como a adição das categorias A ou B e a mudança da categoria B para D.

Na ocasião, foram oferecidas cinco mil vagas, processos previstos para todo o ano passado. Foram 1.180 vagas para categoria A; 1.000 para categoria B; e 2,5 mil vagas para categoria AB, além de 250 habilitações para pessoas com deficiência. 

Para ser beneficiado pelo Programa CNH MS Social, o candidato atendido precisa: estar inscrito no Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal; ter renda per capita de até meio salário mínimo ou renda total mensal de até dois salários mínimos, excluídos desse cálculo os valores recebidos por programas de transferência de renda e por serviços socioassistenciais; saber ler e escrever; ter identidade e CPF; e residir em Mato Grosso do Sul há, no mínimo, dois anos. 

Em março deste ano, cerca de três mil dos cinco mil selecionados para serem beneficiados com a CNH Social estavam em meio aos trâmites do processo e tinham até o fim de dezembro deste ano para conseguirem o documento. 

Saiba

Àqueles que forem flagrados dirigindo sem habilitação estão sujeitos a detenção de seis meses a um ano, e/ou multa de R$ 880, além de terem o veículo apreendido.

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BLOQUEIO

Sem-terra bloqueiam BR-262 e congestionamento se forma na rodovia

Pista foi interditada por pneus, galhos de árvore, grama seca e barricada de fogo

25/11/2024 08h35

Congestionamento de 2 km na rodovia

Congestionamento de 2 km na rodovia DIVULGAÇÃO

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Movimento Sem-Terra (MST) bloquearam totalmente, na manhã desta segunda-feira (25), o KM-492 da BR-262, entre Miranda e Anastácio, a 122 quilômetros de Campo Grande.

Dezenas de manifestantes interditaram a rodovia às 5 horas e, até o momento, segue bloqueada. A pista foi interditada por pneus, galhos de árvore, grama seca, barricada de fogo e pessoas.

Portanto, motoristas que saem de Campo Grande ou tentam chegar, via BR-262, são impedidos e têm de voltar para seu local de origem ou enfrentgar horas de fila.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), há um congestionamento de cerca de 1,5 km no sentido decrescente (vindo de Miranda) e de 500 metros no crescente (saindo de Anastácio).

Policiais estão no local e tentam negociar com os manifestantes a liberação da rodovia. Os sem-terra reivindicam por reforma agrária e terra para plantar.

Confira a notga divulgada pela PRF à imprensa:

"A Polícia Rodoviária Federal (PRF) registra, desde às 5h desta segunda-feira (25), uma interdição total da rodovia devido a manifestações de populares, em Anastácio (MS). No km 492 da BR-262, pessoas do Movimento Sem Terras estão manifestando, interditando totalmente a rodovia. A PRF está no local e negocia com os responsáveis a liberação da rodovia. No momento, há um congestionamento de cerca de 1,5km no sentido decrescente (vindo de Miranda) e de 500 metros no crescente (saindo de Anastácio)."

Em 16 de julho de 2024, fazenda da Suzano Celulose sofreu uma tentativa de invasão por sem-terra, em Ribas do Rio Pardo. Acampamento com aproximadamente 60 barracos de lona, em frente a fazenda, preocupou os empresários. 

Em 23 de outubro de 2023, sem-terra bloquearam a BR-163, saída para São Paulo, por sete horas. Cerca de 250 manifestantes do Movimento Popular de Luta (MPL) interditaram totalmente a rodovia das 2h às 9h.

A pista foi liberada parcialmente, em meia pista, sentido Campo-Grande-São Paulo, às 8h. Uma hora depois, os dois sentidos foram liberados.

De acordo com o superintendente regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) de Mato Grosso do Sul, Paulo Roberto da Silva, existem 29.600 famílias assentadas e 5 mil aguardando por terras em Mato Grosso do Sul.

O último assentamento ocorreu em 2014, no município de Sidrolândia, na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

O assentamento estagnou quando o ex-presidente Michel Temer assumiu o poder. Na gestão de Jair Bolsonaro (PL), houve entregas de títulos, mas as famílias não foram assentadas.

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