De acordo com a Organização Mundial de Saúde, cerca de 40% da população mundial apresenta algum tipo de distúrbio ou síndrome do sono. A apneia do sono, interrupção do fluxo respiratório por mais de 10 segundos, é um destes problemas que tem forte relação com o sobrepeso. Segundo a Associação Brasileira do Sono, a doença atinge cerca de 30% da população adulta no Brasil.Seus principais sintomas são o ronco, interrupção da respiração e sono excessivo durante o dia.
As conseqüências, além do cansaço pela noite mal dormida, incluem hipertensão arterial, maior risco de infarto e derrame, entre outros. Na opinião do médico Luiz Ataíde, a visão de que o ronco é algo comum agrava a situação. “Pacientes obesos costumam achar que o ronco é uma coisa normal e terminam negligenciando um dos principais sintomas da doença” avalia.
O sobrepeso deixa os indivíduos mais suscetíveis ao problema. Estes pacientes têm acúmulo de tecidos que reflete numa via aérea superior estreitada por deposição de gordura em suas paredes. A cirurgia de redução de estômago pode ser uma alternativa no tratamento da obesidade e por conseqüência, dos males causados pela doença, entre eles a apneia.
No entanto é preciso que o paciente perca peso antes mesmo de ser submetido à cirurgia, de acordo com o médico Walter França. “Quem tem a apneia obstrutiva do sono corre o risco de morrer enquanto dorme, o que faz com que essa doença seja ainda mais grave”, revela o especialista.
De acordo com os especialistas 86% dos pacientes submetidos à cirurgia bariátrica estão curados ou tiveram uma diminuição significativa nos distúrbios da respiração provocados pela obesidade