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Mudei de profissão para ganhar mais dinheiro

Mudei de profissão para ganhar mais dinheiro

IG

04/05/2011 - 22h00
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“Eu mudei de profissão porque queria ganhar dinheiro”, afirma Ana Cavallari, 27. Hoje, ela é uma bem-sucedida “broker”- palavra inglesa que significa “corretor” e é usada pelo mercado financeiro para se referir a quem trabalha com compra e venda de ações. Ao contrário de muita gente, Ana admite sem pudores que dinheiro foi seu principal motivador na hora de escolher um ofício. Para ganhar mais, ela abandonou a carreira que tinha escolhido por vocação, no ramo de hotelaria.

Alguém que abandona uma profissão que não lhe agrada e procura por algo que dê mais prazer, aparentemente, pode parecer que tem intenções mais nobres do que a pessoa que resolve tomar a mesma atitude, mas por razões financeiras. Será que dinheiro é um motivo legítimo para trocar de profissão? A psicóloga e coach – profissional que auxilia pessoas a planejarem e encontrarem uma forma de desenvolver seus projetos, seja no âmbito pessoal ou profissional – Rosângela Casseano acha que sim. “Cada um vai em busca de seus valores. Muita gente dá mais importância a ter uma vida financeira boa do que procurar uma profissão que traga mais satisfação pessoal. Para estas pessoas a conquista financeira é fundamental. Não há nada de errado com isso”, explica.

O presidente da Sociedade Brasileira de Coaching, Villela da Matta, concorda. “Com certeza a pessoa não se deve recriminar. Cada momento da vida é pautado por algo importante. Quando uma pessoa toma uma decisão é porque sente necessidade de satisfazer algo que está faltando.”

Viagens e compras
 

Quando entrou na faculdade de Administração Hoteleira, Ana Cavallari achava que estava no caminho certo. No segundo ano de faculdade, percebeu que os profissionais deste ramo não tinham salários compatíveis com os que ela imaginava ganhar no futuro. Mesmo assim resolveu não abandonar o curso e se formou. Trabalhou seis meses na área e, apesar de ter gostado da experiência, decidiu que a carga de horário pesada e a remuneração baixa não valiam a pena. Foi então que recomeçou do zero. Novo vestibular e outra profissão.

“Fiz a faculdade de Administração de Empresas em dois anos, pois consegui eliminar algumas matérias. Optei por este curso porque é generalista e acreditava que dentro de uma empresa eu teria mais perspectivas de crescimento do que num hotel”, relembra Ana.

Há quatro anos ela conseguiu um estágio numa corretora de valores e não saiu mais. Descobriu que, além da realização financeira que sempre quis, poderia também gostar do seu trabalho. “Dei sorte. Gosto de ser broker. Ganho bem e ainda faço uma coisa que me dá prazer.” Mas afinal, por que ter uma remuneração boa foi tão determinante assim? “Eu gosto de viajar, conhecer lugares e culturas novas. Adoro comprar o que bem entendo e pagar minhas contas com o dinheiro do meu trabalho. Nunca quis ser dependente de ninguém e ter que dar satisfações sobre o que faço ou deixo de fazer com meu dinheiro.”

Perspectiva de crescimento
 

Bons cargos e salários estão diretamente ligados a um elevado nível de cobrança e responsabilidade. O ex-jornalista e agora gerente nacional de vendas, Rodrigo Garofalo, 33, sabe bem disso. “Quando deixei a redação eu sabia que tinha um belo desafio pela frente. Sempre tive consciência de que ser bem remunerado não é algo que vem sem problemas. O estresse e a cobrança são enormes”, diz.

Para Rodrigo, dinheiro não foi fator único na mudança de carreira. Não ter perspectiva de crescimento, naquele momento, pesou bastante. “Recebi uma proposta, que julguei ser melhor a longo prazo e veio aliada a um bom salário. Não tive dúvidas de que era o momento certo de arriscar uma mudança profissional. Gosto do que faço e minha motivação só aumentou”, diz.

A gerente de recursos humanos Claudia Araújo, 36, confessa que seu sonho de infância era ser psicóloga. Chegou a cursar dois anos na faculdade, mas desistiu porque não conseguia pagar. Foi trabalhar com turismo, mas se decepcionou com o salário e a falta de estabilidade. Em busca de uma vida financeira melhor, aceitou um emprego de recepcionista bilíngue e começou a frequentar o curso de Administração de Empresas.

“Eu fui bem ousada. Quando vagou o cargo de supervisor administrativo financeiro, fui lá e pedi para fazer uma experiência de três meses. A empresa topou e me esforcei para ter uma formação nesta área”, relembra. O desejo de ser psicóloga nunca foi extinto, mas Claudia enxergou que não obteria o retorno financeiro que desejava se optasse por deixar o ambiente corporativo.

Ela conta que sabe que se desviou de seus sonhos por muito tempo. Depois que estava estabelecida na empresa, pediu um cargo na área de RH – que se aproximava o suficiente da área de psicologia que tanto a fascinava. Conseguiu e comemorou. “Tenho a minha casa, meu carro e faço minhas viagens. Eu sei que durante muito tempo trabalhei por dinheiro, mas tive uma boa oportunidade de conciliar minhas escolhas profissionais com a área que gostava desde criança.”

Riscos e frustrações
 

Existem momentos em que a mudança é mais fácil, com certeza. Quanto menos compromissos financeiros a pessoa precisa assumir, melhor. A psicóloga Rosângela argumenta, no entanto, que mesmo sendo difícil, sempre é tempo de buscar novos desafios. “Tive um cliente que queria ser médico aos 45 anos. Como ele era administrador de empresas, resolvemos que ele poderia se especializar em administração hospitalar. Ele topou e está bem feliz”, conta. Ela ressalta que, às vezes, é mais viável aproveitar a carreira atual e realizar pequenos ajustes do que recomeçar do zero em outra profissão.

De acordo com Villela da Mata, é preciso fazer um alerta: abandonar um emprego para ir em busca de algo diferente representa um grande risco. “O único momento que não possui tanto peso é quando você escolhe sua primeira profissão. Depois disso, a pessoa tende a ter mais responsabilidades com o passar do tempo e o risco de trocar de carreira vai aumentando. Justamente por isso, planejamento é fundamental”, alerta.

“Mesmo que dê tudo certo, há a possibilidade de frustrações com a nova escolha. Ninguém pode se iludir e achar que apenas dinheiro irá sustentar uma vida profissional longa. Neste caso, uma saída para aliviar a insatisfação seria procurar uma atividade, em paralelo, que proporcione mais prazer”, explica Rosângela. Algumas das opções citadas pela psicóloga foram trabalho voluntário, constituir um negócio próprio ou mesmo buscar apoio em alguma crença. Não importa como, o que vale é ter algo em sua vida que traga momentos de felicidade.
 

Tratativas

Gás natural argentino é fundamental para o pleno funcionamento da UFN3

Há a necessidade de aumentar a oferta do gás no País; o transporte via Gasbol é a melhor opção para MS

20/11/2024 09h30

MARCELO VICTOR

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Com o avanço das tratativas para a retomada das obras da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados 3 (UFN3), outra preocupação é o aumento da oferta do gás natural, matéria-prima da fábrica de fertilizantes. O acordo firmado entre os governos do Brasil e da Argentina para viabilizar a importação do combustível argentino ao País pode ser fundamental para consolidar a produção dos nitrogenados em Mato Grosso do Sul. 

Conforme adiantou o Correio do Estado na edição de ontem, uma das possibilidades é que o gás natural da região de Vaca Muerta, na Argentina, chegue ao Brasil por meio do Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol), via Corumbá.

De acordo com o titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, a ampliação da oferta do combustível é essencial para o funcionamento da indústria em Três Lagoas. 

“Temos que aumentar a oferta de gás para atender a UFN3, que serão 2,5 milhões de metros cúbicos diários necessários daqui a dois anos. Claramente tem um grande cenário a ser discutido, e Mato Grosso Sul tem que estar olhando isso de uma maneira muito próxima, de tal forma a ampliar a oferta de gás.

E no curto prazo, o que está mais disponível e com preço mais competitivo é o gás natural argentino. Estamos com o olhar bastante atento, procurando fazer as articulações nacionais e internacionais para que a gente tenha aumento da oferta de gás pelo Gasbol”, explica Verruck ao Correio do Estado.

Algumas rotas estão em estudo para o envio de gás da Argentina ao Brasil. A primeira delas envolve a reversão do fluxo do Gasbol, transportando o gás da Argentina para a Bolívia e, de lá, para o Brasil. 
A segunda opção seria a construção de um gasoduto atravessando o Chaco paraguaio, cuja viabilidade ainda precisa ser estudada. A terceira rota prevê a conexão direta dos gasodutos argentinos com a cidade de Uruguaiana (RS). Outra alternativa seria uma passagem pelo Uruguai. 

Como noticiado pelo Correio do Estado em maio deste ano, o Paraguai avança nas tratativas para uma via alternativa, para construir um novo gasoduto, que conecte os três países – Argentina, Paraguai e Brasil –, e a construção dessa via beneficiaria MS também.

Por fim, também é considerada a possibilidade de transformar o produto em gás natural liquefeito (GNL) para exportação via navios, embora essa opção aumente os custos.

Para Mato Grosso do Sul, a melhor opção seria a reversão do fluxo e o transporte via Gasbol, uma vez que a cobrança de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o gás natural ocorre na entrada em Corumbá.

“Achamos que é uma boa opção, dado que o Gasbol está ocioso. Ele tem capacidade para 30 milhões de metros cúbicos [diários] e tem passado entre 13 e 15 milhões de m³/dia, quer dizer, uma ociosidade de 50%. E no curto prazo, o que nós consideramos a mais importante para Mato Grosso do Sul seria a reversão do gasoduto. Como a Bolívia não tem sinalizado a ampliação da oferta nem novos investimentos, esse seria o cenário de curto prazo mais adequado, porque teríamos uma oferta de gás mais barato, aumento da arrecadação de ICMS, devido ao aumento do volume, e seria uma excelente opção para atender a UFN3”, avalia Verruck. 

O governador Eduardo Riedel (PSDB) afirmou ontem, durante agenda pública, que pretende trabalhar para que o produto chegue ao País por Mato Grosso do Sul: “Nossa gestão é que essa entrada de gás seja por Mato Grosso do Sul. Nós teríamos muitos ganhos se entrasse por aqui e vamos trabalhar para isso”.

ACORDO

O acordo foi assinado pelos ministros Alexandre Silveira, de Minas e Energia, e Luis Caputo, da Economia da Argentina, durante um evento paralelo à cúpula do G20, no Rio de Janeiro (RJ).

A iniciativa prevê a utilização do gás proveniente de Vaca Muerta, uma das maiores reservas argentinas, para ampliar a oferta e reduzir os custos no mercado brasileiro. 

A operação deve começar já neste ano, com a importação de 2 milhões de m³/dia. O volume será ampliado gradualmente, alcançando 10 milhões de m³ diários em três anos e chegando a 30 milhões de m³/dia até 2030, o equivalente a quase um terço do consumo diário atual no Brasil.

Segundo analistas ouvidos pelo Correio do Estado, isso pode fortalecer a competitividade industrial do Estado, gerando ativos como emprego e renda, além de auxiliar na transição energética.

“Ter um novo país para comprar o gás é importantíssimo, uma vez que a balança comercial do Estado tem quase 90% de importação de gás. Como é um produto internacional, para se trazer, há um custo. Contudo, [ele é] necessário, uma vez que MS necessita desse gás para energia, para empresas. Ou seja, é importantíssimo”, pontua o doutor em Economia Michel Constantino.

O doutor em Administração Leandro Tortosa corrobora que uma das questões mais importantes é a atração de empreendimentos e a segurança energética: “Se a gente tiver energia com uma matriz mais diversificada, com mais opções, como seria nesse caso, e com uma redução de custos, mais investimentos podem ser atraídos para Mato Grosso do Sul”.

FÁBRICA

Como publicado pelo Correio do Estado no mês passado, a aprovação da retomada da obra ocorreu oficialmente em 26 de outubro, data em que o Conselho de Administração da Petrobras aprovou o retorno das obras da UFN3. A empresa já provisionou R$ 3,5 bilhões e agora vai a mercado em busca de um parceiro.

A expectativa é de que, na fase de construção, a obra deverá empregar 8 mil pessoas, enquanto na fase de operação serão 600 trabalhadores, entre empregados da Petrobras e terceirizados.

O cronograma de obras da empresa tem como prioridade inicial a busca de parceiros no mercado até o primeiro semestre do ano que vem. Os R$ 3,5 bilhões aprovados pela Petrobras significam o provisionamento do valor para que a estatal vá a mercado em busca de contratar parceiros para a conclusão da obra.

A planta de fertilizantes, paralisada em 2014 com 80% das obras concluídas, já conta com R$ 3,9 bilhões investidos no empreendimento.

Inicialmente, o plano era de que as obras fossem finalizadas até 2026, antes do fim do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do governador do Estado, Eduardo Riedel (PSDB). Porém, considerando que o período de construção deverá ser de 12 a 18 meses, o prazo já começa a ficar apertado. 

A unidade será capaz de transformar os 2,5 milhões de m³ de gás natural em 3.600 toneladas de ureia e 2.200 toneladas de amônia por dia.

Loterias

Resultado da Lotofácil de hoje, concurso 3248, terça-feira (19/11)

A Lotofácil é uma das loterias mais populares no Brasil, com sorteios realizados seis vezes por semana, de segunda a sábado; veja números sorteados

19/11/2024 19h18

Confira o resultado da Lotofácil

Confira o resultado da Lotofácil Foto: Arquivo

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 3248 da Lotofácil na noite desta  terça-feira, 19 de novembro de 2024, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 4 milhões. 

Confira o resultado da Lotofácil de hoje!

Os números da Lotofácil 3248 são:

  • 19 - 04 - 18 - 20 - 25 - 01 - 05 - 11 - 12 - 03 - 14 - 10 - 08 - 16 - 06

O sorteio da Lotofácil é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal ofical da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: 3249

Como a Lotofácil tem seis sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre no quarta-feira, 20 de novembro, a partir das 20 horas, pelo concurso 3249. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Lotofácil é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 3,00 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 15 dente as 25 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar 11, 12, 13, 14 ou 15 números.

Como apostar na Lotofácil

Os sorteios da Lotofácil são realizados diariamente, às segundas, terças, quartas, quintas, sextas-feiras e sábados, sempre às 19h (horário de MS).

O apostador marca entre 15 e 20 números, dentre os 25 disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 11, 12, 13, 14 ou 15 números.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 12, 18 ou 24 concursos consecutivos através da Teimosinha.

A aposta mínima, de 15 números, custa R$ 3,00.

Os prêmios prescrevem 90 dias após a data do sorteio. Após esse prazo, os valores são repassados ao Tesouro Nacional para aplicação no FIES - Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com 15 dezenas, que custa R$ 3,00, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 3.268.760, segundo a Caixa.

Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 211, ainda segundo a Caixa.

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